📝
Tema: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a
Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele| 1° Trimestre de
2023 – CPAD
🎓
Classe: Jovens – Revista do professor
✍️Comentarista: Natalino das Neves
CURSOS BÍBLICOS PARA VOCÊ:
TEXTO PRINCIPAL
“Vós sois a luz do
mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” (Mt 5.14)
RESUMO DA LIÇÃO
Devemos viver de forma
que a luz de Cristo brilhe em nossa vida.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA– 1Tm 4.12
Seja o exemplo dos
fiéis
TERÇA – 1Ts 1.6,7
Uma igreja que era
exemplo para os fiéis
QUARTA -1 Pe 5,3
A liderança como
exemplo
QUINTA – Lv 19.15
Com justiça julgarás o
próximo
SEXTA – Mt 5-7
O código de ética dos
seguidores do Reino
SÁBADO – Jo 13.13
Jesus, Mestre e Senhor
OBJETIVOS
CONSCIENTIZAR de
que os santos são bem-aventurados;
DESTACAR
que a santidade está diretamente relacionada com a prática da justiça e da
solidariedade;
MOSTRAR
a eficácia do ensino de Jesus sobre a santidade.
INTERAÇÃO
Professor
(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito do sermão mais importante de
Jesus: O Sermão do Monte. Explique aos alunos que o Sermão do Monte se encontra
nos capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus. Ele recebeu esse nome porque Jesus
o pronunciou em um monte nas proximidades de Cafarnaum. “Este sermão provavelmente
foi proferido em vários dias de pregação. Nele, Jesus revelou seu pensamento em
relação à Lei.
Demonstrou
que posição social, autoridade e dinheiro não são importantes em seu Reino, o
que importa é a fiel obediência a Deus. O Sermão do Monte desafiou os líderes
religiosos daquela época, orgulhosos e legalistas. O sermão os chamou de volta
às mensagens dos profetas do Antigo Testamento, que ensinaram que a obediência
sincera a Deus é mais importante a aplicação da lei” (Adaptado de Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1222).
TEXTO BÍBLICO
Mateus 5.13-17
13 Vós sois o sal da
terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais
presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens,
14 Vós sois a Luz do
mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.
15 Nem se acende a
candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que
estão na casa.
16 Assim resplandeça a
vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem
o vosso Pai, que está nos céus.
17 Não cuideis que vim
destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
Mateus 6.1-3; 5-7.16-18
1 Guardai-vos de fazer
a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não
tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
2 Quando, pois, deres
esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas
sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo
que já receberam o seu galardão.
3 Mas, quando tu deres
esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.
5 E, quando orares, não
sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às
esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já
receberam o seu galardão.
6 Mas tu, quando
orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o
que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
7 E, orando, não useis
de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão
ouvidos.
16 E, quando jejuardes,
não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto,
para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o
seu galardão.
17 Porém tu, quando
jejuares, unge a cabeça e Lava o rosto.
18 Para não pareceres
aos homens que jejuam, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o
que está oculto, te recompensará.
INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo,
veremos no Evangelho de Mateus os ensinos práticos de Jesus no Sermão do Monte.
Este Sermão é um dos cinco grandes discursos deste Evangelho. Ele expõe os
ensinos de Jesus sobre uma vida de santificação. Neste estudo serão destacados
o poder do testemunho do crente como “sal” da terra e “luz” do mundo e a
prática da justiça para a glória de Deus.
I- OS SANTOS SÃO BEM-AVENTURADOS
1. Os bem-aventurados
(Mt 5.1-12).
Na abertura do Sermão
do Monte encontramos oito bem-aventuranças. Como entender o Reino e a promessa
de que os pobres e os excluídos seriam felizes?
Os pobres e os que
sofrem encontrariam a verdadeira felicidade nos ensinos de Cristo. Os aflitos
encontrariam conforto e justiça sendo confortados pelo amor de Deus. Jesus
Cristo inicia a proclamação do Reino de Deus indicando o caminho da felicidade.
Diferente do que alguns
defendem, a santidade não é sinônimo de semblante fechado e sério, pois os
santos têm a alegria como fruto do Espírito; e a alegria do Senhor é sua força
e aformoseia o seu rosto (Ne 8.10; Pv 15.13).
2. Os santos são “sal”
da terra e “luz” do mundo (Mt 5.13-16).
As pessoas que se
comprometem com os ensinos de Jesus e os vivendo em seu dia a dia são o “sal”
da terra e a “luz” do mundo. Na concepção bíblica, o sal serve para temperar o
alimento (Jó 6.6); está relacionado às ofertas (Lv 2.13) e purifica a água (2
Rs 2.19-22).
Os discípulos de Jesus devem
ter uma vida “temperada”, purificada e sacrificial, comprometida e fiel aos
propósitos de Deus na Terra. A figura do discípulo como “sal” da terra e ‘luz’
do mundo está relacionada com o bom testemunho e a influência positiva na
sociedade por meio de uma vida de santidade.
3. O contraste entre a
justiça da tradição e a justiça do Reino de Deus.
Jesus critica a justiça
propagada pelos líderes religiosos da época. Estes, com base em uma
interpretação equivocada das Escrituras, diziam ser prósperos porque eram
justos e santificados. O reinado de Deus propagado por Jesus traria bem-estar,
prosperidade e felicidade para todos e não para um grupo específico.
Jesus adverte “se a
vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no
Reino dos Céus” (Mt 5.20). A Lei tinha como objetivo produzir justiça e uma
vida solidária (Lv 19.15; Dt 4.5-8). Jesus mostrou que esse infelizmente não
era o ensino, muito menos a prática dos principais mestres e Líderes do
judaísmo.
SUBSÍDIO 1
“As Bem-Aventuranças (5.1-12)
O que
significa makarios?
É difícil
expressar em nosso idioma a força desta palavra grega e seu conceito hebraico
subjacente. A tradução em português sagrou o termo ‘bem-aventurados’. Além de
ser uma bênção ou pronunciamento de bênção que o falante estende aos ouvintes
que se qualificam, é também uma declaração da realidade ou essência daqueles
que mostram a virtude mencionada no pronunciamento.
‘As
bem-aventuranças esboçam as atitudes do verdadeiro discípulo, aquele que
aceitou as demandas do Reino de Deus em contraste com as atitudes do ‘homem do
mundo’, e as apresentam como o melhor meio de vida não apenas na sua bondade
intrínseca, mas também nos resultados’ (France, 1985, p,io8). Nenhuma palavra
em nossa língua expressa adequadamente as nuanças do grego ou do hebraico.
Estas beatitudes estabelecem o sentido e a substância do restante do sermão.
As
questões da pobreza de espírito, choro, mansidão, justiça, misericórdia,
limpeza do coração, paz e perseguição são desenvolvidas nos demais ensinos.
Portanto temos de explorar cuidadosamente o significado de cada bem-aventurança
para Jesus, a cosmovisão hebraica e a Igreja. Devemos tomar cuidado para
distinguir estes conceitos das noções modernas que levam o mesmo nome.”
(ARRINGTON, French L; STRONSTAD. Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal:
Novo Testamento 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.34-35)
II- A SANTIFICAÇÃO SE DÁ POR MEIO DA
PRÁTICA DA JUSTIÇA E DA SOLIDARIEDADE
1. Dar esmola por amor
e não por ostentação (Mt 6.1-3).
No Sermão do Monte,
Jesus revelou que a generosidade em socorrer os necessitados é um dever dos
súditos do Reino de Deus. Na época de Jesus, existia uma cultura de dar esmolas
e se fazer visto por todos. Uma pessoa com boa condição financeira também
poderia “compensar” suas falhas e manter as aparências, dando esmolas aos menos
favorecidos.
Dessa forma, alguém que
havia conseguido seus bens de forma ilícita, poderia, por meio da doação de
esmolas, manter a imagem de uma pessoa piedosa e santa. Alguns estavam tão
“cegos” que até acreditavam que realmente eram piedosos. Pode-se manter as
aparências e aplacar a ira da consciência, mas diante do Justo Juiz não tem
como camuflar as intenções e motivações do coração e se apresentar como um
“santo”.
2. Orar em secreto (Mt
6.5,6).
Algumas pessoas, quando
oram em público, têm a tendência de se preocupar com o que vão falar. Fazem isso
como se o importante fosse a aprovação da sua oração pelos ouvintes ou a
demonstração de sua habilidade linguística ou conhecimentos teológicos. Os
escribas e fariseus oravam para serem vistos.
Contudo, Jesus
recomenda que a oração seja realizada em segredo, com as portas fechadas, “face
a face” com Deus. A oração deve ser um diálogo sincero com o Pai Celeste.
Entretanto, na atualidade, vemos pessoas que, ao orarem, fazem como os escribas
e fariseus. O que vale não é a quantidade de palavras e nem o tempo de oração,
como muitos alardeiam, mas um coração quebrantado e contrito diante do Senhor.
3. O jejum deve ser
acompanhado com práticas de justiça e solidariedade.
A doação de esmolas (Mt
6.1-3), a oração (Mt 6.5-7) e o jejum (Mt 6.16-18) eram práticas comuns dos
judeus, ouvintes de Jesus. Ele inicia geralmente com a palavra “quando”,
demonstrando que essa era uma prática comum. Todavia, Jesus adverte quanto às
motivações durante essas práticas.
O profeta Isaías já
havia exortado o povo de Deus pela prática do jejum sem justiça e solidariedade
(Is 58.6-14). A mensagem de Isaías é reforçada pelo profeta Jeremias (Jr
14.12). A preocupação de algumas pessoas, erroneamente, era fazer da prática da
oração e jejum um “marketing pessoal”, a fim de demonstrarem uma falsa
santidade.
SUBSÍDIO 2
Professor
(a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que significa o termo
hipócrita em Mateus 6.2?“
Ouça os
alunos com atenção. Explique que o “termo é usado neste versículo para
descrever pessoas que praticavam boas ações não por compaixão ou outros
motivos, mas para obter glória diante dos homens. Suas ações eram boas, mas as
motivações não. A vanglória será a única recompensa dos hipócritas, mas Deus
recompensará os que são sinceros em sua fé.
Quando
Jesus diz para não deixar que a mão esquerda saiba o que faz a mão direita, Ele
está ensinando que nossos motivos ao dar a Deus e aos outros devem ser puros. É
fácil fazer algo por alguém, esperando receber algum benefício em troca. Mas os
crentes devem evitar todo ardil e trazer suas ofertas a Deus e aos outros pelo
prazer de ofertar, e como uma resposta ao amor de Deus. Por que você dá algo a
alguém?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1227.)
III- A EFICÁCIA DO ENSINO DE JESUS SOBRE
A SANTIDADE
1. A didática do ensino
de Jesus.
A eficácia do ensino de
Jesus era surpreendente. Ele falava para um público diversificado e por um
longo período sem cansá-lo, em locais sem a mínima estrutura, mas com uma
didática que possibilitava o entendimento da maioria, senão de todos os
ouvintes. Ao final, Ele tinha a satisfação de vê-los saírem abismados com o
ensino recebido.
Esse é o sonho de todo
educador sério e comprometido com o Reino de Deus. Jesus utilizou ilustrações
em cerca de um terço do Sermão do Monte. Tudo para facilitar a compreensão e
demonstrar que o caminho da santidade é formado de coisas simples do dia a dia.
Não há como simular a santificação; é preciso viver de modo santo e
irrepreensível.
2. A vida do crente
deve ser construída sobre a rocha (Mt 7.24-27).
Na conclusão do Sermão
do Monte, Jesus utiliza o exemplo da construção de duas casas: a primeira
construída sobre a rocha por um homem prudente, que Jesus o assemelha com
aquele que ouve a sua Palavra e a coloca em prática, vivendo uma vida de
santidade.
A segunda, construída
sobre a areia por um homem insensato, que Jesus assemelha com aquele que ouve a
sua Palavra, mas não a coloca em prática. Jesus, desde o início do Sermão do
Monte, vem contrastando a diferença entre a justiça dos homens, praticada pelos
fariseus e escribas (casa construída sobre a areia), e a justiça do Reino de
Deus (casa construída sobre a rocha).
Ele ensina que a vida
(nossa casa) é construída por meio de opções fundamentais que vão nortear os
comportamentos ao longo de nossa caminhada. Nesta parábola, a rocha significa
os ensinos de Jesus colocados em prática.
3. A autoridade do
ensino está na coerência entre a teoria e a prática (Mt 728,29).
Um dos grandes anseios
dos judeus da época de Jesus era a chegada do Reino de Deus, anunciado por
séculos, e que alimentava as esperanças daquele povo subjugado pelos romanos.
Jesus aparece ensinando que somente é possível alcançar o Reino de Deus
mediante a santidade.
O caminho que oferece
arrependimento e perdão dos pecados e em novo tipo de relacionamento com Deus,
sem intermediários. Jesus afirmou que sua vida e ministério eram o cumprimento
da Lei (Mt 5.17-20). A sua morte expiatória perfeita e definitiva, derruba
qualquer ensino da necessidade de sacrifícios para se ter uma vida de santidade
e que agrade a Deus. Jesus ensinou o que Ele estava vivendo, aí estava a
autoridade que causava admiração em seus ouvintes (Mt 7.28,29).
SUBSÍDIO 3
Professor
(a), leia com seus alunos a conclusão do Sermão do Monte que se encontra em
Mateus 7.24-29. Enfatize a ilustração final, os dois alicerces. Explique que
aquele que ouve e pratica a Palavra de Deus é como um homem que construiu a sua
casa sobre a rocha. Quando as tempestades batem contra a casa, ela ainda
permanece firme.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos
que aqueles que vivem em santidade, experimentam a verdadeira alegria, que é
fruto do Espírito e reflete a luz de Cristo. Jesus confrontou o ensino e a
prática hipócrita dos escribas e fariseus e mostrou que, para viver uma vida de
santidade, o crente precisa agir com justiça e solidariedade. O exemplo era sua
própria vida e ministério.
HORA DA REVISÃO
1) O que encontramos na
abertura do Sermão do Monte? Na abertura do Sermão
do Monte encontramos oito bem-aventuranças.
2) São quantas as
bem-aventuranças? Oito.
3) Na concepção bíblica
para que o sal serve? Na concepção bíblica, o sal: serve para
temperar o alimento (Jó 6.6): está relacionado às ofertas (Lv 2.13) e purifica
a água (2 Rs 2.19-22).
4) O que está
relacionado à figura do discípulo como “sal” da terra?
A figura do discípulo como sal da terra e Luz do mundo está relacionada com o
bom testemunho e a influência positiva na sociedade por meio de uma vida de
santidade.
5) Segundo a lição, o
que deve levar o crente a dar esmolas? O amor ao próximo.
Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.