Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição 8 - O Ensino de Jesus sobre Santificação no Sermão do Monte

📝 Tema: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele| 1° Trimestre de 2023 – CPAD

🎓 Classe: Jovens – Revista do professor

Comentarista: Natalino das Neves


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TEXTO PRINCIPAL

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” (Mt 5.14)

RESUMO DA LIÇÃO

Devemos viver de forma que a luz de Cristo brilhe em nossa vida.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA– 1Tm 4.12

Seja o exemplo dos fiéis

TERÇA – 1Ts 1.6,7

Uma igreja que era exemplo para os fiéis

QUARTA -1 Pe 5,3

A liderança como exemplo

QUINTA – Lv 19.15

Com justiça julgarás o próximo

SEXTA – Mt 5-7

O código de ética dos seguidores do Reino

SÁBADO – Jo 13.13

Jesus, Mestre e Senhor

OBJETIVOS

CONSCIENTIZAR de que os santos são bem-aventurados;

DESTACAR que a santidade está diretamente relacionada com a prática da justiça e da solidariedade;

MOSTRAR a eficácia do ensino de Jesus sobre a santidade.

INTERAÇÃO

Professor (a), na lição deste domingo estudaremos a respeito do sermão mais importante de Jesus: O Sermão do Monte. Explique aos alunos que o Sermão do Monte se encontra nos capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus. Ele recebeu esse nome porque Jesus o pronunciou em um monte nas proximidades de Cafarnaum. “Este sermão provavelmente foi proferido em vários dias de pregação. Nele, Jesus revelou seu pensamento em relação à Lei.

 

Demonstrou que posição social, autoridade e dinheiro não são importantes em seu Reino, o que importa é a fiel obediência a Deus. O Sermão do Monte desafiou os líderes religiosos daquela época, orgulhosos e legalistas. O sermão os chamou de volta às mensagens dos profetas do Antigo Testamento, que ensinaram que a obediência sincera a Deus é mais importante a aplicação da lei” (Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1222).

 

TEXTO BÍBLICO

Mateus 5.13-17

13 Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens,

14 Vós sois a Luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.

15 Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.

Mateus 6.1-3; 5-7.16-18

1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.

2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.

5 E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.

7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.

16 E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

17 Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e Lava o rosto.

18 Para não pareceres aos homens que jejuam, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.

 

INTRODUÇÃO

Na lição deste domingo, veremos no Evangelho de Mateus os ensinos práticos de Jesus no Sermão do Monte. Este Sermão é um dos cinco grandes discursos deste Evangelho. Ele expõe os ensinos de Jesus sobre uma vida de santificação. Neste estudo serão destacados o poder do testemunho do crente como “sal” da terra e “luz” do mundo e a prática da justiça para a glória de Deus.

 

I- OS SANTOS SÃO BEM-AVENTURADOS

1. Os bem-aventurados (Mt 5.1-12).

Na abertura do Sermão do Monte encontramos oito bem-aventuranças. Como entender o Reino e a promessa de que os pobres e os excluídos seriam felizes?

Os pobres e os que sofrem encontrariam a verdadeira felicidade nos ensinos de Cristo. Os aflitos encontrariam conforto e justiça sendo confortados pelo amor de Deus. Jesus Cristo inicia a proclamação do Reino de Deus indicando o caminho da felicidade.

 

Diferente do que alguns defendem, a santidade não é sinônimo de semblante fechado e sério, pois os santos têm a alegria como fruto do Espírito; e a alegria do Senhor é sua força e aformoseia o seu rosto (Ne 8.10; Pv 15.13).

 

2. Os santos são “sal” da terra e “luz” do mundo (Mt 5.13-16).

As pessoas que se comprometem com os ensinos de Jesus e os vivendo em seu dia a dia são o “sal” da terra e a “luz” do mundo. Na concepção bíblica, o sal serve para temperar o alimento (Jó 6.6); está relacionado às ofertas (Lv 2.13) e purifica a água (2 Rs 2.19-22).

 

Os discípulos de Jesus devem ter uma vida “temperada”, purificada e sacrificial, comprometida e fiel aos propósitos de Deus na Terra. A figura do discípulo como “sal” da terra e ‘luz’ do mundo está relacionada com o bom testemunho e a influência positiva na sociedade por meio de uma vida de santidade.

 

3. O contraste entre a justiça da tradição e a justiça do Reino de Deus.

Jesus critica a justiça propagada pelos líderes religiosos da época. Estes, com base em uma interpretação equivocada das Escrituras, diziam ser prósperos porque eram justos e santificados. O reinado de Deus propagado por Jesus traria bem-estar, prosperidade e felicidade para todos e não para um grupo específico.

 

Jesus adverte “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5.20). A Lei tinha como objetivo produzir justiça e uma vida solidária (Lv 19.15; Dt 4.5-8). Jesus mostrou que esse infelizmente não era o ensino, muito menos a prática dos principais mestres e Líderes do judaísmo.

 

SUBSÍDIO 1

“As Bem-Aventuranças (5.1-12)

O que significa makarios?

É difícil expressar em nosso idioma a força desta palavra grega e seu conceito hebraico subjacente. A tradução em português sagrou o termo ‘bem-aventurados’. Além de ser uma bênção ou pronunciamento de bênção que o falante estende aos ouvintes que se qualificam, é também uma declaração da realidade ou essência daqueles que mostram a virtude mencionada no pronunciamento.

 

‘As bem-aventuranças esboçam as atitudes do verdadeiro discípulo, aquele que aceitou as demandas do Reino de Deus em contraste com as atitudes do ‘homem do mundo’, e as apresentam como o melhor meio de vida não apenas na sua bondade intrínseca, mas também nos resultados’ (France, 1985, p,io8). Nenhuma palavra em nossa língua expressa adequadamente as nuanças do grego ou do hebraico. Estas beatitudes estabelecem o sentido e a substância do restante do sermão.

 

As questões da pobreza de espírito, choro, mansidão, justiça, misericórdia, limpeza do coração, paz e perseguição são desenvolvidas nos demais ensinos. Portanto temos de explorar cuidadosamente o significado de cada bem-aventurança para Jesus, a cosmovisão hebraica e a Igreja. Devemos tomar cuidado para distinguir estes conceitos das noções modernas que levam o mesmo nome.” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD. Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.34-35)

 

II- A SANTIFICAÇÃO SE DÁ POR MEIO DA PRÁTICA DA JUSTIÇA E DA SOLIDARIEDADE

1. Dar esmola por amor e não por ostentação (Mt 6.1-3).

No Sermão do Monte, Jesus revelou que a generosidade em socorrer os necessitados é um dever dos súditos do Reino de Deus. Na época de Jesus, existia uma cultura de dar esmolas e se fazer visto por todos. Uma pessoa com boa condição financeira também poderia “compensar” suas falhas e manter as aparências, dando esmolas aos menos favorecidos.

 

Dessa forma, alguém que havia conseguido seus bens de forma ilícita, poderia, por meio da doação de esmolas, manter a imagem de uma pessoa piedosa e santa. Alguns estavam tão “cegos” que até acreditavam que realmente eram piedosos. Pode-se manter as aparências e aplacar a ira da consciência, mas diante do Justo Juiz não tem como camuflar as intenções e motivações do coração e se apresentar como um “santo”.

 

2. Orar em secreto (Mt 6.5,6).

Algumas pessoas, quando oram em público, têm a tendência de se preocupar com o que vão falar. Fazem isso como se o importante fosse a aprovação da sua oração pelos ouvintes ou a demonstração de sua habilidade linguística ou conhecimentos teológicos. Os escribas e fariseus oravam para serem vistos.

 

Contudo, Jesus recomenda que a oração seja realizada em segredo, com as portas fechadas, “face a face” com Deus. A oração deve ser um diálogo sincero com o Pai Celeste. Entretanto, na atualidade, vemos pessoas que, ao orarem, fazem como os escribas e fariseus. O que vale não é a quantidade de palavras e nem o tempo de oração, como muitos alardeiam, mas um coração quebrantado e contrito diante do Senhor.

 

3. O jejum deve ser acompanhado com práticas de justiça e solidariedade.

A doação de esmolas (Mt 6.1-3), a oração (Mt 6.5-7) e o jejum (Mt 6.16-18) eram práticas comuns dos judeus, ouvintes de Jesus. Ele inicia geralmente com a palavra “quando”, demonstrando que essa era uma prática comum. Todavia, Jesus adverte quanto às motivações durante essas práticas.

O profeta Isaías já havia exortado o povo de Deus pela prática do jejum sem justiça e solidariedade (Is 58.6-14). A mensagem de Isaías é reforçada pelo profeta Jeremias (Jr 14.12). A preocupação de algumas pessoas, erroneamente, era fazer da prática da oração e jejum um “marketing pessoal”, a fim de demonstrarem uma falsa santidade.

 

SUBSÍDIO 2

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que significa o termo hipócrita em Mateus 6.2?“

Ouça os alunos com atenção. Explique que o “termo é usado neste versículo para descrever pessoas que praticavam boas ações não por compaixão ou outros motivos, mas para obter glória diante dos homens. Suas ações eram boas, mas as motivações não. A vanglória será a única recompensa dos hipócritas, mas Deus recompensará os que são sinceros em sua fé.

 

Quando Jesus diz para não deixar que a mão esquerda saiba o que faz a mão direita, Ele está ensinando que nossos motivos ao dar a Deus e aos outros devem ser puros. É fácil fazer algo por alguém, esperando receber algum benefício em troca. Mas os crentes devem evitar todo ardil e trazer suas ofertas a Deus e aos outros pelo prazer de ofertar, e como uma resposta ao amor de Deus. Por que você dá algo a alguém?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1227.)

 

III- A EFICÁCIA DO ENSINO DE JESUS SOBRE A SANTIDADE

1. A didática do ensino de Jesus.

A eficácia do ensino de Jesus era surpreendente. Ele falava para um público diversificado e por um longo período sem cansá-lo, em locais sem a mínima estrutura, mas com uma didática que possibilitava o entendimento da maioria, senão de todos os ouvintes. Ao final, Ele tinha a satisfação de vê-los saírem abismados com o ensino recebido.

 

Esse é o sonho de todo educador sério e comprometido com o Reino de Deus. Jesus utilizou ilustrações em cerca de um terço do Sermão do Monte. Tudo para facilitar a compreensão e demonstrar que o caminho da santidade é formado de coisas simples do dia a dia. Não há como simular a santificação; é preciso viver de modo santo e irrepreensível.

 

2. A vida do crente deve ser construída sobre a rocha (Mt 7.24-27).

Na conclusão do Sermão do Monte, Jesus utiliza o exemplo da construção de duas casas: a primeira construída sobre a rocha por um homem prudente, que Jesus o assemelha com aquele que ouve a sua Palavra e a coloca em prática, vivendo uma vida de santidade.

 

A segunda, construída sobre a areia por um homem insensato, que Jesus assemelha com aquele que ouve a sua Palavra, mas não a coloca em prática. Jesus, desde o início do Sermão do Monte, vem contrastando a diferença entre a justiça dos homens, praticada pelos fariseus e escribas (casa construída sobre a areia), e a justiça do Reino de Deus (casa construída sobre a rocha).

 

Ele ensina que a vida (nossa casa) é construída por meio de opções fundamentais que vão nortear os comportamentos ao longo de nossa caminhada. Nesta parábola, a rocha significa os ensinos de Jesus colocados em prática.

 

3. A autoridade do ensino está na coerência entre a teoria e a prática (Mt 728,29).

Um dos grandes anseios dos judeus da época de Jesus era a chegada do Reino de Deus, anunciado por séculos, e que alimentava as esperanças daquele povo subjugado pelos romanos. Jesus aparece ensinando que somente é possível alcançar o Reino de Deus mediante a santidade.

 

O caminho que oferece arrependimento e perdão dos pecados e em novo tipo de relacionamento com Deus, sem intermediários. Jesus afirmou que sua vida e ministério eram o cumprimento da Lei (Mt 5.17-20). A sua morte expiatória perfeita e definitiva, derruba qualquer ensino da necessidade de sacrifícios para se ter uma vida de santidade e que agrade a Deus. Jesus ensinou o que Ele estava vivendo, aí estava a autoridade que causava admiração em seus ouvintes (Mt 7.28,29).

 

SUBSÍDIO 3

Professor (a), leia com seus alunos a conclusão do Sermão do Monte que se encontra em Mateus 7.24-29. Enfatize a ilustração final, os dois alicerces. Explique que aquele que ouve e pratica a Palavra de Deus é como um homem que construiu a sua casa sobre a rocha. Quando as tempestades batem contra a casa, ela ainda permanece firme.

 

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que aqueles que vivem em santidade, experimentam a verdadeira alegria, que é fruto do Espírito e reflete a luz de Cristo. Jesus confrontou o ensino e a prática hipócrita dos escribas e fariseus e mostrou que, para viver uma vida de santidade, o crente precisa agir com justiça e solidariedade. O exemplo era sua própria vida e ministério.

HORA DA REVISÃO

1) O que encontramos na abertura do Sermão do Monte? Na abertura do Sermão do Monte encontramos oito bem-aventuranças.

2) São quantas as bem-aventuranças? Oito.

3) Na concepção bíblica para que o sal serve? Na concepção bíblica, o sal: serve para temperar o alimento (Jó 6.6): está relacionado às ofertas (Lv 2.13) e purifica a água (2 Rs 2.19-22).

4) O que está relacionado à figura do discípulo como “sal” da terra? A figura do discípulo como sal da terra e Luz do mundo está relacionada com o bom testemunho e a influência positiva na sociedade por meio de uma vida de santidade.

5) Segundo a lição, o que deve levar o crente a dar esmolas? O amor ao próximo.

Este E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos professores de Escola Bíblica.