Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição 5 - Libertos para Viver em Santidade
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
E-book
Princípios do Avivamento Bíblico.
Descubra os segredos dos grandes Avivamentos Espirituais na Bíblia!
“Porque não nos chamou
Deus para a imundícia, mas para a santificação.” (1 Ts 4.7)
RESUMO DA LIÇÃO
O cristão foi resgatado
por um bom preço, o sangue de Cristo, para que viva em santidade até a vinda de
Jesus Cristo.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA –
1 Pe 3-11 Aparte-se do mal
TERÇA –
1 Pe 4.13 Participantes das aflições de Cristo
QUARTA
– 1 Pe 1.15 Sede santos
QUINTA –
1Pe 1.17 Deus julga as nossas obras
SEXTA
– 1 Pe 1.22 Purificando a nossa alma
SÁBADO –
1 Pe 2.12 Tendo um viver honesto, santo
OBJETIVOS
APRESENTAR
o contexto da Primeira Carta de Pedro;
CONSCIENTIZAR
de que a santidade recebida na justificação precisa ser mantida;
COMPREENDER
que o cristão foi resgatado pelo precioso sangue de Cristo para viver em
santidade.
INTERAÇÃO
Prezado (a)
professor(a) na lição deste domingo estudaremos a respeito da santificação na
Primeira Carta de Pedro. Veremos que “Pedro escreveu para os cristãos judeus
que estavam experimentando a perseguição por causa da fé. Ele escreveu para
confortá-los com a esperança da vida eterna e para desafiá-los a viver vidas
santas. Aqueles que sofreram por serem cristãos tornaram-se participantes do
sofrimento de Cristo. Quando sofremos, devemos nos lembrar que Cristo é tanto
nossa esperança em meio ao sofrimento, quanto nosso exemplo de como suportar o
sofrimento fielmente” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro:
CPAD, p. 1762).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a),
para ajudar na compreensão dos termos “santidade”, “santificação”,
“santificar”, “santíssimo”, “santo” e “santuário”, utilize o quadro abaixo.
Reproduza-o segundo as suas posses. Explique aos alunos que a santificação se
refere ao estado daqueles que foram salvos por Cristo (1 Co 6.11; Cl 2.10; Hb
10.10), mas também ao processo de contínuo aperfeiçoamento dos crentes (2 Co
71).
TERMOS
TERMOS
TERMOS
Santidade
Qualidade
daquilo ou daquele que é santo
Êx
15.11
Santificação
Ato
ou efeito de santifica
Rm
6.19
Santificar
Tornar
sagrado, separado, consagrado; fazer santo.
Js
3.5
Santíssimo
Muito
santo; santo dos santos.
Jd
v.3
Santo
Sagrado;
separado, que vive de acordo com a lei divina.
1
Pe 1.16
Santuário
Lugar consagrado, santo, preparado para
adoração.
Lv 19.30
Extraído de Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé. Rio de
Janeiro: CPAD.
TEXTO BÍBLICO
1 Pedro 1.13-21
13 Portanto, cingindo
os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça
que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo.
14 Como filhos
obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa
ignorância.
15 Mas, como é santo
aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.
16 Porquanto escrito
está: Sede santos, porque eu sou santo,
17 E, se invocais por
Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai
em temor, durante o tempo da vossa peregrinação.
18 Sabendo que não foi
com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã
maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais.
19 Mas com o precioso
sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.
20 O qual, na verdade,
em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado,
nestes últimos tempos, por amor de vós.
21 E por ele credes em
Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e
esperança estivessem em Deus.
INTRODUÇÃO
Para refletir sobre a
temática desta lição, faremos uma breve análise da Primeira Carta de Pedro,
cujos destinatários são convidados a ser santos, assim como Deus é santo. A
“manutenção” da santidade recebida na justificação e regeneração é exigida,
pois para isso o cristão foi salvo. O preço do resgate para sua liberdade
somente será eficaz enquanto viverem santidade.
I- O CONTEXTO DA PRIMEIRA CARTA DE PEDRO
1. Os destinatários da
Primeira Carta.
Eram pessoas, na sua
maioria, estrangeiras e sem permissão para participar da vida pública, possuir
terras e receber herança. Grande parte era composta de judeus da diáspora
espalhados pelo mundo, escolhidos como povo exclusivo segundo a presciência de
Deus Pai (1 Pe 1.1,2).
2. Várias perseguições.
Eles enfrentavam três
tipos de perseguições:
a) pelos romanos – que os consideravam
como um povo desprezível, supersticioso e pervertedor da moral e da ordem
romana;
b) pelos judeus – que perseguiam os
cristãos por motivos religiosos e políticos. Os judeus, em algumas situações,
para manterem a boa relação de poder e política com os romanos, denunciavam os
cristãos às autoridades romanas (At 1345-52; 14 2) e
c) pela própria população local
– quer por motivos sociais (grande maioria pobres) ou pela diferença de
práticas religiosas e políticas. Um povo desprezado pela sociedade e considerado
como a escória, todavia foi esse povo que Deus escolheu para ser seu povo
exclusivo (santo).
3. Sofrimento.
O problema do
sofrimento é o tema central da Epístola. A Carta tem o propósito de encorajar
os destinatários a manterem sua fé mesmo diante das adversidades e
perseguições. Viver a situação deles e seguir as orientações bíblicas não é tão
simples assim, exige muita disciplina e fé.
No entanto, o autor
afirma que o sofrimento por causa da justiça (1 Pe 3.14) é a vontade e o
projeto de Deus para aquela comunidade cristã (1 Pe 2.15) e motivo de alegria
(1 Pe 412,13), a exemplo de Pedro e de Jesus. Era comum aos cristãos serem
caluniados injustamente e o principal motivo para as calúnias era o estilo de
vida separado da sociedade que eles tinham (1 Pe 4.3,4). Todavia, o autor
coloca uma esperança na vida da igreja, pois afirma que o julgamento daqueles
que não obedecessem ao evangelho de Deus seria terrível (1 Pe 417-19).
Dessa forma, cria-se a
expectativa de que a libertação estava a caminho (1 Pe 5.9-11). Ser um povo
alegre, em meio a tantas adversidades, somente é possível a pessoas que
experimentam uma vida de santidade e de grande intimidade com Deus.
PENSE! Porque enfrentamos tantas
perseguições em nosso dia a dia?
PONTO IMPORTANTE! Jesus não prometeu que
seus discípulos teriam uma vida fácil. Mas Ele prometeu que estaria conosco
todos os dias.
SUBSÍDIO 1
Professor (a),
explique aos alunos “que Pedro escreveu a Primeira Carta numa época em que os
crentes estão enfrentando diversas provações, de sorte que o seu propósito é
reavivar neles a alegria na esperança da salvação, além de instruí-los sobre
como viver em diferentes contextos sociais, enquanto cidadãos, empregados,
membros de uma família e da Igreja de Cristo.
As duas
cartas, portanto, completam-se de uma forma extraordinária, pois formam um todo
coerente. Numa, somos instruídos a viver com esperança, alegria e santidade em
tempos de provação; na outra, advertidos a não esquecer a vocação e as verdades
da Palavra de Deus numa época de falsidade religiosa.
Uma prepara e
inspira, a outra diz: ‘Agarre-se à verdade e mantenha-se firme nela’. Juntas,
elas ensinam que esperança sem a verdade é mero otimismo humano, e verdade sem
esperança é religiosidade vazia, é exatamente essa junção que faz com que
tenham um propósito comum: despertar o ânimo sincero dos crentes.” (NASCIMENTO,
Valmir. A Razão da Nossa Esperança: Alegria, Crescimento e Firmeza nas Cartas
de Pedro. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 13,14)
II - A SANTIFICAÇÃO RECEBIDA NA
JUSTIFICAÇÃO DEVE SER MANTIDA
1. Uma santidade que
traz esperança (1 Ts 4-17).
O texto que estamos
estudando (1 Pe 1.13-21) faz parte de uma seção maior que fala sobre o novo
status do cristão e suas consequências. Esta seção é construída por uma
sequência de indicativos e imperativos, sendo que os primeiros servem como
fundamentação para os imperativos.
Após a indicação das
bênçãos da salvação e o louvor prestado a Deus pela sua bondade e misericórdia
em conceder sua graça, vemos os imperativos que alertam para o desenvolvimento
de uma santidade continua e progressiva, que liberta o cristão da antiga vida
de escravidão do pecado.
A justificação e
regeneração que são acompanhadas da santificação inicial, devem levar o cristão
salvo a uma conduta santa, contínua e progressiva. Esta é a santidade que
liberta da vã maneira de viver e conduz à redenção definitiva (santificação
final).
2. Deus é santo (1 Pe
1.15,16).
O intelecto limitado do
ser humano não consegue entendera santidade de Deus na sua plenitude, pois esse
entendimento transcende tudo o que lhe é possível conhecer e compreender. Dessa
forma, a compreensão possível ao ser humano foi sendo revelada, ao longo da
história, por meio da Palavra de Deus, registrada na Bíblia Sagrada, sendo a
maior revelação por meio do seu próprio Filho encarnado (Hb 1.1-3). Assim, a
melhor forma de entender a santidade de Deus é observando a vida e obra de
Jesus.
A santidade faz parte
da essência de Deus de forma que o distingue totalmente da criação, no sentido
de perfeição. Todavia, essa distinção devido à sua transcendência não o torna
inacessível, pois Ele também é imanente, ou seja, mesmo sendo santo na
plenitude do termo, se comunica com as suas criaturas por amor e por
misericórdia. Por isso, convida-as para também serem separadas, buscarem a
pureza de uma vida santa, fazendo a diferença na sociedade.
3. Deus é o único juiz
justo e imparcial (1 Pe 1.17).
A Santidade de Deus
está diretamente relacionada com a sua própria justiça, em que Ele é o único
juiz que julga de forma plenamente justa e julgará todos os seres humanos. O
julgamento de Deus tem a garantia da justiça plena porque será de acordo com o
seu padrão de santidade (Mt 721-23). Deus conhece todas as coisas, inclusive as
intenções e motivações de cada pessoa, por isso Ele pode tomar decisões justas
e imparciais.
O julgamento de Deus
não tem somente o sentido escatológico. Ele constantemente, por meio do
Espírito Santo e sua Palavra, esquadrinha o coração do ser humano para que haja
consciência dos pecados cometidos, com vistas ao arrependimento, à mudança de
comportamento e ao crescimento da vida em santidade.
PENSE! Deus sabe e conhece as
intenções do coração do homem.
PONTO IMPORTANTE! Deus é o único que
pode julgar as pessoas, pois somente Ele conhece, verdadeiramente, as intenções
do coração.
SUBSÍDIO 2
Professor (a)
enfatize que “depois de falar sobre a esperança da salvação, Pedro exorta os
leitores da sua carta para uma vida santa. Ele havia destacado a importância de
caminhar em esperança; agora sua ênfase é caminhar em santidade. As duas coisas
andam juntas.
O apóstolo
estava preocupado com a salvação dos crentes, mas também com a integridade
moral deles. Afinal, fomos salvos ‘de’, como também ‘para’ alguma coisa. Por
essa razão, para muitos estudiosos, a primeira carta de Pedro também poderia
ser chamada de ‘Epístola da Vida Santa’, pois enfatiza a importância da
santidade após o novo nascimento.” (NASCIMENTO. Valmir. A Razão da Nossa
Esperança: Alegria, Crescimento e Firmeza nas Cartas de Pedro. Rio de Janeiro:
CPAD, pp. 35.37.)
III- A SANTIDADE QUE LIBERTA
1. O preço do resgate
pela liberdade em Cristo (1 Pe 1.18,19).
O fundamento para a
liberdade é o resgate. Esse processo de resgate de alguém que não tinha
liberdade era muito comum na época da escrita dos livros bíblicos, A escravidão
e a servidão eram práticas comuns havendo várias formas para uma pessoa se
tornar um escravo. O escravo ficava submetido ao controle de outra pessoa e não
tinha nenhuma liberdade para fazer uso de sua vontade ou tomar uma decisão.
Quem decidia por ele
era seu dono. Isso ocorria porque o escravo não possuía recursos adequados para
comprar sua liberdade, o que seria possível somente mediante a intervenção de
um terceiro por meio do pagamento do resgate. No Novo Testamento esse fato é
comparado com a posição do ser humano sem Deus.
A grande novidade do
Evangelho é a apresentação de Cristo como o único que teria condições de pagar
pelo resgate de toda humanidade, não com coisas corruptíveis, mas com seu
sangue vertido na cruz (1 Pe 1.18,19). Os destinatários da Carta não tinham
recursos e ninguém para defendê-los nos tribunais romanos, mas no tribunal de
Deus eles tinham um sublime advogado.
2. O cristão é
resgatado para ser livre (1 Pe 1.20). Jesus, o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), surge na plenitude dos tempos, no
momento exato planejado por Deus. O cristão é redimido, por meio do sacrifício
de Cristo, para uma vida de santidade que liberta da escravidão do pecado.
Todavia, a liberdade
que Cristo nos dá não é para fazermos o que quisermos, mas para viver uma vida
genuinamente cristã, como parte da nova natureza, Paulo exortou os cristãos da
igreja da Galácia por desprezarem o sacrifício de Cristo e confundir a
justificação com a santificação contínua e progressiva, confiando nas obras de
justiça, o que Paulo chama de “outro evangelho” (GL 1.6,9). A nova vida do
regenerado o conduz na caminhada da santidade. O plano de Deus é tornar as
pessoas íntegras e santas pelo seu amor.
3. A Libertação plena
se dará somente com a glorificação.
A Vida em Santidade,
além da gratidão, é movida pela fé e pela esperança (1 Pe 1.21). O autor aponta
para a ressurreição de Cristo e sua glorificação. O pleno descanso eterno com
Deus, após uma vida de santidade. A graça tem muito a oferecer, o tempo da
graça é eterno, portanto, infinitamente maior do que o da escravidão do pecado
e morte espiritual.
A participação na morte
(justificação) e na ressurreição de Cristo (glorificação) faz-nos passar da
morte para a vida. Uma vez justificado e participante do processo de
santificação, o cristão já está no caminho da vida eterna com Deus. Por isso, a
insistência do autor (1 Pe 1.13-21) em exortar aquele povo sofrido a fim de
manter a santidade adquirida na sua justificação e regeneração, com Liberdade
em Cristo, reconhecendo o valor do resgate de suas almas.
PENSE! Você já está no caminho da vida
eterna?
PONTO IMPORTANTE! Aqueles que foram
justificados pela fé em Jesus Cristo estão livres da condenação do pecado.
SUBSÍDIO 3
“Deixando,
pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as
murmurações” (1 Pe 1.1). A palavra, “pois”, remete ao mandamento “amais uns aos
outros” do versículo 22, explicando com mais detalhes o sentido de “amar
ardentemente.” (NASCIMENTO. Valmir. A Razão da Nossa Esperança: Alegria,
Crescimento e Firmeza nas Cartas de Pedro. Rio de Janeiro: CPAD, p. 41.)
CONCLUSÃO
Aprendemos que Pedro,
em sua primeira Carta, escreveu para pessoas que, na sua maioria, eram
estrangeiras. Por isso, elas não dispunham de poder para participar da vida
pública, possuir terras ou receber heranças. Todavia, sentiam alegria por
participarem do sacrifício de Cristo, que pagou o resgate delas com algo mais
valioso que toda a riqueza da terra. Elas foram libertas para viver em
santidade apesar do sofrimento que enfrentavam em seus dias.
HORA DA REVISÃO
1) Quem eram os
destinatários da Primeira Carta de Pedro?
Eram pessoas na sua
maioria estrangeiras e sem poder participar da vida pública’, possuir terras e
receber herança.
2) Segundo a lição,
quais as perseguições enfrentadas pelos crentes que Pedro descreveu?
Eles enfrentaram três tipos de perseguições: pelos romanos, pelos judeus e pela
própria população local.
3) De acordo com a
lição, qual o tema central da Primeira Carta de Pedro?
O problema do
sofrimento é o tema central da Epístola,
4) Como deve ser a
nossa santificação? Uma santificação progressiva e que traz
esperança.
5) Quem é o único juiz
imparcial? Deus é o único juiz justo e imparcial (1 Pe 1.17).
Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.