Subsídios Bíblicos: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ - Nova Edição

Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ   Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja   Subsídios Lição 2: Somos Cristãos     Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno       Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana    Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo?     Subsídios...

Lição 11 – O Avivamento e a Missão da Igreja

🔥 REVISTA ADULTOS — 1º TRIMESTRE DE 2023, CPAD

🕛 Data: 12 de Março de 2023

🎓 Título: Aviva a Tua Obra.

Subtítulo: O Chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus

Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato

📚  TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16.15,16)

💡  VERDADE PRÁTICA

Neste tempo marcado pela falta de fé, a Igreja só pode cumprir a sua missão se estiver imersa no avivamento espiritual.

 LEITURA DIÁRIA

Segunda - Rm 1.16

O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê

Terça - Mc 16.20

Deus confirma a pregação do Evangelho com sinais e milagres

Quarta - 2 Co 11.4

Não devemos pregar "outro evangelho"

Quinta - Mt 11.5

Jesus e os pobres no anúncio do Evangelho

Sexta - 1 Co 2.4

Evangelizar em demonstração do Espírito e de poder

Sábado - 2 Tm 4.2

Pregando "a tempo e fora de tempo"


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Marcos 16.14-20

14- Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.

15- E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

17- E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

18- pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.

19- Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.

20- E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!


Hinos Sugeridos: 430, 449, 604 da Harpa Cristã


Objetivos da Lição:

I) Conhecer as características que evidenciam o avivamento da Igreja Primitiva;

II) Conscientizar de que o avivamento espiritual é indispensável para proclamar o Evangelho sob o poder do alto; 

III) Explicar que o genuíno avivamento repercute em evangelismo e missões, juntamente com a manifestação dos dons e poder do Espírito Santo.


INTRODUÇÃO

Neste trimestre, vimos que, nos seus primórdios, a Igreja era conhecida pelo seu dinamismo na evangelização, no discipulado e no cuidado com os necessitados como resultado do grande avivamento produzido pelo Espírito Santo. Depois que foram revestidos do poder, os discípulos nunca mais foram os mesmos. Eles receberam mais poder para cumprir o mandato de Jesus. Hoje, mais do que nunca, as igrejas cristãs precisam do avivamento espiritual para proclamar o Evangelho de Cristo no mundo que está em rebeldia contra Deus.

PALAVRA-CHAVE

Missão


I – O AVIVAMENTO APÓS A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

1. O desânimo dos discípulos.

Depois da sua ressurreição, Jesus se apresentou triunfante e glorioso perante seus discípulos que estavam desanimados, incrédulos, como se estivessem órfãos, abandonados. Ao ouvirem o testemunho de Maria Madalena, que estivera no túmulo de Jesus, e constatado que Ele havia ressuscitado, eles simplesmente não creram. Estavam completamente desolados (Mc 16.10-13).

 

2. A aparição de Jesus aos discípulos.

Após haver ressuscitado, ante o clima de incredulidade que dominou a mente dos discípulos, Jesus apareceu aos onze que estavam reunidos e com medo dos líderes judeus. Jesus lhes disse: “Paz seja convosco” (Lc 24.36). Eles pensavam que “viam algum espírito” (Lc 26.37); até que Jesus lhes mostrou as mãos e os pés perfurados (Lc 26.40). Mesmo assim, eles não creram que era Cristo ressuscitado (Lc 26.41).

 

3. O avivamento após a ressurreição.

Depois da ressurreição, Jesus deu aos discípulos o mandato da “Grande Comissão”: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.15,16). Naquela ocasião, Jesus prometeu que sinais e milagres autenticariam seu ministério (Mc 16.17).

 

Esses sinais estão à disposição de todos os que creem, em todos os tempos e lugares. Depois do Pentecostes, os discípulos pregaram com unção, expulsaram demônios e curaram enfermos (At 3.6-10; 5.15,16; 8.7-8). Paulo e Silas foram poderosamente usados por Deus (At 16.14,15). Filipe curou muitos enfermos (At 8.6,7). Desse modo, vários outros fatos demonstraram que a Igreja de Jesus recebera o avivamento espiritual, indispensável para proclamar o Evangelho sob o Poder do Alto (At 9.34-42; 14.8-10).

 

SINOPSE I

A transformação dos discípulos após o revestimento de poder.

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

 “Dá-me o País”

“Que as nossas armas sejam as de John Knox. Este bravo campeão de Deus logrou alterar não apenas a política, como a própria história de seu país. Que segredo detinha Knox? Oração e confiança irrestrita na intervenção divina no curso natural dos negócios humanos. Nas caladas de sua aflição, orava: ‘Senhor, dá-me a Escócia senão morrerei! Dá-me a Escócia, senão morrerei!’”. Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento, editada pela CPAD, pp.174,75.

 

II – O AVIVAMENTO NA MISSÃO DA IGREJA LOCAL

1. O avivamento nas missões locais.

O avivamento espiritual, como consequência do Pentecostes, produziu uma chama nos corações dos seguidores de Jesus. Mesmo com perseguições, os apóstolos pregaram ousadamente o Evangelho de Jesus Cristo, começando por Jerusalém. Eles foram perseguidos e presos por terem proclamado a doutrina de Cristo na Cidade Santa, mas foram libertos pelo poder de Deus e continuaram a proclamar o Evangelho (At 5.27-29,42).  Este é o modelo de evangelização dinâmica local: não só pregar dentro das quatro paredes dos templos, mas realizar a evangelização pessoal nas casas e nos bairros.

 

A igreja avivada apresenta sinais de que o Pentecostes está ativo em sua prática missionária. Há uma demonstração de que os dons espirituais estão ativos na sua vida e o amor pela pregação do Evangelho de Jesus se faz notório. 

 

2. O avivamento nas missões regionais.

Podemos dizer que a missão regional é aquela realizada em locais mais distantes do centro de ação inicial. Num estado brasileiro há diversos municípios ou cidades do interior. São as nossas “judeias e samarias” a serem alcançadas pelo trabalho de evangelização. Depois de impactar Jerusalém com a mensagem do Evangelho, os discípulos a levaram a muitos outros lugares (At 8.1,4,14; Mt 10.23).

 

3. Missões regionais atualmente.

Nos dias de hoje, esperamos que Deus desperte as igrejas locais em centros metropolitanos, em cidades de porte médio e em municípios de pequeno porte para evangelizarem, cumprindo a “grande comissão” de Jesus. Que isso aconteça sem que seja necessário haver perseguições a fim de despertarmos para a obra de Deus. Ora, ainda desfrutamos de liberdade constitucional para expressar nossa fé e proclamar o Evangelho a toda a criatura, em todos os lugares, estados, cidades e distritos. Oremos para que o Brasil seja de fato uma nação que se renda a Cristo!

 

SINOPSE II

Uma igreja avivada demonstra que o Pentecostes está ativo em sua prática missionária.

 

Auxílio Teológico

O poder do Alto para evangelizar

“Nos círculos pentecostais, nenhum aspecto dos propósitos do batismo no Espírito tem recebido mais atenção do que a sua utilização para a evangelização do mundo. Isso é firmemente baseado em Atos 1.8: ‘Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra’. O livro de Atos é um comentário desses dois temas relacionados, que os discípulos receberiam poder quando o Espírito viesse sobre eles e de que eles seriam testemunhas de Jesus por todo o mundo.

 

Quando Jesus disse aos seus discípulos que eles seriam suas ‘testemunhas’, o pensamento não é tanto que seriam seus representantes, embora isso seja verdade, mas sim que iriam atestar a sua ressurreição. A ideia do testemunho ocorre ao longo do livro de Atos; ela é aplicada geralmente aos discípulos (1.8,22; 2.32; 3.15; 5.32; 10.39,41; 13.31) e especificamente a Estêvão (22.20) e a Paulo (22.15; 26.16).

A evangelização mundial pelos pentecostais, que aconteceu no século XX, é um testemunho da realidade da experiência pentecostal. Infelizmente, alguns historiadores e missiologistas da igreja moderna foram lentos ao reconhecer a tremenda contribuição do movimento pentecostal com relação à propagação do evangelho por todo o mundo” (PALMA, A. D. O Batismo no Espírito Santo e Com Fogo: Os Fundamentos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.86-87).


III – O AVIVAMENTO E AS MISSÕES TRANSCULTURAIS

Em Atos 1.8, Jesus disse que seus discípulos haveriam de levar sua mensagem “[...] até aos confins da terra”. Eles ganharam almas para Cristo, e abriram igrejas na Fenícia, em Chipre e em Antioquia (At 11.19).

 

1. Primeira igreja missionária.

A igreja em Antioquia já realizava as missões locais, ou missões urbanas, e muitas pessoas aceitaram a Cristo como Salvador (At 11.20,21). Por causa do crescimento da igreja em Antioquia, os discípulos mandaram para lá Barnabé. Aquela igreja tornou-se a primeira igreja missionária. Barnabé e Saulo foram os primeiros missionários, enviados para as missões transculturais (At 13.1-3). Foi através de Paulo que a Europa pré-cristã se tornou um continente cristão. Como vimos, em lição anterior, Deus levantou homens na unção do Espírito Santo para evangelizar o velho continente.

 

2. Evangelização e decadência espiritual da Europa.

A partir da Europa, o Evangelho espalhou-se para o mundo, chegando à América com os Peregrinos; alcançou a África, onde se destacou David Livingstone, de 1841 a 1873, ganhando muitas almas para o Reino de Deus. Foram movimentos espirituais tão extraordinários que se espalharam para outras partes.

 

Hudson Taylor foi missionário na China, de 1853 a 1905; e houve outros missionários que deram suas vidas à obra missionária transcultural, a partir da Europa.  Por falta de amor e interesse pela evangelização constante e intensiva, a Europa, que deu tantos missionários ao mundo, se transformou em pós-cristã, tornando-se um dos lugares mais carente do Evangelho de Cristo no mundo. Os crentes se acomodaram, deixaram de buscar o avivamento espiritual, conforme diz a Palavra de Deus (2 Cr 7.14). Há países no velho continente em que nem 5% das pessoas frequentam qualquer igreja. 

 

3. Clamor pelo avivamento espiritual.

As missões transculturais são as atividades missionárias que cumprem a última etapa da missão da Igreja: “até aos confins da terra” (At 1.8). Elas concretizam o ide imperativo de Jesus, que ordenou seus discípulos a irem “por todo o mundo” e pregarem “o evangelho a toda a criatura”. Esse objetivo missionário só pode ser alcançado se houver um avivamento espiritual em todas as igrejas, a começar pelos pastores, líderes ou dirigentes. Que Deus reavive sua obra em todo o mundo. Oremos, como Habacuque: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).

 

SINOPSE III

O avivamento é crucial para levar o Evangelho “até aos confins da terra”.


Auxílio Teológico

Ganhar almas é a missão suprema de todo discípulo de Cristo

“Evangelismo pessoal é a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é levá-los ao Salvador (Jo 1.41,42; At 8.30).

 

A importância do evangelismo pessoal vê-se no fato de que a evangelização dos pecadores foi o último assunto de Jesus aos discípulos antes de ascender ao céu. Nessa ocasião, Ele ordenou à Igreja o encargo da evangelização do mundo (Mc 16.15).


O alvo do evangelismo pessoal é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os crentes.

Ganhar almas foi a suprema tarefa do Senhor Jesus aqui na terra (Lc 19.10). Paulo, o grande homem de Deus, do Novo Testamento, tinha o mesmo alvo e visão (1Co 9.20). Uma grande parte dos crentes pensa que a obra de ganhar almas para Jesus é para os pregadores, pastores e obreiros em geral. Contentam-se em, comodamente sentados, ouvir os sermões, culto após culto, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, como disse o Senhor da seara (Jo 4.35). O ‘ide’ de Jesus para irmos aos perdidos (Mc 16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos, indistintamente, como bem revela o texto citado. Portanto, a evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos” (GILBERTO, Antônio. Prática do Evangelismo Pessoal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983, p.10).


CONCLUSÃO

Os cristãos avivados demonstram compromisso com Deus, com Cristo, e com a missão da Igreja. Eles têm amor pela obra de Deus e cooperam com a evangelização local, regional e transcultural. Em várias igrejas cristãs, mesmo no século da falta de fé, há demonstrações de avivamento espiritual, com a manifestação dos dons do Espírito Santo e o fervor na busca pelas almas perdidas. Essa é a missão maior da Igreja do Senhor Jesus Cristo.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como os discípulos estavam diante de Jesus triunfante e glorioso?

Jesus se apresentou triunfante e glorioso perante seus discípulos, que estavam desanimados, incrédulos, como se estivessem órfãos, abandonados.

2. Que mandato o Senhor Jesus deu aos discípulos?

Depois da ressurreição, Jesus deu aos discípulos o mandato da “grande comissão”.

3. Qual é o modelo de evangelização dinâmica local?

Esse é o modelo de evangelização dinâmica: não só pregar dentro das quatro paredes dos templos, mas o de realizar a evangelização pessoal nas casas e nos bairros.

4.  O que são missões regionais?

Podemos dizer que a missão regional é aquela realizada em locais mais distantes do centro de ação inicial. Num estado brasileiro, ou de outro país, há diversos municípios ou cidades do interior.

5. O que são missões transculturais?

As missões transculturais são as atividades missionárias que cumprem a última etapa da missão da Igreja: “até aos confins da terra” (At 1.8).

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