📝 Tema: SEPARADOS
PARA DEUS – Buscando a Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por
Ele| 1° Trimestre de 2023 – CPAD
🎓 Classe:
Jovens – Revista do
professor
✍️Comentarista: Natalino das Neves
TEXTO
PRINCIPAL
“Segui
a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14)
RESUMO
DA LIÇÃO
O
crente deve se esforçar para viver em paz com todos e para ser santo, pois a
santificação é indispensável para vermos o Senhor.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA
– Lv 10.10
Fazer
a diferença entre o santo e o profano
TERÇA – Lv 20.26
A
separação do povo de Deus
QUARTA -1 Co 6.9-11
Os
impuros e o Reino de Deus
QUINTA – Gl 5.16-17
Andar
em Espírito
SEXTA – Rm 8.18-23
Aguardando
a santificação final
SÁBADO -1 Pe 1.15
Santos
em toda a maneira de viver
OBJETIVOS
1)
APRESENTAR
a diferença entre o sagrado e o profano;
2)
EXPLICAR
o sentido da palavra santificação;
3)
DESTACAR
os três estágios do processo da santificação.
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor (a), com a graça de Deus vamos iniciar mais um
trimestre de Lições Bíblicas Jovens. O comentarista é o pastor Natalino das
Neves, pastor auxiliar na IEADC – Igreja Evangélica Assembléia de Deus em
Curitiba – PR. Ele é doutor em Teologia pela PUC (Pontifícia Universidade
Católica/Curitiba), onde também concluiu o pós-doutorado. Depois de apresentar
as principais abordagens do trimestre e o comentarista, explique que na sua
grande maioria as pessoas associam a santificação a questões de costumes, como
o modo de vestir, falar e se comportar. Todavia, a santificação é muito mais do
que isso. As Escrituras Sagradas afirmam que sem santificação ninguém verá ao
Senhor (Hb 12.14). Sem uma vida consagrada ao Senhor o crente não poderá
desfrutar da vida eterna no Céu.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), para a primeira aula do trimestre, sugerimos que você
reproduza a tabela abaixo. Utilize-a para mostrar aos alunos as principais
diferenças entre justificação e santificação.
JUSTIFICAÇÃO
|
SANTIFICAÇÃO
|
Posição legal (declarado
justo por meio da obra de Cristo).
|
Condição interna.
|
Instantânea
|
Continua (por toda
vida).
|
Obra de Deus.
|
Nós cooperamos com nosso
testemunho
|
Perfeita.
|
Não é perfeita nesta
vida – aperfeiçoamento.
|
Igual para todos os
cristãos
|
Diferentes graus entre
os cristãos salvos.
|
TEXTO
BÍBLICO
Levítico 20.1-8
1
Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2
Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer que, dos filhos de Israel ou dos
estrangeiros que peregrinam em Israel, der da sua semente a Moloque, certamente
morrerá; o povo da terra o apedrejará com pedras.
3
E eu porei a minha face contra esse homem e o extirparei do meio do seu povo,
porquanto deu da sua semente a Moloque, para contaminar o meu santuário e
profanar o meu santo nome.
4
E, se o povo da terra de alguma maneira esconder os olhos daquele homem que
houver dado da sua semente a Moloque e o não matar.
5
Então, eu porei a minha face contra aquele homem e contra a sua família e o
extirparei do meio do seu povo, com todos os que se prostituem após ele,
prostituindo-se após Moloque.
6
Quando uma alma se virar para os adivinhadores e encantadores, para se
prostituir após eles, eu porei a minha face contra aquela alma e a extirparei
do meio do seu povo.
7
Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus.
8
E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos santifica.
INTRODUÇÃO
Neste
trimestre, estudaremos a respeito da santificação, ou seja, a separação do
crente do mundo e das obras da carne para o uso exclusivo de Deus. Como já é do
seu conhecimento, o conteúdo da primeira lição é uma introdução à temática que
será estudada no decorrer do trimestre. Depois, na sequência, serão
apresentados os estágios da santificação, demonstrando sua dinâmica. Veremos,
de forma detalhada, as recomendações bíblicas a respeito do viver santo dos
filhos (as) de Deus. Ao final do trimestre, se você tiver participado de todas
as aulas, provavelmente estará mais preparado (a) para viver de modo mais puro
e santo em meio a uma sociedade corrompida pelo pecado.
I-
SAGRADO X PROFANO
1.
O sagrado e o profano.
Para
estudarmos a respeito do conceito de santidade em nossos dias, é indispensável
tratarmos da distinção entre o sagrado e o profano na Idade Antiga. A relação
do ser humano com o sagrado era determinada pelo sentimento de medo, de poder e
de desejo. O medo era visto como um sentimento capaz de afastar as pessoas de
tudo que fosse profano.
O
“poder” era representado por aqueles que detinham algum tipo de liderança
religiosa. 0 desejo era um conjunto de impulsos em direção à própria vontade:
os desejos carnais. Na Idade Antiga, o sagrado era visto como tudo aquilo que
era relativo à religião, ao culto e ritos e que não deveria ser infringido. O
profano era tudo aquilo que não pertencia à religião.
2.
A concepção e a vinculação com o sagrado.
As
sociedades, de um modo geral, têm concepções diferentes a respeito do sagrado.
No geral, os não crentes recebem tantas informações a respeito de Deus que
acabam por formar uma concepção nem sempre correta a respeito do Todo-Poderoso
e sobre o que é ser santo.
Algumas
pessoas não crentes têm concepções diferentes a respeito do que é divino e
sagrado, mas na sua maioria elas têm esperança em uma vida após a morte e,
consequentemente a uma prescrição de ritos e práticas como requisitos para se
alcançar este novo estágio depois da morte.
3.
A mediação entre o sagrado e o profano.
O
sagrado e o profano são antagônicos. Enquanto o sagrado tem origem em Deus e é
baseado nas Escrituras, o profano vem do maligno e encontra lugar no velho
homem, carnal. No Antigo Testamento quem cuidava das coisas divina era o rei, o
sacerdote e o profeta. 0 rei era quem comandava o povo. O sumo sacerdote era o
principal entre os sacerdotes e era o responsável pelo culto, pela adoração e
pelos sacrifícios na congregação dos filhos de Israel (Nm 15.25; Hb 5.1).
Sua
função era representar os israelitas diante de Deus. O profeta falava em nome
de Deus e exortava o rei, o sacerdote e o povo quando era preciso. A forma como
o crente se relaciona com o Senhor vai interferir no seu conceito de santidade.
Podemos ver tal verdade todas as vezes em que o povo apostatava da fé e passava
a seguir falsos deuses.
Entre
os israelitas, a vida religiosa estava diretamente relacionada a alguns
elementos sagrados: O sábado, o Templo, os sacrifícios e os sacerdotes
(mediadores). No Novo Testamento, o conceito de santidade supera a divisão
entre o sagrado e o profano, como veremos em lições mais adiante.
SUBSÍDIO 1
Prezado (a) professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte
pergunta: “O crente deve pensar e viver de maneira diferente do mundo?” Ouça os
alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique
que “o cristão hodierno deve diferir da sociedade em derredor quanto a comer,
beber e vestir-se, de tal modo que glorifiquem a Deus no seu corpo (cf. 1 Co
6.20; 10.31) e pela rejeição de todos os costumes pecaminosos sociais dos
ímpios. O crente precisa ser ‘santo em toda a vossa maneira de viver’ (1 Pe
1.15).
A ênfase nos detalhes à pureza cerimonial ressaltava a necessidade
da separação moral do povo de Deus, em pensamento e obras, em relação ao mundo
ao seu redor (Êx 19.6; 2 Co 7.1). Todos os aspectos da nossa vida devem ser
regulados pela vontade de Deus (1 Co 10.31).” (Adaptado de Bíblia de Estudo
Pentecostal Rio de Janeiro: CPAD, p. 200.)
II-
O QUE É A SANTIFICAÇÃO
1.
Compreendendo os termos “santo” e “santidade“.
No
hebraico, as palavras qadosh (santo) e qodesh (santidade) significam a
separação do que é comum ou impuro, e a consagração a Deus (Lv 20.24-26). O
termo é utilizado em Levítico 6.19-23 a respeito da consagração dos sacerdotes
e em Êxodo 29.37 quando trata a respeito da consagração do altar. Também é
utilizado no ato de consagração de um lugar, como ocorreu com o Monte Sinai (Êx
19.23). Outra utilização é para demonstrar a santidade de Deus, que o qualifica
para julgar pecados (Lv 10.3; Nm 20.13; Ez 28.22).
2.
As leis de Deus sobre os pecados sexuais.
Deuteronômio
22.13-30 trata a respeito das leis divinas sobre os pecados sexuais. Os
israelitas eram o povo de Deus, por isso deveriam evitar tais pecados ao se
estabelecer como nação na Terra Prometida, pois estavam cercados por povos que
eram impuros. No Novo Testamento, em Colossenses 3.5-8, Paulo reconheceu a
importância da pureza sexual. Tal pecado tem o poder de destruir pessoas e uma
nação, por isso é tão combatido nas Escrituras Sagradas.
3.
A santificação e a Septuaginta.
Na
Septuaginta, antiga versão grega do Antigo Testamento, a raiz hebraica que dá
origem à palavra santificação é traduzida, na grande maioria das vezes, pelo
termo “santo”. De forma geral, os termos utilizados pelos autores bíblicos para
se referirem à santificação têm como objetivo principal enfatizar o sentido de
separação das práticas consideradas pecaminosas. Eles também apontam para a
ideia de consagração e dedicação ao serviço do Reino de Deus, tendo como
parâmetro a justiça e a vontade do Senhor.
SUBSÍDIO 2
Prezado (a) professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte
pergunta: “Existe diferença entre santidade e santificação?” Ouça os alunos com
atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique os dois
conceitos dizendo que: “Santidade (do lat. sanctitatem). Perfeição moral.
Estado de quem se destaca pela pureza. Nas Sagradas Escrituras, a santidade tem
dois sentidos muito distintos:
1) É a separação do mal e do pecado; e
2) É a dedicação completa ao serviço do Reino de Deus. Santificação
(do lat. sanctifícatio’).
Separação do mal e do pecado, e dedicação ao serviço do Reino. É a
forma pela qual o filho de Deus aperfeiçoa-se à semelhança do Pai Celeste (Lv
11.44). A santificação só é possível através da Palavra de Deus e mediante o
sangue de Cristo (Jo 17.17; 1 Jo 1.7).” (ANDRADE, Claudionor Corrêa, Dicionário
Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, p. 326.)
PROFESSOR (A), talvez a melhor maneira de se definir santidade seja
pelo caráter de Deus. A Bíblia ensina claramente que a característica
fundamental de Deus é a santidade. Ele a aplica a si mesmo: ‘Sereis santos,
porque eu sou santo’ (Lv 4.44); as pessoas proclamam o fato: ‘[Ele] é Deus
santo’ (Js 24.19); os serafins, adorando a Deus, o afirmam: ‘Santo, santo, santo
é O Senhor dos Exércitos’ (Is 6.3; cf. Ap 48); até mesmo Jesus, o Filho de
Deus, o chama de ‘Pai Santo’ (Jo 17.11) (HORTON, Stanley M. Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. ig.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.
413).
III-
OS TRÊS ESTÁGIOS DA SANTIFICAÇÃO
1.
Santificação posicional ou inicial.
Esta
etapa da santificação ocorre de forma instantânea, trata-se do momento em que a
pessoa é justificada pela fé na obra vicária de Cristo e purificada de imediato
(2 Co 517). A justificação acontece por meio da fé e não pelos próprios méritos
de quem foi justificado.
A
eficácia da obra expiatória de Cristo na cruz é “creditada na conta” da pessoa
que creu (Rm 4.1-25). A Justificação é um ato de Deus, o Supremo Juiz, que muda
o ser humano de réu, condenado à perdição eterna, para a posição de santo e
justo diante dEle. Contudo ela é condicional, ou seja, eficaz enquanto se
mantém uma vida em santidade.
2.
Santificação contínua e progressiva.
A
santificação é dinâmica, um processo progressivo e contínuo. A santificação
contínua e progressiva acontece na vida da pessoa já justificada, como algo
natural, pois a pessoa, uma vez justificada, recebe uma nova natureza, que a
torna alguém que não se acostuma mais com uma vida de pecado. No entanto, ela
deve vigiar, pois a velha natureza continua atuando na vida do crente.
3.
Santificação final.
A
pessoa que é justificada ainda tem de conviver com a velha natureza; a
santificação somente alcançará seu estado pleno e perfeito quando a velha
natureza foi finalmente removida e mortificada. Portanto, a santificação final
não será alcançada nesta vida. Isto acontecerá somente com a glorificação,
quando os salvos receberão seus corpos glorificados, semelhantes ao de Cristo,
depois da ressurreição (1 Co 15-52).
SUBSÍDIO 3
“Logo no começo de nossa vida cristã, devemos ser declarados santos.
Essa declaração, feita por Deus, é chamada ‘santidade posicional’. É um modo de
expressar a grande doutrina da justificação ou, pelo menos, junto com ela.
Através da obra coroadora da expiação, Cristo tornou possível que o Deus vivo
santo nos visse — não conforme somos, mas envolvidos nas vestes da retidão de
Cristo (Fp 3.9).
Esse aspecto da santificação ocorre pela fé em Cristo, e é
instantânea — acontece no momento da conversão. Desse modo, somos santificados
desde o momento em que somos salvos. Por essa razão, Paulo podia dirigir-se aos
crentes das várias igrejas para as quais escreveu, algumas das quais precisavam
desesperadamente de correção, chamando-os de ‘santos’, no grego, bagioi,
‘santos’. Todos começamos em Cristo: como santos, portanto.
A Palavra ‘santo’ tem sido deturpada por algumas igrejas, que a
reserva a pessoas que põem num pedestal, às quais atribuem méritos extras, que
outros podem aproveitar. Na verdade, Cristo é o único cujos méritos nos são
disponíveis. Ninguém mais os possui.” (HORTON, Stanley M; MENZIES. William W.
Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.
125.)
CONCLUSÃO
Nesta
lição, aprendemos que desde o início da humanidade existe uma grande diferença
entre o sagrado e o profano, Contudo, de acordo com as Sagradas Escrituras,
sabemos que o sagrado é algo separado para uso exclusivo de Deus. Aprendemos
também que a santificação em nós ocorre em três estágios: a inicial, no momento
da conversão (passado); a contínua e progressiva durante a caminhada cristã
(presente) e a final com a glorificação do nosso corpo (futuro).
HORA DA REVISÃO
1- Como era visto o sagrado na Idade Antiga?
Na
Idade Antiga o sagrado era visto como tudo aquilo que era relativo à religião,
ao culto e ritos e que não deveria ser infringido.
2-
O que era o profano na Idade Antiga?
O
profano era tudo aquilo que não pertencia à religião.
3- Quem cuidava do que era sagrado no Antigo Testamento?
No
Antigo Testamento, a liderança religiosa que cuidava do que era divino era a seguinte:
o rei, o sacerdote e o profeta.
4- O que é santificação?
No
hebraico as palavras qadosh (santo) e qodesh (santidade) significam a separação
do que é comum ou impuro, e a consagração a Deus (Lv 20.24-26).
5- Quais os 3 estágios da santificação? Santificação
posicional, contínua e final.
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