Quatro elementos são
essenciais para que as aulas de escola dominical funcionem:
Conteúdo, Ação,
Relacionamentos e Experiência. Juntos formam a sigla inglesa C.A.R.E, cuja
pronúncia é “quer”, e significa amar, cuidar, ter interesse.
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1.
Conteúdo
Tradicionalmente, as escolas
dominicais têm se caracterizado por um só componente (Conteúdo), e pouca coisa
dos outros três. Isso já levou muitos adolescentes a achar essa escola no
domingo um lugar chato, impessoal, onde eles recebem informações e quase nada
mais. Mas se você bolar um programa contendo os quatro componentes da sigla,
irá maximizar o que os garotos aprendem (e provavelmente eles vão gostar
disso!)
O processo começa com conteúdo.
Que assuntos você vai ensinar?
Algumas vezes escolhemos um
tópico apenas porque está na revista que nossa igreja adota. Em outras, porque
cremos que os alunos precisam saber determinada matéria, ou os pais pedem que
ela seja dada. É possível também que tenhamos ido a um congresso ou seminário e
ouvimos uma boa palestra de um especialista sobre o assunto.
Seja qual for o caso, é muito importante
pensar bastante nos assuntos que pretendemos abordar, em nosso tempo de aula.
A não ser que você dê uma aula
puramente recreativa (e não é errado fazer isso, de vez em quando), um bom
conteúdo bíblico é necessário para que os alunos saibam em que creem e por que creem.
Quer nosso plano seja dar a matéria numa só aula, ou numa série de quatro, ou
em um ano, comecemos perguntando:
“Que conteúdo quero
comunicar?”
Essa pergunta vai apontar-nos
o alvo - aquilo que queremos que nossos alunos aprendam, sintam e façam quando
terminarmos a aula.
Uma vez identificados um ou
mais tópicos, estamos preparados para o segundo passo: criar um plano de ação
para comunicar o conteúdo.
2.
Ação
Quando penso nos vinte anos em
que frequentei escola dominical, um fato se destaca: não consigo me lembrar de
uma palestra sequer. Mas me lembro muito bem do dia em que ficamos quase
congelados, ao sairmos à rua para aprendermos a ter compaixão dos desabrigados.
Também me recordo da ocasião em que nossa classe se reuniu num sopão da cidade,
e dos debates sobre a evolução e a criação. Outra coisa de que me recordo foi
de quando estudamos o livro de Jonas dramatizando, e da sessão de perguntas e
respostas sobre sexo, com um casal recém-casado que se sentia meio acanhado.
Também me lembro de como minha
fé foi provada na primeira vez em que dei uma aula.
Muitas aulas de escola
dominical não funcionam porque passamos diretamente da escolha do assunto à
apresentação da aula. Assim uma aula que poderia ser uma experiência de aprendizagem
criativa, diversificada, cheia de ação, torna-se um monólogo entediante.
Pense como foi seu próprio
desenvolvimento na fé. De que tipos de lições você se lembra?
Quais as aulas que causaram mais
impacto em sua vida?
A maioria se recorda daquelas
que exigiram nossa participação, onde tivemos de fazer alguma coisa.
Você pode adicionar ação à sua
aula simplesmente diversificando sua maneira de comunicar. As lições ilustradas
com objetos, situações simuladas, dramatizações, excursões, discussões, entrevistas,
mesas redondas, debates, cadernos de atividades e jogos educativos interessam à
turma e ampliam o volume de conteúdo retido.
Além disso estaremos fazendo
como Jesus. Se ele tivesse instruído seus discípulos da maneira como ensinamos
as classes da escola dominical, ele os teria levado para dentro de uma sala, sentando-os
em filas de cadeiras, colocando ali um flanelógrafo e dando uma hora de aula.
Em vez disso, ele optou por ação.
Saiu a campo. Esse é um modelo
que vale a pena seguir.
3.
Relacionamentos
Um conhecido meu que é
especialista em crescimento de igrejas tem uma teoria que ele chama de fator
amizade. Sua tese é que as pessoas que visitam uma classe de escola dominical
assumirão o compromisso de se tornarem alunos, se fizerem amizade dentro do
grupo. Os que visitam e não fazem amizades, com o passar do tempo desaparecem,
por melhor que seja a programação.
Os jovens adoram a companhia
uns dos outros. Em vinte anos de trabalho na direção de programa para jovens,
ainda não encontrei um que me viesse procurar com o formulário do acampamento
ou do congresso para perguntar:
“Ray, qual vai ser o assunto
da sua palestra?”
O que eles perguntam (e o que
determina se eles vão ou não participar) é:
“Quem mais vai?”
Eles querem ir aonde os amigos
vão e onde podem fazer amizades.
A escola dominical oferece
grandes oportunidades para o desenvolvimento de relacionamentos. Você pode
iniciar (ou encerrar) cada aula separando dez minutos para cumprimentos ou
bate-papos. Assim terá tempo de programar uma variedade de atividades divertidas
que servirão para unir o grupo. Pode criar, por exemplo, um comitê de
boas-vindas e/ou de acompanhamento, encarregado de escrever bilhetinhos de
agradecimento aos visitantes, e também ligar para os que faltaram no domingo. A
classe pode comemorar os aniversários e outros eventos.
Ajudar os alunos a formar elos
uns com os outros fará com que experimentem o que Jesus quis dizer quando
ordenou: "... que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jo
15.12.)
4.
Proporcione experiência à sua turma
Um amigo me contou algo que
lhe aconteceu recentemente quando, pela primeira vez, deixou seu filho encher o
tanque no posto self-service. Ele pôs o revólver da bomba na mão do menino e
entrou no posto para efetuar o pagamento. Quando voltou, o garoto estava esguichando
gasolina no carro todo, ao invés de encher o tanque. (Felizmente, não pegou em
ninguém!) Ri com ele sobre sua experiência (enquanto procurávamos telefones de
oficinas), e logo me dei conta de como isso se aplica ao ensino na escola
dominical.
Jogar gasolina no carro pode
dar certo se a intenção é incendiá-lo, mas não o ajuda a ir a parte alguma. O
mesmo pode dizer-se da escola dominical. Nosso alvo é ajudar os alunos a
introduzir a verdade no coração.
Comecemos pensando em que o
conteúdo pode ajudá-los especificamente. Façamos perguntas, como:
🎯 “O que quero que meus alunos
saibam, sintam e façam?
🎯 “Como esses jovens podem experimentar
essas verdades no seu dia-a-dia?”
Em segundo lugar, demos aos
alunos a oportunidade de aplicar o que estão aprendendo. Dentro do período de
aula, temos de dar tempo para perguntas sobre a aplicação da lição, como por
exemplo:
“O que seria diferente em sua vida se você pusesse em prática essa
verdade em casa? na escola? com seus amigos? no grupo de jovens?”
A coisa mais importante que
devemos ter em mente, com respeito ao ensino da verdade, não é o que os jovens
aprendem, mas como a vida deles poderá ser diferente por causa daquilo que
aprendem.
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Artigo: Ray
Johnston