Lições Bíblicas BETEL:
4° Trimestre de 2022 | Título: A IGREJA E O ESPIRITO SANTO – A
necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais
TEXTO ÁUREO
“Mas
o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.” 1
Coríntios 14.3
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VERDADE APLICADA
As manifestações do Espírito em profecia, variedade de línguas e
interpretação de Línguas resultam em edificação, exortação e consolação ao
Corpo de Cristo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Falar sobre a confusão acerca dos dons de
elocução
Despertar no crente o desejo pela busca dos
dons
Mostrar a relevância do dons para a Igreja.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1
Coríntios 14.26-31
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA
– Am 3.7
Deus revela Seus planos aos profetas.
TERÇA
– Mt 7.15
O cuidado com os falsos profetas.
QUARTA
– 1 Co 12.31
A busca pelos dons
QUINTA
– 1 Co 14.3
Os objetivos da profecia.
SEXTA
– 1 Co 14.22
As línguas são um sinal para os infiéis
SÁBADO
– 1 Co 14.39
Não proibir falar em línguas estranhas.
HINOS SUGERIDOS: 289, 290, 291
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore
para que a igreja esteja alerta quanto aos falsos profetas.
ESBOÇO
DA LIÇÃO
Introdução
1–
Dons relacionados a elocução
2–
Variedade de línguas
3–
interpretação de línguas
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nesta
lição veremos os dons conhecidos como dons de elocução. Esses dons devem ser
empregados exclusivamente para edificação, exortação e consolação, para que não
haja desordem no seio da Igreja.
PONTO DE PARTIDA
Os dons devem edificar a Igreja
1- DONS RELACIONADOS A ELOCUÇÃO
A
profecia, a variedade de línguas e a interpretação das línguas, são
manifestações do Espírito Santo classificadas como dons de elocução. Os mesmos
capacitam o membro do Corpo de Cristo a falar sobrenaturalmente. Essas
manifestações sobrenaturais vindas da parte de Deus visam edificar, exortar e
consolar a Igreja de Cristo. Infelizmente, o que temos visto é que muitos, de
forma incorreta, dizem serem possuidores destes dons e assim enganam a muitos
com suas falsas manifestações.
1.1.
Profecia.
Este
dom nos permite ouvir a palavra inspirada do Espírito Santo e sermos
edificados, exorta dos ou consolados por ela. Esta voz profética se consolida
pelo cumprimento fiel e pelos resultados: “Mas, se todos profetizarem, e algum
indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado. Os
segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu
rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós:,
[1Co 14.24-25]. O Espírito Santo nos capacita com este dom para servirmos a
Igreja de Cristo [l Co 14.2-5].
Bispo Primaz Manoel Ferreira:
“Nos últimos anos este assunto tem sido tema de infindáveis
discussões, fazendo com que muitos fiquem confusos sobre o assunto. A Bíblia
nos faz ver que o dom de profecia é uma habilitação divina, ofertada ao crente para
edificação, exortação e consolação dos santos [1 Co 14.3].”
1.2.
A importância do dom de profecia para a Igreja de Cristo.
O
apóstolo Paulo possuía uma visão profunda sobre a importância do dom de
profecia para a Igreja de Cristo. Em um dos seus textos sobre o assunto, ele
exorta a igreja para buscá-lo: “Segui a caridade e procurai com zelo os dons
espirituais, mas principalmente o de profetizar” [1 Co 14.1]. Importa-nos
reiterar que a sua importância é tamanha, pois aquele que profetiza edifica toda
a igreja. Assim, através do dom de profecia, o Senhor fala abertamente de forma
simples e direta com o ser humano, com o intuito de edificá-lo, exortalo e
consolá-lo.
Stanley Horton (1 e 2 Coríntios, 2003,
p. 117):
“O dom da profecia está disponível a todos os crentes, não só aos
profetas [At 2.17-18]. O Espírito usa este dom em uma diversidade de modos para
levar a mensagem de Deus ao corpo de crentes. O “sermão” de Pedro no dia de
Pentecostes não foi um sermão na acepção comum da palavra. Antes, foi uma
manifestação do dom da profecia.”
1.3.
Julgar a profecia.
A
Igreja de Cristo, bem doutrinada, não tolera os falsos profetas em seu meio e
faz o uso correto dos dons espirituais, de acordo com a Palavra de Deus. Joao
em suas palavras, sedimenta que é dever da igreja julgar as profecias, para
ver se estão de acordo com a Palavra de Deus [1 Jo 4.1]. Ele manda provar a
veracidade dos profetas para ver se está em conformidade com a Bíblia. O
apóstolo Paulo também orienta a igreja sobre a necessidade de julgar [1 Co
14.29]. A igreja deve julgar, como comentou Stanley Horton, “meticulosa e
publicamente, com deliberada consideração e avaliação, o que o Espírito está
dizendo. Isto incluiria como a profecia se alinha com a Palavra de Deus, como
satisfaz a necessidade, qual é o propósito de Deus e o que os crentes devem
fazer com o que ouvem para edificar o corpo”.
Se
a Bíblia nos orienta a julgarmos e provarmos se a profecia é de Deus ou não, é
porque certamente existe a probabilidade de não ser de Deus. Satanás procura
implantar no Corpo de Cristo falsos profetas, para desestabilizar a saúde
espiritual da igreja e assim levá-la ao erro, provocando sérios prejuízos à
comunidade. Portanto, devemos julgar as profecias, de modo a saber se está de
ajuste com a Palavra de Deus, com a doutrina da Igreja, se é para a glória de
Deus e a salvação do ser humano. Se avaliarmos atentamente as profecias,
veremos que não devemos abdicar do auxílio do Espírito Santo para reconhecer a
correta voz do Senhor. Sendo assim, é importante termos o entendimento de que,
como pentecostais, o dom de profecia continua sendo útil para contribuir para a
edificação e o aperfeiçoamento dos santos.
EU ENSINEI QUE:
A Bíblia instrui que a profecia deve ser
julgada na igreja e que o profeta deve corresponder aos ensinamentos bíblicos.
2- VARIEDADE DE LÍNGUAS
Em
meio a tantas dúvidas que surgem sobre o dom de variedade de línguas, na
condição de dom, assim como os demais catalogados na Bíblia, podemos dizer que
este dom é uma das manifestações do Espírito Santo, quando este se revela através
de uma expressão falada de maneira divina nunca aprendida pela pessoa que fala.
2.1.
O ensino de Paulo sobre o dom de variedade de línguas.
Entre
os ensinamentos do apóstolo Paulo a respeito do dom de variedades de línguas
em 1 Coríntios 14, ele escreve sobre este dom com a finalidade de constituir
algumas diretrizes para ajustar a forma desorganizada de culto que a igreja de
Corinto estava realizando. Ainda a respeito deste dom, o apóstolo afirma que o
falar em línguas serve como um sinal para os infiéis [1Co 14.22].
Esequias Soares:
“O que significa o falar em línguas ser um sinal para os descrentes?
1 Coríntios 14.20-25 é uma das passagens paulinas mais difíceis. Até os
expoentes pentecostais mais respeitados no mundo reconhecem a sua dificuldade.”
2.2.
Expressão em línguas em Atos e em 1 Coríntios.
David
Lim (Teologia Sistemática, 1997, p. 476): “A diferença básica entre o fenômeno
das línguas em Atos e em 1 Coríntios está no seu propósito. Em Atos, as línguas
visam a edificação pessoal, deixando evidente que os discípulos realmente
haviam recebido o dom prometido do Espírito Santo, para revesti-los “do poder
do alto” [Le 24.49; At 1.4-5, 8; 2.4]. Não precisavam ser interpretadas. Em 1
Coríntios, o propósito era a benção a outras pessoas na congregação, por isso
era necessária a comunicação”. É preciso notar que nem todos que foram
batizados com o Espírito Santo exercerão um ministério contínuo de falar em
línguas na igreja local [1 Co 12.30].
Estevam Ângelo de Souza (Nos Domínios
do Espirito, 1987, p. 95):
“Já estudamos que não houve exigências quanto a manifestação das
línguas em Jerusalém, em Cesaréia e em Éfeso) e “todos falaram em línguas “,
mas quanto às línguas como dom de elocução há normas a considerar:
a) nem todos as possuem – 1 Co 12.30;
b) devem ser seguidas de interpretação – 1 Co 14.13- 26, 28;
c) estão sujeitas à limitação – 1 Co 14.27-28.”
FOCO NA LIÇÃO:
“Essas manifesta 6es sobrenaturais vindas
da parte de Deus visam edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo”
2.3.
O dom de variedade de língua serve para edificação do crente.
O
crente em Jesus, hoje, mais do que nunca, necessita do recobrimento de poder do
Espírito Santo e das manifestações dos dons espirituais. Daí a necessidade de
buscar estes dons espirituais em toda a sua plenitude. Entre os dons
difundidos pelo Espírito Santo, encontramos o dom de variedade de línguas, que
exerce a função da edificação pessoal do crente. O apóstolo Paulo deixou
registrado que este dom serve para que o crente edifique a si mesmo [1 Co
14.4]. Os pentecostais entendem que o crente, através do dom de variedade de
línguas, pode ser usado para a edificação da igreja, e, também, através do dom
de interpretação de línguas, pois, por meio desse, todos podem entender a
mensagem em sua própria língua.
Elinaldo
Renovato:
“A
variedade de línguas pode ser útil para a edificação pessoal. Paulo ensina
sobre isso de maneira bem clara: “O que fala língua estranha edifica a si
mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” [1 Co 14.4]. No caso de o crente
falar em línguas para sua edificação pessoal, não há necessidade de
interpretação: “Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale
consigo mesmo e com Deus” [1 Co 14.28]. É um dom valioso para a edificação
pessoal. O crente, cheio do Espírito Santo e edificado por Deus, pode ser usado
nas reuniões para edificação da igreja, através do dom de interpretação de
línguas:’
EU ENSINEI QUE:
Ainda hoje, Deus derrama através do
Espírito Santo o dom de variedade de línguas, como no dia de Pentecostes.
3- DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
Ao
tratar deste dom, o Bispo Primaz Manoel Ferreira afirmou: “O dom de
interpretação de línguas é a revelação divina do Espírito Santo que emprega um
crente para declarar a Igreja o significado das palavras pronunciadas pelo
profeta em outras línguas’.
3.1.
Uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo.
Na
igreja de Corinto havia desordens de toda natureza e os crentes assistiam a
tudo sem dar aos dons a devida importância. Algo que estava trazendo confusão a
igreja era a ausência do dom de interpretação de línguas. Em outras palavras,
estava ocorrendo a manifestação da variedade de línguas sem a interpretação das
línguas. Portanto, Paulo deixou registrada a seguinte orientação: “E, se alguém
falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua
vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja
e fale consigo mesmo e com Deus” [1 Co 14.27-28].
Bíblia de Estudo Pentecostal:
“Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o
portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada
em línguas. Tal mensagem, interpretada para a igreja reunida, pode conter
ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a
congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A
interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da
congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem [1 Co 14.6, 13, 26]. A
interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra
pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las [1 Co
14.13].”
FOCO NA LIÇÃO:
“… este dom é uma das manifestações do
Espírito Santo, quando este se revela através de uma expressão falada de
maneira divina nunca aprendida pela pessoa que fala.”
3.2.
O dom de interpretação de línguas está sujeito a outro dom.
Percebemos
na Bíblia de maneira incontestável que o dom de interpretação de línguas não
atua só, ele sempre estará atrelado a outro dom: variedades de línguas. Pastor
Elinaldo Renovato os chamou de “dons geminados”. Pastor Esequias Soares em sua
conhecida análise sobre o tema diz: “Este dom não é autônomo como os demais e o
único que depende da manifestação de outro, o dom de variedades de linguas”.
Ainda
sobre o assunto o Pastor Pentecostal Gordon Chown de maneira inteligente nos
legou uma importante informação sobre a necessidade de estes dois dons atuarem
juntos: ”A interpretação é tão milagrosa quanto a própria Língua, e isto quer
dizer que quem possui o Dom de Linguas nao vai procurar decifrá-la com a mente,
mas, sim, pede e recebe a Interpretação da mesma fonte divina de onde surgiu a
Língua”.
Bispo Primaz Manoel
Ferreira:
‘O dom de interpretação de línguas é a manifestação
sobrenatural pelo Espírito Santo que garante a plena edificação da Igreja. Não
restam dúvidas de que este dom não opera sozinho, ele sempre vai estar sujeito
a outro dom (variedades de línguas) para atuar:’
3.3.
Este dom deve ser empregado para a edificação da igreja.
As
línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação,
para que a igreja conheça o conteúdo e o significado da mensagem: “E, se alguém
falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua
vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja
e fale consigo mesmo e com Deus” [1 Co 14.27-28].
A
par da importância deste dom para a edificação da igreja, o apóstolo Paulo
deixou registrada a seguinte orientação: “E eu quero que todos vós faleis
línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é
maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete,
para que a igreja receba edificação.” [1 Co 14.5].
Stanley Horton:
“O dom de línguas
precisa de interpretação para ser eficaz na igreja. Alguns ensinam que, por
estarem alistados em último lugar, estes dons são os menores em importância.
Semelhante conclusão é insustentável.”
EU ENSINEI QUE:
O verdadeiro culto pentecostal não abre
mão dos dons de elocução, pois contribuem para a edificação do Corpo de Cristo.
CONCLUSÃO
Que
o presente estudo contribua para não ignorarmos e nem desprezarmos a variedade
das manifestações do Espírito, mas procuremos com zelo abundar nos dons
espirituais para edificação da igreja e a glória de Deus.
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