Lições Bíblicas BETEL:
4° Trimestre de 2022 | Título: A IGREJA E O ESPIRITO SANTO – A
necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais
TEXTO ÁUREO
“E
todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas,
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” Atos 2.4
VERDADE APLICADA
O batismo com o Espírito Santo é uma experiência distinta da
regeneração, evidenciada pelo falar em outras línguas, visando capacitação para
a evangelização.
CURSOS BÍBLICOS PARA VOCÊ:
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar
que o batismo com o Espírito Santo é uma experiência distinta
Destacar
as evidências do batismo com o Espírito Santo
Expor
o propósito do batismo com o Espírito Santo
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TEXTOS DE REFERÊNCIA
Atos
2
1-
E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2-
E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e
encheu toda a casa em que estavam assentados.
3-
E foram vistas por eles Línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram
sobre cada um deles
4-
E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas,
conforme o Espírito Santo !Eu concedia que falassem.
5-
E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações
que estão debaixo do céu.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA
– Lc 24.49
Até que do alto sejais revestidos de poder.
TERÇA
– Jo 1.33
Jesus é o que batiza com o Espírito Santo.
QUARTA
– At 1.8
A promessa de poder espiritual.
QUINTA
– At 5.32
O Espírito Santo é concedido aos obedientes
SEXTA
– At 40.46
Falar em línguas e magnificar a Deus.
SÁBADO
– Rm 14
O Espírito de santificação
HINOS SUGERIDOS: 367, 374, 387
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore
para que mais pessoas sejam batizadas com o Espírito Santo.
ESBOÇO
DA LIÇÃO
Introdução
1-
O batismo com o Espírito Santo é uma experiência distinta.
2–
Evidência física e inicial
3–
Propósito e resultados
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, veremos que o batismo com Espírito Santo é uma experiência distinta da
regeneração e tem a glossolalia como evidência física e inicial. Também veremos
o propósito e os resultados do batismo com o Espírito Santo.
PONTO DE PARTIDA
O batismo com o Espírito Santo é uma
experiência distinta.
1
- O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO É UMA EXPERIÊNCIA DISTINTA.
O
batismo com o Espírito Santo é uma experiência que denota um melhor no Espírito
Santo, um revestimento de poder visando capacitação para serviço e testemunho.
Ou seja, trata-se de mais uma das diversas ações do Espírito Santo como, dentre
outras, regeneração e santificação. Podemos observar no Novo Testamento que o
batismo no Espírito Santo se trata de uma experiência separada, distinta. É o
que vamos estudar neste tópico.
1.1.
Distinta da regeneração.
A
regeneração é mais uma obra do Espírito Santo [Jo 3.1-8; Tt 3.5]. Na
regeneração – segundo Strong, “mudança efetuada pela graça, de uma natureza
carnal, a uma vida cristã” – o Espírito Santo cria de novo, de maneira
instantânea, a natureza interior – “gerado novamente”. Paulo menciona “nova
criatura” [2Co 5.17] e Pedro diz: “nos gerou de novo”’ e “Sendo de novo
gerados” [1 Pe1.3,23]. O apóstolo Joao descreve os que são feitos filhos de
Deus como não nascidos nem do sangue e nem da vontade da carne, mas de Deus (Jo
1.12-13). É o Espírito Santo operando na vida do ser humano que ouve a mensagem
do evangelho e se arrepende.
Pastor Cesar Roza de Melo:
“A ação do Espírito Santo na vida do pecador tem como objetivo
esclarecer as verdades de Deus, mostrando-lhe a graça, a misericórdia e o amor
de Deus expresso no sacrifício de Cristo no Calvário. Com a queda, o homem
passou a ser dominado pela natureza pecaminosa vivendo uma vida desconexa com a
vontade divina. O homem se corrompeu tanto que a Bíblia o qualifica como filhos
da ira (Ef 2.3), filhos da desobediência e alguém morto em pecados e delitos
[Ef 2.1) (…) Jesus diz que precisamos ser perfeitos, como perfeito é o nosso
Pai, que está nos céus [Mt 5.48]. E através do Espírito que somos regenerados,
santificados e trans formados para viver a vontade de Deus”
1.2.
Distinta da santificação.
São
diversos os termos relacionados à expressão bíblica santificação: santidade,
consagração, separação. A ideia básica é de “separação do uso comum para
dedicação a Deus e ao seu serviço”: Deus nos chamou para a santificação [1Ts
4.7], “sem a qual ninguém verá o Senhor” [Hb 12.14]. Trata-se de uma obra do
Espírito Santo na vida do nascido de novo. Timothy P. Jenney (Teologia
Sistemática Stanley Horton, 1997, p. 407): “aquela operação contínua do
Espírito Santo, mediante a qual a santa disposição outorgada na regeneração é
mantida e fortalecida”. A Bíblia menciona “a santificação do Espírito”
produzida em nós, os salvos em Cristo Jesus [2Ts 2.13; 1Pe 1.2).
Bispo Abner Ferreira:
“Cremos
na atualidade dos dons espirituais e na necessidade de todo discípulo de Jesus
Cristo buscar a ousadia e o fervor pelo Espírito Santo para proclamar o
Evangelho. Contudo, também é bíblico que profetizar, expulsar demônio e fazer
maravilhas não é atestado de santidade [Mt 7.21-23). Notemos o que Jesus falou:
“praticais a iniquidade. Ou seja, clamavam “Senhor. Senhor!”, porém continuavam
a viver dominados pela concupiscência da carne”. Santificação é um processo que
se estende enquanto estivermos debaixo do sol [2Co 7.1).
1.3.
Distinta do batismo no Corpo de Cristo.
Sobre
este batismo, recorremos a 1 Coríntios 12.12-13. Na versão usada na Bíblia do
Culto, encontramos: “fomos batizados em um Espírito, formando um corpo. É a
ação do Espírito Santo trazendo ao Corpo de Cristo pessoas que se arrependeram
e nasceram de novo. O contexto está lidando com a unidade do corpo. Todos que
estão no Corpo foram alvos da ação do Espírito. Ou seja, não há lugar para
competição, soberba, menosprezo entre os membros Este texto nos remete a
Gálatas 3.27-28 “batizados em Cristo…sois um em Cristo”. Assim, é possível
afirmarmos que todos os que nasceram de novo são batizados pelo Espírito Santo,
mas não significa que todos já foram batizados como Espírito Santo. O batismo
no Espírito Santo é mais uma das diversas obras do Espírito.
Stanley Horton (I e II Coríntios, 2003, p.
119) faz um interessante e rico comentário sobre Coríntios 12.13 e defende que
a tradução mais adequada é “batizados pelo Espírito, considerando que este
texto bíblico revela uma outra ação do Espírito Santo na vida daquele que
nasceu de novo, ou seja, inserir o mesmo no Corpo de Cristo. Tal ação é
diferente do batismo com ou no Espírito Santo, que é efetuado por Cristo,
visando a capacitação. “Por conseguinte, o batismo em 1 Coríntios 12.13 é por
um Espírito no Corpo e é, portanto, distinto do batismo por Cristo no Espírito
Santo ocorrido no dia de Pentecostes. Os teólogos Anthony D. Palma, Antonio
Gilberto e Elienai Cabral também seguem esta interpretação.
EU
ENSINEI QUE:
O
batismo com o Espírito Santo é uma experiência que denota um mergulho no
Espírito Santo, um revestimento de poder visando capacitação para serviço e
testemunho.
2-
EVIDÊNCIA FÍSICA E INICIAL
A
glossolalia (línguas estranhas) trata-se de uma evidência externa, física e
inicial do batismo com o Espírito Santo [At 2.3-4]. As línguas estranhas, como
evidência do batismo com o Espírito Santo, estão em consonância com a Bíblia
Sagrada [At 10.45-46; 19.6].
2.1.
Sinais sobrenaturais no dia de Pentecostes.
No
dia de Pentecostes [At 2.1-4]. quando do derramamento do Espírito Santo,
conforme prometido anteriormente (At 1.4-5,8), o Senhor Deus surpreende que
estavam reunidos com três sinais: um som, como de um ventos línguas se
partidas, como que de fogo e falar em outras línguas. Lembremos que vento e
fogo faziam parte de algumas manifestações divinas registradas no Antigo
Testamento [Êx 14.21; 19.16-18; Dt 5.4; Ez 37.9-10).
Assim,
é possível conectar o fogo e o vento indicando a manifestação divina na casa em
que estavam reunidos e línguas, indicando capacitação para testemunho profético
Cremos que Lucas, inspirado pelo mesmo Espírito, adequadamente registro: “veio
do céu”! Nosso Senhor, ao iniciar Seu ministério terreno, orou, o céu se abriu
e o Espírito Santo desceu (Lc 3.21-22). Agora. Seus discípulos também oram
aguardando o cumprimento da promessa “vem do céu” mesmo Espírito derramado (At:
1.14; 2.2-4).
Anthony D. Palma (O Batismo no Espírito
Santo com Fogo, 2016, p. 56) “Precisamos perceber, no
entanto, que o vento e o fogo precederam o enchimento do Espírito; não foram
parte dele. E mais, em nenhum outro trecho do livro de Atos esses elementos são
mencionados novamente em conjunção com pessoas sendo cheias como Espírito.
Esses foram acontecimento únicos e para marcar a total inauguração de uma nova
era no procedimento de Deus com o seu povo”.
FOCO
NA LIÇÃO: “O batismo com o Espírito Santo é uma experiência que denota
um mergulho no Espírito Santo, um revestimento de poder visando capacitação
para serviço e testemunho.”
2.2.
Línguas estranhas como evidência inicial.
Diferentemente
de nós, pentecostais, que acreditamos ser as línguas estranhas uma evidência do
Espírito Santo, alguns outros não possuem esse entendimento, pois acreditam que
esse batismo é evidenciado por outros meios, fazendo com que critiquem a
glossolalia com frequência. Estes homens concordam que o falar em línguas
estranhas não é para os nossos dias. Os pentecostais asseguram que há pelo
menos três narrativas em Atos dos Apóstolos que as línguas estranhas são
visivelmente unificadas ao batismo com o Espírito: no dia de Pentecostes,
quando os 120 falaram línguas [At 2.4], na conversão de Cornélio e sua família
[At 10.44,46) e o evento que ocorreu com os crentes em Éfeso [At 19.1-6].
Anthony D. Palma (O Batismo no Espírito
Santo e com Fogo, 2016, p. 78-79)
contenta sobre o falar em Línguas como sinal do batismo
no Espírito: “É a única manifestação associada com o batismo no Espírito em
Atos que é explicitamente apresentada como uma evidência que autentica a
experiência. R. Menzies comenta, apropriadamente, que a doutrina pentecostal de
línguas como única evidência inicial “e única inferência correta devido ao
caráter profético do dom pentecostal e ao caráter evidência do falar em
línguas” Ele diz também que a glossolalia também serve especialmente de
evidência por causa de seu caráter não usual e demonstrativo”.
2
3. Falar em línguas e a natureza profética.
O
“falar em outras línguas” ou “falar línguas” [At 2.4; 10.46; 19.6] nos remete a
natureza profética e missionária do dom pentecostal. Importante aproveitarmos
este estudo para fazermos esta associação, pois contribui para não esquecermos
que o revestimento de poder visa ao comissionamento e capacitação para serviço
e testemunho. Afinal o próprio Senhor disse: “recebereis e ser-me-eis
testemunhas” [At 1.8). Que a Igreja continue sendo inspirada pelo Espírito
Santo a “falar das grandezas de Deus” [At 2.11], “magnificar a Deus” [At 10.46],
“anunciar as virtudes” de Deus [1 Pe 2.9], com ousadia, em todo o tempo, até
que Cristo Venha!
Robert P. Menzies (Pentecostes, 2016,
p. 62-63)
escreve sobre Lucas -Atos e o papel das línguas na Igreja: “Não deixemos
escapar a importância de manter as ligações verbais entre o termo em grego da
expressão línguas de Atos 2.4; 10.46 e 19.6. Isso se torna evidente quando
examinamos o que Lucas entende sobre o papel das línguas na vida da igreja. Uma
leitura atenta da narrativa de Lucas revela que ele vê o falar em línguas como
um tipo especial de fala profética. O falar em línguas está associado com
profecia em cada uma Das três passagens que descrevem esse fenômeno em Atos.
EU ENSINEI QUE:
A glossolalia é uma evidência clara e incontestável do batismo com o
Espírito Santo.
FOCO
NA LIÇÃO: “As línguas estranhas, como evidência do batismo com o
Espírito Santo, estão em consonância com a Bíblia Sagrada [At 10.45-46; 19.6].
3-
PROPÓSITO E RESULTADOS
Um
estudo à luz da Bíblia acerca do propósito e dos resultados do batismo no
Espírito Santo muito contribui para atestar a validade da ênfase dada pelo
movimento pentecostal quanta a importância de buscar esta experiência, desfazer
alguns equívocos quanta as expectativas geradas com a vivência da experiência e
reforçar que se trata de uma experiência distinta no sentido de separabilidade
e qualidade.
1.1.
Propósito do batismo com o Espírito Santo.
Iniciemos
a presente reflexão com dois textos extraídos de Lucas-Atos que registram
palavras de Jesus sobre a razão dos discípulos precisarem serem revestidos de
poder: Lucas 24.49 – notar que este versículo terá forte conexão com o
versículo 47. Para pregar, eles deveriam aguardar o revestimento de poder; Atos
1.8 – revestimento de poder para ser testemunha. John Wyckoff cita Stronstad ao
escrever sobre o propósito do batismo no Espirito Santo (Teologia Sistemática –
Stanley Horton, 1997, p.456): “Já que o dom do Espírito era carismático ou
vocacional para Jesus e a Igreja Primitiva, assim também deve ter uma dimensão vocacional
na experiência do povo de Deus hoje’ Afinal, também precisamos de poder para
anunciar o Evangelho de modo eficaz.
Pastor Esequias Soares:
“Esse batismo é a plenitude do Espírito na vida de quem tem Jesus no
coração. Isso significa o revestimento do poder de Deus para o serviço divino,
a capacitação do Espírito para que todos possam testemunhar de Jesus com
liberdade e ousadia [At 1.8].
3.2.
Os primeiros discípulos depois do Pentecostes.
Uma
leitura isenta do Novo Testamento revela a postura dos primeiros discípulos de
Jesus Cristo depois do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Após a experiência pentecostal, vemos a ousadia, o entusiasmo, a vida de
oração, a prontidão no anúncio do Evangelho dos primeiros discípulos, a
perseverança mesmo diante das perseguições e ameaças [At 2.14; 3.6; 3.12;
4.13,31; 7.55; 8.4; 13.52]. Como nos exemplos registrados no Antigo Testamento
é vistos na lição passada, uma pessoa cheia do Espírito Santo resulta em um
viver comprometido com a tarefa missionária e identificado com o progresso
espiritual [Jo 7.38-39].
Batismo no Espírito Santo, Editora
Carisma, 2019, p. 104): “Stanley Horton escreveu sobre Paulo ter sido cheio do
Espírito Santo em Atos 9: “Podemos ver também que Paulo era certamente cheio
com o Espírito quando Ananias orou por ele. Paulo não saiu de Damasco. Ao invés
disto, imediatamente “ele começou a pregar nas sinagogas que Jesus é o Filho de
Deus”. Na verdade, ele “cresceu mais poderoso e desconcertou os judeus que
viviam em Damasco ao provar que Jesus é o Cristo” [At 9.20, 22]. A ênfase de
Lucas no poder e eficácia da pregação de Paulo mostra que o Espírito Santo fez
a diferença, e o poder foi o poder do Santo Espírito, como Jesus havia
prometido em Atos 1.8.”
3.3.
Os resultados do batismo com o Espírito Santo.
O
batismo com o Espírito Santo é uma experiência da da por Deus para o
revestimento de poder. Não podemos esquecer que o Reino de Deus é um Reino de
poder, porque Deus tem todo o poder nas Suas mãos. Assim, o resultado desse
revestimento vindo do céu consente ao crente o poder para combater contra as
forças do mal no poder do Espírito Santo [Lc 9.1; 10.19; At 4.7-10]. Anthony D.
Palma (O Batismo no Espírito Santo e com Fogo, 2016, p. 94) “Os pentecostais
precisam estar cuidadosos para não enfatizar o batismo no Espírito apenas como
o falar em línguas e a evangelização mundial. Fazer isso é excluir ou restringir
a obra do Espírito em outros aspectos da vida de um crente”.
Pastor Antonio Gilberto falou sobre
quatro resultados do batismo com o Espírito Santo na vida do crente:
“1)
Edificação espiritual individual [1Co 14.4, 15];
2)
Maior dinamismo espiritual [Mc 14.66-72; At 4.6-20];
3)
Maior desejo e resolução para orar e interceder [At 3.1; 4.24-31; 6.4; 10.9; Rm
8.26];
4)
Maior glorificação do nome do Senhor [Jo 16.13-14].”
EU ENSINEI QUE:
O batismo com o Espírito Santo é revestimento de poder para anunciar
o Evangelho de modo eficaz.
CONCLUSÃO
Que
cada discípulo de Cristo na atualidade seja despertado para buscar o batismo
com o Espírito Santo e aqueles que já passaram pela experiência sejam
estimulados a buscar continuamente serem cheios do Espírito Santo, para
edificação da Igreja e a glória de Deus.
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