🔥 Classe Dominical: Lições Bíblicas Adultos
✔️ 9 de
Outubro de 2022 - Trimestre: 4° de 2022
📚 Editora: CPAD
✍️Comentarista: Esequias Soares
📝 Revista: A
Justiça Divina: A Preparação do Povo de Deus para os Últimos Dias no
Livro de Ezequiel
📚 TEXTO ÁUREO
‘E tu ó filho do homem, assim diz o
Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem, sobre os quatro
cantos da terra. (Ez 7.2)
💡 VERDADE PRÁTICA
O atalaia de Deus soa o alarme do
iminente perigo, anuncia que o inevitável juízo divino se aproxima.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda – Ez 7.24-26 O fim é uma referência à destruição de Jerusalém
Terça – 2 Rs 21.12-14 Deus anunciou a chegada do “fim” com mais de cem anos de
antecedência
Quarta – Jr 27.6,7 Nabucodonosor foi constituído como o azorrague divino para
açoitar Jerusalém
Quinta – Jr 26.3 O livramento de Judá e Jerusalém pode acontecer se houver
arrependimento
Sexta – 2 Cr 36.14-16 A apostasia e a rebelião contra Deus resultaram na
destruição da cidade e do Templo
Sábado – Gl 6.7 A nação de Judá precisava colher o que plantou
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ezequiel 7.1-10
1 – Depois, veio a palavra do SENHOR a
mim, dizendo:
2 – E tu, ó filho do homem, assim diz o
Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro
cantos da terra.
3 – Agora, vem o fim sobre ti, porque
enviarei sobre ti a minha ira, e te julgarei conforme os teus caminhos, e
trarei sobre ti todas as tuas abominações.
4 – E não te poupará o meu olho, nem
terei piedade de ti, mas porei sobre ti os teus caminhos, e as tuas abominações
estarão no meio de ti; e sabereis que eu sou o SENHOR.
5 – Assim diz o Senhor JEOVÁ: Um mal,
eis que um só mal vem.
6 – Vem o fim, o fim vem, despertou-se
contra ti; eis que vem;
7 – vem a tua sentença, ó habitante da
terra. Vem o tempo; chegado é o dia da turbação, e não da alegria, sobre os
montes.
8 – Agora, depressa derramarei o meu
furor sobre ti, e cumprirei a minha ira contra ti, e te julgarei conforme· os
teus caminhos, e porei sobre ti todas as tuas abominações:
9 – E não te poupará o meu olho, nem
terei piedade; conforme os teus caminhos, assim carregarei sobre ti, e as tuas
abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu, o SENHOR, castigo.
10 – Eis aqui o dia, eis que vem; veio
a tua ruína; já floresceu a vara, reverdeceu a soberba.
Hinos Sugeridos: 334, 469, 570 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A lição desta semana tem
como propósito analisar o capítulo 7 do Livro de Ezequiel, que tem como base o
juízo de Deus para a terra de Israel, bem como para o mundo. Aqui, a profecia
de Ezequiel transborda para a dimensão global. O estudo dessa porção bíblica
tem como um dos principais objetivos, avaliar o nosso relacionamento com Deus.
Estamos diante de um Deus soberano que um dia pedirá contas de cada ato do ser
humano. Como cristãos, estamos conscientes dessa realidade espiritual futura?
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I)
Apresentar de
modo geral a profecia do capítulo 7 de Ezequiel;
II)
Enfatizar o
sentido, as expressões repetidas sobre o fim e repetição da sentença;
III)
Identificar o
inimigo que servirá como instrumento do juízo divino.
B) Motivação: A mídia, de
modo geral, nos revela uma série de fatos que mostra uma impiedade
generalizada: Corrupção política; práticas violentas contra pessoas indefesas;
expansão de poderes paralelos que escravizam pessoas de baixa renda nas
comunidades periféricas das cidades; generalização da cultura da pornografia;
naturalização do aborto etc. A Bíblia mostra que o Deus todo-poderoso não está
alheio à cultura de pecado dos seres humanos. Ele não dorme.
C) Sugestão de Método:
Para introduzir a primeira lição, a partir do texto da motivação, leve para a
sala de aula, notícias que mostram o quanto o processo de pecado tem se
aprofundado no mundo. Correlacionar esse quadro com o capítulo 7 de Ezequiel, e
inicie a exposição do primeiro tópico enfatizando a iminência do fim na
profecia de Ezequiel. Deixe claro que a impiedade concreta por parte dos
habitantes de Israel é a razão para o juízo de Deus. E acrescenta que não será
diferente nos últimos dias.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Estar
consciente a respeito do juízo de Deus não significa viver com medo do juízo
iminente. A vida cristã não é só juízo, mas também misericórdia, alegria e paz.
Entretanto, a doutrina do juízo divino também é uma doutrina bíblica que não pode
ser ignorada pelos cristãos. É preciso observar todo o conselho de Deus.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.37,
você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto ”A Profecia no capítulo 7” pontua aspectos do juízo divino
e o correlaciona com os nossos dias; 2) O texto ”A Descrição da Destruição”
enfatiza o nível de destruição segundo o juízo divino.
INTRODUÇÃO
O juízo divino descrito no discurso
profético do capítulo 7 é endereçado à ”terra de Israel”, ou seja, particularmente
aos seus habitantes, mas tem implicações globais. Os contemporâneos de Ezequiel
na Babilônia, e até mesmo em Jerusalém, recusaram a mensagem dos profetas,
principalmente de Ezequiel e Jeremias, por não acreditarem que Javé permitisse
que os ímpios conquistassem a cidade e destruísse o Templo.
Palavra Chave: FIM
I – SOBRE A PROFECIA
1. Introdução (vv.1,2a).
Ezequiel introduz a profecia com a
fórmula usual dos profetas de Israel ”veio a palavra do Senhor a mim, (v.1). A
chancela de autoridade divina ”assim diz o Senhor Jeová” é a marca registrada
dos profetas de Javé. Isso mostra que Deus é a fonte da profecia (2 Pe
1.20,21). Era uma comunicação divina inconfundível, diferentemente da natureza
da atividade profética inicial, que ocorria por meio de visões. Essa fórmula
verbal de revelação indicava ser a mensagem recebida de forma externa, direta e
audível.
2. Extensão (v.2b).
A expressão hebraica ‘adamah ysrael
para ”terra de Israel” (v.2) aparece 17 vezes no livro de Ezequiel e em nenhum
outro lugar do Antigo Testamento. Isso indica a ira divina sobre o povo de
Israel no seu próprio território. Mas ninguém deve restringir esse castigo
somente a Jerusalém, pois ele tem também um caráter cósmico, portanto,
extensivo a outros lugares. Isso fica claro pelo uso da expressão escatológica
”o fim vem sobre os quatro cantos da terra” (v.2), que aparece na Bíblia para
se referir a toda a terra (Is 11.12; Ap 7.1).
3. Quando? (vv.3a, 8a).
O ”agora” no versículo 3 é no hebraico
‘attah ”agora” que ressalta a iminência do fim. Esse advérbio reaparece no
versículo 8 acrescido da palavra ”depressa”, assim ”depressa derramarei o meu
furor sobre ti”. Essa urgência é também demonstrada pela construção gramatical
do verbo hebraico ba’, “vir”, que aparece dez vezes nesse curto trecho da
profecia.
Em quatro delas a ação está em
andamento, pois o particípio hebraico indica uma ação contínua e ininterrupta:
”eis que um só mal vem” (v.5b); ”eis que vem” (v.6b): vem a tua sentença”
(v.7a); ”Eis aqui o dia, eis que vem” (v.10).
SINOPSE I
O
profeta Ezequiel anuncia a hora do acerto de contas de Judá e Jerusalém com o
Deus Javé.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
A PROFECIA NO CAPÍTULO 7
Basicamente, no capítulo
7, podemos desenvolver seis aspectos da profecia de juízo contra Israel:
1) será uma destruição
completa (vv.1-6);
2) Uma destruição
iminente (vv.7-10);
3) uma destruição
inevitável (vv.10_-15);
4) não haveria obstáculo
para essa destruição (vv.16-19);
5) o templo não seria
poupado (vv.20-22);
6) uma destruição
universal (vv.23-27).
A Bíblia de Estudo
Pentecostal traz um comentário que resume esse estado de coisa, fazendo conexão
com os acontecimentos para estes últimos dias: ”O dia da ira e da destruição
estava bem próximo dos israelitas. Sua rebelião contra Deus terminaria
abruptamente (vv.2,3,6), quando Ele os castigasse pelas suas abominações;
poucos sobreviveriam.
Hoje, até parece que Deus
não está atento à iniquidade e a imoralidade das nações Porém, a Bíblia nos
assegura repetidas vezes que o dia do Senhor está perto (cf. Am 5.18-20), um
dia de grande julgamento, que trará destruição e a ira divina sobre o mundo
inteiro (ver 1 Pe 4.7,17. Assim como o dia do Senhor veio, por fim, contra
Judá, assim também virá contra todos os ímpios, impuros e arrogantes deste
mundo (ver 1 Ts 5.2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
1995, p.1179).
II – SOBRE O FIM
1. Sentido (vv.2b, 3a, 6).
A palavra ”fim” do hebraico, qéts, ”fim,
destruição, ruína, morte, condenação”, ou ha-qéts, ”o fim,” trata-se de um
substantivo usado em contexto de julgamento (Gn 6.13; Am 5.18-20; 8.2). Ele
aparece cinco vezes nos versículos 2, 3 e 6 num discurso poético cujo objetivo
é causar impacto nos leitores originais. A literatura poética bíblica se
sobressai não apenas pela sua beleza, mas também pela facilidade do povo em
memorizar sua mensagem.
2. Expressões repetidas sobre o fim.
A repetição das expressões ”Vem o fim,
o fim vem” (v.2); ”Agora, vem o fim” (v.3); ”Vem o fim, o fim vem” (v.6); ”eis
que vem; veio a tua ruína” (v.10) chama a atenção de qualquer leitor. Talvez a
intenção de Ezequiel, como atalaia de Israel, tenha sido causar pânico no
destinatário original. Os profetas, durante séculos, vinham chamando o povo,
que era conhecedor da lei de Moisés e do Pacto do Sinai, ao arrependimento.
Agora, o povo estava sendo informado de que o juízo divino era real.
3. A repetição da sentença.
Os versículos 4 e 9 estão repetidos.
Ninguém deve se surpreender com a intensidade esse juiz anunciado de antemão,
pois é compatível com a natureza divina (Na 1.3). Um dos objetivos desse juízo
é a erradicação da idolatria, a causa das abominações (vv.3,4,8,9), visto que a
casa de Israel recusou esse remédio pelo arrependimento (2 Cr 36.16). Todos
estão sendo informados, de antemão, sobre a causa da destruição e lhes é dada a
oportunidade de arrependimento. É uma reflexão relevante, também em nossos
dias, porque somos seres morais e prestaremos contas a Deus pelos nossos atos
(Ec 12.13,14; Gl 6.7).
SINOPSE II
O capítulo 7 traz uma série de expressões
e sentenças que confirmam o sentido de destruição total no fim.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A DESCRIÇÃO DA DESTRUIÇÃO
Quando chegar a vez do
sofrimento de Judá, a destruição será completa. A última parte do versículo 10
e a primeira parte do versículo 11 foram traduzidas da seguinte forma: ‘A
arrogância floresceu. A insolência brotou. A violência tomou a forma de um
rebento de maldade’ (Smith-Goodspeed). Na expressão: nem haverá lamentação (11),
a palavra que foi traduzida por lamentação também pode se referir àquilo que é
glorioso ou bonito. A RSV traz ‘preeminência’, mas admite numa nota de rodapé
que o hebraico não é claro. A passagem provavelmente significa que nada de
importante ou de extraordinário será deixado em toda a terra” (Comentário
Bíblico Beacon: Isaías a Daniel. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2014,
pp.444,45).
III – SOBRE O INIMIGO
1. ”Já floresceu a vara” (v.10).
Ezequiel faz uma analogia botânica, uma
metáfora que se perdeu no tempo. A palavra profética anuncia: ”veio a tua
ruína; já floresceu a vara, reverdeceu a soberba” (Ez 7.10).
O que essas palavras significam? Há
diversas interpretações que não cabem neste comentário, mas dentre as três
principais, a mais aceitável é a que considera essa ”vara” como o rei
Nabucodonosor. Assim como o rei da Assíria foi o chicote de Deus para açoitar
Samaria, os filhos de Israel do Reino do Norte (2 Rs 17.3; Is 10.5; 20.1), da
mesma forma Javé usou o rei da Babilônia, Nabucodonosor como azorrague para
chicotear Jerusalém, em Judá (Jr 27.8; 51.20-24).
2. ”Reverdeceu a soberba” (v.10b).
O rei Nabucodonosor extrapolou os
limites, foi cruel na aplicação dos castigos (2 Rs 25.7; 2 Cr 36.17; Jr
52.10,11), Deus não mandou o rei proceder dessa maneira, por isso o furor de
Javé se acendeu contra a Babilônia (Jr 51.34,55,56). Essa reação divina é
exemplar, pois, ainda hoje, Deus julga os poderosos que abusam da autoridade e
cometem atrocidades. Às vezes, isso respinga também no próprio povo; mas o castigo
definitivo é individual e na eternidade.
3. O rei Nabucodonosor.
O nome ”Nabucodonosor” é de origem
acádica, antiga língua da Mesopotâmia, Nabú-kudurri-utsúr, que significa ”Nabu
protegeu minha herança”. A forma que mais se aproxima do original no hebraico é
Nebuchadre’tsar e aparece 30 vezes no Antigo Testamento, sendo quatro em
Ezequiel (26.7; 29.18,19; 30.10). A forma alternativa é Nebuchadne’tsar (Jr
27.6,8,20; 28.3,11,14; 29.1,3); a Septuaginta e Josefa empregam a forma grega,
Nabouchodonosor. Ele era filho de Nabopolassar, que reinou 21 anos na Babilônia
(625-605 a.C.). Nabucodonosor reinou 43 anos (605-562 a.C.).
4. A Babilônia.
O nome ”Babilônia” é também de origem
acádica, Bâb-ilí, ”portão de deus”; o Antigo Testamento hebraico usa bâbel, ”Babel”,
e a Septuaginta usa a forma grega Babylôn, ”Babilônia”. O nome do país é o
mesmo da sua capital. Caldeus e babilônios eram, no princípio, povos distintos.
A palavra kashdu significa ”conquistadores”, era usada para identificar as
diversas tribos semitas que povoavam o norte do Golfo Pérsico, no sul da
Babilônia, desde os dias de Abraão (Gn 11.28,31; 15.7). Isaías fala de
babilônios e caldeus referindo-se ao mesmo império (Is 13.19; 47.1,5;
48.14,20).
SINOPSE III
O versículo 10 dá uma pista a respeito da
identidade do inimigo que vai causar todo o mal sobre Jerusalém: o rei
Nabucodonosor.
CONCLUSÃO
Os julgamentos divinos na história
mostram que o pecado jamais ficará impune e que a única maneira de escapar da
condenação é através do arrependimento e da fé. Israel não tinha desculpa, não
podia alegar ignorância, pois o povo dispunha de Moisés, do ensino dos antigos
sábios, da revelação dos profetas e do conselho dos sacerdotes. O apelo
dramático de Ezequiel é um exemplo clássico dessa verdade.
REVISANDO O CONTEÚDO
1) O que indica a fórmula ”veio a
palavra do Senhor a mim”?
E, qual a chancela de autoridade
espiritual? ”Veio a palavra do Senhor a mim” era a fórmula dos profetas de
Israel. E a chancela de autoridade espiritual é “Assim diz o Senhor Jeová”
2) Por que ninguém deve se surpreender
com a intensidade do juízo anunciado?
Porque ele é compatível com a natureza
divina (Na 1.3)
3) Quem Javé usou como chicote para
açoitar Samaria e Jerusalém?
Samaria: o Rei da Assíria; Jerusalém: o
rei da Babilônia.
4) Por que o furor de Javé se acendeu
contra a Babilônia?
Porque o rei da Babilônia extrapolou os
limites na aplicação dos castigos pois é compatível com a natureza divina (Na 1.3).
5) De onde vem o nome ”Babel” e qual o
seu significado?
Vem da língua acádica, Bâb-ili; que
significa “portão de deus”; a Septuaginta usa a forma grega Babylôn,
“Babilônia”.
VOCABULÁRIO
Azorrague: Corda formada por várias correias presas num cabo ou pau;
açoite.
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