Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição 2 - Vem o Fim

🔥 Classe Dominical: Lições Bíblicas Adultos

9 de Outubro de 2022 - Trimestre: 4° de 2022

📚 Editora: CPAD

Comentarista: Esequias Soares

📝 Revista: A Justiça Divina: A Preparação do Povo de Deus para os Últimos Dias no Livro de Ezequiel

📚  TEXTO ÁUREO

E tu ó filho do homem, assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem, sobre os quatro cantos da terra. (Ez 7.2)

💡  VERDADE PRÁTICA

O atalaia de Deus soa o alarme do iminente perigo, anuncia que o inevitável juízo divino se aproxima.

 LEITURA DIÁRIA

Segunda – Ez 7.24-26 O fim é uma referência à destruição de Jerusalém

Terça – 2 Rs 21.12-14 Deus anunciou a chegada do “fim” com mais de cem anos de antecedência

Quarta – Jr 27.6,7 Nabucodonosor foi constituído como o azorrague divino para açoitar Jerusalém

Quinta – Jr 26.3 O livramento de Judá e Jerusalém pode acontecer se houver arrependimento

Sexta – 2 Cr 36.14-16 A apostasia e a rebelião contra Deus resultaram na destruição da cidade e do Templo

Sábado – Gl 6.7 A nação de Judá precisava colher o que plantou

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ezequiel 7.1-10

1 – Depois, veio a palavra do SENHOR a mim, dizendo:

2 – E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra.

3 – Agora, vem o fim sobre ti, porque enviarei sobre ti a minha ira, e te julgarei conforme os teus caminhos, e trarei sobre ti todas as tuas abominações.

4 – E não te poupará o meu olho, nem terei piedade de ti, mas porei sobre ti os teus caminhos, e as tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu sou o SENHOR.

5 – Assim diz o Senhor JEOVÁ: Um mal, eis que um só mal vem.

6 – Vem o fim, o fim vem, despertou-se contra ti; eis que vem;

7 – vem a tua sentença, ó habitante da terra. Vem o tempo; chegado é o dia da turbação, e não da alegria, sobre os montes.

8 – Agora, depressa derramarei o meu furor sobre ti, e cumprirei a minha ira contra ti, e te julgarei conforme· os teus caminhos, e porei sobre ti todas as tuas abominações:

9 – E não te poupará o meu olho, nem terei piedade; conforme os teus caminhos, assim carregarei sobre ti, e as tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu, o SENHOR, castigo.

10 – Eis aqui o dia, eis que vem; veio a tua ruína; já floresceu a vara, reverdeceu a soberba.


Hinos Sugeridos: 334, 469, 570 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

A lição desta semana tem como propósito analisar o capítulo 7 do Livro de Ezequiel, que tem como base o juízo de Deus para a terra de Israel, bem como para o mundo. Aqui, a profecia de Ezequiel transborda para a dimensão global. O estudo dessa porção bíblica tem como um dos principais objetivos, avaliar o nosso relacionamento com Deus. Estamos diante de um Deus soberano que um dia pedirá contas de cada ato do ser humano. Como cristãos, estamos conscientes dessa realidade espiritual futura?


2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Apresentar de modo geral a profecia do capítulo 7 de Ezequiel;

II) Enfatizar o sentido, as expressões repetidas sobre o fim e repetição da sentença;

III) Identificar o inimigo que servirá como instrumento do juízo divino.


B) Motivação: A mídia, de modo geral, nos revela uma série de fatos que mostra uma impiedade genera­lizada: Corrupção política; práticas violentas contra pessoas indefesas; expansão de poderes paralelos que escravizam pessoas de baixa renda nas comunidades periféricas das cidades; generalização da cultura da pornografia; naturalização do aborto etc. A Bíblia mostra que o Deus todo­-poderoso não está alheio à cultura de pecado dos seres humanos. Ele não dorme.

 

C) Sugestão de Método: Para introduzir a primeira lição, a partir do texto da motivação, leve para a sala de aula, notícias que mostram o quanto o processo de pecado tem se aprofundado no mundo. Correlacionar esse quadro com o capítulo 7 de Ezequiel, e inicie a exposição do primeiro tópico enfatizando a iminência do fim na profecia de Ezequiel. Deixe claro que a impiedade concreta por parte dos habitantes de Israel é a razão para o juízo de Deus. E acrescenta que não será diferente nos últimos dias.


3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Estar consciente a respeito do juízo de Deus não significa viver com medo do juízo iminente. A vida cristã não é só juízo, mas também misericórdia, alegria e paz. Entretanto, a doutrina do juízo divino também é uma doutrina bíblica que não pode ser ignorada pelos cristãos. É preciso observar todo o conselho de Deus.


4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto ”A Profecia no capítulo 7” pontua aspectos do juízo divino e o correlaciona com os nossos dias; 2) O texto ”A Descrição da Destruição” enfatiza o nível de destruição segundo o juízo divino.


INTRODUÇÃO

O juízo divino descrito no discurso profético do capítulo 7 é endereçado à ”terra de Israel”, ou seja, particularmente aos seus habitantes, mas tem implicações globais. Os contemporâneos de Ezequiel na Babilônia, e até mesmo em Jerusalém, recusaram a mensagem dos profetas, principalmente de Ezequiel e Jeremias, por não acredi­tarem que Javé permitisse que os ímpios conquistassem a cidade e destruísse o Templo.

Palavra Chave: FIM

I – SOBRE A PROFECIA

1. Introdução (vv.1,2a).

Ezequiel introduz a profecia com a fórmula usual dos profetas de Israel ”veio a palavra do Senhor a mim, (v.1). A chancela de autoridade divina ”assim diz o Senhor Jeová” é a marca registrada dos profetas de Javé. Isso mostra que Deus é a fonte da profecia (2 Pe 1.20,21). Era uma comunicação divina incon­fundível, diferentemente da natureza da atividade profética inicial, que ocorria por meio de visões. Essa fórmula verbal de revelação indicava ser a mensagem recebida de forma externa, direta e audível.

 

2. Extensão (v.2b).

A expressão hebraica ‘adamah ysrael para ”terra de Israel” (v.2) aparece 17 vezes no livro de Ezequiel e em nenhum outro lugar do Antigo Testamento. Isso indica a ira divina sobre o povo de Israel no seu próprio território. Mas ninguém deve restringir esse castigo somente a Jerusalém, pois ele tem também um caráter cósmico, portanto, extensivo a outros lugares. Isso fica claro pelo uso da expressão escatológica ”o fim vem sobre os quatro cantos da terra” (v.2), que aparece na Bíblia para se referir a toda a terra (Is 11.12; Ap 7.1).


3. Quando? (vv.3a, 8a).

O ”agora” no versículo 3 é no hebraico ‘attah ”agora” que ressalta a iminência do fim. Esse advérbio reaparece no versículo 8 acrescido da palavra ”depressa”, assim ”depressa derramarei o meu furor sobre ti”. Essa urgência é também demonstrada pela construção gramatical do verbo hebraico ba’, “vir”, que aparece dez vezes nesse curto trecho da profecia.


Em quatro delas a ação está em andamento, pois o particípio hebraico indica uma ação contínua e ininterrupta: ”eis que um só mal vem” (v.5b); ”eis que vem” (v.6b): vem a tua sentença” (v.7a); ”Eis aqui o dia, eis que vem” (v.10).


SINOPSE I

O profeta Ezequiel anuncia a hora do acerto de contas de Judá e Jerusalém com o Deus Javé.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

A PROFECIA NO CAPÍTULO 7

Basicamente, no capítulo 7, podemos desenvolver seis aspectos da profecia de juízo contra Israel:

1) será uma destruição completa (vv.1-6);

2) Uma destruição iminente (vv.7-10);

3) uma destruição inevitável (vv.10_-15);

4) não haveria obstáculo para essa destruição (vv.16-19);

5) o templo não seria poupado (vv.20-22);

6) uma destruição universal (vv.23-27).

A Bíblia de Estudo Pentecostal traz um comentário que resume esse estado de coisa, fazendo conexão com os acontecimentos para estes últimos dias: ”O dia da ira e da destruição estava bem próximo dos israelitas. Sua rebelião contra Deus terminaria abruptamente (vv.2,3,6), quando Ele os castigasse pelas suas abomina­ções; poucos sobreviveriam.


Hoje, até parece que Deus não está atento à iniquidade e a imoralidade das nações Porém, a Bíblia nos assegura repetidas vezes que o dia do Senhor está perto (cf. Am 5.18-20), um dia de grande julgamento, que trará destruição e a ira divina sobre o mundo inteiro (ver 1 Pe 4.7,17. Assim como o dia do Senhor veio, por fim, contra Judá, assim também virá contra todos os ímpios, impuros e arrogantes deste mundo (ver 1 Ts 5.2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1179).

II – SOBRE O FIM

1. Sentido (vv.2b, 3a, 6).

 A palavra ”fim” do hebraico, qéts, ”fim, destruição, ruína, morte, condenação”, ou ha-qéts, ”o fim,” trata-se de um substantivo usado em contexto de jul­gamento (Gn 6.13; Am 5.18-20; 8.2). Ele aparece cinco vezes nos versículos 2, 3 e 6 num discurso poético cujo objetivo é causar impacto nos leitores originais. A literatura poética bíblica se sobressai não apenas pela sua beleza, mas também pela facilidade do povo em memorizar sua mensagem.


2. Expressões repetidas sobre o fim.

A repetição das expressões ”Vem o fim, o fim vem” (v.2); ”Agora, vem o fim” (v.3); ”Vem o fim, o fim vem” (v.6); ”eis que vem; veio a tua ruína” (v.10) chama a atenção de qualquer leitor. Talvez a intenção de Ezequiel, como atalaia de Israel, tenha sido causar pânico no destinatário original. Os profetas, durante séculos, vinham chamando o povo, que era conhecedor da lei de Moisés e do Pacto do Sinai, ao arrependimento. Agora, o povo estava sendo informado de que o juízo divino era real.


3. A repetição da sentença.

Os versículos 4 e 9 estão repetidos. Ninguém deve se surpreender com a intensidade esse juiz anunciado de antemão, pois é compatível com a natureza divina (Na 1.3). Um dos objetivos desse juízo é a erradicação da idolatria, a causa das abominações (vv.3,4,8,9), visto que a casa de Israel recusou esse remédio pelo arrependimento (2 Cr 36.16). Todos estão sendo informados, de antemão, sobre a causa da destruição e lhes é dada a oportunidade de arrependimento. É uma reflexão relevante, também em nossos dias, porque somos seres morais e prestaremos contas a Deus pelos nossos atos (Ec 12.13,14; Gl 6.7).


SINOPSE II

O capítulo 7 traz uma série de expressões e sentenças que confirmam o sentido de des­truição total no fim.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

“A DESCRIÇÃO DA DESTRUIÇÃO

Quando chegar a vez do sofrimento de Judá, a destruição será completa. A última parte do versículo 10 e a primeira parte do versículo 11 foram traduzidas da seguinte forma: ‘A arrogância floresceu. A insolência brotou. A violência tomou a forma de um rebento de maldade’ (Smith-Goodspeed). Na expressão: nem haverá lamentação (11), a palavra que foi traduzida por lamentação também pode se referir àquilo que é glorioso ou bonito. A RSV traz ‘preeminência’, mas admite numa nota de rodapé que o hebraico não é claro. A passagem provavelmente significa que nada de importante ou de extraordinário será deixado em toda a terra” (Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, pp.444,45).


III – SOBRE O INIMIGO

1. ”Já floresceu a vara” (v.10).

Ezequiel faz uma analogia botânica, uma metáfora que se perdeu no tempo. A palavra profética anuncia: ”veio a tua ruína; já floresceu a vara, reverdeceu a soberba” (Ez 7.10).

O que essas palavras significam? Há diversas interpretações que não cabem neste comentário, mas dentre as três principais, a mais aceitável é a que considera essa ”vara” como o rei Nabucodonosor. Assim como o rei da Assíria foi o chicote de Deus para açoitar Samaria, os filhos de Israel do Reino do Norte (2 Rs 17.3; Is 10.5; 20.1), da mesma forma Javé usou o rei da Babilônia, Nabucodonosor como azorrague para chicotear Jerusalém, em Judá (Jr 27.8; 51.20-24).


2. ”Reverdeceu a soberba” (v.10b).

O rei Nabucodonosor extrapolou os limites, foi cruel na aplicação dos castigos (2 Rs 25.7; 2 Cr 36.17; Jr 52.10,11), Deus não mandou o rei proceder dessa maneira, por isso o furor de Javé se acendeu contra a Babilônia (Jr 51.34,55,56). Essa reação divina é exemplar, pois, ainda hoje, Deus julga os poderosos que abusam da autoridade e cometem atrocidades. Às vezes, isso respinga também no próprio povo; mas o castigo definitivo é individual e na eternidade.


3. O rei Nabucodonosor.

O nome ”Nabucodonosor” é de origem acádica, antiga língua da Mesopotâmia, Na­bú-kudurri-utsúr, que significa ”Nabu protegeu minha herança”. A forma que mais se aproxima do original no hebraico é Nebuchadre’tsar e aparece 30 vezes no Antigo Testamento, sendo quatro em Ezequiel (26.7; 29.18,19; 30.10). A forma alternativa é Nebuchadne’tsar (Jr 27.6,8,20; 28.3,11,14; 29.1,3); a Septuaginta e Josefa empregam a forma grega, Nabouchodonosor. Ele era filho de Nabopolassar, que reinou 21 anos na Babilônia (625-605 a.C.). Nabucodonosor reinou 43 anos (605-562 a.C.).


4. A Babilônia.

O nome ”Babilônia” é também de origem acádica, Bâb-ilí, ”portão de deus”; o Antigo Testamento hebraico usa bâbel, ”Babel”, e a Septuaginta usa a forma grega Babylôn, ”Babilônia”. O nome do país é o mesmo da sua capital. Caldeus e babilônios eram, no princípio, povos distintos. A palavra kashdu significa ”conquistadores”, era usada para identificar as diversas tribos semitas que povoavam o norte do Golfo Pérsico, no sul da Babilônia, desde os dias de Abraão (Gn 11.28,31; 15.7). Isaías fala de babilônios e caldeus referindo-se ao mesmo império (Is 13.19; 47.1,5; 48.14,20).


SINOPSE III

O versículo 10 dá uma pista a respeito da identidade do inimigo que vai causar todo o mal sobre Jerusalém: o rei Nabucodonosor.


CONCLUSÃO

Os julgamentos divinos na história mostram que o pecado jamais ficará impune e que a única maneira de escapar da condenação é através do arrependimento e da fé. Israel não tinha desculpa, não podia alegar ignorância, pois o povo dispunha de Moisés, do ensino dos antigos sábios, da revelação dos profetas e do conselho dos sacerdotes. O apelo dramático de Ezequiel é um exemplo clássico dessa verdade.


REVISANDO O CONTEÚDO

1) O que indica a fórmula ”veio a palavra do Senhor a mim”?

E, qual a chancela de autoridade espiritual? ”Veio a palavra do Senhor a mim” era a fórmula dos profetas de Israel. E a chancela de autoridade espiritual é “Assim diz o Senhor Jeová”

2) Por que ninguém deve se surpreender com a intensidade do juízo anunciado?

Porque ele é compatível com a natureza divina (Na 1.3)

3) Quem Javé usou como chicote para açoitar Samaria e Jerusalém?

Samaria: o Rei da Assíria; Jerusalém: o rei da Babilônia.

4) Por que o furor de Javé se acendeu contra a Babilônia?

Porque o rei da Babilônia extrapolou os limites na aplicação dos castigos pois é compatível com a natureza divina (Na 1.3).

5) De onde vem o nome ”Babel” e qual o seu significado?

Vem da língua acádica, Bâb-ili; que significa “portão de deus”; a Septuaginta usa a forma grega Babylôn, “Babilônia”.


VOCABULÁRIO

Azorrague: Corda formada por várias correias presas num cabo ou pau; açoite.

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