Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
LIÇÕES BETEL: Lição 3 A Mensagem das Bem-Aventuranças (Classe Adultos)
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Lições Bíblicas BETEL:
3° Trimestre de 2022 | Título: SERMÃO DO MONTE: A ética, os valores e a
relevância dos ensinos de Jesus Cristo.
TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado
aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.” Salmo 128.1
VERDADE APLICADA
As bem-aventuranças revelam que não há harmonia entre os valores do
Reino de Deus e do mundo.
Vídeo
sobre o sermão do Monte – Clique e assista
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar as virtudes que alicerçam a vida
cristã.
Destacar
as
virtudes que tratam da vida prática.
Mostrar
o
estilo de vida diferenciado do Mestre.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MATEUS 5
04-
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
05-
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
06-
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
07-
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
08-
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
09-
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
10-
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é
o reino dos céus.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Sl 24 O domínio universal de Deus.
TERÇA / Sl 42.1-8 O anelo de servir a Deus.
QUARTA / Mt 11.28-30 O jugo de Jesus.
QUINTA / Lc 10.25-37 A parábola do bom samaritano.
SEXTA / Rm 7.13-25 A luta da carne com o espírito.
SÁBADO / Ap 3.14-22 Exortação à Igreja de Cristo.
HINOS SUGERIDOS:
75, 134, 568
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore
para que a Igreja de Cristo pratique o verdadeiro Evangelho.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1–
Virtudes que alicerçam a vida cristã
2–
O sermão em relação à vida prática
3–
Uma vida contagiante e diferenciada
Conclusão
INTRODUÇÃO
As
bem-aventuranças nos ensinam claramente como os valores transmitidos por Jesus
Cristo são contrários àqueles adotados pelo mundo.
PONTO DE PARTIDA
O padrão de felicidade está em Cristo.
1.
Virtudes que Alicerçam a Vida Cristã
Cada
bem-aventurança descrita por Jesus é consequência de uma atitude adotada, a qual
expressa os valores que norteiam todos os que procuram viver segundo as leis do
Reino de Deus [Mt 5.48].
1.1.
O alicerce de toda a felicidade.
A
pobreza de espírito é a principal virtude de todo o ensino das
bem-aventuranças. Essa virtude se assemelha a rocha cuja casa é edificada, onde
todos os fatores externos podem agredi-la e sequer abalar sua estrutura. Todas
as demais se debruçam sobre ela. Essa tradução “pobre de espírito” também é a
que dá mais sentido, porque retrata alguém que é vazio, que nada tem, e que
vive em total dependência.
É
isso que Deus deseja ver em Seus filhos. Pessoas autossuficientes não contam
com a graça, e, também, não ensinam como somos dependentes de Deus [Pv 16.19;
29.23]. Estamos vivendo um tempo em que as pessoas acostumaram a confiar em si
mesmas e na força de seu próprio braço. Por isso, essa é a principal virtude
onde as demais repousam [Sl 37.5; Jr 17.5].
Esta condição é a primeira e mais fundamental que deve ser
cumprida para pertencer a Cristo e, portanto, a primeira condição necessária
para participar da alegria do Reino de Deus. Aqueles que são pobres em riqueza
material estão perfeitamente cientes de suas deficiências. Da mesma forma, as
pessoas pobres de espírito também estão cientes de sua carência espiritual,
sabem de sua necessidade absoluta de Deus; e, desta forma, eles se abrem para
Ele. O resultado desse simples ato de abertura é o dom do reino dos céus [Mt
5.3].
1.2.
Consolo para os que choram.
Quem
nesse mundo nunca chorou? Até Jesus chorou [Jo 11.35]. Infelizmente, vivemos em
um mundo onde as pessoas não querem chorar, e para isso vivem de
entretenimentos para fugir de suas realidades. As pessoas buscam a felicidade
de forma equivocada, pensam que a felicidade oferecida por Cristo é semelhante
ao padrão do mundo. Jesus disse que felizes são os que choram.
De
que choro Ele está falando? Não é qualquer choro. Lembremos que Esaú chorou,
mas não houve arrependimento (Hb 12.16-17). Bem-aventurados os que choram pelos
próprios pecados (2Co 7.10). Há uma conexão com a bem-aventurança anterior –
“pobres de espírito”. A consciência de nosso estado, deve nos conduzir ao
quebrantamento e à contrição. Bem como, chorar pelo estado espiritual ou
tristeza de outros (Rm 12.15; 2Co 12.21).
Jesus disse: “Bem-aventurados os que choram”, e afirmou que
serão consolados. Isso é felicidade. É saber que, mesmo não sendo nada, temos
um Deus que sempre está pronto a nos receber de volta em Sua presença. Que não
há limites quando buscamos Sua face de todo o coração [Jr 29.13]. Quando alguém
chega aos pés de Jesus e começa a chorar e a dizer tem misericórdia de mim,
crendo nEle, será abençoado com o perdão. Ser consolado é receber todos os
benefícios da parte de Deus tanto nessa vida quanto na eternidade.
1.3. A herança dos mansos.
Acerca
da mansidão, John Stott comentou: “a condição pela qual tomamos posse de nossa
herança espiritual em Cristo, não é a força, mas a mansidão, pois tudo é nosso
se somos de Cristo”.
Os
humildes recebem o reino como recompensa; os que choram recebem consolo, os
mansos recebem a terra como herança [Mt 5.5]. Mansidão é a característica de
uma pessoa que demonstra autocontrole ou moderação. Um bom exemplo é Moisés [Nm
12.3]. Feliz é o crente que tem todo o impulso e toda paixão natural sob
controle e sabe quando deve e quando não deve irar-se [Mt 11.29].
Ser manso é ter consideração e ser cuidadoso ao lidar com os
outros. A mansidão nos ajuda a navegar em nossos relacionamentos com os outros.
Ela aparece quando interagimos com as pessoas ao nosso redor, quando
determinamos como tratar os outros e quando temos uma compreensão clara de
nosso relacionamento com Deus que nos ama e nos desafia a uma vida ausente de
orgulho (1Jo 2.16).
EU ENSINEI QUE:
Cada bem-aventurança descrita por Jesus é
consequência de uma atitude adotada, a qual expressa os valores que norteiam
todos os que procuram viver segundo as leis do Reino de Deus.
2.
O Sermão em Relação à Vida Prática
As
bem-aventuranças se conectam e em cada particularidade vão conduzindo para
altas dimensões aqueles que as praticam.
2.1.
Fome e sede de justiça.
A
fome e sede de justiça a qual Jesus se refere aqui é aquela transformação que
acompanha a nova vida do reino, uma fome e sede que não cessa e que flui
diariamente de um coração transformado [Mt 5.6; Jo 7.38-39]. Se todos nós
estivermos sedentos de justiça, e com fome dessa presença transformadora,
seremos consequentemente uma igreja com os valores do primeiro amor, uma igreja
voltada para ganhar almas, uma igreja poderosa e avivada.
Ter fome e sede de justiça é o mesmo que desejar estar bem com
Deus, essa é uma sede que todos os crentes deveriam sentir [Sl 42.1-2]. Estando
em Cristo, andamos em novidade de vida [Rm 6.4]. Ele morreu nossa morte para
que pudéssemos viver Sua vida. Quando temos fome e sede de justiça, nós nos
derramamos aos pés do Senhor e imploramos para que Ele nos fortaleça, que tire
de dentro de nós todo desejo maligno. Ter fome e sede de justiça é desejar
viver um relacionamento correto tanto com Deus, quanto com os demais. Para
isso, é preciso ter humildade. Assim vemos como uma bem-aventurança completa a
outra.
2.2.
Os misericordiosos.
Essa
bem-aventurança apresenta um novo estágio na vida cristã. Enquanto as
anteriores apontavam para uma necessidade que havia dentro de nós, essa começa
a falar de uma qualidade que recebemos e precisamos exercer diante daqueles que
a necessitam. Ela fala do exercício da misericórdia e isso tem a ver com o
caráter cristão.
A
maioria das pessoas vive tão preocupada com seus próprios sentimentos que não
resta tempo nem energias disponíveis para se preocupar com os sentimentos de
outros. Essa bem-aventurança nos ensina que feliz é a pessoa que se coloca no
lugar de outra, que se compadece, sentindo em si mesma a dor alheia [Pv 14.21;
19.17; Mt 5.7].
O tema da misericórdia ocupa um lugar fundamental na Bíblia,
porque, em Sua grande compaixão, Deus manifesta na vida dos seres humanos
falhos e pecadores, as riquezas da “sua benignidade, e paciência, e
longanimidade” [Rm 2.4; Sl 25.6-7; Pv 14.21]. Da mesma forma, os compassivos
são aqueles que perdoam os culpados e são amáveis com os necessitados e os que
sofrem. Em contraste com os líderes religiosos, que eram sem misericórdia,
Jesus elogia os misericordiosos e afirma que receberão na mesma moeda a
compaixão que expressam para com os outros.
2.3.
Os limpos de coração.
A
Bíblia usa a palavra coração como o centro de nossa vida, revelando-o como
podendo ser um manancial de imoralidade e impurezas. Jesus não estava
preocupado com o que entrava, Ele afirmou que nada que vinha de fora
contaminava o homem, mas com o que saia de dentro dele [Mt 15.19-20; Mc
7.21-23].
É
do coração do homem que essas imundícias procedem e a Bíblia não poupa palavras
quando afirma que o coração do homem é enganoso [Jr 17.9]. O coração limpo é o
que não está dividido.
O
coração não regenerado é tão volúvel que consegue levar uma pessoa a declarar
lealdade a um, quando, na verdade, está servindo a outro [Mt 6.24]. Os limpos
de coração são aqueles que amam somente ao Senhor, e somente Ele está no centro
de seus corações, esse é o grande mandamento [Mt 12.30].
O pecado original causou na raça humana algo bem maior do que
podemos imaginar. Deixou algo imundo em nossas almas, que precisa ser tratado e
vigiado a cada instante para não nos surpreender. O problema humano sempre
estará no coração (na alma humana), é dele de onde procedem todas as saídas da
vida, ele é enganoso, e não se deve confiar nele [Sl 51.10]. O princípio da
pureza do coração está em reconhecer que não somos nada e que dependemos de
Deus em tudo o que fizermos na vida. Não podemos viver um Evangelho que Jesus
não seja o Senhor de nossas vidas.
EU ENSINEI QUE:
As bem-aventuranças se conectam e em cada
particularidade vão conduzindo para altas dimensões aqueles que as praticam.
3.
Uma Vida Contagiante e Diferenciada
Encontram-se
em destaque, aqui, aqueles que compartilham o mesmo estilo de vida de Seu
Mestre. Eles são rejeitados e perseguidos pelo mundo. Mas Cristo os elogia,
chamando de bem-aventurados.
3.1.
Os pacificadores.
Por
que os pacificadores são bem-aventurados? Porque eles se destacam, são
diferentes dos demais homens e mulheres do mundo. São pessoas possuídas pelo
poder do Espírito Santo e pelo caráter de Deus. Todos os problemas humanitários
se originam no coração do homem. As guerras surgem porque ninguém quer dar o
braço a torcer.
O
pecado é o causador das discórdias entre pais e filhos, irmãos, casais e
nações. Daí a grande pergunta: como trazer paz em um mundo de tantas guerras? A
única resposta para isso é: purificando o coração dos homens. É por esse motivo
que o mundo precisa de pacificadores, porque são pessoas de uma paz
contagiante, uma paz viva que reside dentro de cada um deles [Is 52.7; Mt 5.9].
Um pacificador teoricamente deve ser um homem de coração limpo.
E nesse caso, é complicado afirmar que uma pessoa que ainda não tenha sido
transformada e sarada por Cristo, seja capaz de trazer a paz às nações, visto
que ela mesma ainda não encontrou essa paz. Nesse caso, o tal só poderá
apaziguar (acalmar momentaneamente) e nunca pacificar. O pacificador do qual
falamos aqui é aquele liberto do seu eu e liberto dos seus interesses próprios.
Que o Senhor envie pacificadores para Sua seara [Rm 10.15].
3.2.
Os perseguidos por causa da justiça.
Acerca
da perseguição, John Stott disse: “Não há dúvida que a perseguição é
simplesmente o conflito entre dois sistemas de valores irreconciliáveis”. Essa
bem-aventurança fala de perseguição sobre aqueles que exercem a justiça [Mt
5.10].
Alguns
cristãos realmente estão sofrendo não somente perseguições, mas até morte, em
determinados países onde o Evangelho é proibido. Por outro lado, muitos crentes
estão sofrendo hoje, não pela grande obra que pensam estar realizando para
Deus, e, sim, por causa de situações que eles mesmos criaram sem a direção de
Deus [Pv 6.16-19]. Os que sofrem perseguição por causa da justiça são felizes,
e por quê? Porque sabem perfeitamente que a causa da perseguição é o trabalho correto
que realizam para Deus.
Ser bem-aventurado e ser perseguido por causa da justiça
significa assemelhar-se ao Senhor Jesus, isso acontece quando tentamos
imitá-Lo. O resultado desse processo será a rejeição por parte daqueles que
desprezam as coisas sagradas, que profanam a verdade e que não desejam se
reconciliar com Deus [Jo 15.18-20]. Ser cristão é ter problemas. Isso acontece
porque somos diferentes do mundo.
3.3.
Insultados por amor a Cristo.
A
perseguição sobre os filhos de Deus não é coisa nova. Abel foi perseguido por
Caim somente porque oferecia um culto sincero a Deus. Isaque servia ao Senhor
numa terra seca e, porque prosperava, foi invejado pelos filisteus e por seu
rei [Gn 26.14-15].
Moisés
e o povo hebreu foram perseguidos porque eram diferentes. Jeremias foi colocado
num calabouço, dentro de uma cisterna, porque falava a verdade de Deus a um
povo que se dobrava aos ídolos. Alguns foram serrados ao meio, Elias foi
perseguido por Jezabel. Por quê? Porque eles estavam vivendo uma vida com Deus.
Esses são os bem-aventurados, e essas perseguições aconteceram por causa da
realeza de suas vidas [Hb 11.36-39].
O tema da perseguição aqui é diferente. A anterior tem como
causa a prática da justiça, essa é por causa da intrínseca comunhão com Cristo.
Jesus fala profeticamente para Seus discípulos. Mas num todo, essa palavra se
aplica a todos aqueles que desejam viver um relacionamento mais profundo com
Ele. Cristo fala de um “galardão nos céus”, uma recompensa futura, mostrando a
realidade da vida eterna [Mt 5.11-12].
EU
ENSINEI QUE:
Aqueles que compartilham o mesmo estilo
de vida do Mestre são rejeitados e perseguidos pelo mundo. Mas Cristo os
elogia, chamando de bem-aventurados.
CONCLUSÃO
As
bem-aventuranças descrevem o modelo para o viver autêntico dos que respondem ao
chamado do Senhor Jesus para serem Seus discípulos e as recompensas tanto
presentes quanto futuras reservadas ao povo de Deus [Sl 1.1-3].