Subsídios Bíblicos: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ - Nova Edição

Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ   Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja   Subsídios Lição 2: Somos Cristãos     Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno       Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana    Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo?     Subsídios...

LIÇÕES BETEL: Lição 1 O Sermão da Montanha e sua Essência (Classe Adultos)

Lições Bíblicas BETEL: 3° Trimestre de 2022 | Título: SERMÃO DO MONTE: A ética, os valores e a relevância dos ensinos de Jesus Cristo.

TEXTO ÁUREO

“Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca.” Deuteronômio 32.1

VERDADE APLICADA

O Sermão da Montanha é considerado como a mais pura e sublime expressão da moralidade já conhecida pela humanidade.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

Ensinar acerca do Sermão do Monte.

Destacar a conduta cristã e o combate à falsa moralidade.

Mostrar a natureza inversa do Reino de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

SEGUNDA / Lv 18.3 Não fareis segundo as obras do Egito.

TERÇA / Mt 5.17-19 O cumprimento da lei e dos profetas.

QUARTA / Lc 13.18 A que é semelhante o reino de Deus?

QUINTA / Rm 12.1-2 Consagração a Deus.

SEXTA / Tt 3.4-7 A graça da salvação.

SÁBADO / 1Jo 2.15-17 A separação do mundo.

LEITURAS COMPLEMENTARES

MATEUS 5

1. E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;

2. E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:

3. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;

4. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

5. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

8. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.

HINOS SUGERIDOS: 107, 205, 577

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore louvando a Deus por Sua maravilhosa atitude de graça sobre nós.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1- Conhecendo o Sermão da Montanha

2- O sermão em relação à vida prática

3- A natureza do Reino de Deus

Conclusão

INTRODUÇÃO

O Sermão da Montanha retrata a qualidade de vida que o homem que está em comunhão com Deus deve produzir diariamente. Além de um programa de vida, ele porta consigo uma promessa de recompensa celestial


PONTO DE PARTIDA

O Reino de Deus é justiça, paz e amor.


1. Conhecendo o Sermão da Montanha

Agostinho (O Sermão da Montanha e escritos sobre a ): “Quem quiser meditar com piedade e recolhimento o sermão que nosso Senhor Jesus Cristo pronunciou na montanha, tal como o lemos no Evangelho segundo Mateus, encontrará aí, creio eu, (…) todos os preceitos necessários à perfeição da vida cristã”.

 

1.1. O caráter do sermão.

Depois de iniciar Seu ministério público anunciando o Reino de Deus, chamando ao arrependimento e realizando os primeiros milagres, Jesus estabelece quais são os valores do Reino e deixa claro que eles são completamente contrários aos do mundo [Rm 12.1; 1Jo 2.15-17]. É afirmado implicitamente aqui a necessidade de uma escolha, porque não se pode estar de acordo com ambos.

 

O que Jesus apresenta aqui é “a forma de viver de quem se diz cristão”. Passamos assim, “do reino da lei para a lei do reino”. No conteúdo deste ensino vemos Jesus esclarecendo e revelando diversos pontos das Escrituras para os quais os judeus não tinham atentado ou percebido. Tais princípios devem ser considerados norteadores na caminhada do povo de Deus, em seus relacionamentos com Deus e com o próximo [Mt 7.22].

 

O Senhor Jesus anuncia a chegada do Reino dos céus, chama as pessoas ao arrependimento e apresenta as condições para uma vida de bem-aventurança conforme a vontade de Deus [1Sm 15.22]. O Sermão da Montanha, que também é conhecido como o discurso das bem-aventuranças, foi considerado por crentes e não crentes como um dos textos mais bonitos e significativos de todos os tempos.

 

1.2. O conteúdo do sermão.

Mateus destaca três capítulos para descrever as palavras mais significantes proferidas por Jesus do alto do monte, o monte das bem-aventuranças [Mt 5.1-7.29]. O Sermão do Monte aborda questões importantíssimas acerca do amor ao próximo, a oração, o jejum e a conduta cristã. Muito do que é abordado nas cartas e epístolas, podemos encontrar nesses três capítulos. O Sermão da Montanha é muito esclarecedor acerca da justiça de Deus e como Ele deseja que os Seus seguidores se comportem nesse mundo [Mt 6.33].

 

Um texto fascinante, mas também desconcertante, onde a pessoa é atraída e, ao mesmo tempo, se vê acuada pelo caráter de seu conteúdo: os chamados para não resistir aos malvados; para amar os inimigos; para não julgar; para se tornar perfeito como o Pai Celestial, para entrar pela porta estreita que conduz à vida. Quem não fica perplexo diante de um chamado a não revidar diante de um insulto; a arrancar um olho ou cortar a mão direita para não escandalizar, a não se inquietar pelo amanhã [Mt 5.29-30; 6.34]?

 

1.3. O local do sermão.

Mateus menciona que Jesus sobe o monte e do alto começa a ensinar Seus discípulos e aqueles que estavam a seu derredor [Mt 5.1-2]. Por que uma montanha? Porque ela tem um significado muito importante para seus ouvintes. Com muita frequência lemos nas Escrituras que Deus se manifestou em um monte, que da altura falou, por exemplo, a Abraão e Moisés. Aqui se vê claramente que Jesus não é apenas o profeta que seria levantado como Moisés [Dt 18.15, 18], embora esteja no sentido de guiar Seu povo para fora da escravidão (do pecado e da morte) para a (verdadeira) Terra Prometida, mas é o próprio Deus! Sim, porque Ele não recebe de ninguém as tábuas da lei, é Ele quem vem pessoalmente e proclama a Palavra com autoridade.

 

Cristo pregou este sermão, que foi uma explicação da lei, sobre uma montanha, porque sobre uma montanha a lei foi dada; e este sermão também foi um solene anúncio dos princípios que norteiam o Reino dos céus que era chegado. Mas observe a diferença: quando a lei foi dada, o Senhor desceu sobre a montanha; agora o Senhor subiu. Naquela ocasião, Ele falou em trovões e relâmpagos; agora, fala com voz suave; naquela ocasião, recomendou-se às pessoas que ficassem a distância; agora, elas são convidadas a se aproximar [Êx 19.1-25].

 

EU ENSINEI QUE:

O Sermão da Montanha é muito esclarecedor acerca da justiça de Deus e como Ele deseja que os Seus seguidores se comportem nesse mundo.

2. O Sermão em Relação à Vida Prática


O Senhor Jesus denunciou a hipocrisia nas sinagogas e ruas. Assim, o Sermão do Monte é um chamado à justiça e uma rejeição à prática farisaica da lei [Mt 6.1-7.6].

 

2.1. A conduta dos cidadãos do Reino.

É importante notar que as bem-aventuranças descritas no Sermão da Montanha não são uma série de regulamentos que alguém deve obedecer para se tornar um cristão, são uma descrição de como um seguidor de Cristo deve viver. Deve-se observar também que o sermão acontece no início do ministério de Jesus Cristo.

 

Ele começou seu ministério pregando o arrependimento e a chegada do reino dos céus [Mt 4.17]. Para realçar a diferença que este arrependimento traz, Ele ensinou as qualidades fundamentais do caráter cristão, onde Seus seguidores devem viver uma conduta diferente tanto daqueles que estão ao seu redor, quanto do crente nominal [Lv 18.3; Mt 6.8]. O crente deve ser diferente não apenas do mundo, mas também do sistema religioso (comparado aqui pelo ensinamento e vida dos fariseus do tempo de Jesus).

 

Jesus declarou qual seria a prioridade daqueles que fazem parte de Seu Reino. Ele estabeleceu uma busca pela compreensão do reino e a justiça como alicerce de vida [Mt 6.33]. A justiça ou retidão de vida é um requisito indispensável como cidadão do reino e o povo conhecia apenas a justiça ensinada pelos fariseus. O Sermão do Monte lança luz à verdade divina e denuncia o falso conceito de justiça ensinado pelos fariseus e mestres da época de Jesus.

 

2.2. A essência contida nas entrelinhas do sermão.

Vendo a multidão que O seguia, Jesus sobe a um monte e Seus discípulos se aproximam. Então Ele começa a ensinar tanto a forma como deveriam viver, quanto anunciar aos homens. De acordo com William Barclay, o termo grego registrado por Mateus como: “abriu a boca”, abrange dois sentidos especiais:

a) É usado como prefácio de alguma declaração particularmente solene ou importante, uma declaração de peso;

b) Usa-se para referir-se às afirmações de uma pessoa que verdadeiramente está abrindo seu coração e mostrando os conteúdos mais íntimos de sua mente.

O termo grego: “os ensinava”, está no tempo imperfeito e descreve uma ação que se repete, ou seja, não se trata de algo que não mais foi enfatizado, mas aponta para a essência do que Jesus ensinava continuamente e de maneira habitual a seus discípulos [Mt 5.1-2; 9.35].

 

O Sermão da Montanha é algo muito maior e importante do que em geral pensamos. Mateus, nestas breves palavras introdutórias, nos faz notar que se trata do “ensino oficial de Jesus”, que nestas palavras Ele está abrindo Seu coração a Seus discípulos, e lhes comunicando o mais profundo de seu pensamento; que esse sermão é o resumo dos ensinos que Jesus costumava transmitir ao círculo mais íntimo de Seus seguidores [Mt 7.24]. O Sermão da Montanha não é outra coisa que a evocação concentrada de muitas horas de comunhão íntima entre os discípulos e Seu Mestre.

 

2.3. O combate à falsa moralidade.

Neste trecho do Sermão do Monte, Cristo se revela como o cumpridor da lei [Mt 5.17-20]. Logo em seguida, ele passa a alertar quanto a uma abrangência maior e mais profunda da lei do que a interpretação tradicional segundo os fariseus. Jesus apresenta, por exemplo, um enfoque que até então não era considerado com relação ao homicídio [Mt 5.21-26], ao adultério [Mt 5.27-30], ao divórcio [Mt 5.31-32], aos juramentos [Mt 5.33-37], à vingança [Mt 5.38-42] e, finalmente, ao amor [Mt 5.43-48]. Dessa feita, o Senhor Jesus, ao apresentar um novo enfoque e denunciar a prática hipócrita dos fariseus, lhes apresenta o que é a verdadeira justiça e como os cidadãos do reino deveriam vivê-la [Mt 5.20].

 

Os líderes religiosos da época de Jesus possuíam uma justiça artificial e exterior baseada apenas nos ritos da lei. A justiça que Jesus descreve, porém, é verdadeira e essencial, ela começa no interior do coração de cada seguidor. O sermão termina com Cristo, o caminho estreito pelo qual as pessoas poderiam entrar no reino e o fundamento sólido sobre o qual elas poderiam permanecer [Mt 7.13-14].

 

EU ENSINEI QUE:

O Sermão do Monte é um convite à justiça e uma rejeição à prática farisaica da lei.


3. A Natureza do Reino de Deus

O Sermão da Montanha foi descrito como a mensagem mais poderosa que já foi pregada. A multidão ficou admirada com a maneira de Jesus ensinar e com Sua autoridade na transmissão da doutrina [Mt 7.28-29].

 

3.1. Um novo sistema de valores.

A abertura do sermão soa familiar para muitos. Todavia, a ideia de Jesus acerca das bênçãos é totalmente diferente do que muitos de nós imaginamos. Jesus nos oferece uma nova vara de medir, um novo par de lentes, um novo sistema de valores ao revelar o reino dos céus [Mt 5.19-20]. Para entender essa bênção precisamos compreender os valores do reino. Valores que parecem não ter sentido são ensinados por Ele. Se perguntarmos a Jesus o que é uma vida abençoada em Sua perspectiva, Suas respostas nos surpreenderão, porque todas elas apresentam uma natureza diferente das regras do mundo em que vivemos. Para ilustrar a natureza desse Reino, Jesus começa afirmando que a felicidade de Deus vem para aqueles que reconhecem que são pobres [Mt 5.3].


Na perspectiva de Jesus, o consolo divino se derrama sobre o coração quebrantado. Se és verdadeiramente humilde, o mundo é seu; aos que sofrem por fazer o que é correto, é maravilhoso; são os desafortunados que pertencem ao rol dos cidadãos do reino. A verdade contraditória encontrada nesse sermão anula a sabedoria convencional do mundo. Ela é totalmente oposta à forma que a maioria de nós aprendeu a pensar acerca da felicidade e do sucesso [Mt 5.3-10].

 

3.2. Uma nova harmonia produzida pelo Espírito Santo.

As bem-aventuranças formam uma matriz para o desenvolvimento espiritual onde ocorre a transformação pessoal e se estende até a plenitude de Cristo [Lc 6.47-49]. Representam um crescimento espiritual contínuo, que determina e destaca os elementos chaves da maturidade espiritual pelos quais podemos examinar nosso progresso. As bem-aventuranças de Jesus são palavras que fluem do coração do nosso Criador e Redentor como lâmpada para os pés de Seus discípulos e luz no caminho para que não se enganem com os muitos atalhos que são encontrados ao longo da jornada cristã.


No maior sermão de Jesus, Ele começa com as bem-aventuranças: são nove declarações que viram nosso mundo de cabeça para baixo. Ele está estabelecendo uma contracultura, uma maneira diferente de ver a realidade, com um conjunto chocante de bênçãos. Jesus está nos pedindo para nos juntarmos a Ele em um reino que desafia tudo o que normalmente acreditamos e amamos e que nos oferece mais do que jamais imaginamos.

 

3.3. Jesus, o exemplo do modelo da vida cristã.

Devemos ver este sermão como o modelo para a vida cristã: realista, mas ideal. Apesar do Sermão da Montanha nos dar o ideal do discipulado, essa meta se apresenta dentro de uma compreensão realista da vida humana diária, que será transformada pela participação na vida da nova aliança.

 

A nova aliança que Jesus inaugura inclui tanto o perdão dos pecados quanto a transformação de vidas, a partir da regeneração e continuando no crescimento espiritual produzido pelo Espírito Santo [Ez 36.26-29; Tt 3.4-7]. Embora o Espírito Santo não seja mencionado explicitamente no sermão, ungido pelo Espírito de Deus, Jesus exemplifica o tipo de vida capacitada pelo Espírito para viver o ensino puro no Sermão da Montanha [Mt 3.16; 4.1; 10.25a].

Viver de acordo com os ditames das Sagradas Escrituras é ser diferente e viver o inverso do padrão que o mundo oferece. O Sermão da Montanha nos apresenta uma perspectiva radicalmente diferente daquela do mundo a nosso redor. O mundo estimula o orgulho, o pecado, a corrupção, e tudo aquilo que Deus abomina. Jesus nos apresenta outra forma de vida, onde devem prevalecer a humildade, a justiça e o amor [Lc 6.27-35].


EU ENSINEI QUE:

O Sermão da Montanha foi descrito como a mensagem mais poderosa que já foi pregada.


CONCLUSÃO

O Sermão da Montanha nos ensina que ainda existem muitas outras bênçãos nos esperando para dar as boas-vindas. Acima de tudo, elas apontam para Aquele que encarna cada uma de suas letras.

APROFUNDE SEU CONHECIMENTO VEJA

Lição 01 - O Sermão do Monte: o caráter do Reino de Deus

Lição 02 - Sal da terra, luz do mundo

Lição 03 - Jesus, o discípulo e a Lei

Lição 04 - Resguardando-se de sentimentos ruins

Lição 05 - O casamento é para sempre

Lição 06 - Expressando palavras honestas

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