Revista
de Jovens – Assunto: Imitadores de Cristo - Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos
COMENTARISTA:
Thiago Brazil
3°
Trimestre de 2022. Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
"Porque o Reino de Deus não é
comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." (Rm
14.17)
RESUMO DA LIÇÃO
A compreensão clara do que seja o Reino
de Deus é fundamental para todo aquele que deseja seguir a Jesus.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - 1 Co 2.4
O Reino é simples
TERÇA - Lc 17.20
O Reino não é produto humano
QUARTA - Cl 1.15
Os santos creem no invisível
QUINTA - Mc 9.50
Todo cristão é moderado
SEXTA - Rm 15.5
Quem vive para o Reino tem paciência
SÁBADO - Sl 89.14
O Reino é de justiça
OBJETIVOS
• MOSTRAR o que é o Reino de Deus;
• SABER o que não é o Reino de Deus;
• COMPREENDER que precisamos viver de acordo com o
Reino de Deus.
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor(a), na
lição deste domingo procure enfatizar que a compreensão clara do que seja o
Reino de Deus é fundamental para todo aquele que deseja seguir a Jesus. Será
que temos tal compreensão?
Será que estamos trabalhando
para manifestar, de modo efetivo, o Reino a esta geração? Como filhos(as) de
Deus temos o dever de colaborar para que o Evangelho de Cristo alcance todas as
tribos e nações da Terra. Precisamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance
para pregar as Boas Novas, pois em breve Jesus voltará para buscar a sua Igreja
e aqueles que são seus. Temos uma missão urgente para cumprir.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor (a), escreva no
quadro as palavras Reino de Deus. Pergunte aos alunos o que vem à mente deles
quando ouvem estas palavras. Ouça os alunos com atenção. Em seguida, explique
que “os fariseus perguntaram a Jesus quando o Reino de Deus viria, não sabendo
que já havia chegado. O Reino de Deus não é como um reino terreno, geográfica e
politicamente Limitado. Começa com o trabalho do Espírito de Deus na vida e nos
relacionamentos das pessoas. Assim, devemos evitar olhar para instituições ou
programas em busca de evidências do progresso do Reino de Deus. Devemos
procurar conhecer o que Deus está trazendo no coração das pessoas” (Extraído da
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1389).
TEXTO BÍBLICO
Lucas 17.20-25
20 E interrogado pelos fariseus sobre
quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes e disse: O Reino de Deus
não vem com aparência exterior.
21 Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo
ali! Porque eis que o Reino de Deus está entre vós.
22 E disse aos discípulos: Dias virão
em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.
23 E dir-vos-ão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo
ali! Não vades, nem os sigais.
24 Porque, como o relâmpago ilumina
desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será
também o Filho do Homem no seu dia.
25 Mas primeiro convém que ele padeça
muito e seja reprovado por esta geração.
INTRODUÇÃO
Quanto tempo e energia as pessoas
perdem confundindo preferências pessoais com o Reino de Deus. Muitos,
erroneamente, não desejam mais congregar, quando nossa vocação é para servir a
Cristo em uma igreja. Vamos refletir, nesta lição, a respeito do que é o Reino
de Deus, suas características e importância em nossas vidas, como membros do
Corpo de Cristo.
I- O QUE
É O REINO DE DEUS
1. A simplicidade do Evangelho do
Reino.
O Reino de Deus é uma experiência
simples (1 Co 2.4), descomplicada (Mt 10.16), porém nunca simplória, franqueada
a todas as filhas e filhos de Adão. Nas palavras de Jesus, o ingresso no Reino
está disponível a todos (Jo 7.37-39). Jesus sempre fez da transmissão do
Evangelho uma experiência acessível a todos, desde o mais erudito religioso até
o mais iletrado pecador, pois os pressupostos para seguir a Jesus não são altas
habilidades cognitivas, mas a humildade (Mt 18.4).
2. A miserável condição dos fariseus.
Jesus estava diante dos religiosos de
sua época, mas eles eram incapazes de percebê-Lo. Aqueles indivíduos não
conseguiam acreditar que o filho de um simples carpinteiro (Mt 13.55).
proveniente de Nazaré (Jo 1.46), pobre (2 Co 8.9) poderia ser o Messias divino.
Eles esperavam alguém de sucesso que desejasse o trono de César e não uma cruz
de pecador. Por isso, o Mestre afirma em Lucas 17.20 que o Reino não era
produto de uma conjuntura político humana, ou seja, sua presença e efeitos não
poderiam ser mensurados por critérios humanos como sucesso financeiro ou adesão
popular, mas por princípios intangíveis como amor e misericórdia.
Os membros dos partidos religiosos da
época de Jesus, trabalhavam hipocritamente, esforçavam-se para serem vistos
como piedosos e santos, quando não passavam de profanos cegos por poder, surdos
para o clamor de socorro da sociedade, incapazes de fazer qualquer bem às
filhas e filhos de Deus (Mt 23.4).
3. O “agora” e o “porvir” do Reino de
Deus.
Para os incrédulos, o Reino de Deus é
só uma promessa lançada ao vento, para os discípulos de Cristo é uma realidade
encarnada e já vivenciada hoje. Os fariseus, assim como os discípulos de Jesus,
em determinado momento de suas jornadas, não tinham maturidade espiritual
suficiente para perceber que a transformação prometida pelos profetas no Antigo
Testamento não iniciaria com uma mudança governamental, como a restauração
política de Judá, mas com a libertação dos corações da opressão do Inferno (Jo
14.8,9).
O problema de muitos dos crentes
carnais é exatamente este: como eles são afeitos às manifestações exteriores
(Mt 23-5-7). sua compreensão do Reino também é refém de sinais materiais (Lc
17.21). Só os santos veem o invisível (Cl 1.15).
PENSE! O Reino de Deus é dos humildes.
PONTO
IMPORTANTE! Que venhamos a
desejar somente o Reino.
SUBSÍDIO
1
Prezado (a) professor(a),
inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: O que é o Reino de Deus? Incentive
a participação e ouça os alunos com atenção. Depois explique que “é um conjunto
de todas as bênçãos, promessas e alianças que o Todo-Poderoso, de conformidade
com os seus conselhos, destinou aos que recebem a Cristo Jesus.
O Reino de Deus não é
apenas um lugar: é um estado de imensuráveis bem-aventuranças. O Reino de Deus
não pode ser limitado nem pelo espaço nem pelo tempo. É o plano de Deus em
ação, operando em favor dos que hão de herdar a vida eterna.” (ANDRADE.
Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2004.
p. 318.)
II- O
QUE NÃO É O REINO DE DEUS
1. Não confunda o Reino de Deus com
suas opiniões pessoais.
Vivemos um tempo difícil, uma época de
muitos desentendimentos. Assim como nos dias atuais, Paulo enfrentou um
conflito entre grupos intolerantes em Roma. Nos capítulos 14 e 15 de Romanos,
somos apresentados a um enorme alvoroço que se originou entre aqueles irmãos.
O cerne de todo o problema era um
debate a respeito da obrigatoriedade da observância de prescrições dietéticas
pelos cristãos não judeus. Parte da igreja cristã em Roma entendia que era
necessário se abster da ingestão de carne, por questões cerimoniais e
culturais; já para outra parcela daquela igreja local, tal renúncia não passava
de um exagero cerimonial sem valor.
Como mediador desse conflito, Paulo
sintetiza sua orientação em Romanos 15.2, não tomando partido de nenhum dos
lados da disputa e lembrando de que o dever de todos era se edificar mutuamente
em amor e humildade. Paulo não foi omisso, ele foi cristão, comedido, sábio e
amoroso (Mc 9.50).
2. O Reino não deve sofrer: Jamais
torne imprescindível o que é supérfluo.
Para o apóstolo, aquela igreja estava
enfrentando uma perigosa situação. Não em virtude de uma questão alimentar, mas
pela terrível confusão entre aquilo que é essencial e o que é fútil. Como já
havia sido discutido no Concílio de Jerusalém, com o crescimento das igrejas
cristãs e a rápida ampliação para outras culturas além da judaica, muito cedo a
liderança apostólica entendeu que era necessário os crentes se absterem das
coisas sacrificadas aos ídolos e do sangue, e da carne sufocada, e da
fornicação (At 15.28,29).
Paulo nada mais fez em Roma do que
renovar entre aqueles irmãos as orientações basilares da boa convivência
cristã: paciência (Rm 15.5), misericórdia (Rm 15.7) e empatia (Rm 15.14). Nossa
missão é muito importante, não podemos perder tempo com provocações uns contra
os outros (Gl 5.15), difamando os irmãos e gerando ataques mútuos.
3. O que importa é o Reino.
Mas por fim, o que é o Reino? São todas
as ações originadas no amor, que promove justiça, paz e alegria para a glória
de Deus. Nunca abandone a alegria que vem do Céu (Ne 8.10) por momentos
efêmeros de prazeres fugazes.
PENSE! O Reino acolhe as pessoas.
PONTO
IMPORTANTE! A unidade do Reino
é bem diferente da padronização dos homens.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), explique
que “Jesus ensina que a natureza atual do reino de Deus é espiritual, e não
material, nem política. ‘O Reino de Deus’ não vem com aparência exterior, não
vem como poder político terrestre. Pelo contrário, está dentro dos corações dos
crentes, no meio deles, e consiste em ‘justiça, e paz, e alegria no Espirito
Santo’ (Rm 14.17).
Ele se manifesta, ao
vencermos, pelo poder do Espírito Santo, o poder do pecado, da enfermidade e de
Satanás, e não pela conquista de reis e nações. Quando Jesus vier novamente a
este mundo, o reino será visto com todo o seu poder e glória, quando Ele
triunfar sobre reis e nações (Ap 11.5-18).” (Bíblia de Estudo Pentecostal Rio
de Janeiro: CPAD, p. 1544.)
III-
VIVENDO O REINO
1. Os “super apóstolos” e o império da
morte.
Paulo constatou um grave problema na
Igreja em Corinto: Um pernicioso grupo de indivíduos rebeldes, insubmissos e
arrogantes (2 Co 11.5; 12.11), aqueles a quem Paulo denomina ironicamente de
“super apóstolos”.
Estes estavam promovendo crises
relacionais e contendas por poder entre aqueles irmãos. Para o apóstolo, esses
embusteiros, que se anunciavam como verdadeiros representantes de Deus, nada
mais eram do que falsificadores da Palavra (2 Co 11.13). Na atualidade não é
muito diferente, há os que se acham fiéis a Palavra de Deus, os quais vivem a
semear contendas dentro da Igreja de Cristo.
2. O verdadeiro caráter do Reino.
Paulo, de uma forma eloquente,
caracteriza o modo como devemos servir ao Reino de Deus. Nossos juízos acerca
dos outros devem ser carregados da misericórdia de Cristo, caso contrário, não
passam de acusações covardes e injustas contra as filhas e filhos de Deus.
A vida no Reino é de doação, de
dedicação ao outro, quem vive no egoísmo serve ao Maligno, nunca ao Altíssimo.
É sempre importante destacar que, na medida em que o apóstolo afirmava as
qualidades intrínsecas do Reino de Deus, ele estava, em 1 Coríntios 4,
desmascarando o estilo de vida reprovável daqueles que, de modo arrogante,
tentavam trazer confusão sobre os coríntios.
3. O poder do Reino.
Por fim, mas não menos importante,
Paulo denuncia o caráter meramente retórico dos discursos daqueles crentes que
estavam inchados (1 Co 4.18-20). Não nos esqueçamos: o Cristianismo é uma
experiência espiritual mediada pela Palavra, todavia, a encarnação do Verbo é
um fundamento inamovível de nossa fé (Jo 1.1-3).
O convite para ser discípulo de Cristo
aponta para uma vida na qual as palavras demonstram sua força e validade ao
tocarem o mundo. Nosso Cristo não foi apenas um reprodutor de histórias, Ele
viveu tudo o que pregou e fez, de cada instante de sua vida, uma maneira de
glorificar ao Pai e proclamar o Reino.
Nós, como cristãos, fomos convocados a
uma missão evangelística que segue os mesmos princípios que foram apresentados
pelo nosso Salvador. Nossa pregação deve ser complementada com os sinais que
foram apontados pelo próprio Cristo (Mc 16.15-18). As palavras que portamos tem
poder para mudar a realidade, o mundo, aqui e agora.
PENSE! Os arrogantes não podem ser
representantes do Reino.
PONTO
IMPORTANTE! O Reino de Deus
muda o mundo.
PROFESSOR (A), Jesus “é interrogado pelos
fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus” (Lc 17.20). Os fariseus
ouviram e sentiram as repreensões afiadas de Jesus. Ouviram seus ensinos e
perceberam as muitas indicações de que Ele era o Messias, e também viram a
manifestação do seu poder miraculoso. Mas Cristo não cumpriu as expectativas
que eles alimentavam em relação ao Messias, e esta era para eles a prova
positiva de que não seria Ele” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de
Janeiro: CPAD, p. 464).
SUBSÍDIO
3
“Passagens nas epístolas
revelam que o governo de Deus na terra hoje é eficaz somente entre aqueles
foram libertos das trevas e transferidos para o Reino de seu Filho (Cl 1.13). O
Reino de Deus existe no presente onde os cristãos estão vivendo em sujeição à
vontade de Deus, onde o seu poder está produzindo vidas transformadas (1 Co
4.20).
O Reino de Deus não é uma
questão de conseguir o que se quer comer e beber, mas uma questão de conduta
íntegra, de se ter paz e harmonia com outros crentes, e alegria inspirada pelo
Espírito Santo (Rm 14.17). Paulo estava aparentemente se opondo às ideias
materialistas que os judeus de seus dias possuíam com respeito ao esperado
reino messiânico.” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD. 2006,
pp. 1660.1661)
CONCLUSÃO
Como servos do Reino de Deus, nosso
dever é colaborar para manifestar o rosto de Cristo nesta geração. Logo, não
cabe a nós os muitos desentendimentos. As divergências são naturais entre os
seres humanos, mas falta de comunhão não pode existir entre nós, não podemos esquecer
de que as palavras que portamos tem poder para mudar a realidade, o mundo, aqui
e agora.
HORA
DA REVISÃO
1. Apresente três características
fundamentais do Reino de Deus.
Simplicidade, generosidade e
universalidade.
2. O que não é o Reino?
Futilidades, opiniões pessoais e
arrogância.
3. O que é o Reino?
“É um conjunto de todas as bênçãos,
promessas e alianças que o Todo-Poderoso, de conformidade com os seus
conselhos, destinou aos que recebem a Cristo Jesus” (Claudionor de Andrade).
4. Existem discípulos egoístas no
Reino?
Não! A vida no Reino é de doação, de
dedicação ao outro, quem vive no egoísmo serve ao maligno, nunca ao Altíssimo.
5. Que relação devemos fazer entre
Reino de Deus e poder?
O Evangelho do Reino sempre é promotor
de ações e atitudes que mudam o mundo. O Reino não é feito de palavras fúteis,
mas de poder transformador.
DICAS
DE CURSOS BÍBLICOS
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