Revista
de Jovens – Assunto: Imitadores de Cristo - Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos
COMENTARISTA:
Thiago Brazil
3°
Trimestre de 2022. Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
"Eu sou a videira, vós, as varas; quem
está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis
fazer." (Jo 15.5)
RESUMO DA LIÇÃO
Somente através de uma comunhão
verdadeira com Jesus podemos frutificar no Reino de Deus.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Is 5-1
A vinha de Deus
TERÇA - Mt 3.10
O que acontece com os improdutivos
QUARTA - 2 Tm 4.2
Sendo produtivo no Reino
QUINTA - Jo 15.4
Vida só em Jesus
SEXTA - Cl 3.9
Em Cristo somos renovados
SÁBADO - Rm 11.23
Fomos enxertados para servir
OBJETIVOS
• EXPLICAR a respeito da imagem da vinha e o
grande vinhateiro;
• COMPREENDER os princípios da comunhão;
• SABER dos impactos da comunhão.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor (a) veremos
nesta lição que somente através de uma comunhão verdadeira com Jesus podemos
frutificar no Reino de Deus. Fomos enxertados na Videira Verdadeira para servir
ao Senhor. Não podemos nos esquecer de que há um potencial em nós, dons,
talentos e ministérios, que nos foi dado para realizarmos a obra do
Todo-Poderoso. Vivamos então para servir ao Reino e produzir muitos frutos para
a glória do Pai, do Filho e do Espirito Santo.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor (a) peça que os
alunos formem grupos. Depois sugira que eles encontrem na Bíblia algumas
referências relacionadas à videira e seus frutos. Dê um tempo para que façam a
pesquisa. Depois, peça que os alunos leiam as seguintes referências: Salmos
80.8, Isaías 5.1-7 e Ezequiel 19.10-14.
Em seguida explique que
segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal a videira é uma planta fecunda; um
simples ramo da videira produz muitas uvas. No Antigo Testamento, estas frutas
simbolizavam a fecundidade de Israel ao fazer a obra de Deus na terra. Na
refeição da Páscoa, o fruto da videira simbolizava a bondade de Deus para com o
seu povo.”
TEXTO BÍBLICO
João 15.1-4
1 Eu sou a videira verdadeira, e meu
Pai é o lavrador.
2 Toda vara em mim que não dá fruto, a
tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
3 Vós já estais limpos pela palavra que
vos tenho falado.
4 Estai em mim, e eu, em vós; como a
vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também
vós, se não estiverdes em mim.
INTRODUÇÃO
A salvação é um processo de readequação
da humanidade ao plano eterno de Deus. Estávamos apartados das bênçãos divinas,
enraizados em pecados e iniquidades. Foi quando, por meio do sacrifício de
Jesus na cruz, fomos feitas novas criaturas, reenxertados na Videira Verdadeira.
O resultado foi nossa reabilitação ao caminho de uma vida boa, produtiva e
significante para o Reino de Deus. Devemos então reconhecer nosso lugar junto
ao Senhor, e assim frutificar para a glória dEle.
I. A
IMAGEM DA VINHA
1. A vinha e o grande vinhateiro.
Esta é uma clássica imagem do
relacionamento de Deus com o seu povo que remonta aos profetas do Antigo
Testamento (Is 5.1-7; Jr 2.20-22). Os filhos de Israel sempre foram cuidados
diligentemente peto Senhor, gerados por suas mãos de misericórdia e amor, 0 que
se esperava de um povo gerado tão miraculosamente? Bênçãos, obediência e
gratidão. Todavia, o testemunho do Senhor é outro, a vinha produziu frutos
amargos, ou seja, pecado e desobediência.
No caso de Judá, a idolatria é 0
principal ato pernicioso que aquela comunidade pratica e que o Senhor
veementemente reprova.
Tomando essa imagem tão presente na
memória daquele povo, Jesus apresenta o maravilhoso plano divino de restauração
do relacionamento com a humanidade. Cristo é a própria vinha, isto é, a fonte
fundamental de vida. Já seus discípulos são os ramos que se conectam
diretamente à vinha, e que não possuem qualquer possibilidade de
autossubsistência. Por fim, o Pai é 0 sábio agricultor, com autoridade tanto
para podar como para cortar (Jo 15.1).
2. Sobre cortes e podas.
João 15 é uma reflexão a respeito da
necessidade individual de comprometimento com as múltiplas tarefas no Reino.
Para ensinar seus amigos sobre a frutificação no Reino, o Mestre explorou um
pouco mais a metáfora da vinha e esclareceu duas questões importantíssimas: no
Reino dos céus não há espaço para improdutivos, pois a missão de proclamação do
Evangelho é enorme e a necessidade de colaboração com o plano de Deus é
contínua.
Frutificar, isto é, atuar
significativamente no Reino, é um imperativo, quem assim não vive, será cortado
e lançado fora, Além disso, a atuação nas missões estabelecidas por Deus não
são uma garantia de isenção de problemas ou uma carta branca para se fazer o
que se quer. Se os inúteis são cortados, numa clara associação ao discurso de
João Batista (Mt 3.10), os cristãos produtivos e sadios, em algum momento de
suas vidas precisarão passar por uma poda, uma limpeza espiritual, para que no próximo
ciclo de frutificação, na próxima missão para o Reino, eles sejam mais produtivos
e ricos em dons, talentos e ministérios (Jo 15.2).
3. Os princípios bíblicos como
instrumentos de poda espiritual.
Como podemos melhorar espiritualmente?
De que forma podemos crescer e demonstrar maturidade
diante de Deus? Através de uma vida adequada aos princípios das Sagradas
Escrituras (Jo 15.3). A Bíblia é nosso parâmetro de vida, se estamos vivendo de
acordo com 0 que ela aponta, prosperamos e crescemos livremente; se em algum
momento nos afastamos do propósito divino, o Altíssimo como bom agricultor e
Pai, nos poda, pela exortação da Palavra, para que possamos viver a plenitude
de sua vontade (2 Tm 4.2).
Em tempos tão difíceis como os nossos, precisamos
cada vez mais estabelecer a Palavra de Deus como instrumento de orientação
espiritual para a nossa vida, e assim, seremos mais que vencedores.
PENSE!
Ter comunhão com Cristo não nos isenta
de dores, apenas nos faz mais fortes a elas.
PONTO IMPORTANTE!
Jesus está ao nosso lado em todo 0
tempo.
PROFESSOR(A), a função
de uma vinha e produzir frutos. A responsabilidade do lavrador é cultivar
videiras de qualidade. de forma que elas sejam produtivas. Para fazer isto,
duas coisas são necessárias: 'Toda vara em mim que não da fruto, a tira (Lc
13.6 9) Isto pode se referir especificamente a Judas certamente, a qualquer
apóstata. 0 corpo de Cristo não deve ser enfraquecido por aqueles que apenas 0
professam, mas se recusam dar fruto. E aqui que a ação
do Pai e revelada na
purificação moral dos verdadeiros discípulos que estão em seu Filho... 0 pai
tira as varas inúteis, e limpa aquelas que dão fruto' (Comentário Bíblico
Beacen. Rio de Janeiro: CPAD. 2014. p 127).
SUBSÍDIO
1
“Cisto é a Videira, e
Deus é o Lavrador que cuida dos ramos para torná-los frutíferos. Os ramos são
todos aqueles que se declaram seguidores de Cristo, Os ramos frutíferos são os
verdadeiros crentes que, por meio da união da sua vida com a de Cristo,
produzem muito para o Reino. Mas aqueles que se tornaram improdutivos, que
negam a seguir a Cristo depois de estabelecerem um compromisso superficial com
Ele, serão separados da videira. Os seguidores improdutivos são como mortos;
serão cortados e lançados fora.”
II. PRINCÍPIOS
DA COMUNHÃO
1. A necessidade de um relacionamento
verdadeiro com Jesus.
Não há vida fora de Jesus, é a esta
constatação que chegamos ao refletir sobre a necessidade de um relacionamento
com o Altíssimo (Jo 15.4). Afastados de Deus, todas as nossas ações são apenas
fragmentos de indignidades, já que nós mesmos somos nada sem Ele. Longe de
Jesus, todas as nossas ações espelham apenas o pecado que reina nos corações
daqueles que estão apartados do Pai.
Se algo está sendo feito sob o pretexto
de agradar a Deus e promove a mentira, a violência e a injustiça, isso jamais
poderá ser associado ao bondoso Deus, não passa de uma espiritualidade morta e
palavras vazias (Tg 2.15-20). Precisamos ensinar às pessoas a desenvolverem um
relacionamento verdadeiro com Jesus de Nazaré, pois somente assim um mundo mais
próximo do projeto divino poderá começar a surgir.
2. A comunhão com Jesus como condição
de frutificação no Reino.
Ter um relacionamento verdadeiro com
Jesus é uma exigência prévia para qualquer atuação no Reino (1 Jo 1.3). Sem
Jesus tudo o que fazemos não passa de futilidade, rapidamente passa, o efeito é
meramente ilusório. É nesses termos que o Cristo declara que sem uma comunhão
verdadeira com Ele tudo o que fazemos redunda em nada (Jo 15.5).
Se de fato queremos ser relevantes para
nossa geração, precisamos abandonar as vaidades, os projetos pessoais, e nos
doar completamente num relacionamento profundo e sincero com o Criador. Deste
modo, as ambições humanas serão postas de lado e poderemos ver a glória de Deus
em tudo que fizermos. Não precisamos de super-heróis, basta-nos uma vida de
comunhão com 0 Pai para realizarmos as obras que Ele previamente sonhou para
cada um de nós (Jo 5.20; 14.12).
3. A terrível condição de quem não
permanece na comunhão.
A falta de permanência em Cristo produz
um resultado terrível: a condenação eterna (Jo 15.6). As pessoas procuram
inúmeras formas de justificar uma suposta dignidade para merecerem o Reino do
Céus - boas ações, abstinência de bebidas alcoólicas, doações financeiras etc.
- mas a verdade é que apenas um relacionamento íntimo e sincero com Cristo pode
nos livrar da condenação eterna.
Diante desse fato, porque as pessoas
procuram tantos outros subterfúgios e não o Cristo? Porque a comunhão com o
Salvador exige um confronto diário com os nossos pecados (1 Jo 1.9), uma
mudança radical de vida (Rm 6.6; Cl 3.9), a negação contínua de nossa
inclinação carnal, para que assim vivamos o padrão de Cristo nesta geração. A
condenação eterna é um fato, precisamos anunciar a graça salvadora hoje.
PENSE!
A salvação nos deu 0 privilégio de uma
conexão direta com 0 Pai.
PONTO
IMPORTANTE!
Cada um de nós é útil e importante no
Reino de Deus.
SUBSÍDIO
2
Professor (a) pergunte
aos alunos 0 que significa ter comunhão com 0 Pai e estar em Cristo. Ouça os
alunos com atenção. Depois, explique que “estar em Cristo significa:
(1) crer que Ele é o
Filho de Deus (1 Jo 4.15):
(2) recebê-lo como Salvador e Senhor (Jo 1.12),
(3) fazer o que Deus diz
(1 Jo 3.24),
(4) continuar a crer nas
Boas Novas (1 Jo 2.24) e
(5) relacionar-se em amor
com os demais crentes que formam o Corpo de Cristo."
III. OS
IMPACTOS DA COMUNHÃO
1. Comunhão com Jesus implica em
adequação à Palavra.
Vivemos num tempo muito difícil, onde
multidões querem Cristo, mas rejeitam as Escrituras que o anunciam. Os indivíduos
professam publicamente uma suposta "fé" em Cristo, porém, no
cotidiano de suas vidas eles desrespeitam continuamente os princípios e valores
do Reino, contradizendo a Bíblia e seus atos e falas públicas. Só há comunhão
com Cristo se houver adequação à Palavra (Jo 15.7). Quem não se submete às
orientações da Bíblia jamais poderá ser denominado de discípulo de Cristo (Jo
8.31).
2. Como orar e ser respondido?
A resposta a esta questão pode nos
servir de instrumento de aferição da espiritualidade de uma pessoa, assim como
da seriedade de um líder ou igreja.
Multidões de pessoas estão lotando
templos em busca de uma "fórmula mágica" para serem ouvidas em suas
orações. Pessoas promíscuas, de vidas reprováveis, gente que não tem nenhum
compromisso com o Cristo ou com a Palavra, mas que estão sendo enganadas por falsos
ensinos. Estas pessoas pensam, assim como o mágico em Atos, que podem comprar a
bênção de Deus (At 8.19,20). Quanta heresia, quanta mentira!
Jesus deixa bastante claro em João 157
qual é o “segredo” para termos nossas orações respondidas de modo imediato: “Se
estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós”. Para termos nossas
orações respondidas, também precisamos orar segundo a vontade de Deus, pois sua
vontade é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2), a vontade de Deus está expressa
em suas palavras, que para nós chegou através da Bíblia (Ap 1.2), logo, se
obedecermos às Escrituras cumpriremos a vontade do Senhor, a qual se cumprirá e
nos trará plena felicidade.
Não tem segredo: quem ora pelo
cumprimento da vontade de Deus em sua vida, e busca obedecer a tudo o que o
Senhor ordenou, tanto será respondido em todas as orações, pois verá o plano do
Eterno, e não os seus, se cumprindo.
3. A verdadeira marca de um cristão.
Um cristão não pode ser alguém inútil
(Jo 15.8). Deus não nos vocacionou para uma existência limitada. O que o
Criador deseja para nós é uma vida frutífera, produtora de bênçãos para os
outros e para nós. Lembremo-nos desse simples princípio que pode ser extraído
da imagem da vinha, do vinhateiro e dos ramos: o fruto produzido pelo ramo
conectado à vinha nunca beneficia diretamente o ramo, mas quem dele se
alimentará. Não somos salvos para uma existência egoísta, fomos enxertados em
Cristo para servirmos aos outros, crendo que assim nossas vidas atingem o
potencial máximo para o qual elas foram criadas.
PENSE!
Alguém que não se esforça para seguira
Palavra jamais será cristão.
PONTO
IMPORTANTE!
Fora de Cristo não há vida abundante.
SUBSÍDIO
3
Professor (a) explique
que só podemos frutificar se estivermos em comunhão com Cristo. Sem Ele nada
podemos fazer. Depois diga que “o fruto que produzimos para Deus não se limita
à atividade de ganhar almas. Neste capítulo, a oração respondida, a alegria e o
amor são mencionados como frutos (Jo 15.7,11,12). As passagens em Gálatas 5
22-24 e 2 Pedro 1.5-8 descrevem um fruto adicional: as qualidades do caráter
cristão.”
CONCLUSÃO
A vocação cristã tem um propósito: nossa
ligação com Jesus. Tal comunhão tem como finalidade restaurar nosso estado
eterno que foi perdido com a desobediência no Éden. Há muito potencial em nós,
dons, talentos e ministérios, que nos foi dado para realizarmos grandes obras
para Deus. Vivamos então para servir o Reino.
HORA DA REVISÃO
1. O que a imagem da vinha aplicada à Igreja
demonstra?
Que apesar de não sermos dignos,
o Senhor nos reconectou a y: Ele, através do sacrifício de Jesus• que nos deu
uma nova chance de comunhão,
2. Como Jesus “poda’' os
ramos que estão nEle?
Através da aplicação de
princípios espirituais extraídos das Sagradas Escrituras.
3. Qual a marca de um cristão, segundo a
imagem da vinha?
Ser alguém produtivo, frutífero,
rico Ti em obras para a glória de Deus.
4. É possível fazer algo de relevante para o
Reino longe de Deus?
Não, pois tudo o que há de bom
em nós vem diretamente do Cristo, T nunca de nós mesmos.
5. Qual o “segredo" para termos as
orações respondidas?
Orar segundo a vontade de Deus'' revela nas Escrituras.
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