Revista de Jovens –
Título: O PERIGO DAS TENTAÇÕES –
As orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa | 2°
Trimestre de 2022. Escola Dominical CPAD
Obs. Revista
do Professor
TEXTO PRINCIPAL
"E
chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de
Israel, e porque tentaram ao SENHOR, dizendo: Está o SENHOR no meio de nós, ou
não?" (Êx 17.7)
RESUMO
DA LIÇÃO
A
segunda tentação pela qual Jesus passou nos remete a interpretar e aplicar mal
um texto das Escrituras, tentando forçar Deus a fazer a nossa vontade.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA
- Mt 22.29
"Errais
não conhecendo as Escrituras"
TERÇA
- Sl 119.105
Luz
para os nossos passos
QUARTA
- Mt 4 4
Alimento
para a nossa alma
QUINTA
- Sl 119.II
Proteção
contra o pecado
SEXTA
- Jo 17.17
Palavra
verdadeira
SÁBADO
- Sl 119.11
Nossa
proteção contra o pecado
OBJETIVOS
•
MOSTRAR a mudança de cenário na tentação de Jesus;
EXPLICAR
como
o Inimigo distorceu a Palavra de Deus;
CONSCIENTIZAR
de que não podemos seguir o exemplo do povo de Deus no deserto.
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor (a), na lição deste domingo veremos a respeito
da segunda tentação de Jesus no deserto. A tentação pode ganhar formas
diferentes dependendo do local e da ocasião, mas ela sempre terá o propósito de
nos fazer pecar contra Deus nos afastando da sua presença.
A segunda tentação nos ensina que não podemos jamais fazer a nossa
própria vontade, mas sim a vontade de Deus. O Senhor é soberano e a sua
vontade, por mais difícil que pareça, é sempre boa, agradável e perfeita.
Aqueles que decidem fazer a sua própria vontade estão em rebeldia, e se não se
arrependerem vão acabar caindo nas muitas ciladas do Inimigo.
TEXTO BÍBLICO: Mateus 4.5-7; Deuteronômio 6.13-16
INTRODUÇÃO
A
Palavra de Deus vem sendo lida, ensinada e pregada por praticamente todo
o mundo. Ela tem o poder de mudar a vida das pessoas, e nos revela o que Deus
deseja que saibamos para sermos salvos e igualmente cidadãos dos céus.
Entretanto, essa mesma Palavra pode ser mal interpretada e mal aplicada, e Satanás
nos mostra isso quando tenta pela segunda vez ao Senhor Jesus. Veremos nesta
lição como podemos resistir à tentação de utilizar a Palavra de Deus de forma equivocada,
e, como o Senhor Jesus, vence a tentação de aplicar mal a Palavra de Deus e de
agir sem consultar ao Senhor.
I
- MUDANDO O CENÁRIO DA TENTAÇÃO
1.
Na Cidade Santa.
Mateus
registra que após a primeira tentação, no deserto, Jesus é transportado à
Cidade Santa, e levado ao pináculo do Templo. Parte do ministério de Jesus
ocorreu em Jerusalém, onde foi apresentado no Templo (Lc 2.22). e para onde ia
todos os anos para celebrar a Festa da Páscoa com seus pais (Lc 2.40, 41). A
Cidade Santa não era um lugar desconhecido para Jesus, nem para o Inimigo.
O
pináculo do Templo era a parte mais alta do Santuário construído por Herodes. A
arquitetura e a obra feitas pelo idumeu causavam admiração nas pessoas que iam
a Jerusalém. Certa vez, até os discípulos de Jesus, em uma das idas ao Templo,
mostraram a estrutura da construção para Ele (Mt 24,1). Era um lugar suntuoso e
atraia a atenção das pessoas, tanto para cultuarem quanto para fazerem
negócios, pois até vendilhões usavam o espaço do santuário (Jo 2.13-16). Era um
lugar tão estratégico para a fé em Israel que qualquer pessoa que se destacasse
no Templo, ensinando, contribuindo ou operando algum milagre, seria lembrada
por toda a população.
Devemos
observar que Satanás se utilizou do santuário, ainda que a parte exterior, como
cenário da tentação. Ele não respeita locais de culto, e pode se utilizar deles
para gerar confusão entre os crentes.
2.
"Se tu és o Filho de Deus”.
Já
foi dito que a tentação, mais do que uma prova da nossa fé, é uma prova da
nossa confiança em Deus. A segunda tentativa do Inimigo contra Jesus traz
novamente a fala de Satanás, questionando o que Deus havia afirmado. Jesus é o
Filho Unigénito de Deus, e o próprio Deus Pai já o havia dito por ocasião do
batismo de Jesus. Entretanto, Satanás tenta “condicionar" o reconhecimento
da natureza divina de Jesus a uma ação inusitada: jogar-se do pináculo do
Templo.
Essa
é uma lição que precisamos guardar. Veremos, com Jesus, que se Deus já se
pronunciou sobre o que somos nEle, não precisamos dar ouvidos aos que duvidam
daquilo que Ele falou a nosso respeito.
3.
"Lança-te daqui abaixo".
Satanás
não coloca Jesus no pináculo do Templo e o empurra de lá. Ele o leva para o
alto e incita Jesus a se jogar. O Inimigo certamente não tinha autoridade para
atentar contra a vida de Jesus, mas ele incitou o Senhor a atentar contra a
própria vida, De forma geral, a tentação nos é apresentada como algo que
dependerá de nós aceitarmos ou não.
É
possível que, ao aceitar essa tentação, um poderoso milagre viesse a acontecer
diante dos olhares dos frequentadores do Templo. Jesus seria reconhecido como o
Messias, sem precisar passar pela crucificação, mas esse não era o plano do Pai
para o Filho. A cruz era o caminho necessário a ser trilhado por Jesus para que
pudéssemos ser salvos.
SUBSÍDIO
1
Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: Onde
era o centro religioso nos tempos de Jesus? Incentive a participação de todos e
ouça os seus alunos com atenção. Diga que “o Templo era o centro religioso da
nação judaica e o lugar onde o povo esperava que o Messias se manifestasse (Ml
3.1). Foi restaurado por Herodes o Grande, que tinha a esperança de garantir a
confiança dos judeus. O Templo era o edifício mais alto da área. o 'lugar mais
alto' ou 'pináculo' era provavelmente um muro que se projetava da encosta, com
vista para o vale. Deste ponto Jesus podia ver toda a Jerusalém através de si e
quilômetros à sua frente." (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD. p. 1220.)
II
- DISTORCENDO A PALAVRA DE DEUS
1.
Anjos vão guardar você.
Os
anjos são seres ministradores que trabalham em prol daqueles que hão de herdar
a salvação (Hb 1.14). Eles atuam por orientação divina, e não de acordo com a
conveniência humana. E a promessa do Salmo 91.11 se refere à atuação dos anjos
em prol daqueles que andam com Deus. Os seres celestiais não são negligentes em
relação às orientações divinas, e preservam os santos homens e mulheres que
guardam consigo o temor ao Eterno, Entretanto, apesar de a Palavra apontar que
Deus provê proteção angelical aos seus servos, contar com essa mesma proteção
divina quando cientes de que o caminho que estamos trilhando não nos foi
orientado por Deus, é outra história.
Satanás
também sabe citar as Escrituras Sagradas quando lhe convém.
Entretanto,
ele sempre o fará com propósitos malignos, para que os servos de Deus pequem.
Suas hostes criam doutrinas de demônios, induzindo incautos a lerem as
Escrituras pela metade, desrespeitando regras de interpretação já definidas,
soprando ventos de doutrinas erróneas e heresias para que o povo de Deus peque.
2.
Os milagres são obrigatórios?
Um
dos equívocos mais difundidos em nossos dias é que se Deus não prover milagres
diários em nossas vidas, então nossa fé é fraca ou a nossa comunhão com Ele é
pouca. No entanto, a nossa comunhão com Deus não pode ser medida pelas
respostas miraculosas que Ele pode nos dar. O Todo-Poderoso opera maravilhas e
faz milagres de acordo com a sua vontade e no momento que Ele deseja.
Se
Jesus cedesse à tentação, e fosse guardado pelos anjos, provavelmente
convenceria as multidões de que Ele era o Filho de Deus. Contudo, a mensagem do
Evangelho não pode ser um espetáculo para convencer as pessoas como uma mera
atração. E Jesus não seria um espetáculo nas mãos de Satanás.
3.
Posso mesmo fazer o que eu quiser?
A
segunda tentação nos mostra que não podemos fazer a nossa própria vontade, e
sim a vontade de Deus. Se nós oramos: “seja feita a tua vontade, tanto na terra
como no céu" (Mt 6.10), devemos entender que não podemos fazer nada que
venha colocar em prova o Senhor.
Não
temos o direito de realizar certas ações e acreditar que o Senhor tem a
obrigação de atender ao que estamos tentando fazer, ou de impor a Ele os nossos
planos, como se Deus fosse um servo, e nós. os senhores. Não podemos fazer do
texto de Filipenses 413 "posso todas as coisas naquele que me
fortalece", um salvo conduto para que venhamos a fazer o que Deus não nos
ordenou a fazer.
PROFESSOR(A), “a segunda tentação é a oferta que o Inimigo fez a Jesus de
autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8). Num momento de tempo, ele traz
à presença de Jesus todos os reinos do mundo. Afirma que eles lhes foram dados
e que ele tem o direito de dispor deles como quiser. A afirmação do Diabo é
meia-verdade. Embora ele tenha grande poder (Jo 12.31; 14 30), ele não tem
autoridade para dar a Jesus os reinos do mundo e a glória deles. Ele promete
que Jesus poderia se tornar 0 governante da terra se tão somente Ele o adorar. Satanás
tenta ludibriar Jesus para obter poder político e estabelecer um reino no mundo
maior que o dos romanos" (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento.
Vol. 1. Rio de Janeiro, CPAD, 338).
SUBSÍDIO
2
Professor (a), explique aos alunos que “se Jesus tivesse exercido
tal poder no recinto do Templo, sua ação o teria identificado como o líder
sobrenaturalmente ungido a quem os insurgentes ou extremistas esperavam que os
comandasse numa reforma religiosa e numa rebelião contra os opressores romanos.
Esta tentação voltou a assombrar Jesus mais tarde (Jo 6.15). Na entrada
triunfal e na purificação do Templo, tudo o que Jesus teria de dizer era: 'Às
armas!', e sua missão como Messias teria se reduzido a uma operação militar: e,
em consequência disso, o plano de salvação espiritual estaria perdido. Esta
tentação sempre estava a uma palavra de distância. Na oração de Jesus no jardim
do Getsêmani, Ele expressou ao Pai a hesitação em cumprir seu messiado mediante
abnegação. Lucas 413 declara que as tentações de Jesus não terminaram no
deserto, mas que o Diabo o deixou ‘por algum tempo’." (Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p.31.)
III - O POVO NO DESERTO
1.
Deus está conosco mesmo?
Ao
responder a Satanás, Jesus remonta, pela segunda vez, à história do povo de
Israel no deserto. Os hebreus haviam iniciado sua jornada e. ao chegarem ao
deserto de Sim, não encontraram água para beber (Êx 17.1-7) Nesse cenário, logo
se voltaram contra o Deus que os havia libertado da escravidão egípcia. Eles se
colocaram contra Moisés, e o Senhor orientou seu servo a ferir a rocha para que
dela saísse água, e Deus proveu água para o seu povo.
O
problema apontado nesse texto não é a sede e a falta de água, e sim colocar em
questão a presença de Deus quando se está passando por um momento de privação
temporária, como fizeram os hebreus: "Está o SENHOR no meio de nós, ou
não?" (Êx 17.7).
2.
Não tentarás ao Senhor.
No
deserto. Deus iniciou o processo de amadurecimento do seu povo. Os hebreus
precisavam ser transformados para entrarem na terra que o Todo-Poderoso lhes
daria. Porém, eles haviam rejeitado entrar na Terra Prometida, dando ouvidos
aos espias que infamaram a terra (Nm 13.1-14). o que lhes custou uma caminhada
de quatro décadas em uma terra inóspita. E ao escrever o Deuteronômio. para a
nova geração de hebreus. Moisés deixa claro ao povo: "Não tentareis o
SENHOR, vosso Deus, como o tentastes em Massa" (Dt 6.16). Esse versículo
mostra um cenário triste por parte do povo de Deus. Pela falta de água, os
hebreus zombaram da presença do Eterno entre eles. Este deboche foi visto por
Deus como uma infidelidade contra Ele. O Eterno estava entre eles, e proveu a
água de que precisavam. Tentar a Deus é desafiá-lo, é acreditar que Ele não
está agindo em nosso favor.
3.
Pôr Deus a prova é uma tentação.
Quando
colocamos o Senhor à prova, de forma explícita, estamos dizendo que não cremos
no que Ele disse, e que vai falhar naquilo que prometeu a nós. Mesmo quando o
Todo-Poderoso nos “ordena" a fazer prova dEle, como no caso daqueles que
são dizimistas (Ml 310), há uma condicional "se", ou seja, podemos
fazer prova do Senhor e se Ele não “abrir as janelas dos céus e não derramar
sobre vós uma bênção tal", quer dizer se as nossas necessidades diárias
não forem supridas. Essa é a condição.
SUBSÍDIO
3
Professor (a), explique aos alunos que ‘o segredo da vitória de
Jesus não estava na memorização mecânica das Escrituras. Ensopar-se com a
Palavra de Deus é bom, mas até Satanás pode ‘declamar’ a Escritura. Não foi
apenas o conhecimento intelectual que Jesus tinha da Escritura que revelou o
plano de Deus, mas sobretudo sua relação com o Pai divino. O único centro
apropriado para interpretar a Escritura é uma relação viva com Deus! O que
Jesus citou somente revelou essa relação preexistente.
Não devemos ter a presunção de falar e aplicar a Palavra de Deus à
parte da vontade de Deus, É o que significa falar em nome de Deus. Por exemplo,
como alguém sabe a vontade do próprio cônjuge? Por associação frequente.
Somente nos relacionando com Deus é que podemos conhecer sua vontade.”
(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
p.3)
CONCLUSÃO
Satanás
provavelmente preferia ver Jesus no pináculo do Templo, atraindo a atenção das
pessoas e sendo um espetáculo. Jesus preferiu a cruz, para atrair a todos nós,
nos salvar, perdoar e nos conduzir a Deus para passar a eternidade com Ele.
Interpretar
de forma errada a Palavra de Deus pode ter implicações sérias para a vida do
cristão. Satanás tentou Jesus a agir por conta própria, interpretando a Palavra
sem respeitar o seu devido contexto.
O HORA DA REVISÃO
1.
Depois da primeira tentação, para onde o Inimigo levou Jesus?
Para
o pináculo do Templo
2.
Segundo a Lição, onde parte do ministério de Jesus ocorreu?
Parte
do ministério de Jesus ocorreu em Jerusalém.
3.
De acordo com a lição, o que é tentação?
Tentação
é mais que uma prova da nossa fé, é uma prova da nossa confiança em Deus.
4.
O que o Diabo queria ao colocar Jesus no pináculo do Templo?
Ele
queria que Jesus atraísse a atenção das pessoas, sendo um espetáculo.
5.
Deus faz milagres de acordo com a nossa vontade?
Não.
Todavia, a vontade do Senhor é boa. agradável e perfeita.
2° Trimestre De 2022
| Revista Jovens CPAD – Título: O PERIGO DAS TENTAÇÕES – As orientações
da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa | Lição 10: Interpretando
Erroneamente as Escrituras | SUBSÍDIOS
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