Lições Bíblicas BETEL:
2° Trimestre de 2022 | Título: APOCALIPSE – Mensagem sobre o triunfo de
Cristo, exortações e promessas ao povo de Deus.
TEXTO ÁUREO
“E
logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um
assentado sobre o trono.” Apocalipse 4.2
VERDADE APLICADA
Independente das circunstâncias, podemos perseverar confiando no
Senhor, pois o Seu reino é supremo e eterno.
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar
que
o Apocalipse é o livro do trono.
Mostrar
os
personagens em volta do trono.
Apresentar as características de Cristo no
trono.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
APOCALIPSE
4
3-
E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de
sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e era semelhante à
esmeralda.
4-
E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentado sobre os tronos
vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças
coroas de ouro.
5-
E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete
lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus.
6-
E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E, no meio
do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por
detrás.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Dn 7.14 Jesus: foi-lhe dado domínio, reino e
glória.
TERÇA / Mt 26.64 Jesus: assentado à destra de Deus.
QUARTA / Ef 1.21 Jesus: acima de todo principado e
potestade.
QUINTA / 1Tm 6.15 Jesus: Rei dos reis e Senhor dos
senhores.
SEXTA / Hb 1.3 Jesus: o resplendor da glória de
Deus.
SÁBADO / Ap 1.5 Jesus: príncipe dos reis da terra.
HINOS SUGERIDOS: 125, 202, 451
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que, mesmo em meio às crises, estejamos firmes e constantes
no Senhor.
ESBOÇO
DA LIÇÃO
Introdução
1-
O trono
2–
Em volta do trono
3–
No trono
Conclusão
PONTO DE PARTIDA
O reino de Deus é supremo e eterno.
INTRODUÇÃO
A
palavra trono aparece 44 vezes no Apocalipse, deixando claro que este é o livro
do trono. A revelação mostra a soberania e o poder de Deus em levar adiante o
plano estabelecido antes da fundação do mundo: “congregar em Cristo todas as
coisas” [Ef 1.10].
1- O TRONO
Até
aqui, João está na ilha de Patmos. Mas, com o fim das mensagens às sete igrejas
da Ásia, ele é arrebatado ao céu e lá continua a receber a revelação do
Apocalipse. A primeira coisa que João vê é um trono: “E logo fui arrebatado em
espírito, e eis que um trono estava posto no céu” [Ap 4.2]. Trono fala de
proteção [Ap 7.15]; de poder de julgar [Ap 20.4]; e de autoridade [Ap 7.17].
1.1.
Trono alto e sublime.
Diferente
dos tronos humanos, que são transitórios, limitados e falíveis, o trono de Deus
é perfeito e elevado. A Bíblia mostra a grandeza de Deus em Seu trono,
afirmando que o trono de Deus está no céu [Sl 11.4]; Seu trono é tão alto e
elevado que todo céu é o Seu trono [Mt 5.34]; é santo e domina sobreas nações
[Sl 47.8]; domina sobre tudo [Sl 103.19]. Temos um vislumbre de sua grandeza na
visão de Isaías: “Eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o
seu séquito enchia o templo.” [Is 6.1]. A visão do trono divino mostra que o
cristão deve, mesmo em meio às crises, manter-se firme e confiante, pois está
debaixo de um governo soberano, poderoso e eterno, o de Deus.
Subsídio do Professor:
Segundo o Dicionário Wycliffe: “A palavra grega “thronos” é o lugar
de onde Cristo governará a Terra [Mt 19.28; 25.31]. Ele representa o último
lugar pelo qual se garante uma promessa ou juramento [Mt 23.22]. Cristo herda o
trono de Davi [Lc 1.32; At 2.30]. Estar sentado à mão direita do trono de Deus
significa uma completa aprovação [Hb 8.1; 12.2]. Ele é o símbolo do direito de
Deus de julgar os homens e de reinar sobre o mundo [Ap 4.2ss], e da futura
autoridade dos discípulos de Cristo [Mt 19.28; Ap 20.4].”
1.2.
Trono de justiça e juízo.
A
Bíblia, ao falar sobre o trono de Deus, nos revela que “justiça e juízo são a
base do teu trono” [Sl 89.14]. Enquanto na história da humanidade, ao longo do
tempo, surgem governos marcados por corrupção, violência e totalitarismo, o
trono de Cristo é um trono de justiça. Nele o homem encontrará o real sentido
de equidade, segurança e paz. O juízo nos lembra o que está por vir. No
Apocalipse, vemos que o tempo de Deus tratarcom a humanidade se aproxima: “Sobe
aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer” [Ap 4.1]. A
Grande Tribulação é antecedida pela visão do trono, fazendo-nos entender que
vem do alto, vem de Deus o juízo que se aproxima.
Subsídio do Professor:
De acordo com Geziel Gomes: “A glória de Cristo, o Senhor do Reino:
foi lhe dado domínio, reino e glória [Dn 7.14]; sentado à destra do poder de
Deus [Mt 26.64; Cl 3.1; Hb 1.3]; acima de todo o principado e potestade [Ef
1.21]; Soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores [1Tm 6.15]; sustenta todas
as coisas com a Palavra do Seu poder [Hb 1.3]; a Ele estão sujeitos, anjos,
autoridades e potestades [1Pe 3.22]; Soberano dos reis da terra [Ap 1.5].”
1.3.
Trono de Davi.
O
trono de Deus no céu nos faz lembrar que Cristo governará sobre este mundo, já
que é dito a João: “Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas
devem acontecer.” [Ap 4.1]. Quando Davi quis edificar uma casa a Deus, o Senhor
não permitiu, mas lhe disse que seu trono, através de um descendente, “será
firme para sempre” [2Sm 7.1-16]. Maria recebeu o anúncio de que seria a mãe do
Messias e que o “Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará
eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” [Lc 1.32-33]. Seu
trono é um trono de vitória [Ap 3.21], pois Cristo venceu o diabo, a carne, o
mundo e a morte [Hb 12.2]. Este trono mostra o juízo iminente e também será
“luz para alumiar as nações e para glória de teu povo Israel” [Lc 2.32].
Subsídio do Professor:
Segundo Claudionor Corrêa de Andrade: “A promessa de que Cristo
governará todas as nações é-lhe feita através de Davi de quem herdaria o trono:
“Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por
possessão” [Sl 2.8]. Mais tarde a promessa lhe é referida por Isaías: “Porque
um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus
ombros” [Is 9.6]. Em significativas passagens, o profeta descreve como será o
reino de Cristo. Será marcado pela justiça, segurança, prosperidade, temor a
Deus e pela expansão do conhecimento divino.”
EU ENSINEI QUE:
A visão do trono divino mostra que o cristão deve, mesmo em meio às
crises, manter-se firme e confiante, pois está debaixo do governo soberano,
poderoso e eterno de Deus.
2- EM VOLTA DO TRONO
Quando
foi arrebatado ao céu, João viu coisas inefáveis que nunca tinha visto. Dentre
elas viu os personagens que aparecem em volta do trono e compõem o majestoso
cenário que tinha visto inicialmente [Ap 4]. Vejamos quem são estes personagens
e o significado desta visão.
2.1.
Os vinte e quatro anciãos.
Há
intérpretes que consideram os 24 anciãos como sendo anjos. Contudo, é mais
provável que simbolize todo o povo de Deus ao longo da história: “E ao redor do
trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e
quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre as suas cabeças
coroas de ouro.” [Ap 4.4]. Eles aparecem com coroas na cabeça e sentados em
tronos, que são promessas de Cristo aos salvos e não aos anjos [Mt 19.28; Ap
3.21; 1Pe 5.4]. O número 24 relacionado a eles sinaliza uma cifra completa, que
pode estar apontando para os patriarcas das tribos de Israel e os doze
apóstolos, simbolizando, assim os salvos dos Antigo e Novo Testamentos. Vide as
referências às doze tribos e aos doze apóstolos na descrição da Nova Jerusalém
[Ap 21.12-14].
Subsídio do Professor:
Stanley M. Horton: “Em nenhum lugar da Bíblia, os anjos são chamados
de anciãos. As coroas que os anciãos usam são de vitória; a palavra é usada
para descrever também as coroas preparadas para os crentes, não para anjos. Ao
mesmo tempo, as coroas falam de realeza; quando os soldados coroaram Jesus com
uma coroa de espinhos, seu propósito foi zombar dEle como Rei dos judeus. Em
nosso texto [Ap 4.4], a palavra é usada em conexão com os anciãos assentados
sobre o trono, e que têm poder real [Ap 5.10]. As roupas brancas são também
prometidas aos crentes vencedores [Ap 2.10; 3.4].”
2.2.
Os quatro seres viventes.
A
descrição dos seres que João viu “no meio do trono, e ao redor do trono” [Ap
4.6], envolvidos em adoração contínua [Ap 4.8-9] e, também, estão atuantes em
outros momentos revelados no Apocalipse [Ap 6.1, 3, 5, 7; 7.11; 14.3; 19.4] nos
remete à visão de Ezequiel [Ez 1.4-6] que os identifica como querubins [Ez
10.20-21]. Os querubins aparecem guardando a entrada do Éden após a queda do
homem [Gn 3.24], eles aparecem no tabernáculo e no templo [Êx 36.35; 2Cr 3.7,
14] e dois querubins de ouro foram colocados em cima do propiciatório, a tampa
de ouro da arca do concerto [Êx 25.18]. Em Sua glória, Deus é aquele que habita
entre os querubins [1Sm 4.4; 2Sm 6.2; Is 37.16].
Subsídio
do Professor:
Stanley M. Horton: “Apesar de
adorarem a Deus continuamente, cumprem de igual modo a sua vontade, e executam
os seus julgamentos [Ap 6.1-2]. Portanto são seres reais, não simbólicos.
Parece que representam não somente toda a criação diante de Deus, como os
querubins que Ezequiel vira, mas são também os líderes de toda a criação. Eles
falam a uma só voz quando adoram a Deus. Mas também individualmente [Ap 6.1, 3,
5, 7].”
2.3.
As sete lâmpadas de fogo.
João
vê sete lâmpadas de fogo diante do trono e nos é dada, junto da visão, a sua
identificação: as sete lâmpadas de fogo são os sete espíritos de Deus [Ap 4.5],
que, como já estudamos na lição 2, fala da múltipla e perfeita operação do
Espírito Santo 11.2]. A visão do Espírito como sete lâmpadas de fogo pode
significar Sua capacidade de perscrutar, conhecer todas as coisas, expressando
Sua onisciência e onipresença. Este conhecimento deve nos levar a uma vida de
santidade e obediência à Palavra de Deus, tendo em vista que Deus abomina o
pecado [1Jo 3.6].
Subsídio do Professor:
Stanley M. Horton: “As sete lâmpadas de fogo são os “sete espíritos
de Deus”, como o interpreta um dos anjos. Entretanto, podem representar os sete
espíritos de Deus falados por Isaías [Is 11.2-3]. De qualquer forma, deixam
João ciente de que o Espírito Santo estava, e está, presente no trono; falam
também do Espírito Santo como um fogo consumidor, cheio de indignação santa
contra todo o pecado. Veja Isaías 4.4, onde o Espírito de Deus é chamado de
“Espírito de julgamento” e “espírito de ardor”. O Espírito Santo reprova os
culpados e os chama para uma prestação de contas [Jo 16.8].”
EU ENSINEI QUE:
Quando foi arrebatado ao céu, João viu coisas inefáveis que nunca
tinha visto.
3- NO TRONO
O
apóstolo João, ao ser arrebatado, chega a um lugar onde há um trono “e um
assentado sobre o trono” [Ap 4.2]. Deus, o soberano Senhor sobre todo universo,
é visto em Seu esplendor, majestade e glória. Esta visão de Deus em Seu trono é
um despertamento para que busquemos “as coisas que são de cima, onde Cristo
está assentado à destra de Deus” [Cl 3.1]. Devemos nos manter firmes na fé em
Cristo, como filhos de Deus, porque naquele dia, como Ele é, nós também O
veremos [1Jo 3.2].
3.1.
Como jaspe e sardônica.
Duas
pedras aparecem para definir a aparência de Deus, em Seu trono: “E o que estava
assentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de sardônica” [Ap
4.3]. Estas pedras falam do esplendor e beleza, da presença de Deus, já que são
utilizadas para mostrar a glória e fulgor da nova Jerusalém [Ap 21.11, 18-20].
Porém, é interessante notar que, no Antigo Testamento, jaspe e sardônica
aparecem no peitoral do juízo usado pelo sumo sacerdote no ofício sacerdotal
[Êx 28.15-20]. O que indica que, além de majestoso e singular, este trono é
também um trono de juízo.
Subsídio do Professor:
O Novo Testamento comentado por William Barclay (Apocalipse) – p.
179: “Segundo H. B. Swete: “Evita rigorosamente os detalhes antropomórficos.”
Descreve a Deus “no brilho de cores como de pedras preciosas”, mas nunca
menciona aparências ou formas exteriores. A Bíblia vê muitas vezes a Deus como
luz. As Epístolas Pastorais dizem que Deus mora na luz inacessível [1Tm 1.16].
Muito antes, o salmista já tinha falado de Deus, aquele que se cobre de luz
como de uma roupagem [Sl 104.2]João vê sua visão em termos da luz que se
desprende das pedras preciosas. Não sabemos que pedras eram exatamente, porque
os antigos tinham nomes para as distintas gemas que não correspondem totalmente
aos nomes modernos. Os três nomes que aparecem aqui são jaspe, cornalina e
esmeralda. De uma coisa, pelo menos, podemos estar seguros: Estas pedras
representam simbolicamente as mais preciosas de todas as pedras valorizadas por
sua beleza radiante.”
3.2.
Arco celeste.
O
arco de Deus aparece, pela primeira vez, como sinal da promessa de Deus de
nunca mais destruir a terra com água [Gn 9.8-16]. Quando Noé e sua família saem
da Arca, Deus estabelece Seu arco no céu como sinal permanente desta promessa.
Assim como o arco celeste se estabeleceu como símbolo de esperança e
restauração depois da destruição do dilúvio, o arco celeste aparece aqui
novamente indicando que, mesmo com toda a destruição que está prestes a vir,
haverá restauração e vida. Recordemos que “as misericórdias do Senhor são a
causa de não sermos consumidos” [Lm 3.22]. O arco ao redor do trono nos remete,
também, ao texto de Hebreus 4.14-16: porque Nosso Senhor Jesus Cristo intercede
por nós, é possível, junto ao trono, alcançar misericórdia e achar graça.
Subsídio
do Professor:
R. N. Champlin: “O arco-íris foi, originalmente, o sinal de um
pacto, isto é, uma promessa de Deus ao homem, de que aterra não seria novamente
destruída pela água. Assim sendo, o arco-íris do Apocalipse (em seu quarto
capítulo) poderia ser sinal do novo pacto de Deus com o homem, por meio de
Cristo, que a sua parousia dará maior cumprimento. O temporal da tribulação
terá de anteceder esse acontecimento, pois o arco-íris veio após a grande
tempestade do dilúvio.”
3.3.
Semelhante a esmeralda.
O
arco celeste tem sete cores, mas o que João vê em volta do trono é totalmente
diferente de qualquer arco-íris visto aqui na terra: “E o arco celeste estava
ao redor do trono, e era semelhante à esmeralda.” [Ap 4.3]. A esmeralda, assim
como as outras pedras citadas, também aparece no peitoral do sumo sacerdote [Êx
28.15-20]. É a pedra que representa ou corresponde à tribo de Judá, a tribo
real. Mostrando a soberania e poder deste trono. Que visão gloriosa foi esta
vista por João e revelada a nós!
Subsídio do Professor:
R. N. Champlin: “No peitoral do sumo sacerdote, a esmeralda era a
pedra de Judá, a tribo de onde viria o rei. Esse nome significa louvor,
portanto, na vinda do rei, o cumpridor da promessa, teremos razão para louvar
ao Senhor. Essa é a bendita esperança. Sua cor verde fala de vida. No contexto
da promessa, isso aponta para a vida eterna.”
EU ENSINEI QUE:
A visão de Deus em Seu trono é um despertamento para que
permaneçamos firmes na fé em Cristo, como filhos de Deus, porque naquele dia,
como Ele é, nós também O veremos.
CONCLUSÃO
Vimos
que, sendo o Apocalipse o livro do trono, devemos confiar em Deus, que cumprirá
Suas promessas. Assim, a Igreja de Cristo vivenciará tudo o que Deus tem
planejado para ela, pois Jesus Cristo voltará e arrebatará a Sua Igreja.
Permaneçamos firmes mantendo nossos olhos em Cristo.
Revista
BETEL | 2° Trimestre De 2022 | Reverberação: Subsídios Dominical
DICAS
DE CURSOS BÍBLICOS