Revista de Jovens –
Título: O PERIGO DAS TENTAÇÕES –
As orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa | 2°
Trimestre de 2022. Escola Dominical CPAD
Obs. Revista
do Professor
TEXTO PRINCIPAL
"Assim diz o SENHOR:
Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu
coração do SENHOR!" (Jr 17.5)
RESUMO DA LIÇÃO
Os israelitas deveriam
aceitar o julgamento de Deus, mas foram tentados a buscar a ajuda dos egípcios,
por isso foram repreendidos pelo Senhor.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-Jr
17.1
O
pecado de Judá
TERÇA
-1 Pe 4.17
Deus
vai julgar o seu povo
QUARTA-
Is 311
O
povo busca ajuda no Egito
QUINTA-
Sl 118.9
É
melhor confiar no Senhor
SEXTA
- Sl 121.2
O
meu socorro vem do Senhor
SÁBADO-
Sl 118.14
O
Senhor nos salva
OBJETIVOS
• MOSTRAR o cenário em Judá quando Jeremias exerceu seu ministério;
• EXPLICAR porque é maldito o homem que confia no homem;
• CONSCIENTIZAR de que é melhor confiar no Senhor.
INTERAÇÃO
Prezado (a)
professor (a), na lição deste domingo veremos a respeito do profeta Jeremias,
mostrando o quanto ele alertou o povo acerca do perigo de se abandonar ao
Senhor e ceder à tentação de pedir a ajuda dos homens. Jeremias foi um dos mais
sensíveis profetas do Antigo Testamento. Foi chamado e vocacionado pelo Senhor
quando ainda era jovenzinho, a fim de realizar uma tarefa nada fácil pregar uma
mensagem de arrependimento e condenação. Este abnegado servo de Deus, durante
muitos anos, confrontou seu povo que pecava deliberadamente contra o
Todo-Poderoso. Jeremias, a exemplo do Senhor Jesus, também foi um “homem de
dores e experimentado nos trabalhos”.
O povo de Deus
estava buscando os ídolos com entusiasmo, por isso a mensagem do profeta
precisava ser contundente. Jeremias chamou a atenção dos israelitas para os
pecados que vinham cometendo. Dia após dia, com muita coragem e ousadia, ele
confrontava os israelitas a respeito das consequências de seus pecados a fim de
que se arrependessem e voltassem, para Deus, mas o povo não escutava a
exortação do, profeta (Jr 25,3)- O Senhor amava seu povo, por isso iria
discipliná-lo. Só havia uma saída capaz de fazer com que Judá escapasse do juízo
iminente, o arrependimento sincero. Todavia os israelitas não aceitaram a
advertência do Senhor e seguiram o seu caminho, pagando o preço determinado por
Deus.
TEXTO BÍBLICO: Jeremias 17,1-10
INTRODUÇÃO
Na
lição deste domingo, veremos que Jeremias, um dos profetas de
Israel,
exorta o povo mostrando o perigo de se abandonar o Senhor e ceder à tentação de
pedir ajuda aos homens. Veremos que o povo de Israel tentou fugir do julgamento
de Deus por seus pecados, imaginando que o que estava por vir era somente uma nação
tentando subjugá-los. Mesmo o Altíssimo tendo-os advertido, eles seguiram o seu
caminho, pagando o preço determinado pelo Senhor.
I - O
CENÁRIO EM JUDÁ
1.
Jeremias e seu ministério.
Jeremias
é conhecido como “o profeta chorão" (Jr 9.1), e essa designação não se dá
por acaso. Ele viveu e profetizou nos últimos dias de Judá.
Mesmo
sendo chamado para o ministério profético ainda jovem, teve a maturidade e a
ousadia de proclamar a Palavra de Deus para o seu povo, ainda que fosse
malvisto e injustiçado.
Ele
chegou a ser levado ao Egito forçadamente, mas manteve a sua postura
de obediência a Deus. Sua profecia traz um tom moderado, atingido pelo pesar de
quem viu o seu próprio povo em desobediência constante (Lm 1.8). Jeremias viu
igualmente o julgamento de Deus chegando (Lm 2.2). Seu lamento se dá não apenas
porque o seu povo não creu no que Deus dissera, mas também porque ele viu o
julgamento divino acontecendo diante de si.
2.
Deus adverte ao seu povo sobre o juízo.
Nem
sempre o que o Senhor diz tem um caráter agradável aos ouvidos humanos. Antes
que os hebreus entrassem na Terra Prometida, Deus os havia advertido para que
não seguissem os mesmos caminhos dos povos que estavam sendo desalojados de
Canaã. Deus prometeu bênção e proteção se obedecessem, mas igualmente juízo se
não andassem nos seus caminhos.
Sempre
é bom ouvir a respeito das bênçãos de Deus, e elas são para os que o temem e o
obedecem. Mas, para os que andam em desobediência, como esperar que Ele estenda
a sua mão para abençoar não permitindo que as consequências dos atos do povo se
materializassem nos julgamentos que Ele havia advertido séculos antes? Deus
enviou os profetas para dizerem que o povo deveria se arrepender de seus
pecados, mas eles não foram ouvidos. O próprio Senhor Jesus disse acerca da
Cidade Santa, em seus dias: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e
apedrejas os que te são enviados" (Lc 13 34).
3.
A busca pela ajuda dos egípcios.
Quando
o povo de Deus se viu na iminência do julgamento divino, por meio dos
babilônios, tentaram buscar ajuda com outras nações. Isaias comenta: “Aí dos
que descem ao Egito a buscar socorro e se estribam em cavalos! Têm confiança em
carros, porque são muitos, e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos: e não
atentam para o Santo de Israel, e não buscam ao SENHOR" (Is 31.1). Na
ótica dos hebreus, o Egito era uma opção militar que certamente poderia fazer
frente à Babilônia. Já que Deus se tornara um opositor, os hebreus buscariam
ajuda nos homens.
E
por que os hebreus resistiram à Babilônia? Eles não viam a
investida babilônica como um julgamento de Deus, mas sim como uma interferência
na soberania que possuíam como nação. O Reino vizinho, Israel, por causa de
seus pecados, já havia sido subjugado pelos assírios. Faltava a Israel o seu
devido castigo. E como retardar o que Deus já havia dito que faria? Tentando
buscar ajuda nos povos vizinhos.
SUBSÍDIO
1
Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: Por que
o povo de Deus diante do julgamento divino, por meio dos babilônios, tentaram
buscar ajuda dos egípcios?
“A transgressão irrestrita acaba levando a um estado de impudência
(falta de vergonha) onde o indivíduo é incapaz de se importar. Isso agora pode
ser visto em relação ao destino de Judá. Embora apanhado em seu pecado como um
ladrão e envergonhado por causa de sua conduta, seus reis (...] príncipes [...]
e os seus profetas continuaram praticando a prostituição espiritual. Eles dizem
ao pedaço de madeira (uma árvore ou ídolo de madeira): Tu és meu pai; e à pedra
(ídolo): Tu me geraste. Eles desdenhosamente viraram as costas para o Senhor a
fim de fazerem o que bem lhes apraz; no entanto, quando aparece a dificuldade,
sem o menor constrangimento voltam-se novamente para o Senhor e clamam por sua
ajuda. Isso revela a completa irracionalidade do pecado, e Deus os repreende:
Onde, pois, estão os teus deuses, que fizeste para ti? Que se levantem, se te
podem livrar. Não havia falta desses deuses, porque cada cidade tinha pelo
menos um deus. Quando o castigo continuava, eles se voltavam na sua miséria e
reclamam contra Deus como se não tivessem cometido nenhum pecado, e tivessem
todo direito de esperar sua ajuda.
Apesar do fato de Deus permitir o sofrimento para afastá-los do seu
pecado, eles não aprenderam da sua experiência. Eles não aceitaram a correção,
mas mataram os verdadeiros profetas com a espada, na sua loucura em servir
outros deuses. Deus novamente apela para a razão: Por que, pois, diz o meu
povo: Desligamo-nos de ti; nunca mais a ti viremos? Essas pessoas tinham um
espirito indisciplinado; elas não tinham consideração pelas leis de Deus ou dos
homens. Imaturas e inconstantes como crianças, insistiam em vir a Deus somente
quando lhes agradava.”
II -
MALDITO O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM
1.
Contando com a ajuda dos homens para fugir do que Deus determinou.
Jeremias
havia escrito uma carta para o povo, orientando-o a se sujeitar à Babilônia que
já havia invadido Judá, obrigando-o a pagar impostos e oferecer reféns da casa
real para serem levados cativos (entre esses reféns, encontram-se Daniel e seus
amigos). Após três anos, o rei Jeoaquim decidiu se rebelar, mesmo tendo sido
advertido pelas profecias de Jeremias. Então veio o segundo cativeiro de Judá,
quando Nabucodonosor colocou Zedequias para governar. Zedequias, então, vai
buscar apoio no Egito.
A
sujeição à Babilônia deveria ser vista como uma sujeição à disciplina de Deus.
Mas para um povo que não ouvia ao Senhor, também não perceberia que o
julgamento deveria ser aceito por ter sido enviado pelo Juiz de toda a Terra.
2.
Maldito o homem que confia no homem.
Deus
usa Jeremias e diz: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e
faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR” (Jr 17.5). Esse
versículo é bem claro: maldito aquele que precisa passar pela disciplina de
Deus, mas busca ajuda em recursos e capacidades humanas para fugir do
julgamento divino. O Todo-Poderoso julgaria Israel de forma ainda mais grave, e
o Egito seria derrotado também. Eles não seriam malditos somente por
desobedecerem a Deus, mas por buscar auxilio em pessoas de carne e osso,
contando com exércitos e carros de combate que seriam inócuos ao que Deus já
havia determinado.
A
palavra "maldito” traz a ideia de uma pessoa que foi alcançada por uma
maldição. Em dias nos quais as pessoas só querem ouvir palavras de bênçãos e
nenhuma reprimenda por seus pecados, "maldito” é uma palavra que fere os
ouvidos, mas que espelha a realidade de como Deus enxerga o pecado.
3.
Para se afastar do Senhor.
Não
bastava desobedecer ao Senhor e depositar sua confiança nos homens. Os
israelitas ainda se afastaram de Deus. É curioso como as pessoas vivem de
abismo em abismo, ou de glória em glória. Os habitantes de Judá deveriam
aceitar o cativeiro como um ato da misericórdia divina, mas se distanciaram do
Senhor. Eles não somente rejeitaram os mandamentos de Deus, mas também os seus
juízos.
A
ajuda humana sempre será bem- -vinda quando há união entre os irmãos, e se essa
união não estiver em desacordo com o que Deus determinou. Mas no caso dos
hebreus, que já haviam perdido a proteção divina, aquela confiança não apenas
ia contra 0 que 0 Todo-Poderoso havia determinado, mas acrescentava um juízo
ainda maior.
Os
homens podem ser auxiliadores uns dos outros, mas jamais podem substituir o
lugar de Deus para ser a força de outras pessoas.
SUBSÍDIO
2
Professor (a), leia juntamente com os alunos Jeremias 17. 5. Em
seguida explique que “dois tipos de pessoas são contrastados aqui: os que
confiam nos homens e os que confiam no Senhor. Judá confiou em deuses falsos e
em alianças poderosas com nações ímpias, não em Deus; deste modo tomou-se
estéril, infrutífera. Em contraste, os que confiam no Senhor florescem como
árvores plantadas junto a um rio (Sl 1). Em tempos de dificuldades, os que
confiam em homens empobrecerão e ficarão fracos espiritualmente, não tendo
forças para continuar. Mas aqueles que confiam no Senhor terão poder não apenas
PROFESSOR (A), "nessa oração. Jeremias se dirigiu a Deus, designando-o
por três nomes: fortaleza, força e refúgio. Estes nomes constituem uma
representação da segurança e proteção e segurança de Deus. Cada nome nos faz
vislumbrar como Jeremias experimentou a presença de Deus. Deixe o Senhor ser a
sua fortaleza quando os inimigos vierem contra você, sua força quando se sentir
fraco e seu refúgio quando precisar se abrigar" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro; CPAD, p. 978).
III -
É MELHOR CONFIAR NO SENHOR
1.
O coração é enganoso.
O
interior do ser humano pode abrigar diversos pecados, e entre eles, o da
rebeldia é um dos principais. Deus sonda os nossos corações, e conhece o nosso
interior (Jr 17.10).
Jeremias
nos alerta que nunca devemos confiar uns nos outros? Não. A advertência de
Jeremias não é para que deixemos de confiar uns nos outros, mas sim quanto a
confiar nos homens como nosso recurso, quando deveríamos confiarem Deus, e não
nos afastarmos dEle.
2.
Aquele que confia no Senhor.
Da
mesma forma que Deus considera maldito o que se afasta dEle e busca auxilio nos
homens, como Israel buscou ajuda no Egito, Ele considera bendito aquele que
confia nEle (Jr 17.7,8), e cuja esperança é o Senhor. Deus o compara a uma
árvore que foi plantada junto a ribeiros de águas. Diferente dos processos
naturais, em que uma planta nasce e se desenvolve em um determinado terreno, a
árvore à qual Deus se refere não nasceu ali, mas foi colocada, plantada, para
crescer e se desenvolver até dar frutos. Sua existência não é um acidente de
percurso, uma obra do acaso, mas a concretização do plano de Deus.
3.
O Senhor é juiz.
Deus
não deixaria de julgar o seu povo por causa de seus pecados, e o julgamento se
concretizou quando a fortaleza de Jerusalém e o Templo do Senhor foram
destruídos, e o povo levado cativo. O povo que antes usufruía do favor e da
proteção do Altíssimo agora estava cativo na Babilônia. Somente após 70 anos os
israelitas começariam a retornar para restaurar a Cidade Santa. A disciplina de
Deus fez o seu efeito. Após o exílio, o povo de Deus retornou mais consciente
de suas obrigações para com Deus.
CONCLUSÃO
Deus
sempre nos adverte, por meio de sua Palavra, a respeito do que devemos e o que
não devemos fazer, e mesmo quando permite que as consequências de nossos
pecados nos atinjam, Ele espera que acatemos a sua disciplina e aprendamos com
ela. Entretanto, quando rejeitamos a sua Palavra e os seus juízos, buscando
apoio em homens mortais para nos afastarmos de Deus, caímos não apenas em
tentação, mas também em um juízo ainda mais sério.
HORA DA REVISÃO
1.
Para quem Jeremias profetizou?
Para
Judá.
2.
A quem os israelitas procuraram para obter ajuda contra a Babilônia?
Eles
procuraram ajuda dos egípcios.
3.
Como Deus classifica quem se apoia no homem e se afasta dEle?
Deus
classifica como maldito.
4.
Segundo a lição, cite uma das consequências do pecado de Judá.
A
fortaleza de Jerusalém e o Templo do Senhor foram destruídos.
5.
Quanto tempo o povo levou para retornar do cativeiro?
Depois
de 70 anos.
2° Trimestre De 2022
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da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa | Lição 8: A
tentação de fugir do julgamento de Deus| SUBSÍDIOS DOMINICAL
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