🔥 Classe Dominical: Lições Bíblicas Adultos
✔️Trimestre: 3° de 2022
📚 Editora: CPAD
✍️Comentarista: José Gonçalves
📝 Assunto da Revista: OS
ATAQUES CONTRA A IGREJA DE CRISTO:
As Sutilezas de Satanás nestes Dias que
Antecedem a Volta de Jesus Cristo
📚 TEXTO ÁUREO
“E [Abrão] deu-lhe o dízimo de tudo.” (Gn 14.20)
💡 VERDADE PRÁTICA
Contribuir financeiramente para obra de
Deus é mais que um dever. É um privilégio! É a expressão de gratidão ao Pai por
todas as suas bênçãos dispensadas.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Co 8.1-4
A verdadeira motivação da verdadeira
mordomia cristã
Terça - 1 Tm 6.20
O perigo do amor ao dinheiro na vida do
crente
Quarta - Hb 13.5
É preciso ter cuidado contra o
sentimento de avareza
Quinta - Sl 24.1; At 17.24
A Deus pertence o mundo e tudo o que
nele há
Sexta - Dt 8.18; Pv 10.22
O Senhor faz o seu povo prosperar,
abençoando-o maravilhosamente
Sábado - Gn 14.24
Abraão, um mordomo que agia com justiça
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Gênesis 14.17-20
17 - E o rei de Sodoma saiu-lhes ao
encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com
ele) no vale de Savé, que é o vale do Rei.
18 - E Melquisedeque, rei de Salém,
trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo.
19 - E abençoou-o e disse: Bendito seja
Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra;
20 - e bendito seja o Deus Altíssimo,
que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo.
Hinos Sugeridos: 124, 380, 432 da Harpa
Cristã
PLANO
DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O nosso tempo é marcado
pelo apego às coisas materiais. Por isso, esse tempo também é marcado pelo
enfraquecimento da mordomia cristão, ou seja, a administração dos bens que Deus
nos deu. Nesse sentido, a presente lição apresenta o problema do
"evangelho" da barganha; depois expõe a doutrina bíblica do dízimo;
em seguida, amplia a reflexão a respeito da mordomia cristã de modo geral.
Assim, veremos que Deus é o fiel provedor; e o homem, o despenseiro das coisas
de Deus.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Expor os
equívocos do Evangelho da barganha;
II) Mostrar que
a doutrina bíblica do dízimo está sob ataque;
III) Afirmar a
doutrina bíblica da Mordomia Cristã.
B) Motivação: O dízimo é uma disciplina espiritual em que é
possível mensurar o nível de materialismo que se encontra em nosso coração.
Que, a partir dessa lição, possamos compreender melhor o privilégio de cultuar
a Deus e sustentar sua obra por meio da entrega generosa de nossos dízimos e
ofertas.
C) Sugestão de Método: Para introduzir o segundo tópico, e de acordo
com as suas possibilidades, apresente o seguinte trecho textual: "Aqueles
que ainda hoje creem que o Antigo Testamento exige a prática do dízimo, mas que
o Novo não contém essa exigência, devem observar que a natureza do culto e seus
fundamentos no Novo Testamento não mudaram. Mudou apenas a forma do culto, mas
não a sua função" (A Prosperidade à Luz da Bíblia, CPAD, p.143). Abra a
oportunidade para os alunos comentarem a respeito desse trecho. Em seguida,
trate o assunto de acordo com a exposição do segundo tópico a fim de fechá-lo
devidamente.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A nossa
mordomia em relação aos dízimos e ofertas está fundamentada nos princípios
bíblicos da gratidão e da honra com as primícias do que Deus nos dá. Estimule
os alunos a serem gratos a Deus e a honrá-lo com as primícias do que Deus tem
dado. Todo dia somos beneficiados pelo favor de Deus, pelo bem do Senhor.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.41,
você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios
que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Teologia da
barganha" é uma reflexão que expande o primeiro tópico a respeito do assunto,
trazendo luz para uma ameaça tão perniciosa nos últimos tempos; 2) O texto
"O Mordomo no mundo antigo", localizado após o terceiro tópico, traz
uma explicação dessa função no mundo de Jesus.
INTRODUÇÃO
Nesta lição abordaremos a doutrina
bíblica da Mordomia Cristã. Há muitos equívocos, incompreensões, distorções em
torno dessa doutrina. Isso tem feito com que essa ela tenha sido maliciosamente
rejeitada e combatida por parte de muitos. Em primeiro lugar, deve ser
observado que “mordomia” aqui tem o sentido de administrar bem o que Deus nos
deu, e não os privilégios vividos indevidamente por alguém.
Visando corrigir alguns ensinos
equivocados em torno desse assunto que, sutilmente se infiltraram no meio
evangélico, faremos uma exposição daquilo que as Escrituras ensinam sobre a
Mordomia Cristã. Por outro lado, veremos também como muitos maldosamente
transformaram esse ensino numa prática de barganha. Entretanto, também
mencionaremos que os que se posicionam contra a prática do dízimo usam esses
estereótipos como justificativa para sua infidelidade.
Finalmente, mostraremos que a prática
do dízimo e das ofertas, longe de ser um fardo, é expressão de gratidão por
parte do cristão que se sente agraciado por Deus.
PALAVRA-CHAVE
Mordomia
I –
CONHECENDO O EVANGELHO DA BARGANHA
1. Dízimos e ofertas como moeda de
troca.
Infelizmente o ensino bíblico da
Mordomia Cristã tem sido desvirtuado e distorcido. O que é uma doutrina
genuinamente bíblica tem se transformado numa prática de barganha. (2 Pe 2.3).
Técnicas de arrecadação de fundos são
usadas para explorar os incautos e mais pobres. Vale de tudo. E o que é pior:
tudo em nome de Deus e da fé. Através das mídias pessoas são abordadas a toda
hora com mais pedidos e apelos por dinheiro.
A promessa sempre é a mesma: “Dê tudo o
que você tem para receber em troca muito mais daquilo que você ofertou”. Nesse
jogo de troca vale até mesmo colocar Deus contra a parede. Alegam que, se Deus
não der o que alguém negociou com Ele, então, deixa de ser Deus. É a velha
técnica da famigerada teologia da prosperidade.
2. Dízimos e ofertas como práticas
legalistas.
Outro efeito colateral do evangelho da
barganha está no fato de que ele é legalista. Isso quer dizer que torna a
prática do dízimo e das ofertas algo meritório.
Essas práticas tornam-se fatores fundamentais para a salvação.
Quando elas são consideradas
meritórias, a salvação deixa de ser pela graça para se tornar pelas obras.
Evidentemente, que essa é uma distorção da verdadeira Mordomia Cristã (2 Co
8.1-4). Somos aceitos diante de Deus por causa do sangue que Jesus verteu na
cruz do Calvário. Em outras palavras, a salvação não é pelas obras, mas pela
graça (Rm 3.28).
SINOPSE
I
A
entrega dos dízimos e das ofertas não é barganha com Deus nem prática
legalista.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
TEOLOGIA DA BARGANHA
“A teologia que fomenta a
barganha com Deus tem como um dos seus pressupostos a doutrina do direito legal
do crente. Segundo essa crença, ao morrer na cruz, Jesus Cristo conquistou para
os crentes muitos direitos. Cabe agora ao cristão se conscientizar da
existência deles e reivindicar para si a concretização desses direitos. A posse
da bênção passa agora a ser um direito líquido e certo, e não algo que está
condicionado à vontade divina.
A doutrina do direito
legal deu amplos poderes ao crente, a ponto de ele agora poder usá-lo até mesmo
como moeda de troca. Acreditam que Deus não tem o direito de dizer não a quem
Ele conferiu o direito de exigir. O devoto ganha direitos; Deus perde o seu!
Promessas de curas e prosperidade são feitas àqueles que descobriram essa
“doutrina” e fazem uso dela. Já é bastante conhecida entre os crentes a famosa
doutrina da Determinação. Não é mais preciso orar, e sim determinar.
Deus criou leis
espirituais, e o crente deve saber como usar essas leis. Segundo essa exegese,
Jesus não teria dito “tudo quando pedirdes em meu nome”, mas “tudo o que
exigirdes ou determinardes em meu nome” (Jo 14.13). Embora não exista nada no
texto grego que corrobore esse ensino, os pregadores da prosperidade insistem
que assim deve ser” (GONÇALVES, José. A Prosperidade à Luz da Bíblia. Rio de
Janeiro: CPAD, 2011, pp.154-55).
II – A
DOUTRINA BÍBLICA DO DÍZIMO SOB ATAQUE
1. O dízimo era uma prática da lei.
Muitos se aproveitam daquilo que os
maus obreiros ensinam e praticam sobre o dízimo para se eximirem desse dever
cristão. A alegação mais comum, dentre muitas outras que existem, é que a
prática do dízimo era um preceito mosaico.
Nesse caso, por viver na Nova Aliança,
o cristão estaria desobrigado de praticá-lo. Como vimos na leitura em classe, a
prática do dízimo antecede a lei de Moisés (Gn 14.17-20). Abraão deu o dízimo
de tudo o que tinha centenas de anos antes da Lei. Portanto, a desculpa de que
não se devolve o dízimo porque essa é uma prática limitada a lei de Moisés não
se sustenta. Na verdade, há uma justificativa muito mais plausível para quem se
exime ou se nega devolver seu dízimo – o amor ao dinheiro (1 Tm 6.10).
Geralmente as pessoas que criam
obstáculos ou desculpas para entregar seus dízimos, quando esse é um
ensinamento oficial de sua igreja, assim agem por conta de terem sido más
discipuladas ou porque são extremamente apegadas aos bens materiais. Em outras
palavras, são pessoas presas pela avareza (Hb 13.5).
2. O dízimo como contribuição imposta.
Há também aqueles que dizem que não
devolvem seus dízimos hoje porque consideram essa uma prática imposta e não uma
contribuição voluntária.
De acordo com aqueles que assim pensam,
não haveria nada no Novo Testamento que respaldaria a entrega do dízimo. Dessa
forma, entendem que um fiel deve ofertar quando quer, onde quiser e com o valor
que achar mais conveniente.
Essa parece ser uma tese bastante
piedosa, contudo, não resiste nem mesmo a um único princípio revelado nas
Escrituras sobre o lugar das ofertas no culto cristão. Quando Paulo lembrou a
igreja de Corinto que era dever desta cuidar do sustento dos obreiros, ele
recorreu ao princípio do dízimo levítico: “Vocês não sabem que os que prestam
serviços sagrados se alimentam do próprio templo e que os que servem ao altar
participam do que é oferecido sobre o altar?” (1 Co 9.13 - NAA). Evidentemente,
o apóstolo Paulo estava falando do sacerdócio levítico. Se esse não era um
princípio válido na Nova Aliança, então, por que ele o usou? Como viveria hoje um obreiro que fosse
mantido por um crente que esporadicamente devolvesse seus dízimos e
ofertas?
SINOPSE
II
O
ataque contra a doutrina bíblica do dízimo muitas vezes esconde o pecado da
avareza.
III – A
DOUTRINA BÍBLICA DA MORDOMIA CRISTÃ
1. Deus, o criador e provedor.
O primeiro princípio básico da doutrina
da mordomia bíblica está no fato de que Deus é o criador e o provedor de tudo:
“Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.”
(Sl 24.1); “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da
terra” (At 17.24). Tudo o que existe no mundo, incluindo todas as suas
riquezas, foi criado por Deus. Tudo de bom que existe provém dEle.
É Deus, portanto, a fonte de toda e
qualquer riqueza que, porventura, o homem venha possuir. Esse princípio é
claramente ensinado por Moisés: “lembrem-se do Senhor, seu Deus, porque é ele
quem lhes dá força para conseguir riquezas” (Dt 8.18 - NAA). Assim, o sábio
Salomão sabia que “a bênção do Senhor é que enriquece” (Pv 10.22). Ser
dizimista e ofertante nada mais é do que reconhecer o Senhor como a fonte
provedora de tudo.
2. O homem como despenseiro e
administrador das coisas de Deus.
Outro princípio igualmente importante
no que concerne a mordomia cristã está no fato do homem ser despenseiro das
coisas que Deus criou. Esse fato já aparece no início da Criação quando Deus
criou um jardim e pôs o homem para cuidar dele (Gn 2.15).
Para se compreender a mordomia bíblica
faz-se necessário saber que somos despenseiros e administradores daquilo que
Deus nos deu. No Novo Testamento o apóstolo Paulo trata desse assunto na esfera
ministerial: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e
despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1).
Somos despenseiros, não somos donos.
Quando usamos esse princípio para todas as áreas das nossas vidas,
experimentamos o cuidado e zelo de Deus. Escrevendo aos coríntios, o apóstolo
Paulo advertiu que os “injustos” não herdarão o Reino de Deus (1 Co 6.9). Ele
põe na lista como sendo injustos: imorais, idólatras, adúlteros, efeminados,
homossexuais, ladrões, bêbados e avarentos (1 Co 6.10). A avareza também é um
pecado gravíssimo. O avarento será excluído do céu. O apóstolo advertiu a
Timóteo que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6.10).
SINOPSE
III
A
doutrina bíblica da mordomia cristã está fundamentada em Deus como provedor e o
homem como seu despenseiro.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O MORDOMO NO MUNDO ANTIGO
“No mundo antigo, era
dada ao mordomo a responsabilidade de zelar de todas as propriedades, enquanto
o senhor estivesse fora. Uma de suas tarefas principais era cuidar que os
membros da casa recebessem a partilha de comida. Ele poderia dá-la diária,
semanal ou mensalmente. O ponto é que seu trabalho lhe exigia que servisse e
não exercesse poder. Seu senhor poderia voltar a qualquer momento. Quando o
senhor volta, um ‘mordomo fiel e prudente’ deve estar desempenhando seus
deveres. Jesus louva o servo que serve fielmente na ausência do senhor. Por sua
eficiência, o senhor o recompensará (v.44) com uma promoção, dando-lhe
responsabilidade não só sobre sua casa e servos, mas também sobre todas as suas
propriedades” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 2003, p.405).
CONCLUSÃO
Vimos nessa lição a doutrina da
mordomia no contexto bíblico, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. Vimos
que a doutrina da mordomia é bíblica e como tal deve ser exercida por cada
crente fiel a Deus.
Dentro desse contexto, mostramos que a
prática do dízimo e das ofertas é fundamentada em princípios bíblicos imutáveis
e como tal deve ser observada e obedecida pelo crente que é fiel a Deus e que
sente gratidão por tudo aquilo que Deus fez por ele.
Entregar o dízimo e ofertar na obra de
Deus são privilégios dispensados aos que são membros do Corpo de Cristo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual é a alegação mais comum dos que
são contra a prática do dízimo?
A alegação mais comum, dentre muitas
outras que existem, é que a prática do dízimo era um preceito mosaico.
2. A que princípio o apóstolo Paulo
recorreu para cuidar do sustento dos obreiros?
Ao princípio do dízimo levítico.
3. Qual é o princípio básico da
doutrina da mordomia bíblica?
O primeiro princípio básico da doutrina
da mordomia bíblica está no fato de que Deus é o criador e o provedor de tudo
(Sl 24.1).
4. O que é ser dizimista e ofertante?
Ser dizimista e ofertante nada mais é
do que reconhecer o Senhor como a fonte provedora de tudo.
5. Qual é o pecado gravíssimo
mencionado na lição?
O pecado da avareza.