Lições Bíblicas BETEL:
2° Trimestre de 2022 | Título: APOCALIPSE – Mensagem sobre o triunfo de
Cristo, exortações e promessas ao povo de Deus.
TEXTO ÁUREO
“E
esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus,
que nos livra da ira futura.” 1 Tessalonicenses 1.10
VERDADE APLICADA
Nosso Pai Celestial que enviou Seu Filho Jesus para nos salvar,
também livrará o Seu povo da ira divina que virá.
Saiba mais:
O QUE É A TRIBULAÇÃO? Aqui
OS DESVIADOS DO EVANGELHO
TERÃO UMA SEGUNDA CHANCE DE SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO? Aqui
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1.
Mostrar
a importância das 70 semanas no Apocalipse.
2.
Ressaltar
o papel de Israel no quadro profético.
3.
Revelar
o cuidado de Cristo com a Sua Noiva.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
DANIEL
9
24-
Setentas semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa Cidade,
para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a
iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para
ungir o Santo dos santos.
25-
Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar
Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas;
as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
26-
E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e
o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu
fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas
assolações.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA
/ Ne 2.1-8
A ordem para a restauração de Jerusalém.
TERÇA
/ Dn 9.24-27
A profecia das setenta semanas.
QUARTA
/ Lc 21.33
As palavras de Jesus não hão de passar.
QUINTA
/ 1Ts 1.10
Jesus nos livra da ira futura.
SEXTA
/ 1Ts 5.9
Deus não nos destinou para a ira.
SÁBADO
/ Ap 3.10
Jesus livrará a Sua Igreja da hora da tentação.
HINOS SUGERIDOS
547, 549, 552
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que possamos usar o nosso tempo
com sabedoria.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1-
As 70 semanas de Daniel
2-
As 70 semanas e Israel
3-
As 70 semanas e a Igreja
Conclusão
CURSOS BÍBLICOS PARA VOCÊ:
INTRODUÇÃO
Estudaremos,
nesta lição, sobre as setenta semanas da profecia de Daniel e sua conexão com o
plano divino para Israel, a Igreja e todo o mundo.
PONTO DE PARTIDA
Deus livrará o Seu povo da ira divina que
virá.
1- AS 70 SEMANAS DE DANIEL
O
estudo acerca das setenta semanas de Daniel é fundamental para entendermos o
livro do Apocalipse, principalmente a Grande Tribulação. Assim, o estudo
comparativo acerca das profecias, ou seja, não limitado a somente um livro,
contribui para o entendimento sobre os acontecimentos em relação a Israel e a
Igreja.
1.1.
Daniel clama pela restauração de seu povo.
Daniel,
conhecido como um dos maiores intercessores da Bíblia, está em intensa oração e
jejum a Deus, pois, baseado nas profecias de Jeremias, entende que a desolação
de Jerusalém duraria setenta anos [Dn 9.2-3]. Como resposta, Deus envia o anjo
Gabriel e mostra a Daniel, na profecia das setenta semanas, a restauração de
seu povo, Israel. Mas vai além e revela a Daniel o futuro da nação de Israel e
do mundo [Dn 9.21-22, 24-27]. Quando oramos e nos aproximamos de Deus com o
coração quebrantado e contrito, Deus concede o que precisamos e nos dá muito
além “do que pedimos ou pensamos” [Ef 3.20].
Subsídio do
Professor:
David Yonggi Cho: “Chegou a hora de compreendermos que a oração é a
fonte de poder. Chegou a hora de permitirmos que o Espírito Santo opere em nós
um novo quebrantamento e submissão a Deus. Chegou a hora de aprendermos a
exercitar nossa autoridade espiritual procurando impedir a operação de
demônios. Chegou a hora de orarmos.”
1.2.
Setenta semanas proféticas.
O
livro do Apocalipse não é uma ilha de revelação. Ele está conectado a muitas
outras passagens, ao longo de toda a Bíblia. Uma destas passagens é a profecia
das setenta semanas [Dn 9.24-27]. Deus revela a Daniel acontecimentos futuros,
mencionando setenta semanas, que envolveriam Israel e o mundo. São semanas de
anos e não de dias. Isto fica claro quando Jesus, mais de quinhentos anos
depois de Daniel, atesta a autenticidade da profecia e mostra como evento
futuro, ainda não cumprido [Mt 24.15]. Além disso, todos os seis eventos
profetizados no versículo 24 por Daniel ainda não se cumpriram. A expressão e
ideia de “semana de anos” já tinha sido usada em outros momentos, como na lei
do jubileu [Lv 25.8].
Subsídio do Professor:
Antônio Gilberto: “As setenta semanas da profecia em foco [Dn
9.24-27] são semanas de anos; não de dias. Eis o porquê disso: o original não
diz “semana”, e sim “setes” (“setenta setes”). Quando se trata de semana de
dias, como em Daniel 10.2-3, é acrescentado, em hebraico, a palavra para dias:
“yamin”.”
1.3.
A última semana e a Grande Tribulação.
Ao
debruçarmos sobre a última semana das setenta semanas de Daniel [Dn 9.27],
entendemos que ela corresponde ao livro do Apocalipse a partir do capítulo
quatro. Deus revelou a Daniel, assim como a João, sobre a Grande Tribulação.
Com a diferença que Daniel recebe uma revelação breve e sem pormenores.
Enquanto que João recebe uma revelação detalhada dos acontecimentos. Isso
mostra como Daniel e Apocalipse se completam e um confirma o outro. Mostra
ainda que, no Apocalipse, Deus assinala que o tempo do cumprimento das
profecias é chegado. As revelações feitas a Daniel e João apontam para a
confortadora verdade sobre a soberania de Deus, o Seu plano perfeito e poder
para levar adiante e fazer prevalecer Seus propósitos.
Subsídio do Professor:
N. Lawrence Olson: “Em seu discurso no monte das oliveiras,
respondendo às interrogações dos discípulos, Jesus mencionou a vinda de um
período de tribulação sem paralelo em toda a história do povo de Deus [Mt
24.21-22]. Em várias profecias do Antigo Testamento encontramos a expressão “o
dia do Senhor” que se refere ao juízo de Israel e das nações gentílicas e ao
tempo da Grande Tripulação de modo geral [Is 2.10-22; Jl 1.15; 2.1; 3.14].
dúvida a expressão “o dia do Senhor” refere-se à tribulação.”
EU ENSINEI QUE:
O estudo acerca das setenta semanas de Daniel é fundamental para
entendermos o livro do Apocalipse, principalmente a Grande Tribulação.
2- AS 70 SEMANAS DE ISRAEL
Como
resposta ao clamor de Daniel, pelo fim do cativeiro do seu povo, Deus envia o
anjo Gabriel e revela a Daniel a restauração de Israel e vai além e mostra o
futuro da nação até que chegue o reino teocrático do Messias. Esta profecia se
divide em três partes ou etapas. Os sábios deste mundo não entendem estas
coisas, mas Deus revelou, aos Seus pequeninos, os Seus mistérios [Mt 11.25].
2.1.
7 semanas: restauração.
A
chave para se entender esta primeira parte da profecia, que fala de sete
semanas, está no texto: “desde a saída da ordem para restaurar e para edificar
Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, sete semanas” [Dn 9.25]. Acreditamos que
esta profecia inicia seu curso em 445 a.C. na ordem de Artaxerxes para a
restauração de Jerusalém [Ne 2.1-8]. Notemos que, mesmo fazendo parte do plano
de Deus e contando com Sua operação, a restauração e edificação de Jerusalém
ocorreu em “tempos angustiosos”, como é possível verificar nos relatos de
Neemias. Uma importante lição para nós, que fomos chamados para cumprir a
missão, tendo a promessa do Senhor de estar conosco e do poder do Espírito
Santo, num contexto de indiferença, perseguição e lutas diversas.
Subsídio do Professor:
Antonio Gilberto: “Esse período começaria com a expedição do decreto
de reconstrução de Jerusalém, o qual foi baixado em 445 a.C. por Artaxerxes
Longímano, de acordo com as maiores autoridades no assunto. O capítulo 2 de
Neemias descreve a ocasião desse decreto; Neemias foi comissionado pelo rei
para dar cumprimento a esse ato. De acordo com a profecia em estudo, no fim dos
49 anos a cidade de Jerusalém estaria reconstruída (397 a.C.).”
2.2.
62 semanas: vinda e ascensão do Messias.
A
segunda parte da profecia mostra sessenta e duas semanas (434 anos): “desde a
saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o
Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas” [Dn 9.25]. Vemos que esta
segunda parte se cumpre da restauração de Jerusalém até o tempo de Cristo.
Porém os “tempos angustiosos” continuaram tendo em vista que, embora os judeus
receberam autorização para retornar à Jerusalém e reedificá-la, permaneceram sob
o jugo dos vários impérios, como o império romano, conhecido por sua crueldade
e violência. A profecia mostra o Messias vindo e saindo do cenário profético e
depois a cidade de Jerusalém sendo destruída [Dn 9.26]. O que se cumpriu em 70
d.C., quando Roma destrói Jerusalém. Assim, vemos como vem se cumprindo várias
profecias de Daniel ao longo da história. Para nós é um consolo saber que tudo
que Deus nos prometeu também se cumprirá [Mc 13.31].
Subsídio
do Professor:
N. Lawrence Olson: “Sessenta e dois “setes”, ou seja, 434 anos
sacros. Este período teve início logo após o primeiro período de 49 anos e
continuou sem interrupção até ao tempo quando Jesus, o Messias, foi morto [Dn
9.26]. A palavra hebraica “Karath”, traduzida “tirado” (Almeida) refere-se à
crucificação de Cristo. Com esse acontecimento haviam decorrido exatamente as
“sessenta e nove semanas” de anos (7 semanas + 62 semanas), ou seja, 483 anos
sacros.”
2.3.
A última semana.
A
terceira e última divisão da profecia mostra a última semana das setenta
semanas [Dn 9.27]. Nela vemos que Israel fará uma aliança com o Anticristo: “E
ele firmará um concerto com muitos por uma semana”. Esta aliança será rompida
depois de três anos e meio: “e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e
a oferta de manjares”, culminando com a batalha do Armagedon e a derrota do
Anticristo, pelo Messias que virá, “e sobre a asa das abominações virá o
assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado
sobre o assolador”. Assim como no passado, muitas lutas e sofrimentos ainda
acontecerão ao povo de Deus. Mas haverá o tempo de restauração e plenitude
quando finalmente reconhecerem Jesus como seu Messias prometido. Precisamos
continuar orando e evangelizando, não apenas o povo judeu, mas todas as nações,
no poder do Espírito Santo, até que Cristo venha!
Subsídio do Professor:
Claudionor Corrêa de Andrade: “Último período das setenta semanas,
durante o qual terá lugar o reinado do Anticristo e a Grande Tribulação. No
final dessa semana, aparecerá o Senhor Jesus, juntamente com a Sua Igreja, para
implantar na Terra o Reino Milenial. Pode haver profecia mais exata? Mais fiel
e mais bela? Deus vela por seus arcanos para que se cumpram fielmente. Ainda
que céus e terra passem, sua palavra jamais passará.”
EU ENSINEI QUE:
Como resposta ao clamor de Daniel, pelo fim do cativeiro do seu
povo, Deus envia o anjo Gabriel e revela a Daniel a restauração de Israel e vai
além e mostra o futuro da nação até que chegue o reino teocrático do Messias.
3- AS 70 SEMANAS E A IGREJA
Com
o fim da segunda parte da profecia das setenta semanas, se inicia um intervalo
profético entre a 69ª e a 70ª semana. Este intervalo já dura cerca de dois mil
anos e é o tempo da Igreja de Cristo. A Daniel não foi revelado em detalhes
acerca deste período, mas ao apóstolo Paulo foi manifestado pelo Espírito Santo
[Rm 11.25; Ef 3.5]. Devemos encarar com responsabilidade o tempo que temos e
usá-lo com sabedoria [Sl 90.12], pois é uma dádiva e pertence a Deus [At 1.8].
3.1.
A Igreja não é alvo das setenta semanas.
As
setenta semanas de Daniel são um tratamento de Deus com Israel e com a cidade
de Jerusalém e não com a Igreja de Cristo: “Setenta semanas estão determinadas
sobre o teu povo e sobre a tua santa Cidade.” [Dn 9.24]. A Igreja sequer
existia neste momento e surge na história com o fim da 69ª semana, marcada pela
morte e consequente ressurreição do Messias: “Depois das sessenta e duas
semanas, será tirado o Messias e não será mais” [Dn 9.26]. A prioridade do
cristão, neste tempo da Igreja, é ser cheio do Espírito Santo e ser testemunha
de Jesus [At 1.6-8].
Subsídio do Professor:
Antonio
Gilberto: “Este tempo indefinido entre as semanas 69 e 70 não é contado como
parte delas, como está bem claro mediante o exame dos versículos 26 e 27. Tal
tempo não está determinado: “até o fim”, já vai para 2000 anos! É esse o tempo
em que a Igreja está sendo constituída, edificada e preparada para ser
arrebatada da Terra para o céu.”
3.2.
A Igreja não é alvo da ira divina.
Vejamos
como a Bíblia trata o tempo da ira divina que virá sobre a Terra, revelada na forma
da última semana, das setenta semanas de Daniel, com relação à Igreja: na
mensagem à igreja de Filadélfia, Jesus nos diz que livrará a Sua Igreja da hora
da tentação que virá sobre toda a Terra [Ap 3.10]; para a igreja em Tessalônica
Jesus promete vir nos céus e nos livrar da ira futura [1Ts 1.10]; porque fomos
destinados para a salvação em Cristo, não a ira de Deus [1Ts 5.9]; devemos
vigiar e orar, para que enquanto no mundo o tempo da ira divina se cumprir,
possamos estar em pé diante de Cristo no céu [Lc 21.36].
Subsídio do Professor:
Stanley M. Horton: “A morte sacrificial de Jesus garante que, quer
tenhamos morrido antes do arrebatamento, quer estejamos vivos quando ele se
der, viveremos “juntamente com Jesus” [1Ts 5.10], pois Ele nos livrará da “ira
futura” [1Ts 1.10]. O mesmo verbo grego (rhuomai) é usado para se referir ao
livramento de Ló antes que o julgamento de Deus viesse sobre Sodoma [2Pe 2.7].”
3.3.
A Igreja e o seu tempo.
Pouco
antes de Jesus voltar ao céu, os discípulos lhe perguntaram: “Senhor,
restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?” [At 1.6]. Para esta pergunta,
Jesus não lhes revelou prazos ou datas do cumprimento das profecias. Mas lhes
disse: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu
pelo seu próprio poder.” [At 1.7].
Cristo,
com isso, determinou o foco ou o alvo da Igreja, em seu tempo dispensacional
aqui na terra: “Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre
vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e
Samaria e até os confins da terra.” [At 1.8]. A razão de estarmos aqui é porque
o alvo de Cristo é alcançar o mundo perdido e deu esta tarefa sublime e
prioritária à Sua Igreja [Mc 16.15; Mt 28.19]. Esta tarefa somente poderá ser
cumprida se vivermos cheios do Espírito Santo.
Subsídio do Professor:
O texto abaixo é uma contribuição para expandirmos a reflexão sobre
a Igreja e o seu tempo, para que não fiquemos apenas na dimensão intelectual do
estudo. Bispo Abner Ferreira (Revista Betel Dominical – 4º Trimestre 2017):
“Três efeitos devem ser produzidos na vida de todo aquele que é discípulo de
Jesus, considerando que a segunda vinda de Jesus é certa, repentina e ninguém
sabe o dia e a hora [Ap 22.20; 1Co 15.52; Mt 24.42]. Em termos práticos, como
estas verdades devem impactar o nosso viver entre o presente e o futuro? A)
Estabilidade cristã [1Co 15.58]; B) Constante purificação [1Jo 3.3]; C)
Constante vigilância [Mt 24.4, 42-44; Mc 13.33]”.
EU ENSINEI QUE:
Com o fim da segunda parte da profecia das setenta semanas, se
inicia um intervalo profético entre a 69ª e a 70ª semana.
CONCLUSÃO
Ao
realizarmos um estudo comparativo das profecias de Daniel com outros textos
proféticos encontrados na Bíblia, precisamos perseverar em vigilância, oração,
santificação e no serviço cristão, pois as Palavras do Senhor não hão de
passar, mas se cumprirão, pois Deus é Fiel e Verdadeiro.
Revista
BETEL | 2° Trimestre De 2022 | Reverberação: Subsídios Dominical
Leituras para Aprofundar
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