Lições Bíblicas BETEL:
2° Trimestre de 2022 | Título: APOCALIPSE – Mensagem sobre o triunfo de
Cristo, exortações e promessas ao povo de Deus.
TEXTO ÁUREO
“Que
dizia: O que vês, escreve-o em um livro e envia-o às sete igrejas que estão na
Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardo, e a
Filadélfia, e a Laodicéia.” Apocalipse 1.11
VERDADE APLICADA
A expectativa do retorno de Cristo deve produzir na Igreja atitudes
de vigilância, oração, quebrantamento, santificação na direção do Espírito
Santo.
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
1.
Mostrar
a necessidade de arrependimento.
2.
Ensinar
que a promessa é para aquele que vencer.
3.
Incentivar
o relacionamento com o Espírito Santo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
APOCALIPSE
2
1-
Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua
destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro.
APOCALIPSE
3
19-
Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.
20-
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta,
entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
21-
Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu
venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
22-
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA
/ Gn 3.15
A promessa da primeira vinda de Cristo.
TERÇA
/ Dt 30.1-5
A promessa de restauração do povo de Israel.
QUARTA
/ Jl 2.28
A promessa do derramamento do Espírito.
QUINTA
/ Ap 2.26-27
A promessa de reinar com Cristo.
SEXTA
/ Ap 3.5
A promessa da vida eterna.
SÁBADO
/ Ap 3.21
A promessa de se assentar com Jesus no trono.
HINOS SUGERIDOS: 186, 346, 378
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore
para que a Igreja de Cristo permaneça fiel.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- A mensagem profética
2- A mensagem de Cristo
3– A mensagem do Espírito
Santo
Conclusão
PONTO DE PARTIDA: Sê fiel até a morte.
1- A MENSAGEM PROFÉTICA
Na
lição anterior, tivemos nosso primeiro contato com as setes igrejas da Ásia [Ap
1.4, 11]. Nos capítulos 2 e 3 do livro do Apocalipse, Jesus, “aquele que tem na
sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro” [Ap
2.1], traz uma mensagem direcionada a cada uma delas. Devemos lembrar que, nos
momentos finais de Seu ministério terreno, Jesus disse que estaria sempre com
Sua Igreja [Mt 28.20]. Veremos, portanto, na mensagem às sete igrejas, o
cuidado divino com a Sua Igreja em todos os tempos.
1.1.
Por que 7 igrejas da Ásia?
O
número sete, na Bíblia, fala de perfeição e completude. Isto nos faz entender porque
não temos apenas uma mensagem, duas ou dez, às igrejas da Ásia. Onde o número
sete aparece no Apocalipse, em geral, temos uma revelação ou lição divina a ser
aprendida. Devemos lembrar que o Apocalipse é o livro profético do Novo
Testamento. Sendo assim, vemos que estas sete igrejas representam a Igreja de
Cristo, em toda a sua história, em todo o ciclo de sua existência; desde a sua
fundação no dia de Pentecostes até o arrebatamento na volta de Jesus. E estas
mensagens mostram Cristo falando com a Sua Igreja em todo este tempo ou ciclo.
É reconfortante sabermos que servimos a um Deus que não nos esquece e que
sempre cuida de nós [Sl 86.15].
Subsídio do
Professor:
Segundo Antônio Gilberto: “O fato de haver outras igrejas na região
e terem sido escolhidas apenas estas sete, indica que elas eram representativas
do ciclo completo da história da Igreja. As sete cartas falam também de
condições espirituais prevalecentes nessas igrejas no tempo de João e que
caracterizam a Igreja em todos os tempos.”
1.2.
Por que estas igrejas?
Havia
naquele tempo outras igrejas, na região, como Colossos e Hierápolis. Mas Jesus
escolhe Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia porque
aquele que João viu com olhos como chama de fogo [Ap 1.14], que mostra a Sua
onisciência, viu nestas igrejas características presentes nas muitas igrejas
locais em todo o mundo ao longo da história do povo de Deus nesta terra. Sua
onisciência fortalece nossa fé e nos consola, sabendo que neste exato momento,
mesmo diante das maiores provações, Cristo sabe, conhece e nos socorre [Hb
7.24-25].
Subsídio do
Professor:
Louis Berkhof (Introdução ao Novo Testamento – CPAD, p. 299): “Estas
igrejas são tipos que se repetem constantemente na história. Sempre há algumas
igrejas que são predominantemente boas e puras como as de Esmirna e Filadélfia,
e que, portanto, não precisam de repreensão, mas apenas palavras de
encorajamento; mas por outro lado também existem outras como Sardes e
Laodicéia, nas quais o mal prepondera, e que merecem censura grave e uma
chamada ao arrependimento sincero. No entanto, é provável que o maior número de
igrejas se assemelhe às igrejas de Éfeso, Pérgamo e Tiatira, nas quais o bem e
o mal estão igualmente equilibrados no seu círculo, de modo que mereçam tanto
louvor quanto censura, promessas e repreensões.”
1.3.
Uma advertência para nossos dias.
Após
tanto tempo decorrido da revelação dada a João sobre o estado daquelas igrejas,
é preciso sermos sensíveis à Palavra de Deus que chegou até nós e à ação do
Espírito Santo que continua avisando ao povo de Deus acerca dos perigos que
rondam a Igreja, buscando desviar os discípulos de Cristo do caminho da
santificação, do fervor espiritual, temor a Deus e comodismo e conformismo com
os valores e costumes mundanos. O apóstolo Paulo exortou:
“Examinai-vos…provai-vos a vós mesmos…” [2Co 13.5]. É necessário um exercício
diário para buscar manter a pureza doutrinária, uma vida piedosa e de adoração
sincera. Em seu sermão profético, portanto bem antes das mensagens às igrejas
da Ásia, o Senhor Jesus já alertava: “Perseverar…olhai, vigiai e orai…” [Mc
13.13, 33]; “não vos ache dormindo” [Mc 13.36].
Subsídio do
Professor:
Roger Stronstad (Teologia Bíblica Pentecostal, Carisma Editora, p.
285) comenta sobre o fato de que no Apocalipse: “Jesus primeiro adverte a
Igreja, que é tipificada ou representada pelas ‘sete igrejas’ sobre suas
efetivas e/ou potenciais atitudes e ações erradas [Ap 2.1-3.22]. Muitos
leitores poderão se surpreender por esse fato. Uma razão para essa surpresa é
que muitos cristãos esperam que assim que seus pecados são perdoados, o
exclusivo interesse de Jesus por eles está em seu conforto, segurança e
inclusive prosperidade individual, familiar e/ou da própria comunidade. No
entanto, Jesus tem um conjunto diferente de valores e padrões do que essas
expectativas autos servidoras. Os padrões de Jesus são a fé, a santidade, a
verdade etc. (…).”
EU ENSINEI QUE:
Na
mensagem de Cristo às sete igrejas, vemos o cuidado divino com a Sua Igreja em
todos os tempos.
2- A MENSAGEM DE CRISTO
As
mensagens às sete igrejas da Ásia são um verdadeiro raio X na Igreja de Cristo.
Mostrando características e qualidades admiráveis, mas sem esconder erros,
desvios doutrinários e fracassos morais e espirituais. Jesus trata diretamente
com a Sua noiva e admoesta a fim de que haja despertamento, mudança profunda e
perene. Cada uma das mensagens são uma forte trombeta de Deus tocando, até que
chegue, finalmente, a última trombeta [1Co 15.52].
2.1.
Estrutura da mensagem.
Ao
estudar as mensagens às sete igrejas da Ásia, de uma forma mais minuciosa, um
detalhe muito importante não pode deixar de ser observado: as mensagens possuem
cinco pontos em comum:
1)
revelam vários títulos e atributos de Cristo [Ap 2.1, 8, 12, 18; 3.1, 7, 14];
2)
qualidades encontradas [Ap 2.2-3, 6, 9, 13, 19; 3.4, 8];
3)
exortação [Ap 2.4, 14-15, 20-23; 3.1-2, 15-17];
4)
conselho e ordens [Ap 2.5, 10, 16, 25; 3.9-11, 18-20];
5)
e promessa ao que vencer [Ap 2.7, 11, 17, 26-28; 3.4-5, 12, 21-22].
Nisso
podemos aprender uma lição importante, em tempos de inversão de valores e
desrespeito à família: Deus vê além da aparência das coisas, Ele sabe o que
somos realmente. Aquele que diz “conheço as tuas obras” sabe, também, o motivo
pelo qual fazemos.
Subsídio do
Professor:
A forma como as mensagens aparecem mostram uma notável uniformidade.
Nisso vemos que Deus nos trata sem acepção, todos são iguais [At 10.34]. Isso
nos faz lembrar que no Reino de Deus há regras e normas que devem ser
obedecidas. Israel desobedeceu a Deus e viu seus inimigos derrotá-los [2Cr 36].
2.2.
Oportunidade de arrependimento.
Das sete igrejas da Ásia, apenas duas não receberam exortações ao
arrependimento: Esmirna e Filadélfia. Ao mesmo tempo que Cristo expõe os erros
e desvios doutrinários que vemos nelas, oferece, em sua longanimidade, tempo
para mudança: “E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e
não se arrependeu.” [Ap 2.21]. Agora mesmo, Ele ainda espera pacientemente
pelos frutos do arrependimento daquele que caiu ou fracassou, em sua fé. Antes
do juízo futuro, Jesus oferece em Sua graça uma oportunidade [Tg 4.8]. Este
arrependimento não acontecendo, dará lugar ao juízo divino [Ap 22.15].
Subsídio do
Professor:
Sobre a palavra arrependimento Carl G. Kromminga comenta: “Pode-se
dizer que metanoia denota a mudança de ideia, de afeições, de convicções
e compromissos interiores enraizados no temor a Deus, e na tristeza pelas
ofensas cometidas contra Ele, que, quando acompanhada pela fé em Cristo Jesus,
resulta em uma conversão externa do pecado a Deus, e a seu serviço em todas as
áreas da vida.”
2.3.
A promessa de Cristo.
De
forma geral, promessa é o compromisso que alguém assume de fazer, dar ou dizer
alguma coisa. A promessa pode ser feita verbalmente ou por escrito. Jesus fez
muitas promessas e fez questão de registrá-las para que nós fossemos alcançados
por elas. A Bíblia tem muitas promessas: a primeira promessa, ainda no Éden,
fala da primeira vinda de Cristo [Gn 3.15]; o derramamento do Espírito [Jl
2.28]; restauração do povo de Israel [Dt 30.1-5]; o ministério terreno do
Messias (At 3.22], dentre muitas outras.
Nas
mensagens às sete igrejas da Ásia, todas terminam com promessas que falam da
Igreja reinando com Cristo [Ap 2.26-27; 3.21]; e da vida eterna [Ap 2.7, 11,
17; 3.5, 12]. As promessas de Cristo para a Sua Igreja são um conforto diante
das lutas desta vida e a certeza de que a morte, para os que servem a Cristo, é
apenas temporária, pois está reservada para os salvos a vida eterna com Cristo
[Jo 11.25].
Subsídio do
Professor:
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe: “Paulo demonstra que a
“promessa de Deus” tem qualidade de uma aliança, porque cada Palavra de Deus é
segura e certa. O termo técnico epangelia, portanto, designa o bondoso
compromisso de Deus, expresso especialmente a Abraão, de realizar de forma
completa sua obra de redenção através do Messias, em quem “todas quantas
promessas há de Deus, são nele sim; e por ele o amém” [2 Co 1.20].”
EU ENSINEI QUE:
As
mensagens às sete igrejas da Ásia são um verdadeiro raio X na Igreja de Cristo.
3- A MENSAGEM DO
ESPÍRITO SANTO
O
Espírito Santo tem um papel vital na vida e na existência da Igreja de Cristo.
Sem o Espírito Santo, a Igreja não mais existiria ou seria meramente um clube
ou mais uma agremiação. Ele é o Consolador que nos dá poder para fazer a obra
de Cristo neste mundo e ao mesmo tempo prepara a Noiva para o arrebatamento.
3.1.
O outro Consolador.
Depois
da última ceia, Jesus confortou e instruiu os discípulos, que estavam aflitos
com a proximidade da Sua partida [Jo 14.1, 27]. Neste momento faz a promessa de
enviar outro Consolador [Jo 14.16], que ensinaria todas as coisas e faria
lembrar de tudo que o Mestre ensinou [Jo 14.26]; testificaria de Cristo [Jo
15.26] e convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo [Jo 16.7-8]. Tudo
isso deixa claro que, sem a presença do Espírito Santo, a Igreja não teria
sobrevivido a tudo que passou nestes dois mil anos e chegado até aqui.
Subsídio do
Professor:
Myer Pearlman: “A palavra “Consolador” (“Paracleto”, no grego)
significa alguém chamado para ficar ao lado de outrem, com o propósito de
ajudá-lo em qualquer eventualidade, especialmente em processos legais e
criminais. Era costume nos tribunais antigos, as partes aparecerem no tribunal
assistidas por um ou mais dos seus amigos mais prestigiosos, que no grego
chamavam, “parácleto”, e em latim, “advocatus”. Estes assistiam seus amigos,
não pela recompensa ou remuneração, mas por amor e consideração; eles
orientavam seus amigos quanto ao que deviam dizer e fazer; falavam por eles;
representavam-nos, faziam da causa de seus amigos sua própria causa.”
3.2.
Ele reveste e dá dons.
É
o Espírito Santo que dá sentido e realização na vida cristã. Só após o
revestimento de poder, os discípulos estariam prontos para serem testemunhas de
Jesus [Lc 24.49]. Ao ser revestido de poder, o cristão fala em línguas, que são
concedidas pelo Espírito [At 2.4]. Os dons espirituais são do Espírito Santos e
Ele reparte na Igreja como quer [1Co 12.11]. Isto tudo mostra nossa total
dependência do Espírito Santo. A Igreja Primitiva não dispunha de nenhuma das
facilidades tecnológicas que possuímos, mas evangelizou o mundo de sua época,
porque tinha o poder que advém de um relacionamento de comunhão e dependência
do Espírito. Falharemos, se não nos voltarmos para Deus agora, com sincera
devoção e coração quebrantado. Este é o nosso tempo, a nossa hora, a última
hora.
Subsídio do
Professor:
David Yonggi Cho: “A única razão que me capacitou a construir uma
igreja de 500 mil membros em menos de trinta anos foi porque a maravilhosa
manifestação do Espírito Santo fluiu através dos dons de revelação, dons vocais
e de poder. Enquanto este crescimento acontecia, dávamos toda a glória a Deus
pelo que Ele vinha realizando através de nós. Em suma, ao Espírito Santo
pertencem todos os dons. Os dons e o Espírito não podem ser separados e o único
propósito para que Ele manifeste diversos dons através de pessoas é para
edificação de Sua Igreja.”
3.3.
O Espírito prepara a noiva para o arrebatamento.
Em
relação ao arrebatamento da Igreja, o Espírito Santo tem um papel de vital
importância. Pois, sendo o “outro Consolador” está preparando, guiando,
operando até o dia da volta de Cristo [Rm 8.11, 14-17; Ef 1.14], quando seremos
glorificados com Cristo. Também nos adverte com relação ao perigo de entristecer
o Espírito, sendo que fomos selados por Ele para o dia da nossa redenção [Ef
4.30]. Em suma, podemos afirmar que, assim como o mordomo Eliezer preparou uma
noiva para Isaque, o Espírito Santo prepara a noiva de Cristo para seu encontro
com o noivo no dia do arrebatamento [Gn 24].
Subsídio do
Professor:
Simon Kistemaker (Comentário do Novo Testamento – Apocalipse – Ed.
Cultura Cristã, p. 770): “O Espírito de Cristo é o Espírito do Noivo; e esse
Espírito tem a sua habitação na noiva, ou seja, a igreja. Por essa razão, ao
poderoso estímulo do Espírito, a igreja expressa a sua ansiedade pela volta de
Cristo, o seu noivo”. Assim, temos visto que o mesmo Espírito que habita e
estimula a Igreja a desejar a volta de Cristo, é, também, o que a direciona,
exorta, guia, santifica, capacita, sustenta e prepara para o grande encontro.
EU ENSINEI QUE:
O
Espírito é o Consolador, reveste, dá dons e prepara a noiva para o
arrebatamento.
CONCLUSÃO
Aprendemos
nesta lição sobre a importância do arrependimento sincero, em caso de erro ou
pecado, e que devemos perseverar em obedecer a Deus, cultivando uma vida cheia
do Espírito Santo.
Revista
BETEL | 2° Trimestre De 2022 | Reverberação: Subsídios Dominical