Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

LIÇÕES BETEL: Lição 12 Visões do Afastamento e Retorno da Glória de Deus (Classe Adultos)

REVISTA BETEL: 1° Trimestre de 2022 | Título: EZEQUIEL – O Profeta com a Mensagem de Juízo, Arrependimento, Restauração e Manifestação da Gloria de Deus.

TEXTO ÁUREO

“E levantou-me o Espírito e me levou ao átrio interior; e eis que a glória do Senhor encheu o templo.” Ezequiel 43.5

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VERDADE APLICADA

Deus nos convoca a viver em santidade para que se cumpra em nós o propósito da nossa existência: relacionamento com Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar que Deus não habita no meio da impiedade.

Ressaltar que a glória de Deus não se negocia.

Ensinar que Deus nos chama a viver em santidade.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

EZEQUIEL 11

22- Então os querubins elevaram as suas asas, e as rodas os acompanhavam; e a glória do Deus de Israel estava no alto, sobre eles.

23- E a glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.

EZEQUIEL 43

2- Eis que a glória do Deus de Israel vinha do caminho do oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória.

4- E a glória do Senhor entrou no templo pelo caminho da porta, cuja face está para o lado do oriente.

5- E levantou-me o Espírito e me levou ao átrio interior; e eis que a glória do Senhor encheu o templo.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Êx 33.12-17 Moisés roga a Deus a Sua presença.

TERÇA / Êx 33.18-23 Moisés roga a Deus que lhe mostre Sua glória.

QUARTA / Ez 8 As abominações no santuário.

QUINTA / Ez 11 O juízo de Deus contra os chefes do povo.

SEXTA / Ez 43 A restauração do templo: a glória do Senhor.

SÁBADO / Jo 1.14 A glória de Deus revelada em Jesus Cristo.

HINOS SUGERIDOS 169, 223, 422

 

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore a Deus por todas as igrejas que realizam a Escola Bíblica Dominical no Brasil.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1– A glória de Deus

2– Abominações do povo no Templo

3– Afastamento e retorno da glória de Deus

Conclusão


INTRODUÇÃO

O plano de Deus é habitar com o Seu povo. Para tanto, Deus revelou em Sua Palavra as diretrizes para nos aproximarmos dEle, aquilo que não lhe agrada e nos concede o Seu Espírito Santo para nos guiar e capacitar a viver agradavelmente diante do Senhor.

PONTO DE PARTIDA

Deus nos convoca a viver em santidade.


1- A GLÓRIA DE DEUS

Antes de refletirmos sobre as visões de Ezequiel do afastamento e retorno da glória de Deus em relação ao templo em Jerusalém, no presente tópico abordaremos sobre alguns dos significados da expressão “glória” no hebraico e grego; a glória de Deus revelada em Sua natureza; e revelada em Jesus Cristo [Rm 11.36; 1Pe 4.11].

 

1.1. Glória: alguns significados da expressão.

Conforme Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, Dicionário de James Strong, Dicionário VINE, entre outros, não há um único termo para expressar a ideia de “glória” na Bíblia. Assim, o contexto no qual a palavra está sendo usada é que determina a ideia que se deseja passar. Pois pode estar se referindo a seres humanos [Gn 45.13], à riqueza material [Et 5.11], a Deus [Êx 33.18; Ez 1.28].

Alguns sentidos são: “aquilo que produz peso”; “aquilo que impõe”; “aquilo que produz consideração”. Vários textos no Antigo Testamento fazem menção da glória de Deus num contexto de junto com o Seu poder e a Sua santidade [Êx 14.4, 17; 15.11; Sl 29.2; Is 6.3]. Também é comum a manifestação da glória associada ao tabernáculo e a templo [Êx 40.34; 1Rs 8.11; Ez 9.3; 43.4].

 

Subsídio do Professor:

Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento sobre a manifestação da glória de Deus no tabernáculo e no templo: “Essas manifestações estão diretamente relacionadas com a autorrevelação de Deus e seu desejo de habitar entre os homens. Nessa condição elas são geralmente associadas à sua santidade. Deus almeja habitar com os homens, deseja que sua realidade e seu esplendor sejam conhecidos dos homens. Mas isso só é possível quando eles levam em conta o impacto da santidade divina e começam, pela fé e obediência, a deixar que esse caráter se manifeste em suas vidas [Nm 14.10; Is 6.3].”

 

1.2. Revelada em Sua natureza.

Após ter a garantia de que teria a presença divina [Êx 33.14-15], Moisés pediu para ver a glória de Deus [Êx 33.18]. A resposta de Deus faz referência à bondade, misericórdia, compadecimento [Êx 33.19]Vide que quando o Senhor Deus se manifestou, há referências a nome e novamente às virtudes acima [Êx 34.5-8]. Ou seja, como escreveu Tony Evans: “A glória de Deus pode ser melhor descrita como a manifestação visível de seus atributos, caráter e perfeição (…) Falando de outra maneira, nosso Deus é glorioso por natureza”.

 

Subsídio do Professor:

Robert P. Gordon comenta acerca da resposta divina ao pedido de Moisés – “toda a minha bondade”: “Os atributos graciosos e os atos de Deus pelos quais o seu caráter (o nome do Senhor) podem ser conhecidos”. R. Alan Cole: “A revelação divina será a revelação de Seu nome (ou seja, de Sua natureza), proclamada em termos de Seus atos em favor do homem.”

 

1.3. Revelada em Jesus Cristo.

O Verbo (a Palavra, o Filho Unigênito) tornou-se carne (ser humano) e habitou (“tabernaculou”), viveu (morou entre nós), “e vimos a sua glória… cheio de graça e de verdade” [Jo 1.14]. Como descrito no tópico acima, quando Deus revelou Sua glória a Moisés, não foi somente em resplendor e nuvem, mas revelando o Seu caráter: “grande em beneficência e verdade” – amor e fidelidade) – Êxodo 34.6. Em João, a glória de Deus é revelada em Jesus – “cheio de graça e de verdade”. Manifestou Sua glória nos sinais [Jo 2.11] e em sofrimentos e crucificação [Jo 12.23-33; 13.31].

 

Subsídio do Professor:

F.F. Bruce – João 1.14 – “habitou entre nós” – comentou sobre o uso do termo associado ao verbo hebraico (“morar”) e derivados (“tabernáculo”), com a shekînah pós-bíblica – uma palavra que literalmente significa “residência”: “A gloriosa presença de Deus que residia no tabernáculo de Moisés e no templo de Salomão. Quando o tabernáculo foi concluído e o templo de Salomão foi dedicado, a glória do Senhor encheu o ambiente [Êx 40.34; 1Rs 8.10s.]. Portanto, quando o Verbo se fez carne, a presença gloriosa de Deus corporificou-se nele, porque ele é a verdadeira shekînah.”


EU ENSINEI QUE:

A glória de Deus pode ser melhor descrita como a manifestação visível de seus atributos, caráter e perfeição. Em outras palavras, nosso Deus é glorioso por natureza.


2- ABOMINAÇÕES DO POVO NO TEMPLO

Tendo uma visão panorâmica do que a Bíblia revela sobre a glória de Deus – atentando para a associação com a santidade de Deus – no presente tópico abordaremos as abominações cometidas pelo povo de Israel no templo, mesmo possuindo a revelação da Palavra de Deus, resultando no afastamento da glória de Deus [Ez 9.3]. Tal reflexão deve contribuir para nos mantermos vigilantes e fiéis em todo o tempo.


2.1. Ídolos e criatura acima do Criador.

O Espírito de Deus levou Ezequiel em visão a Jerusalém até o Templo e ele vê “a imagem ciúmes” [Ez 8.3, 5]. É possível que seja a imagem colocada por Manassés [2Rs 21.7]. Apesar de ter sido removida posteriormente [2Cr 33.15], contudo parece que voltou [2Rs 23.6].


Foi destruída por Josias e outra foi construída. Além da imagem, pinturas de répteis e animais em lugares escondidos do Templo [Ez 8.6-12]. Visões que nos fazem lembrar sobre a possibilidade de, havendo ausência de ensino, firmeza e profundidade cristã, se adotar sincretismo religioso, ídolos secretos e estabelecer no culto a criatura acima do Criador [Rm 1.21-23; 1Jo 5.21; Ap 22.15].


Subsídio do Professor:

F. F. Bruce – Ez 8.1-18: “A glória divina que normalmente brilhava a partir do Lugar Santíssimo já não estava lá; Ezequiel a viu na proximidade do templo pronta para deixar o santuário apóstata. Cultos cananeus e estrangeiros que Josias havia abolido 30 anos antes haviam sido agora restabelecidos: longe de o templo ser uma proteção para Jerusalém, como nos dias de Isaías [Is 31.8-9; 33.17-22], a sua profanação agora causou a queda da cidade, bem como a sua própria [cf. Jr 7.4, 8-15].”


2.2. Interesse pessoal e material acima de tudo.

A seguir o profeta é levado para ver mulheres no templo do Senhor, mas “chorando por Tamuz” [Ez 8.14]. Diversos comentaristas associam Tamuz a fertilidade e vegetação. Mais um exemplo de adoção de práticas pagãs em um templo edificado para adorar o Senhor Deus. São pessoas que estão mais interessadas em alcançar a satisfação de suas necessidades ou desejos, acima do autêntico relacionamento com Deus, que se expressa em adoração segundo a Sua vontade e em um viver de obediência aos Seus mandamentos [2Pe 2.13-14; Jd 4, 12].


Subsídio do Professor:

Bíblia de Estudo Defesa da Fé: “As mulheres acreditavam que o ciclo de estações representava a morte e a ressurreição de Tamuz. Na mitologia babilônica, Tamuz era o filho de Ninrode [Gn 10.8-14], e sua esposa, Semíramis. Ele foi morto em uma caçada a javalis selvagens, e imortalizado por sua mãe como um deus da natureza, e uma personificação da ressurreição, retratada nos ciclos das estações. As mulheres choravam no quarto mês de cada ano, no início da primavera, para induzir Tamuz a ressuscitar outra vez.”


2.3. Irreverência e indiferença.

O profeta foi conduzido para o pátio interno e viu homens de costas para o templo e voltados para o oriente, adorando o sol [Ez 8.16]. No tempo de Josias sacerdotes que queimavam incenso ao sol foram destituídos [2Rs 23.5]. “De costas para o templo”, entre o pórtico e o altar, lembra postura de irreverência e indiferença. Estavam no templo, em uma área destinada somente a sacerdotes, mas não estavam adorando Àquele que tinha enchido aquele lugar com a Sua glória. Naquele lugar deveriam estar chorando e clamando ao Senhor por misericórdia [Jl 2.17].


Subsídio do Professor:

John B. Taylor: “…eram homens de posição (9.6 os chama de “ancião”) e estavam publicamente abusando do Templo para uma prática que era uma negação total do propósito santo para o qual foi dedicado. E, como se isto não bastasse, ainda enchem “a terra de violência” e irritam ao Senhor [8.17]. Quando a liderança da igreja se torna corrupta, não há limite ao caos que é semeado na vida da nação.”


EU ENSINEI QUE:

Mesmo possuindo a revelação da Palavra de Deus, o povo de Israel cometeu abominações no templo, o que resultou no afastamento da glória de Deus.


3- AFASTAMENTO E RETORNO DA GLÓRIA DE DEUS

Tendo visto as abominações que estavam sendo praticadas no Templo, veremos que tais práticas resultaram no afastamento da glória de Deus. Porém, segundo o propósito divino, como visto na lição passada, Ezequiel também viu o retorno da glória de Deus ao Templo restaurado e ouviu uma voz: “…este é o lugar do meu trono e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre…” [Ez 43.7].


3.1. Afastamento da glória de Deus.

Interessante notarmos que o afastamento da glória do Senhor ocorre aos poucos. Daniel L. Block comentou: “Ao invés de sair das esferas de menor para as de maior santidade, a Glória divina parte das esferas de maior para as de menor santidade: sai do Santo dos Santos para o limiar da entrada do templo [9.3; 10.4]; da entrada do templo à carruagem do trono, estacionada na entrada oriental do templo [10.18-19]; do portão oriental para o meio da cidade; e do meio da cidade para os montes ao orienta da cidade [11.22-23]”. As iniquidades separam o homem do relacionamento com Deus [Is 59.1-2].


Subsídio do Professor:

De acordo com o Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “A glória de Deus continuava movendo-se gradualmente, mas afastando-se do templo [Ez 10.3-4], a partir da porta de entrada do templo para o trono com rodas, e então com o trono até a porta oriental. A partida do Senhor sugere que Ele relutou em sair. Embora Sua santidade tenha sido desprezada de modo que Ele não mais pudesse permanecer, Ele foi embora entristecido ao ver a calamidade que Seu povo havia atraído para si.”


3.2. O retorno da glória de Deus.

Após a visão do novo templo (vide lição 11), “a glória do Deus de Israel” vem pelo caminho do oriente [Ez 43.2] – lembremos que o profeta já tinha visto que estava sobre o monte, “ao oriente da cidade” [Ez 11.23] – e entrou no Templo [43.4]. Tal descrição lembra Êxodo 40.34; 1Reis 8.11. Glorifiquemos ao Senhor, pois Ele continua interessado em operar restauração no relacionamento com todos os seres humanos [Sl 51.11-12; Ap 3.20]. É significativo que o último livro da Bíblia, consequentemente antes da vinda de Jesus Cristo, registra que “nascerá o sol da justiça, e salvação trará” [Ml 4.2].


Subsídio do Professor:

R. N. Champlin cita E. L. Allen, ao comentar sobre Ezequiel 43.3-4: “Assim Israel renovado e dedicado fica esperando por Deus. Ele volta da mesma maneira grandiosa que tinha saído. O autor aqui consegue captar uma partícula da essência do evangelho. O Deus que julgou é o mesmo que restaura, anulando deslealdades do passado. Seu amor nos ganha de volta, e o que Ele ganhou, Ele transforma.”


3.3. Impacto e resultado no povo de Deus.

Após enfatizar a estrutura do Templo [Ez 40-42] e a volta da glória de Deus (tópico anterior), agora a visão vai focar a conduta do povo e dos sacerdotes, considerando que Deus está no meio do Seu povo [Ez 43.7]. A mensagem enfatiza lançar fora tudo que contamina [Ez 47.7-9]. A lei do Templo está intimamente ligada à santificação [Ez 43.12]. O ponto de partida é o altar [Ez 43.13]. No tempo de Elias e de Manassés, o altar também precisou ser restaurado [1Rs 18.30; 2Cr 33.16]. Anos depois de Ezequiel, quando os primeiros judeus voltaram do cativeiro babilônico, ao chegarem em Jerusalém, iniciaram as ações, visando a restauração, pela edificação do altar do Deus de Israel [Ed 3.2]. Podemos resumir algumas lições com as seguintes expressões: lançar fora o que contamina; priorizar a santificação; restaurar e manter o relacionamento com Deus.


Subsídio do Professor:

Tanto Daniel L. Block como a Bíblia de Estudo Arqueológica enfatizam que “a importância do altar é evidente, em razão de sua descrição detalhada e de seu lugar no centro geométrico do complexo do templo”. Assim, “ao povo exilado que ansiava desesperadamente ser aceito novamente por YHWH, o design do complexo do templo oferece esperança. Pois a centralidade do altar na planta fornece um símbolo poderoso do propósito global do esquema. Pois todos os que entrassem pelas portas exteriores poderiam olhar através das portas interiores e observar os sacerdotes apresentando os sacrifícios do povo no altar como atos de comunhão com YHWH. Se por um lado há determinação de YHWH em comungar com seu povo, por outro, Ele proclama a transformação de Seu povo”.


EU ENSINEI QUE:

As abominações praticadas no Templo resultaram no afastamento da glória de Deus. Porém, segundo o propósito divino, Ezequiel também viu o retorno da glória de Deus ao Templo restaurado.

CONCLUSÃO

Deus, em Sua soberania, decidiu revelar-nos a Sua glória e deseja habitar com Seu povo. Tal plano foi plenamente manifestado em Jesus, que veio ao mundo “cheio de graça e de verdade”. Assim, todos que estão unidos a Cristo recebem a graça necessária para um viver santo e agradável a Deus.

Revista BETEL | 1° Trimestre De 2022 | Reverberação: Subsídios Dominical

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