Revista de Jovens –
Título: O PERIGO DAS TENTAÇÕES –
As orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa | 2°
Trimestre de 2022. Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
“Não veio sobre vós tentação,
senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis;
antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (1 Co
10.13)
RESUMO DA LIÇÃO
Nenhum ser humano está
livre de ser tentado, seja por seus próprios desejos carnais, seja pelo Inimigo
de nossas almas.
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LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Tg 1.13
Deus não tenta a ninguém
TERÇA – Mt 6.13
Livra-nos do mal
QUARTA – Lc 4.1,2
Jesus foi tentado
QUINTA – 2 Pe 2.9
Deus livra da tentação
SEXTA – Ef 6.13
Tome a armadura de Deus
SÁBADO – Rm 13.14
Revista-se do Senhor Jesus
OBJETIVOS
1. EXPLICAR o
que é a tentação;
2. SABER como
a tentação se manifesta;
3. EXPOR as
consequências de quando caímos em tentação.
INTERAÇÃO
Prezado (a)
professor (a), com a graça de Deus iniciamos mais um trimestre de estudos
bíblicos. Estudaremos treze lições a respeito da tentação. Sabemos que nenhum
ser humano está livre de ser tentado, seja por seus próprios desejos carnais,
seja pelo inimigo de nossas almas ou pelo mundo. O comentarista das lições é o
pastor Alexandre Coelho, gerente de publicações da Casa Publicadora das
Assembleias de Deus (CPAD). Bacharel em Letras, Teologia e Direito. É autor de
vários livros publicados pela CPAD, palestrante das Conferências da Escola
Dominical e do CAPED. Que o estudo de cada lição possa trazer a certeza de que
“fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a
tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Co 10.13).
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor (a),
para iniciar o trimestre sugerimos que você proponha um estudo de caso. Crie
uma situação de conflito, envolvendo algum tipo de tentação e que exija uma
tomada de decisão imediata. Elabore, por escrito, dois roteiros narrando a
situação fictícia. O objetivo é desafiar os alunos a pensarem e apresentarem as
respostas (segundo a Palavra de Deus) às várias tentações a que estamos
sujeitos em nosso dia a dia. Distribua os roteiros e depois peça aos alunos que
formem dois grupos. Apresente aos grupos os planos e peça que eles façam a
discussão em separado. Em seguida, solicite que cada grupo apresente suas
respostas, as quais serão analisadas e avaliadas por todos os alunos. Conclua a
atividade explicando que nenhum ser humano está livre de ser tentado, seja por
seus próprios desejos carnais, seja pelo Inimigo de nossas almas. Contudo,
podemos vencer toda e qualquer tentação quando conhecemos e procuramos viver os
princípios divinos da Palavra de Deus.
TEXTO BÍBLICO
Tiago 1.2-5; 12-17
2 Meus irmãos, tende
grande gozo quando cairdes em várias tentações.
3 Sabendo que a prova da
vossa fé produz a paciência.
4 Tenha, porém, a
paciência na sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem
faltar em coisa alguma.
5 E, se algum de vós tem
falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em
rosto; e ser-lhe-á dada.
12 Bem-aventurado o varão
que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a
qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
13 Ninguém, sendo
tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e
a ninguém tenta.
14 Mas cada um é tentado,
quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
15 Depois, havendo a
concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera
a morte.
16 Não erreis, meus
amados irmãos.
17 Toda boa dádiva e todo
dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança,
nem sombra de variação.
INTRODUÇÃO
Um dos maiores perigos
para uma vida de santidade e comunhão com Deus é a tentação. Ela pode se
manifestar de diversas formas e para todas as pessoas. Até o próprio Senhor
Jesus foi tentado, mas não se deixou ser vencido pela tentação. A tentação não
é o pecado em si, mas uma isca para que a pessoa caia nele. A temática deste
trimestre é a respeito da tentação.
A Palavra de Deus será a
fonte dos nossos estudos, com a análise de casos de personagens bíblicos que
cederam à tentação e pagaram um preço alto. Também trataremos a respeito da
tentação do Senhor Jesus, que nos serve de modelo para resistir às empreitadas
de Satanás. Veremos que é possível escolher entre pecar contra Deus, cedendo à
tentação, e ser fiel a Ele, dominando nossas tendências ao pecado e, assim, dar
lugar a uma vida que agrade ao Senhor.
I – O QUE É A TENTAÇÃO
1. Um convite ao pecado.
Podemos descrever a
tentação como um Impulso que move o ser humano a alguma ação que abrirá a porta
para o pecado, ou para alguma situação que vai comprometer o futuro da pessoa
que está sendo tentada. A tentação não é o pecado, mas um convite a ele. Uma pessoa
que passa por um momento de tentação tem a escolha de ceder ou não, subjugando
sua própria vontade ou sendo dominada por ela. Isso nos mostra que a tentação
não é um fator determinante para que uma pessoa caia, ou seja, que uma pessoa
tentada peque. Deus espera que guardemos a sua Palavra em nosso coração, que
tenhamos uma vida de comunhão com Ele e que andemos de modo vigilante, atentos
às muitas ciladas do Diabo (2 Pe 5.8).
Como pessoas, nós temos
necessidades físicas e emocionais. Por isso que toda tentação tende, de forma
inicial, buscar preencher essas “lacunas”. Pode ser o desejo desenfreado por um
tipo de comida ou um gasto financeiro não adequado ou não planejado, ou ainda
por status, posição ou mesmo pela busca de um relacionamento com outra pessoa.
Sendo assim, não devemos andar segundo a concupiscência da carne (Gl 5.17-21).
A lista de desejos varia de pessoa para pessoa. A questão é: será que aquela
possível necessidade só pode ser satisfeita com a proposta que a tentação
apresenta?
2. Uma forma de provar se
cremos que Deus é suficiente para nós.
A tentação é como uma
vitrine que fixa o olhar do ser humano para aquilo que vai contra Deus e a sua
vontade. Quando uma pessoa cede à tentação, ela está agindo de maneira como se
Deus não se importasse com suas necessidades, ou que Ele não tivesse o poder de
mudar a realidade de acordo com a vontade dEle. Quando somos tentados e
cedemos, mostramos que não confiamos em Deus. Foi o caso de Adão e Eva, que se
esqueceram de que o Criador é suficiente quando se depararam com a ideia de que
poderiam conhecer o bem e o mal, assim como que Deus (Gn 3.1-5).
O preço da desconfiança e
da desobediência foi definitivo (Gn 3.14-19,23). A tentação passa pela
confiança. Ou você confia na pessoa que está fazendo uma proposta que pode
alterar de forma negativa a sua vida, ou acredita que Deus é fiel para suprir
suas necessidades (Sl 23.1). Até que ponto quem está lhe oferecendo uma saída
mais fácil realmente tem interesse no seu bem-estar espiritual e físico? Mais
do que tomar um caminho, que a princípio pode parecer mais fácil, a tentação é
um teste de confiança para todos nós, se realmente acreditamos que Deus pode
suprir nossas necessidades e se o que Ele disse é melhor para nós.
3. A tentação não
resistida faz com que uma pessoa caia de onde Deus a colocou.
Uma pessoa pode ceder à
tentação não apenas diante de um grande obstáculo. Mas diante de coisas
corriqueiras do seu dia a dia, o que acaba por criar um histórico de pequenas
concessões. Pouco a pouco, as pequenas tentações se tornam como raposinhas em
meio a uma plantação de vinhas e estragam tudo (Ct 2.15). As tentações que
achamos ser menores, se não abandonadas, vão dar origem a outras maiores,
destruindo a vida de uma pessoa, a sua reputação e sua família. Quantos foram
agraciados por Deus e perderam suas posições por não terem resistido a uma ou
mais tentações? Tomemos como exemplo o jovem Sansão (Jz 14—16).
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SUBSÍDIO 1
Prezado (a)
professor (a), escreva no quadro a palavra “tentação”. Em seguida, pergunte aos
alunos o que vem à mente deles quando ouvem essa palavra. Ouça os alunos com
atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, “explique que tentação
é “do hebraico, nissi; do grego ekpeirazo; do latim tentationem, ou seja,
estímulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado,
o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas.
Eis porque Jesus, na Oração Dominical, ensina-nos a orar: ‘E não nos induzas à
tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória,
para sempre. Amém!” (Mt 6.13). Tentador é o que nos induz a práticas que
contrariam às leis de Deus. Nas Sagradas Escrituras, é Satanás o tentador por
antonomásia; é o agente e o estimulador da tentação (Mt 4.3; 1 Ts 3.5).”
(Adaptado de Dicionário Teológico. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 338.)
II – COMO ELA SE MANIFESTA
1. Por uma ação de
Satanás.
O inimigo é descrito como
um dos principais agentes da tentação, pois ele tentou o próprio Senhor Jesus
Cristo (Mt 4.1-11). Se ele não deixou de tentar a Jesus, com certeza se
empenhará em lançar “iscas” para seduzir os servos de Deus e tirá-los da
presença do Senhor. Ele fez o possível para que Jó blasfemasse contra Deus (Jó
1.11), mas não conseguiu que o patriarca deixasse de ser um homem sincero, reto
e temente a Deus (Jó 1.8). Satanás vai observar o momento e o lugar em que
estamos, e oferecerá ciladas a fim de que pequemos contra Deus.
A tentação também pode
ganhar forças quando o Diabo se utiliza de certos sentimentos que abrigamos em
nossos corações, como por exemplo: o orgulho. Foi o que aconteceu com
Nabucodonosor (Dn 5.18-21). Esses sentimentos costumam ser usados por Satanás
para que sejamos tentados e, assim, pequenos. Momentos de isolamento também
tendem a fazer com que fiquemos mais suscetíveis às tentações. Por isso,
Satanás tem investido para que servos de Deus deixem de congregar e de terem
comunhão uns com os outros. Ovelhas que andam longe do rebanho e afastadas dos
cuidados do pastor, sempre são alvos fáceis dos lobos e mercenários (Jo
10.11-13).
2. Focando em nossas
necessidades.
Todas as pessoas têm
necessidades, e essas necessidades podem ser um canal para que a tentação acabe
se apresentando como uma solução prática e fácil. A tentação por ter mais
dinheiro pode levar uma pessoa a comprometer sua vida financeira ou destruir
sua família trabalhando em excesso e deixando de assistir os seus (1 Tm 6.10).
A necessidade por afeto
pode fazer com que uma pessoa busque uma vida sexual desregrada e arque com as
consequências no seu corpo, alma e espírito, como por exemplo, a mulher
Samaritana (Jo 4.16-18). A necessidade desenfreada de ter bens materiais pode
deixar uma pessoa endividada e sem crédito para suas aquisições básicas e
necessárias. E a busca por títulos pode fazer com que uma pessoa comprometa sua
fé, moldando-se ao espírito deste mundo (Rm 12.2). As variedades são muitas,
pois o que atrai uma pessoa não necessariamente atrai outra.
3. Focando em algo de que
não precisamos.
A tentação pode ganhar
espaço em nossas vidas quando ela se apresenta como uma suposta oportunidade de
um ganho ou de um benefício, caso venhamos a nos esquecer de Deus. Quem nunca
se viu surpreendido por uma “oportunidade” ou por uma “promoção” que, sem
dúvida, lhe proporcionaria, de forma fácil, um título, dinheiro ou uma posição
de destaque? Adão e Eva viviam no Paraíso e não precisavam desobedecer a Deus,
mas o fizeram porque se deixaram convencer pela ideia de que precisavam ser
como o Todo-Poderoso, conhecendo o bem e o mal. Balaão tinha ouvido Deus falar
para não amaldiçoar Israel, mas se deixou levar por um prêmio do qual não tinha
necessidade (2 Pe 2.15; Jd 1.11).
SUBSÍDIO 2
Prezado (a)
professor (a) inicie o tópico fazendo as seguintes perguntas: “O que pode nos
acontecer quando cedemos a tentação?” “Qual foi o segredo da vitória de Jesus
quando tentado?” Explique que as consequências de ceder a tentações são muitas
e todas prejudiciais.
“O segredo
da vitória de Jesus não estava na memorização mecânica das Escrituras.
Ensopar-se com a Palavra de Deus é bom, mas até Satanás pode ‘declamar’ a
Escritura. Não foi apenas o conhecimento intelectual que Jesus tinha da
Escritura que revelou o plano de Deus, mas sobretudo sua relação com o Pai.
O único
centro apropriado para interpretar a Escritura é uma relação viva com Deus. O
que Jesus citou somente revelou essa relação preexistente. Hoje em dia uns usam
as Escrituras como um tipo de ‘luta romana’ com Deus, de modo que se eles citam
uma Escritura, Deus tem de cumpri-la. A mera ‘confissão da Palavra’, como um
feitiço, não era o segredo de Jesus.” (Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003, p. 29.)
III – QUANDO CEDEMOS À TENTAÇÃO
1. Perdemos a comunhão
com Deus.
A primeira consequência
de se ceder à tentação é a perda gradativa da comunhão com Deus, advinda do
pecado (Gn 3.8). Davi sentiu esse peso quando cedeu à tentação e adulterou com
Bate-Seba, a ponto de, após ser confrontado por Deus, ter pedido: “Não me
lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a
dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário” (Sl
51.11,12). As consequências para aqueles que cedem à tentação são muitas e
danosas; e uma delas é a morte (Tg 1.15). Outra consequência é o sentimento de
culpa, que pode afastar as pessoas da presença do Senhor.
2. Comprometemos o nosso
futuro.
O ato de ceder a uma
tentação pode selar o destino de uma pessoa. Quantos lares foram e são
destruídos por um pai ou mãe que não consegue resistir a uma bebida ou a uma
droga? Quantos relacionamentos foram destruídos por contínuas quebras de
confiança? Isso nos mostra que ceder às tentações traz consequências que serão
vistas de imediato ou no futuro. Seja a dependência de um vício, seja uma
infidelidade, o preço de ceder à tentação sempre chega. “De Deus não se zomba;
o que o homem semeia, colherá” (Gl 6.7).
3. Ficamos dominados por
sentimentos ruins.
Se cedermos à tentação,
logo vamos experimentar sentimentos tóxicos que vão afetar nossas vidas e
relacionamentos, como por exemplo: a frustração, a baixa autoestima, o
sentimento de culpa, o medo e a ideia de que Deus virou as costas para nós.
Esses sentimentos nos fazem adoecer no corpo, na alma e no espírito. A Palavra
de Deus nos diz que “não veio sobre vós tentação, senão humana” (1 Co 10.13).
Tal verdade significa que todos são, de alguma forma, tentados em situações
muito particulares. Quando imaginamos que nada poderá nos afetar, é ali que a
nossa humanidade será testada.
SUBSÍDIO 3
Professor
(a) inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: O que pode nos acontecer
quando cedemos a tentação? Explique que as consequências de ceder à tentação
são muitas e todas prejudiciais.
CONCLUSÃO
É preciso entender que a
tentação envolve muito mais do que uma satisfação pessoal, física ou emocional
momentânea. Essa satisfação nunca será duradoura, mas suas consequências
poderão ultrapassar gerações. Por isso, é necessário entender e crer que Deus é
mais do que suficiente para todos nós, e que seus mandamentos existem para que
sejamos protegidos de pecar contra Ele, caindo em tentação.
HORA DA REVISÃO
1. De acordo com a lição,
como podemos descrever a tentação?
R. A Tentação pode ser
descrita como um impulso que move o ser humano ao pecado.
2. A queda de uma pessoa
costuma ocorrer em uma única tentação?
R. A Queda de uma pessoa
costuma se dar aos poucos, com pequenos atos de desobediência.
3. Satanás é o único
agente que promove a tentação?
R. Não, pois a tentação
pode ocorrer também quando focamos nas nossas necessidades ou em oportunidades
de ter algo de que não precisamos.
4. Cite uma consequência
de se ceder à tentação.
R. Perder a comunhão com
Deus.
5. Se cedermos à
tentação, quais sentimentos vão nos afetar?
R. Ficamos dominados por
sentimentos ruins.
2° Trimestre De 2022 |
Revista Jovens CPAD – Título: O PERIGO DAS TENTAÇÕES – As orientações da
Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa | Lição 1: O Perigo
das Tentações | SUBSÍDIOS
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