Escola Dominical, Classe: Adolescentes – 2°
trimestre de 2024 - CPAD
LEITURA
BÍBLICA
Mateus
13.10-17
MENSAGEM
"Então os discípulos
chegaram perto de Jesus e perguntaram: — Por que é que o senhor usa parábolas
para falar com essas pessoas?” Mateus 13.10
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DEVOCIONAL
Segunda
>>
Sl 78.1,2
Terça
>> Mc 4.11,12
Quarta
>> Mc 4.34
Quinta
>> Mt 15.15,16
Sexta
>> Mc 4.2
Sábado
>> Mt 7.28,29
OBJETIVOS
> DEFINIR a palavra Parábola;
> ENTENDER como as parábolas devem ser interpretadas;
> REFLETIR sobre as respostas que as parábolas exigem de nós
EI PROFESSOR
Querido (a)
professor (a), hoje iniciaremos mais um trimestre cheio de desafios e
oportunidades. Esse é um ótimo momento para você reavaliar sua forma de
conduzir as aulas, de conhecer melhor seus alunos, bem como de rever seus
conteúdos. Aproveite esse tempo precioso para atualizar suas leituras, visitar
seus alunos, estudar novos métodos de ensino/aprendizagem e buscar renovação
espiritual. Prepare o seu coração e fortaleça sua comunhão com Deus orando e
jejuando por seus alunos. Temos certeza que Deus irá lhe usar para ensinar sua
poderosa Palavra aos adolescentes. Lembre-se da orientação de Paulo aos crentes
de Roma: “Portanto, usemos os nossos diferentes dons de acordo com a graça que
Deus nos deu. […] se é o de ensinar, então ensinemos” (Rm 12.6,7).
PONTO
DE PARTIDA
Quem não gosta de ouvir uma boa
história? Afinal de contas, boas histórias nos inspiram, divertem, informam e
prendem a nossa atenção de uma maneira única e muito especial. Quando bem
contadas, elas nos fazem mergulhar no mundo do narrador e interagir com seus
personagens, sentindo seus dramas, medos, alegrias e expectativas;
inevitavelmente, elas nos conduzem a sentimentos e reflexões profundas. Jesus
conhecia o poder das histórias, razão pela qual ele escolheu utilizá-las para
cativar a atenção dos seus ouvintes. Essas histórias de Jesus são chamadas de
parábolas na Bíblia. Ele ensinava através delas, a fim de provocar uma resposta
daqueles que o ouviam. É sobre essas histórias que vamos estudar hoje.
VAMOS
DESCOBRIR
Você gosta de
ler ou ouvir histórias?
Jesus contava muitas parábolas. Ou seja,
Ele contava histórias para ensinar ao povo e aos discípulos sobre as
Escrituras. Na aula de hoje, teremos a oportunidade de conhecer melhor esse
método, essa forma de ensino tão utilizado por Jesus. Além disso, refletiremos
sobre algumas dicas de como interpretar as parábolas adequadamente e veremos o
tipo de resposta que essas histórias esperam daqueles que as ouvem.
Hora
de Aprender
Estudiosos do Novo Testamento afirmam que
cerca de um terço das Palavras de Jesus encontradas nos Evangelhos escritos por
Mateus, Marcos e Lucas foram transmitidas através de parábolas. Você sabia
disso? Isso mostra que essa forma de compartilhar verdades foi devidamente
pensada e aplicada por Jesus. Por essa razão, na aula de hoje, refletiremos
sobre o significado, o propósito e a aplicação das parábolas para nós, cristãos
do século XXI.
I – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS COM PROPÓSITOS
1. O que é uma Parábola.
Essa expressão vem do grego parabole que
significa “colocar as coisas lado a lado”, com a finalidade de fazer uma
comparação entre elas. Sendo assim, podemos dizer que uma parábola é uma
espécie de comparação, tirada do cotidiano da vida, para esclarecer outra
realidade. As parábolas já eram utilizadas em abundância no ambiente cultural
judaico da Antiga Aliança.
A parábola de Jotão (Jz 9.7,8), a história
contada pelo profeta Natã a Davi, a fim de confrontar o rei com o seu pecado (2
Sm 12.1-15) e a vinha e as uvas citadas pelo profeta Isaías (Is 5.1-7) são
alguns exemplos do uso delas no Antigo Testamento.
No Novo Testamento não é diferente, temos
inúmeras parábolas. Dentre elas, destacaremos apenas aquelas que serão
analisadas ao decorrer do trimestre: a parábola do amigo importuno (Lc
11.5-13); do semeador (Mt 13.1-23); do empregador mau (Mt 18.23-35); das
sementes (Mc 4. 26-34); dos dois filhos (Mt 21.28-32); da ovelha perdida (Lc
15.4-7); das dez moças (Mt 25.1-13); da figueira estéril (Lc 13.6-9); do bom
samaritano (Lc 10.25-37); dos dois alicerces (Mt 7.24-27); do rico insensato
(Lc 12.13-21); e do filho pródigo (Lc 15.11-32).
2. O propósito das Parábolas.
Parábolas não são histórias contadas para
entreter ou distrair pessoas. De acordo com Jesus, sua finalidade era: esconder
a verdade das pessoas satisfeitas consigo mesmas (as incrédulas) e revelar a
verdade às pessoas que tinham fome e sede de justiça (os que creem), conforme
podemos ler em Marcos 4.10-12. Podemos perceber que Jesus não estava disposto a
“dar pérolas aos porcos”. Afinal de contas, Ele conhecia perfeitamente as
pessoas que diariamente vinham ao seu encontro. Sabia quem estava rejeitando
deliberadamente sua mensagem e quem possuía um coração acolhedor para se tornar
um discípulo. Sendo assim, as mesmas parábolas que serviam para iluminar a
compreensão daquele cujo coração estava aberto às verdades do Reino de Deus,
funcionava como um juízo divino contra aqueles que recebiam seu ensinamento com
incredulidade.
I – AUXÍLIO TEOLÓGICO
Prezado (a) Professor (a), ao
falar sobre o primeiro tópico da lição é bom que se tenha em mente as palavras
do teólogo Klyne Snodgrass, ao dizer que “o objetivo imediato de uma parábola é
ser algo bastante atraente e, ao ser atraente, ela redireciona a atenção e
desarma o ouvinte. O objetivo final de uma parábola é despertar uma compreensão
mais profunda, estimular a consciência e levar os ouvintes a uma ação […]. As
parábolas bíblicas revelam o caráter e a maneira como o nosso Deus age; mostram
também o que é a humanidade e o que ela deve – e pode – se tornar. As parábolas
não são meramente historietas informativas. Da mesma forma que os profetas que
o antecederam, Jesus falava por meio de parábolas para despertar o raciocínio e
estimular uma reação das pessoas em relação a Deus. As parábolas normalmente
atraem os ouvintes, provocam reflexão e geram ação”(SNODGRASS, Klyne.
Compreendendo todas as parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p 34).
II – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS QUE PRECISAM DE
INTERPRETAÇÃO
As parábolas são histórias importantes que
foram contadas por Jesus – o nosso Salvador. Por isso, elas merecem toda a
nossa atenção e dedicação. Assim, a grande pergunta que precisamos responder é:
o que devemos ou não fazer ao interpretar uma parábola? Vamos destacar aqui
algumas dicas:
1. Devemos considerar o contexto.
É necessário estudar o contexto histórico
da parábola, considerando as questões sociais, religiosas, políticas e
geográficas envolvidas na história. Com esse exercício nos esforçamos para
entender a parábola, prestando atenção aos detalhes que Jesus destacou, quando
contou cada uma para as pessoas da sua época.
2. Devemos considerar o que está na
parábola, não o que foi omitido dela.
Qualquer tentativa de interpretar uma
parábola considerando aquilo que não foi dito ou está ausente, corre o risco de
estar equivocada. É como pensarmos no sentimento da mãe que foi omitida na
parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32) ou no tamanho das lamparinas das moças
loucas (Mt 25.1-13). Os elementos ausentes são dispensáveis para o entendimento
da parábola. Precisamos nos deter naquilo que é essencial.
3. Devemos evitar a alegorização
excessiva.
Alegoria é uma forma de linguagem
utilizada para representar um significado, de forma figurada. Algumas pessoas,
quando leem uma parábola na Bíblia, tentam buscar significados de cada detalhe.
Por exemplo, na parábola do “bom samaritano” é comum algumas pessoas tentarem
atribuir significados figurados ao azeite, ao vinho ou à estalagem quando a
proposta inicial da parábola era responder à pergunta acerca do próximo (Lc
10.29).
II – AUXÍLIO DIDÁTICO
“O método é entendido como um
caminho a percorrer com o objetivo de atingir um fim. A palavra deriva do termo
“metodologia”, que significa a “arte de dirigir o espírito na investigação da
verdade, ou, a orientação para o ensino de uma disciplina”. Assim, o método
interpretativo de estudo tem por objetivo descobrir e demonstrar a verdade,
pois a interpretação textual é uma arte que visa explicar detalhadamente um
texto. Isso resume o sentido da interpretação de texto. A ideia essencial da
interpretação aponta para a explicação detalhada de um texto, ou seja, “o
estudo de tudo que está escrito na ‘linha’ (aquilo que o texto literalmente diz
– tudo que está explícito) e na ‘entrelinha’ (espaço entre duas linhas), ou
seja, tudo que está implícito, e que, muitas vezes, não foi dito por questões
políticas, morais, ideológicas, sociais ou religiosas”.
Outra ideia de interpretação
aponta para a chegada ao sentido claro do texto através de uma análise
detalhada e profunda dele. “Quer deseje ou não, todo leitor é, ao mesmo tempo,
um intérprete.” No contexto bíblico, a interpretação não é uma atividade
complexa, pelo contrário, “a maior parte da Escritura é, na verdade, de fácil
entendimento. Ninguém precisa ser versado nos originais para compreender o seu
propósito salvífico. Sua mensagem é basicamente simples. Todo aquele que dela
se aproxima pode ser educado na justiça. Contudo, existem certas partes que não
são de tão fácil compreensão, sendo de suma importância que o intérprete
leitor, tenha algumas qualificações, sendo tais intelectuais, educacionais e
espirituais. Em suma, o método interpretativo é a maneira ordenada de entender
um texto. Trata-se de um procedimento que obedece a alguns passos, cujo
objetivo é chegar a uma conclusão. Existe, no entanto, uma diferença entre
“interpretar” e “compreender” o texto, que consiste, respectivamente, na
análise e inferência do que está escrito.
Para compreender um texto se faz
necessário analisar o que está escrito literalmente, mas para interpretá-lo
faz-se necessário entender sua subjetividade. Assim, no trabalho de compreensão
do texto estão envolvidos os aspectos explícitos do texto; já no da
interpretação, os aspectos implícitos do texto […]. Para compreender e
interpretar um texto bíblico se faz necessário entender que a Palavra de Deus
foi revelada numa linguagem humana e, por isso, devemos considerar os
princípios interpretativos que esclarece histórico e gramaticalmente os textos
de qualquer natureza” (GABY, Wagner Tadeu; GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas
de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 208, p.5,7).
III – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS QUE EXIGEM UMA
RESPOSTA.
As parábolas de Jesus convocavam homens e
mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão, não apenas com a verdade
revelada através delas, mas, sobretudo, com a pessoa que as ensinava: Jesus. A
finalidade do ensino por parábolas era levar as pessoas a assumirem uma vida
compromissada com Deus, santa, digna. Cada história desafiava os ouvintes a
abandonarem os pecados e a viverem em obediência às Escrituras. Jesus é o
Mestre dos mestres e cada um dos seus ensinamentos deve ser valorizado, honrado
e seguido.
III – AUXÍLIO DIDÁTICO
“A parábola é uma “narração
alegórica que encerra uma doutrina moral” e tem como propósito facilitar a
compreensão de uma mensagem através do compartilhamento de uma história,
fixando assim conceitos essenciais em nossa mente, e isto é possível, uma vez
que a parábola contém sempre uma lição central. Para Champlin ‘parábola’
“indica, literalmente, comparação, e é comumente usada para indicar uma
história breve, um exemplo esclarecedor, que ilustra uma verdade qualquer”.
Assim, a parábola é uma história que objetiva que algo seja claramente
compreendido a partir de uma ilustração com base na situação vivencial da vida
comum. A parábola é diferente de uma fábula e de um mito. Sobre a diferença
existente entre a parábola e a fábula, Champlin destaca que “a fábula é uma
forma de história ilustrativa fictícia e que ensina através da fantasia,
mediante a apresentação de animais que falam ou de objetos animados. A parábola
nem sempre lança mão de histórias verídicas, mas admite a probabilidade,
ensinando mediante ocorrências imaginárias, mas que jamais fogem à realidade
das coisas”. É por isso que seus fechamentos sempre exigem uma resposta prática
dos ouvintes” (GABY, Wagner Tadeu; GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de
Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 208, p.14).
CONCLUSÃO
Sinta-se hoje desafiado a ouvir e a
aplicar as palavras de Jesus em sua vida diária. Seja um discípulo dedicado do
Senhor em casa (no trato com seus familiares), na escola (na relação com seus
colegas e professores), nas redes sociais e, principalmente, na igreja. Abra o
seu coração para aprender mais sobre o Senhor Jesus e sobre o Reino de Deus. As
parábolas de Jesus são vivas e têm muito a nos ensinar. Entenda que cada
parábola é uma convocação de Jesus à uma decisão para o arrependimento e para
vivermos uma vida de fé, esperança e amor.
VAMOS PRATICAR
1. O que é uma parábola?
R. Uma
parábola é uma espécie de comparação, tirada do cotidiano da vida, para
esclarecer outra realidade.
2. Quais os dois objetivos das parábolas
ensinados por Jesus aos discípulos?
R. A
Finalidade de Jesus era esconder a verdade das pessoas satisfeitas consigo
mesmas (as incrédulas) e revelar a verdade às pessoas que tinham fome e sede de
justiça (as que creem).
3. Cite os dois princípios necessários
para se interpretar corretamente uma parábola. São eles:
(1) Considerar o contexto e (2) considerar
o que está na parábola, e não o que foi omitido dela.
4. De acordo com a lição, descubra o erro
na frase abaixo e reescreva-a corretamente: “As parábolas de
Jesus convocam homens e mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão apenas
com a verdade revelada através delas.” “As parábolas de Jesus convocavam homens
e mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão, não apenas com a verdade
revelada através delas, mas, sobretudo, com a pessoa que as ensinava: Jesus.”
PENSE NISSO
Você sabia que Jesus era um
especialista na arte de contar histórias inteligentes? Sem dúvidas Ele era o
melhor! Saiba que essas histórias não eram contadas para entreter a multidão ou
os seguidores de Jesus, mas para desafiá-los a tomarem uma atitude. Preparado
para ser desafiado também? Então, fique atento às palavras de Jesus que estão
na Bíblia e às grandes histórias que vamos estudar nesta revista.