Desde
os tempos da Igreja Primitiva, a evangelização vem sendo um desafio para todos
aqueles que se dispõem a seguir Cristo nos Seus ensinamentos. Levar o Evangelho
às outras pessoas nem sempre c fácil diante das dificuldades impostas pelo
mundo, entretanto o “Ide” de Jesus continua ecoando em todos os quatro cantos
do planeta Terra. E impossível refletir sobre a evangelização e não considerar
o verbo utilizado por Jesus; Sua fala é imperativa, pois convoca todos nós
cristãos a assumirmos essa dimensão da nossa fé, a de anunciarmos o Evangelho
do Reino, sua doutrina e proposta de vida.
Às
vezes, por causa da dureza do coração dos incrédulos, nós nos sentimos
desanimados a evangelizar e costumamos criar várias desculpas, como se elas nos
isentassem da ordem proferida por nosso Senhor. Não há justificativa, por mais
plausível que seja que nos libere deste dever: “Portanto, Ide por todo mundo
pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).
Naturalmente,
as pessoas possuem qualidades, personalidade e habilidades diferentes, porém o
desejo de Deus é que cada um use os seus dons e talentos para levar as Boas
Novas. Na Bíblia, encontramos vários exemplos de personagens que foram usados
por Deus para que muitos viessem a crer no Senhor Jesus, cada um usando o seu
próprio estilo.
Entretanto,
muitos ensinadores têm desenvolvido métodos evangelísticos com o objetivo de
auxiliar àqueles que se dispõem “ir”, àqueles que reconhecem que a ordem do
Mestre é para todos que já aceitaram a fé, indiscriminadamente, doutores,
leigos, ricos ou pobres, jovens ou adultos, a ordem é dada para a Igreja de
Cristo.
1. MÉTODO
DA CONFRONTAÇÃO
Há
o método da confrontação, que é a forma pela qual os cristãos encontram uma
pessoa ou mais e aproveitam a oportunidade para comunicar a Palavra de vida. Em
nosso meio há pessoas que precisam ser confrontadas com as verdades do
Evangelho, seja pessoalmente, através de um diálogo, ou impessoalmente, através
de uma grande cruzada evangelística.
2. MÉTODO
TESTEMUNHAL
O
método testemunhal é aquele em que a pessoa evangeliza falando da obra
realizada por Deus em sua vida, é um testemunho do poder transformador do
Evangelho. A maioria das pessoas tem em mente que o método testemunhal é para
ser usado somente por aqueles que possuem um testemunho dramático ou sensacionalista.
Na realidade, basta haver evidências de transformação de vida, para que um
testemunho seja eficiente, e se algum cristão não consegue ver o que Deus fez e
faz em sua vida, algum problema há.
3. MÉTODO
ASSISTENCIAL
Há
um método do qual gosto muito, é o assistencial. E aquele que leva as Boas
Novas através de alguma obra de ação social, seja abrigando crianças de rua,
distribuindo alimentos e roupas aos carentes, etc. Este método busca infiltrar
o Evangelho na comunidade suprindo suas necessidades, tanto físicas quanto
materiais e espirituais, comunicando assim a misericórdia do Senhor.
4. MÉTODO
COMPORTAMENTAL
Há
ainda um último método que gostaria de citar, que é o comportamental. Como o
próprio nome diz, este método de evangelização baseia-se no relacionamento
entre cristãos e não-cristãos. E desenvolvido através da amizade sincera e
desinteressada do cristão. Consequentemente essa amizade desperta uma
curiosidade no não-cristão quanto ao modo de viver, padrões, conduta, razões e
motivações essenciais do estilo de vida do cristão. O amigo é atraído a Jesus
mediante a admiração que ele passa a nutrir pela conduta diferenciada que o
cristão apresenta, pelo andar santo e atitudes irrepreensíveis.
Entretanto,
o melhor exemplo de evangelismo ainda é o da Igreja em Jerusalém, a Igreja
Primitiva, formada por pessoas interessadas pelo seu crescimento quantitativo e
qualitativo. Seus líderes tinham sido treinados pelo próprio Jesus e a
consciência do papel da igreja era clara e notória. “Pois me é imposta essa
obrigação; e ai de mim, se não anunciar o Evangelho!”, disse Paulo.
Recentemente,
num diálogo com um dos pioneiros das Assembleias de Deus no Brasil (permitam-me
citar o nome deste baluarte da evangelização na Bahia, pastor João Evangelista
de Jesus, com 63 anos de pastoreio), ele declarou que, até a década de 1970,
aproximadamente duas pessoas ganhavam 14 para Cristo, por ano; e após a década
citada, 14 pessoas passaram a ganhar apenas duas para Cristo. O alvo para
aquela década era chegar aos 100 anos de fundação da Assembleia de Deus no
Brasil com 50 milhões de membros. O que aconteceu dos anos 1980 até os atuais?
Fracassou o evangelismo no estilo ensinado no Novo Testamento, ou será que não
tem sido praticado como Jesus ensinou, “em tempo e fora de tempo”?
Sabemos
que muitas coisas mudaram, o mundo mudou, as pessoas mudaram, mas não podemos
esquecer que o propósito de Deus com relação ao evangelismo continua o mesmo: é
o mundo todo e a toda criatura. Esta ainda é uma tarefa inacabada, quase metade
do mundo ainda não ouviu falar de Jesus e o mais triste é constatarmos que a
todo instante alguém desce à sepultura sem paz, sem Deus e sem salvação.
A
cada minuto, 147 pessoas deixam esta vida. Morrem 211.680 pessoas todos os dias
ao redor do mundo. A morte é uma urgência! Foi esta urgência que impeliu homens
como Hudson Taylor a pregar o Evangelho com tanto fervor.
A
evangelização é uma ordem soberana e absoluta do Senhor da Igreja à Sua igreja.
Não evangelizar é um grave pecado de desobediência a um mandamento explícito de
Jesus. Portanto, não é uma opção, é um mandamento. Ela não está apenas ao
alcance de alguns, mas, sim ao alcance de todos aqueles que já foram
alcançados. Não é tarefa pra ser realizada quando o tempo for propício, quando
estiver de férias ou quando não tiver mais nada para fazer. E preciso um
comprometimento individual e uma profunda consciência do chamado de Deus para
cada um.
Jesus
lançou sobre nós a responsabilidade de anunciá-lo perante os homens. Ele pediu
que o proclamássemos, ordenou que fôssemos suas testemunhas. Um crente que não
divulga o Evangelho está fugindo de sua responsabilidade perante Deus (Mt
28.18-20).
Evangelizar,
portanto, é a mais nobre de todas as missões da Terra. Anunciamos ao mundo a
mais importante mensagem, a mais urgente, a mais necessária, da parte da pessoa
mais importante do universo. A evangelização é uma tarefa de consequências
eternas. Tudo o que fizermos aqui em favor dos perdidos Deus nos recompensará.
No livro do profeta Daniel está escrito que os que conduziram outros à justiça
e contribuíram para a propagação do Evangelho irão brilhar como o Sol por todo
o sempre (Dn 12.3).
O
meu incentivo é o mesmo do apóstolo Paulo aos cristãos é que usem de todos os
meios que estiverem ao alcance para efetivamente e sem comprometimento da
integridade da mensagem, apresentem o Evangelho aos não-cristãos (Rm 11.13-14; 1Co
9.19), quer ouçam ou deixem de ouvir. Assim como a atalaia de Israel deveria
anunciar o perigo iminente, deveria anunciar a verdade, mas não sabia se os
ouvintes seriam salvos ou não da aflição, nós também devemos fazer o mesmo.
Lembremo-nos de que, no caso de omissão de nossa parte, Deus pedirá contas.
Caso cumpramos nossa missão, ainda que o ouvinte não creia, estaremos livres de
qualquer reprovação por parte do justo Juiz.
Entretanto,
a nossa responsabilidade vai além de pregar. A grande ênfase do texto de Mateus
28.19 é o fazer discípulos em todas as etnias. Se observarmos no Evangelho
veremos que Jesus liberta e inclui como seguidores todos os grupamentos
humanos. Não seremos verdadeiros evangelizadores enquanto não soubermos incluir
os “não nós”.
Artigo:
Pr. Gregg Ferreira | Disponível em: Subsídios Dominical
DICAS
DE CURSOS BÍBLICOS