✍Lições
Bíblicas Dominical Adultos – 2°
Trimestre de 2022 CPAD
✍Título: OS VALORES DO REINO DE
DEUS.
A relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo
✍Comentarista: Pr. Osiel Gomes
✍Editora: Casa Publicadora das Assembleias de Deus
✍Revista do professor
📚 TEXTO ÁUREO
“Sede, pois,
misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.” (Lc 6.36)
💡 VERDADE PRÁTICA
Quando
julgamos as pessoas, nos colocamos em uma posição que não compete a nós, seres
imperfeitos e falhos.
⏰
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
- Mc 4.24
Cuidado
com a medida que você julga o outro
Terça
- Lc 6.37
Não
julgue
Quarta
- Lc 6.38
"Com
a mesma medida com que medirdes também vos medirão"
Quinta
- Lc 6.41
Não
atentes no argueiro que está no olho do seu irmão
Sexta
- Lc 6.42
Tire
primeiro a trave do seu olho
Sábado
- Rm 2.1
Você
é imperdoável quando julga alguém
📖 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 7.1-6
1
- Não julgueis, para que não sejais julgados,
2
- porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que
tiverdes medido vos hão de medir a vós.
3
- E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a
trave que está no teu olho?
4
- Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma
trave no teu?
5
- Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o
argueiro do olho do teu irmão.
6
- Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas;
para que não as pisem e, voltando-se, vos despedacem.
🎵 HINOS SUGERIDOS 🎵
Hinos
Sugeridos: 134, 334, 568 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
As Escrituras Sagradas revelam que devemos ter cuidado com a
medida com que julgamos o outro. Não cabe a nós nenhum tipo de julgamento, pois
quando julgamos as pessoas nos colocamos em uma posição que não compete a nós,
seres imperfeitos e falhos. Antes de fazer qualquer tipo de julgamento, faça
uma autoavaliação. Observe se não existe nenhuma trave em seus olhos. Quando
julgamos alguém nos tornamos imperdoável, por isso esteja atento (Rm 2.1).
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Compreender que não devemos julgar
precipitadamente o outro;
II) Conscientizar de que devemos
primeiramente olhar para nós mesmos;
III) Afirmar que não somos julgados pelo severidade
de Deus.
B) Motivação: Como você encara as falhas dos outros? Você também
se reconhece um pecador? Compete a nós, seres imperfeitos e falhos, nos
colocarmos em uma posição de julgamento? Você tem feito uma autoavaliação
diariamente?
C) Sugestão de Método: Sugerimos que enriqueça a aula por meio
de perguntas que contribuam para uma reflexão a respeito de sermos cautelosos
nas nossas opiniões. Explique que somente Deus conhece os corações, por isso
somente Ele tem condições de fazer um julgamento de forma justa.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Sugerimos que ao final da aula, você faça um
momento de reflexão a respeito da maneira como temos conduzido as nossas
atitudes. Ore com os alunos e peça a Deus que ao invés de julgarmos o nosso
próximo venhamos primeiro a examinar as nossas atitudes e palavras. À luz do
texto bíblico estudado em classe, leve os alunos meditarem a respeito de
primeiro julgar a si mesmo e só então, depois, amorosamente perdoar e ajudar aqueles
estão próximos de nós.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer
essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à
Lições Bíblicas. Na edição 89, p.41, você encontrará um subsídio especial para
esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você
encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto "Não julgar ou ser julgado", localizado ao
final do primeiro tópico, é uma reflexão extraída do Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento a respeito de julgar e ser julgado;
2) O texto "Não Julgueis", do teólogo Lawrence O.
Richards, localizado ao final do segundo tópico, traz uma proposta de aplicação
a respeito do impacto que o ensino de Jesus pode trazer para a vida cristã.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, veremos que no Sermão do Monte, Jesus ensinou a respeito do julgamento
do próximo. O Mestre foi bem enfático ao declarar: “Não julgueis, e não sereis
julgados (Lc 6.37).” Somente o Senhor, que é conhecedor de todas as coisas, tem
autoridade para julgar suas criaturas. Deus é o justo juiz e toda avaliação
pertence somente a Ele (2 Tm 4.8). Por isso, o crente cheio do Espírito Santo é
misericordioso, não julga os outros precipitadamente e procura viver como “sal”
e “luz” do mundo
PALAVRA-CHAVE
Cautela
I – NÃO DEVEMOS JULGAR O OUTRO
1.
Aprendendo a se relacionar com os outros.
A
Igreja é o Corpo de Cristo, formada por santos, porém humanos, imperfeitos e
com dificuldades nos relacionamentos, por isso estamos sujeitos a enfrentar
contendas e disputas (1 Co 1.11,12). Tal
verdade nos mostra que Jesus não espera do crente perfeição. Contudo, Ele exige
que os súditos do seu Reino sejam éticos e misericordiosos: “Sede, pois,
misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6.36). O Sermão do
Monte é o código de ética dos servos de Deus, mostrando como devemos agir ou
nos comportar diante de uma ação errada do nosso irmão.
2.
Ninguém deve ser julgado?
Será
que o crente não pode emitir nenhum tipo de julgamento, parecer ou opinião? Se
fosse assim, nosso Senhor contrariaria seu próprio ensino presente no texto,
pois nos alertou que devemos atentar para algumas pessoas que procedem como
cães e porcos (Mt 7.6), além de Ele mesmo julgar o procedimento hipócrita de escribas
e fariseus (Mt 5.20;6 2.5,16), e Paulo fazer julgamento dos cristãos de Corinto
e de outras igrejas (1 Co 5.12; 1 Ts 2.14,15; 1 Jo 4.1). Essas passagens
bíblicas mostram que o julgamento envolvendo uma pessoa não pode ser
desprezado, porém, é preciso ter em mente que não somos Jesus, o qual tinha
conhecimento pleno da natureza humana (Jo 2.24,25).
3.
O julgamento defendido por Jesus.
Quando
Jesus disse: “Não julgueis”, Ele usou o verbo krinô, que no grego significa
decidir, escolher, aprovar, estimar e preferir. Ele queria ensinar que não
podemos julgar alguém tão somente baseado em nossas observações ou pela
aparência pessoal. O próprio Senhor Jesus foi julgado pelos escribas e fariseus
por comer com pecadores (Lc 5.30). Eles estavam errados porque a missão de
Jesus era chamar os pecadores ao arrependimento (Lc 5.32).
As
Escrituras Sagradas nos ensinam a não julgarmos como também não admitir falso
rumor e a testemunhar falsamente contra alguém (Êx 23.1).
SINÓPSE
I
No
Sermão do Monte Jesus deixa claro que não devemos julgar o outro.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
Não
Julgar ou Ser Julgado (Mt 7.1-5)
“Esta passagem é uma das declarações de Jesus mais equivocadamente
interpretadas e erroneamente citadas. Sempre que a pessoa quer criticar sobre
atitudes, ações ou estilo de vida de alguém, objeções são encontradas na ordem:
‘Não julgueis’. Obviamente não é o que Jesus pretendia aqui. Ele espera que
julgamentos de valor sejam feitos, que o certo e o errado sejam identificados e
que o digno e o indigno sejam discernidos, como vemos nos versículos seguintes
(v.6). O discípulo deve poder ver a falta do irmão de forma que tal pessoa seja
trazida a uma correção gentil, mas firme (cf. Mt 18.15-17). Jesus nunca disse
que o bem e o mal são ideias relativas determinadas por cada pessoa. A tradição
profética pede discernimento e correção. A oferta de Deus de perdão não envolve
libertinagem impenitente” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.)
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.59,60).
II – DEVEMOS PRIMEIRAMENTE OLHAR PARA NÓS
MESMOS
1.
Cuidado com o juízo exagerado sobre os outros.
Pessoas
que emitem juízos impensados e infundados a respeito de outros, podem estar
tentando esconder seus próprios erros. Podemos ver que tal fato na vida do rei
Davi quando cometeu um adultério e um homicídio. Para mostrar a Davi as suas
iniquidades, o profeta Natã contou a história de um viajante que matou a única
ovelha de um homem pobre (2 Sm 12.1-7). Sem analisar bem a história e estando
com sua consciência cauterizada pelo pecado, Davi prontamente declarou a sua
sentença: “[...] digno de morte é o homem que fez isso” (2 Sm 12.5). Foi fácil
para Davi enxergar o pecado do outro e considerá-lo horrível, mas ele não
pensou no seu, ou seja, não reparou a trave que estava nos seus olhos (Mt 7.3).
Muitas vezes, de modo errôneo, procuramos falhas nos outros e os sentenciamos,
mas ignoramos ou fazemos vista grossa em relação às nossas próprias falhas,
que, por vezes, são mais graves do que as que outra pessoa está cometendo.
2.
A inconsistência dos que possuem espírito de crítica.
Aqueles
que possuem o espírito mórbido da crítica irão incorrer em graves
consequências, é o que Jesus ensina em Mateus 7.2. Para os críticos que não
conseguem ver as manchas corrosivas em suas vidas, Jesus disse: “Aquele que
dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (Jo
8.7). Os escribas e fariseus eram peritos em julgar os outros, eram
autoconfiantes e justos aos seus próprios olhos (Lc 18.9). Por isso, foram
duramente repreendidos pelo Senhor Jesus. Somente o Espírito Santo pode
transformar o nosso homem interior, afastando de nós todo desejo de julgamento
ou crítica.
Precisamos
seguir a recomendação de Paulo:
“Examine-se,
pois o homem a si mesmo [...]” (1 Co 11.28).
3.
O que fazer para não julgarmos precipitadamente os outros? Primeiro é preciso ter consciência de que
temos falhas e imperfeições, embora não tenhamos mais prazer no erro. Em
segundo lugar, precisamos nos relacionar com as pessoas com o mesmo amor que um
dia Jesus Cristo teve para conosco (Jo 3.16), pois “o amor não faz mal ao
próximo” (Rm 13.10). Terceiro, não podemos nos esquecer de que fomos alcançados
pela graça e precisamos tratar a todos com o mesmo favor imerecido que
recebemos (Ef 2.8,9). Então, ao invés de julgar, que venhamos orar por aqueles
que pecaram, pedindo ao Senhor que lhes conceda um novo recomeço, pois temos um
Deus que é bom e misericordioso.
SINÓPSE
II
Antes
de emitir qualquer juízo de valor a respeito do próximo, devemos,
primeiramente, olhar para nós mesmo.
AUXÍLIO VIDA
CRISTÃ
“Não
julgueis
Como o relacionamento de cada cristão com Deus é ‘secreto’, não
temos nenhuma base para julgar os motivos ou as convicções dos outros, nem
mesmo seus fracassos e suas fraquezas. Se desejarmos ser críticos, devemos ser
críticos de nós mesmos.
Existe uma diferença entre essa advertência, e o chamado de
Paulo para a igreja disciplinar os pecadores (1 Co 5.1-12). Quando um crente
insiste em um comportamento que a Bíblia claramente identifica como sendo
pecado, devemos concordar com as Escrituras e punir. Neste caso, nós não
julgamos, mas concordamos com o julgamento da Palavra de Deus.
Jesus estava falando, no texto de Mateus, sobre um espírito de
crítica, ou uma arrogância que nos leva a supor que temos o direito de julgar o
coração dos outros” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia.
2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.560).
III – E SE FÔSSEMOS JULGADOS PELA
SEVERIDADE DE DEUS
1.
Deus é severo?
O
apóstolo Paulo diz que devemos considerar a bondade e a severidade do Senhor
(Rm 11.22). A bondade de Deus é revelada por intermédio da salvação em Jesus
Cristo. No que tange à sua severidade, ela é empregada para com aqueles que pecam
deliberadamente e não se arrependem dos seus pecados (Rm 3.23).
2.
Como Deus nos julga?
O
Todo-Poderoso não é um ser que está lá no céu desejando agir brutalmente, que
descarrega sua ira aleatoriamente. É preciso compreender que no relacionamento
com as suas criaturas, Ele age com retidão e justiça (Is 45.21; 2 Tm 4.8). O
crente deve ser consciente de que Deus é justo, estabeleceu um governo moral no
mundo e disponibilizou suas leis para serem praticadas. Quando as leis divinas
são observadas pelos seus filhos, Deus os recompensa, mas quando elas são
quebradas, há consequências e sanções (Dt 7.9,12). O julgamento do Senhor não é
feito pela aparência dos fatos, pois Ele conhece o mais profundo do nosso
coração e intenções.
3.
O exemplo da justiça de Deus na vida de Davi.
Davi
era um homem segundo o coração de Deus (At 13.22), porém, ao pecar contra o
Senhor e o próximo, ele experimentou a justiça divina. Embora amasse seu servo, o Todo-Poderoso não
o isentou da punição. Deus é um Pai amoroso, mas também é justo e não tem por
inocente o pecador: “Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a
iniquidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente
[...]” (Êx 34.7).
A
severidade divina é para aqueles que não vivem segundo a sua Palavra, que
escondem os seus pecados, mas a sua bondade e cuidado alcançam àqueles que
confessam e deixam seus pecados, procurando expressar a verdadeira justiça de
Cristo. Portanto, “considera, pois, a bondade e a severidade de Deus” (Rm
11.22).
SINÓPSE
III
Deus
julga os seus filhos com bondade e graça. O que seria de nós se o Todo-Poderoso
nos julgasse segundo a sua severidade.
CONCLUSÃO
Devemos
seguir a recomendação do Mestre para não julgar precipitadamente o próximo. Não
devemos tomar a posição de juiz contra ninguém e muito menos julgar uma pessoa
apenas por sua aparência exterior. Quando formos fazer alguma avaliação a
respeito das atitudes de alguém, devemos fazê-lo de modo criterioso, sensato e
lúcido, evitando toda forma de precipitação.
REVISANDO O CONTEÚDO
1.
De acordo com a lição, o que Jesus exige de seus súditos?
Jesus
exige que os súditos do seu Reino sejam éticos e misericordiosos (Lc 6.36).
2.
Qual o significado do verbo krinô?
Significa
decidir, escolher, aprovar, estimar e preferir.
3.
Quem julgou ao Senhor Jesus por comer com pecadores?
Os
escribas e os fariseus.
4.
A quem a severidade de Deus é empregada?
Ela
é empregada para com aqueles que pecam deliberadamente e não se arrependem dos
seus pecados.
5.
Segundo a lição, a respeito de quê o crente deve ser consciente?
O
crente deve ser consciente de que Deus é justo, estabeleceu um governo moral no
mundo e disponibilizou suas leis para serem praticadas.