Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição 09 Orando e jejuando como Jesus ensinou
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✍Lições
Bíblicas Dominical Adultos – 2°
Trimestre de 2022 CPAD
✍Título:OS VALORES DO REINO DE
DEUS.
A relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo
✍Comentarista: Pr. Osiel Gomes
✍Editora: Casa Publicadora das Assembleias de Deus
📚TEXTO ÁUREO
“[...] Disse o
Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.”
(At 13.2,3)
💡VERDADE PRÁTICA
A
oração e o jejum são disciplinas espirituais que potencializam sensivelmente a
vida piedosa do crente.
⏰LEITURA
DIÁRIA
Segunda
- 1 Rs 8.47; Ne 1.6; Dn 9.3-15
A
oração em forma de verdadeira confissão
Terça
- Sl 45.1.8; Mt 14.33; Ap 4.11
A
oração em forma de verdadeira adoração
Quarta
- Êx 15.20,21; 2 Sm 23.1-7
A
oração em forma de verdadeiras ações de graças
Quinta
- Mt 6.5,6
A
oração do cristão deve ser humilde e discreta
Sexta
- Lc 2.37; At 13.2,3
Oração
e Jejum: uma combinação divina
Sábado
- 2 Co 6.5; 11.27
O jejum como um
ato deliberado e voluntário
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 6.5-18
5 - E, quando
orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas
sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade
vos digo que já receberam o seu galardão.
6 - Mas tu, quando
orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o
que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
7 - E, orando, não
useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem,
serão ouvidos.
8 - Não vos
assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes
de vós lho pedirdes.
9 - Portanto, vós
orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
10 - Venha o teu
Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.
11 - O pão nosso
de cada dia dá-nos hoje.
12 - Perdoa-nos as
nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
13 - E não nos
induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a
glória, para sempre. Amém!
14 - Porque, se
perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará
a vós.
15 - Se, porém,
não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as
vossas ofensas.
16 - E, quando
jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram
o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já
receberam o seu galardão.
17 - Porém tu,
quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto,
18 - para não
pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai,
que vê o que está oculto, te recompensará.
Hinos Sugeridos: 33, 77, 577 da Harpa
Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O Senhor
Jesus ensinou largamente a respeito da oração e jejum. Nesse sentido, a Palavra
de Deus tem orientação de como orar e jejuar, o que significa que quando
executamos essas duas práticas piedosas, de acordo com o que Jesus ensinou,
temos a certeza de que Deus não estará indiferente às aspirações da alma, isto
é, às nossas orações. Perseveremos na oração e no jejum!
2. APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da
Lição:
I)
Conceituar a oração como um diálogo com o Pai;
II)
Explicar a oração que Jesus ensinou;
III)
Relacionar oração e jejum.
B) Motivação:
Além de ser um
instrumento de relacionamento com Deus, a oração também nos dá a oportunidade
de ajudar outras pessoas por meio da intercessão. O jejum, além de ser uma
ferramenta em tempos de batalhas, nos ensina a autodisciplina.
C) Sugestão de
Método:
Estamos na lição
9. Sugerimos uma revisão dos temas que estudamos até aqui antes de iniciar o
presente estudo. Passamos por muitos temas até aqui: conceito do Sermão do
Monte; influência cristã; a relação de Jesus e a Lei; o Casamento; a
Retribuição; a virtude de ser verdadeiro. Mostre que o Sermão do Monte forma o
nosso caráter.
3. CONCLUSÃO DA
LIÇÃO
A) Aplicação:
Após estudar a
presente lição, desafie a classe para a prática da oração e do jejum. Proponha
uma sugestão de temas de oração para os alunos orarem. Se houver algo difícil
que esteja acontecendo na vida de um aluno, proponha um dia de jejum por aquela
vida ou pela classe, se esse for o caso. Oremos e jejuemos!
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista
Ensinador Cristão.
Vale a pena
conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de
apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.40, você encontrará um subsídio
especial para esta lição.
B) Auxílios
Especiais:
Ao final da dos
tópicos, você encontrará dois auxílios que darão suporte na preparação de sua
aula: 1) O texto "E, orando", localizado ao final do segundo tópico é
uma reflexão ampliada a respeito da oração; 2) O texto "Quando
Jejuardes...", ao final do terceiro tópico, traz uma proposta de aplicação
a respeito da importância do perfeito entendimento da prática do Jejum segundo
o ensinamento revelado pelo Senhor Jesus Cristo no texto do Sermão do Monte.
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
aprenderemos acerca da oração conforme ensinada por Jesus Cristo, bem como as
lições espirituais do jejum. O Divino Salvador nos assegura que, orando e
jejuando ao Pai em secreto, Ele não estará indiferente às aspirações da alma,
isto é, às nossas orações. Contudo, é imprescindível que a oração e o jejum
sejam realizados da maneira que Jesus ensinou. Por isso, estudaremos o modelo
verdadeiro de oração e jejum ensinado pelo Senhor Jesus no Sermão do Monte.
PALAVRA-CHAVE
Oração
I – A ORAÇÃO É UM DIÁLOGO COM O PAI
1. A natureza da
oração.
Podemos dizer que
a oração é o diálogo da alma com Deus, a qual aparece na Bíblia Sagrada em
diversas formas como confissão (1 Rs 8.47; Ne 1.6; Dn 9.3-15), adoração (Sl
45.1,8; Mt 14.33; Ap 4.11), comunhão (Gn 18.33; Êx 25.22; 31.18), ações de
graças, feito de modo belo por Miriã (Êx 15.20,21), Débora (Jz 5) e Davi (2 Sm
23.1-7). No Novo Testamento, Paulo exortou os cristãos a fazerem sempre esse
tipo de oração (Fp 4.6; Cl 4.2; Ef 5.20).
Pelo exposto, e em
primeiro lugar, o que deve marcar prioritariamente nossas orações é a busca da
glorificação do Pai (Mt 6.9). Mas também devemos pedir, suplicar e perseverar
em nosso pedido, como Daniel (Dn 6.10) e a mulher siro-fenícia fizeram (Mt 15.21-28).
Há resposta de Deus para quem o busca incessantemente (Lc 18.1-8), conforme o
apóstolo Paulo nos incentiva a fazer (Ef 6.18; 1 Tm 2.1,2). Finalmente, podemos
ainda pontuar a oração intercessória com o exemplo de Samuel (1 Sm 12.23), bem
como o da Igreja Primitiva (At 12.5).
2. Como os homens
de Deus viam a oração?
A Bíblia nos
incentiva a orar porque há poder nesse maravilhoso recurso espiritual, o qual
não podemos desprezar. Logo que lemos a Bíblia, percebemos que a oração é
apresentada como uma ordem (Lc 18.1; 1 Ts 5.17; 1 Tm 2.8). No Antigo
Testamento, por exemplo, Esdras via a oração como um recurso mais poderoso que
o exército do rei Artaxerxes (Ed 8.21-23). No Novo Testamento, o Senhor Jesus
tinha a oração como tão necessária quanto o sono e o alimento (Mt 4.2; Lc 6.12;
Mc 1.35); e os apóstolos também perseveravam em oração (At 6.4).
3. A maneira de
orar.
A Bíblia nos
ensina que a oração tem um interlocutor direto: “Portanto, vós orareis assim:
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (Mt 6.9). Por isso,
não podemos orar de qualquer maneira. É preciso ter a mesma atitude dos
discípulos a respeito da forma de orar: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11.1).
E a Palavra de Deus nos ensina a respeito da maneira de orar:
a) A quem a oração
dever ser dirigida?
A oração deve ser
dirigida a Deus Pai em nome de seu Filho, Jesus Cristo (Ne 4.9; Jo 16.23,24).
b) A postura do
corpo na oração.
Não há uma
exigência específica na Bíblia a respeito da postura do crente no ato da
oração, pois as Escrituras revelam formas diversas de orar: em pé, deitado,
prostrado, assentado, andando, de joelhos, com as mãos estendidas etc (Is 38.2;
1 Rs 8.54).
c) O horário da
oração.
Ter um horário
regular para falar com Deus é bíblico e bom (Sl 55.17; Dn 6.10; At 3.1), mas a
Bíblia também diz que devemos orar sempre (Lc 18.1; Ef 6.18).
d) O lugar da
oração.
Jesus disse que
podemos orar secretamente em nosso aposento (Mt 6.6) ou noutro lugar solitário
(Mc 1.35). A ideia é de intimidade, de momentos a sós com Deus. O apóstolo
Paulo diz que podemos orar em todo lugar (1 Tm 2.8).
e) O decoro na
oração.
O decoro diz
respeito à sinceridade, decência e reverência no ato de orar (At 2.1,2).
f) O estado do
coração na oração.
Se o coração
estiver transformado e cheio da Palavra de Deus, nossa oração será ouvida (Jo
15.7).
SINÓPSE I
Na oração devemos glorificar a Deus e
suplicar ao Senhor a respeito de nossas dificuldades.
II – A ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU
1. Jesus não
condenou a oração em público.
No texto bíblico
em estudo, o Senhor Jesus não condenou a oração pública, visto que pelo aspecto
bíblico ela é aceitável e recomendada (2 Cr 6.12-42; At 4.24-31). O que Jesus
condena é a oração, quer individual, quer coletiva, dominada pelo espírito de
exibição, ostentação, cuja intenção do “orador” é ser visto e louvado pelos
homens, o que os hipócritas fariseus buscavam (Mt 6.5; Lc 18.9-14).
Um cristão transformado por Jesus anda em sinceridade com Cristo,
não busca glória para si e age com humildade.
2. Jesus quer que
sejamos discretos.
As expressões
“entra no teu aposento” e “fechando a tua porta” (Mt 6.6) não significam que
devemos ter um quarto só para a oração. É claro que podemos fazer de algum
cômodo de nossa casa um local particular para falarmos com o Pai. Contudo, no ensino
de Cristo em Mateus 6.5,6, sua ênfase não é o lugar, mas a atitude de quem ora.
Esse lugar secreto traz o sentido de que quem tem a mente e coração
transformados orará a Deus de modo humilde e sincero, sem buscar o aplauso dos
homens. Para o cristão, o lugar secreto
é visto como especial a fim de se afastar do mundo e estar sozinho com Deus.
Ele sabe que a sua recompensa não vem de homens, mas do Pai que está nos céus.
3. Não useis de
vãs repetições nas orações.
Quando a oração é
balbuciada apenas em palavras vazias perde o foco, que é Deus, e se firma nas
vãs repetições. Sobre esse assunto, Cristo novamente combate os escribas, os
quais faziam longas orações (Mc 12.40; Lc 20.47). Não é verdade que o Senhor
desprezava longos períodos de oração, pois na Bíblia encontramos esse tipo de
oração (2 Cr 6.14-42; Ne 9; Sl 18); mas o que Ele contraria aqui é a atitude de
alguém achar que quanto mais fizer barulho, Deus lhe ouvirá. Esse procedimento
era peculiar dos pagãos, como bem se observa no caso dos profetas de Baal (1 Rs
18.25-29). Ora, na Bíblia encontramos orações curtas feitas pelos homens de
Deus, com verdadeiro sentimento, e que foram respondidas prontamente, como por
exemplo: Salomão (1 Rs 3.6-12); Ezequias (2 Rs 19.14-20). Oração que tem
repetição, mas que não envolve futilidade, mecanicismo, tem seu valor e é
aceitável, pois assim Jesus orou (Mt 26.36-46). Quando entregamos tudo nas mãos
de Deus em oração sincera e humilde, Ele cuida de nós.
SINÓPSE II
O Senhor Jesus não condena a oração
pública. Entretanto, a oração deve apresentar discrição em sua prática, bem
como não ser conduzida por vãs repetições.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“E, orando (Mt
6.7-13).Jesus não deu aos seus discípulos o que chamamos de Oração do Senhor
para que nós a repetíssemos juntos quando nos reuníssemos na igreja. Ele a
ensinou como um modelo, mostrando como cada um de nós deve orar ‘em segredo’.
Isso não quer dizer, é claro, que não devamos usá-la na igreja.
O que
isso significa é que precisamos explorar a oração padrão para discernir o que
ela ensina, a você e a mim, sobre o desenvolvimento de um relacionamento
“secreto” mais profundo com o nosso Deus. O desafio para explorar o significado
é claro na comparação de Cristo com os pagãos, ‘que pensam que, por muito
falarem, serão ouvi- que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos” por
causa de suas “vãs repetições’ (v. 7).
Deus
deseja que compreendamos a natureza da oração, e que dotemos a nossa oração de
significado” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. 2.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2013, p.560).
III – ORAÇÃO E JEJUM
1.
Oração e jejum: uma combinação perfeita.
Em
inúmeras passagens bíblicas podemos notar que a oração e o jejum estão bem
combinados (1 Sm 7.5,6; 2 Cr 20.3,5; Ed 8.21-23; Ne 1.4; 9.1; Lc 2.37; At
13.2,3). Por meio das Escrituras, podemos dizer que a oração e o jejum são vistos como atos que
revelam disciplina, autonegação e humilhação, e mostram também dependência
total de Deus em momentos mais extremos, quando precisamos buscá-lo para
resolver um problema específico ou receber uma determinada orientação.
2. O aspecto
bíblico sobre o jejum.
Na Bíblia, há três
eventos que caracterizam a necessidade do jejum: o ato de humilhar-se, que, por
meio da confissão, acontecia por causa da tristeza do pecado (Dt 9.18; Jn 3.5);
o da lamentação, fosse por causa de um mal sofrido, fosse por alguma praga, uma
derrota sofrida em uma batalha ou uma ameaça (Jz 20.26; Ne 1.4; Et 4.3); e o evento espiritual de
grande concentração de fiéis, como no caso do envio de missionários e a escolha
de homens para obra (At 13.2,3; 14.23).
Pela Lei Mosaica
havia um jejum anual, no dia da expiação (Lv 16.29-34; Nm 29.7-11; At 27.9).
Essa prática se multiplicou em diversas formas: do nascer ao pôr do sol (Jz
20.26); jejum de sete dias (1 Sm 31.13); de três semanas (Dn 10.3); de quarenta
dias (Êx 34.2,28; 1 Rs 19.8); nos meses quinto e sétimo (Zc 7.5). Diante disso,
os judeus decidiram jejuar duas vezes por semana, que se tornou uma prática
degenerada por causa do orgulho, como no caso dos fariseus (Lc 18.12).
Entretanto, o Senhor Jesus não estabeleceu dias fixos sobre o jejum. Ele jejuou
de modo espontâneo, tendo como objetivo principal estar mais preparado e
sensível à missão para a qual fora enviado pelo Pai (Mt 4.2), jamais por mera
tradição.
3. O ensino de
Jesus sobre o jejum.
Segundo o Sermão
do Monte, entendemos que a prática do jejum é livre, um ato voluntário,
espontâneo, isso porque deve nascer do desejo genuíno da alma com motivos
especiais, quer seja diante do perigo, quer seja diante da tristeza ou da
tentação (Mt 9.14,15). No texto de Mateus 6.16-18, o ensino do jejum também é a
respeito da humildade e descrição na prática. Para jejuar não é preciso
desfigurar o rosto e ostentar espiritualidade, pois nosso Senhor ensina: “unge
a cabeça e lava o rosto” (Mt 6.17). Assim como a oferta e a oração, o jejum não
pode ser usado para atrair os olhares humanos, pois trata-se de uma prática
piedosa diante do Pai. Toda prática verdadeiramente piedosa busca a glória de
Deus.
SINÓPSE III
A oração e jejum são duas disciplinas que
se combinam perfeitamente.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“Quando jejuardes,
não vos mostreis contristados (6.16).
Somente
um dia de jejum é ordenado no Antigo Testamento, o Dia da Expiação (Lv
16.29-31; 23.27-32). Ainda assim, o jejum fazia parte da vida social e
religiosa de Israel. Os indivíduos e grupos jejuavam como um sinal de humildade
e confissão (Sl 35.13; Is 58.3, 5; Dn 9.2-19; Jn 3.5), ou como indicação de
desespero na oração (2 Sm 1.12; Ed 8.21-23; Et 4.16). Depois do exílio na
Babilônia, foram introduzidos jejuns comemorativos (Zc 7.3-5; 8.19). Na época
de Jesus, os fariseus jejuavam voluntariamente duas vezes por semana (Lc
18.12), todas as segundas-feiras e quintas-feiras. No entanto, muitos dos que
jejuavam asseguravam-se de que os demais soubessem que eles estavam realizando
este ato devoto, assumindo uma atitude abatida, pulverizando cinzas sobre as
suas cabeças ou deixando de lavar e de ungir os cabelos. [...] Mas tudo isto é
inútil. [...] [Jesus] Ele simplesmente está nos lembrando de que quando uma
pessoa jejua, ela deve fazer isso como um ato de adoração e não para a sua
auto-promoção. Este é um bom princípio para aplicar em todas as nossas
atividades ‘religiosas’. O que quer que façamos, deve ser motivado por um
desejo de agradar a Deus e não pela preocupação com o que os outros pensarão de
nós” (RICHARDS, , Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.32).
CONCLUSÃO
O cristão que
conhece a Palavra de Deus sabe da importância da oração e do jejum como
exercícios espirituais (1 Tm 4.8). Pela prática de ambos, o crente estará mais
sensível ao Espírito Santo, de modo que sua realização traz constantes
benefícios para a nossa vida espiritual, especialmente diante de um mundo
materialista e utilitarista.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Segundo a
lição, o que é oração?
A oração é o
diálogo da alma com Deus.
2. Por que a
Bíblia nos incentiva a orar?
A Bíblia nos
incentiva a orar porque há poder nesse maravilhoso recurso espiritual, o qual
não podemos desprezar.
3. Em relação à
oração, o que Jesus condena?
O que Jesus
condena é a oração, quer individual, no templo ou na rua, dominada pelo
espírito de exibição, ostentação, cuja intenção é ser visto e louvado pelos
homens.
4. O Senhor Jesus
condenou períodos longos de oração? Justifique.
Não é verdade que
o Senhor desprezava longos períodos de oração, pois na Bíblia encontramos esse
tipo de oração (2 Cr 6.14-42; Ne 9; Sl 18); mas o que Ele contraria aqui é a
atitude de alguém achar que quanto mais fizer barulho, Deus lhe ouvirá.
5. Cite os três
eventos que justificam o jejum segundo a lição.
Na Bíblia, há três
eventos que caracterizam a necessidade do jejum: o ato de humilhar-se, que, por
meio da confissão, acontecia por causa da tristeza do pecado (Dt 9.18; Jn 3.5);
o da lamentação, fosse por causa de um mal sofrido ou de alguma praga que
viria, uma derrota sofrida em uma batalha ou uma ameaça (Jz 20.26; Ne 1.4; Et 4.3); e o evento espiritual de
grande concentração de fiéis, como no caso do envio de missionários e a escolha
de homens para obra (At 13.2,3; 14.23).