✍Lições
Bíblicas Dominical Adultos – 2°
Trimestre de 2022 CPAD
✍Título: OS VALORES DO REINO DE
DEUS.
A relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo
✍Comentarista: Pr. Osiel Gomes
✍Editora: Casa Publicadora das Assembleias de Deus
✍Divulgação: Subsídios Dominical
📚 TEXTO ÁUREO
“Seja, porém, o
vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência
maligna.” (Mt 5.37)
💡 VERDADE PRÁTICA
Fazer
um juramento ou uma promessa é algo muito sério. Por isso, o cristão deve
cuidar para não prometer ou votar aquilo que não vai ter condições de cumprir.
⏰
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Lv 5.4
O homem é responsável pelo que promete
Terça - Sl 15.1-3
Fale a verdade de coração
Quarta - Fp 4.8
Pense no que é verdadeiro
Quinta - Êx 20.16
Não darás falso testemunho
Sexta - Pv 16.13
Quem fala a verdade tem valor
Sábado - Ef 4.25
Deixe a mentira e fale sempre a verdade com o próximo
📖 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus
5.33-37
33
- Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás
teus juramentos ao Senhor.
34
- Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o
trono de Deus,
35
- nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é
a cidade do grande Rei,
36
- nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou
preto.
37
- Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de
procedência maligna.
🎵 HINOS SUGERIDOS 🎵
HINOS
SUGERIDOS: 38, 89, 154 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1.
INTRODUÇÃO
Qual o valor de uma palavra? Houve um tempo em que o empenho da
palavra bastava para se concretizar um negócio. A presente lição é um estudo a
partir do ensino do Sermão do Monte a respeito da retidão que devemos ter com
as palavras empenhadas. Nosso Senhor ensinou a respeito dessa verdade. O mesmo
cuidado que temos de ter com o nosso comportamento moral, devemos ter com a
emissão de nossas palavras.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Afirmar que não devemos jurar nem pelos Céus nem
pela Terra; II) Enfatizar que nossas palavras devem ser "sim"
e "não";
III) Pontuar a honestidade com as palavras.
B) Motivação: Quando expomos pensamentos em palavras,
revelamos o que pensamos e sentimos. A retidão nas palavras requer retidão no
pensamento e no sentimento.
C) Sugestão de Método: Ao terminar o último tópico da
lição, faça um resumo do assunto, enfatizando as palavras retidão, honestidade
e verdade nas palavras. Assim, deixe claro para a classe que a palavra do
cristão não pode ser banalizada.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A presente lição deve levar o aluno a
conscientizar-se a respeito da retidão no falar. As palavras revelam o que
pensamos e sentimos e, portanto, elas revelam o que somos. Se a nossa mente
estiver permeada com os valores do Reino, nossos sentimentos e,
consequentemente, nossas palavras expressarão os valores do Reino.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará
auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto
"Juramentos", localizado ao final do primeiro tópico, é uma
explicação bibliológica a respeito do que o Senhor Jesus quis dizer com não
fazer juramentos;
2) O texto
"A pura honestidade'", localizado ao final do segundo tópico, traz
uma reflexão a respeito da simplicidade que nosso Senhor espera de seus
seguidores: honestidade com as palavras.
INTRODUÇÃO
Os
juramentos sempre estiveram presentes na sociedade. Eles são o compromisso que
a pessoa assume publicamente de que cumprirá realmente aquilo que prometeu. Nas
Escrituras, os juramentos são de dois tipos: aqueles feitos por Deus e aqueles
feitos pelos homens. Quando Jesus ensina que o nosso falar seja “Sim, sim; não,
não, porque o que passa disso é de procedência maligna” (Mt 5.37), Ele condena
o uso indiscriminado, leviano ou evasivo do juramento que prevalecia entre os
judeus. Por isso, nesta lição, veremos como o Mestre ensinou que os homens
deveriam ser transparentes e honestos em seu falar, para que os juramentos
entre eles se tornassem desnecessários. Em seu Reino, a honestidade de seus
membros elimina o uso dos juramentos (Tg 5.12).
PALAVRA-CHAVE
Palavra
I – NÃO DEVEMOS JURAR NEM PELOS CÉUS NEM PELA TERRA
1.
A Lei do Juramento.
De
acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe, a lei mosaica enfatizou a natureza
obrigatória dos juramentos (Nm 30.2) e decretou o castigo para o perjurador,
aquele que faz um juramento falso (Dt 19.16-19; 1 Tm 1.10). O falso juramento
de uma testemunha ou uma falsa afirmação com relação a uma promessa ou a alguma
coisa encontrada, exigia uma oferta pelo pecado (Lv 5.1-6; 6.2-6). A lei
enfatizou a seriedade dos juramentos (Êx 20.7; Lv 19.2; Zc 8.16,17) e proibiu o
juramento por deuses falsos (Js 23.7; Jr 12.16; Am 8.14).
2.
O propósito da Lei do Juramento.
O
propósito do juramento antes era benéfico, tinha o objetivo de descobrir a
verdade. Tratava-se de um apelo solene que o adorador fazia a Deus, tendo
consciência de que Ele era o grande juiz onisciente e onipotente, dono de tudo,
que esquadrinhava os corações de todos os homens (1 Cr 28.9; Jr 17.10) e que
revelava o íntimo de cada um, a verdade e a sinceridade presentes no espírito
do homem. Os juramentos nas Escrituras são de dois tipos, aqueles feitos por
Deus e aqueles feitos pelos homens.
3.
Não jureis nem pelo Céu nem pela Terra.
O
estratagema dos escribas e fariseus quanto ao juramento pode ser notado quando
eles diziam que qualquer voto que o adorador fizesse usando o nome de Deus
estaria vinculado àquele juramento, mas um voto feito sem que fosse pronunciado
o nome de Deus era de menor valor, e nesse caso não precisava ser cumprido.
Foi
contra esse procedimento dissimulado e hipócrita que Jesus os confrontou (Mt
23.16-18). Essa tenuidade de classificações feitas pelos escribas e fariseus,
entre os votos obrigatórios e não obrigatórios, não tinha qualquer base. Para
Jesus, quem jurasse pelo céu teria de cumprir seu juramento, pois eles foram
feitos por Deus (Gn 1.1), e a terra era o estrado dos seus pés (Is 66.1), e
Jerusalém era a cidade do grande Deus (Sl 48.3). A conclusão é que qualquer
juramento feito, usando alguns desses elementos, teria de ser cumprido, pois
neles o nome de Deus estava envolvido.
Um
cristão verdadeiro e sincero, que tem o coração transformado pelo Evangelho,
não precisa invocar qualquer elemento como céu e terra para afirmar que o que
está dizendo é a verdade, posto que na essência a verdade está no íntimo do seu
coração, no qual não há mentira, engodo ou engano (Sl 15.2; 24.4; Pv 8.7; Ml
2.6; Mq 6.8).
SINÓPSE
I
O
seguidor de Jesus não jura pelo Céu nem pela Terra. Suas palavras têm o peso da
verdade.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“Juramentos (5.33-37). A lei mosaica dizia: Não perjurarás (33; Lv
19.12; Nm 30.2; Dt 23.21), isto é, ‘jurar falsamente’ – no Novo Testamento,
este verbo só é encontrado aqui. Mas Jesus disse: De maneira nenhuma jureis
(34). Ele proibiu especificamente jurar pelo céu, pela terra, por Jerusalém, ou
pela nossa própria cabeça (34- 36). Os judeus defendiam que jurar pelo nome de
Deus vinculava aquele que fazia o juramento, mas jurar pelo céu não trazia
nenhum vínculo. Assim, os itens acima eram substituídos como uma forma de
subterfúgio, para não se dizer a verdade. Bengel cita o ditado rabínico: ‘Como
o céu e a terra passarão, assim também o juramento passará, pois os conclamou
como testemunhas’.36 Jesus defendeu que Deus está sempre presente quando os
homens falam; por esta razão, todos devem falar honestamente (CHILDERS, Charles
L.; EARLE, Ralph; SANNER, A. Elwood (Eds.) Comentário Bíblico Beacon: Mateus a
Lucas. Vol.6. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.60).
II – NOSSAS PALAVRAS DEVEM SER “SIM” E “NÃO”
1.
Como deve ser o nosso falar.
Tomar
cuidado com o que se fala é valioso demais. Esta atitude declara que tipo de pessoa
nós somos. Um cristão verdadeiro sempre procura falar com verdade e sabedoria.
Com muita propriedade, o sábio rei Salomão falou que a morte e a vida estão no
poder da língua (Pv 18.21). Jesus foi bem categórico quando afirmou que pelas
palavras alguém pode ser justificado ou condenado (Mt 12.37), o que nos impele
a ter cuidado no nosso falar. Um cristão cheio das verdades divinas terá um
falar verdadeiro e reagirá contra todo tipo de falsidade e mentira. Jesus exige
honestidade o tempo todo, esteja um homem sob juramento ou não. Não há padrão
duplo para o cristão.
2.
O sim e o não na vida de Paulo.
Há
situações em que empregamos a nossa palavra e, por algum motivo, não
conseguimos realizar o que dissemos ou planejamos. Em 2 Coríntios 1.12-24, há o
relato de um episódio que ocorreu com o apóstolo Paulo. Ele fez planos de
visitar os irmãos da Igreja de Corinto, porém, por diversas vezes, foi impedido
e as coisas não saíram como havia planejado (2 Co 1.6; Rm 1.10; 15.22; 1 Ts
2.18).
Por
isso, seus acusadores se valeram da situação para fazer graves e sérias
acusações contra Paulo, dizendo que ele não era confiável.
Paulo
refuta seus opositores dizendo que não era o tipo de pessoa que diria “sim”
quando na realidade queria dizer “não”. O apóstolo toma Deus como sua fiel
testemunha e explica o motivo pelo qual não tinha ido logo fazer essa visita,
que era para poupar os irmãos (2 Co 1.23). Deus, que conhecia o seu coração,
disse o apóstolo, sabia do seu verdadeiro sentimento e da grande vontade de ir
visitá-los, e declarou a todos que sua vida era de simplicidade e sinceridade,
tanto diante da Igreja como do mundo (2 Co 1.12).
Da
mesma maneira que os coríntios podiam confiar que Deus manteria suas promessas,
também podiam confiar que Paulo, como representante de Deus, manteria as suas.
Ele ainda os visitaria, mas em uma ocasião melhor.
3.
O que passar disso é procedência maligna.
Como
o caso que aconteceu em Corinto, em que Paulo conhecia a importância da
honestidade e da sinceridade nas palavras e ações, Deus quer que sejamos
verdadeiros e transparentes em todos os nossos relacionamentos. Se não for
assim, poderemos nos rebaixar, passando a divulgar rumores, fofocas e a ter
segundas intenções, ou seja, daremos lugar a situações de procedência maligna.
SINÓPSE II
As palavras dos seguidores de Jesus devem ser
precisas e assertivas.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
A pura honestidade
“Maldizer não é o assunto aqui. Ao contrário, Jesus comenta sobre a
prática de obrigar-se a manter uma promessa ao fazer um juramento. No século I,
todo um sistema havia se desenvolvido para diferenciar entre os juramentos que
comprometem e os que não comprometem. Assim, uma pessoa ficava comprometida ao
jurar “em relação a Jerusalém”, mas não se jurasse “por Jerusalém”. Uma pessoa
ficava comprometida ao jurar “pelo ouro do altar”, mas não se jurasse “pelo
altar” propriamente dito.
Jesus descarta isso como sendo um sofisma. Uma pessoa poderia ser
tão honesta que o seu sim significasse sim e o seu não significasse sempre não.
O próprio hábito de fazer juramentos fornece uma prova de que a pessoa que jura
é desonesta e não se poderia confiar que ela iria manter a sua palavra! Deus
não fica satisfeito com a discussão sobre juramentos que comprometem ou não.
Deus fica satisfeito com a pura honestidade” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.26).
III – HONESTIDADE COM NOSSAS PALAVRAS
1.
A palavra honestidade.
Honestidade
é uma virtude de alguém que é correto, sincero. Do hebraico, temos o adjetivo
yashar, “reto, honesto, correto, direito, plano, certo, justo”. Jó foi descrito
como um homem honesto (Jó 1.8).
Em Atos, temos a descrição de Cornélio como um
homem reto, honesto (At 10.22). Aquele que tem um viver reto, honesto, jamais
permitirá que saiam de sua boca palavras falsas, mentirosas, enganadoras.
2.
É possível ser honesto com nossas palavras neste mundo?
Na
vida daquele que o Evangelho já entrou, houve transformação plena, pois o mesmo
busca não apenas curar os sintomas da doença do pecado, mas também prevenir.
Não há como negar, que nesse mundo, muitos já adotaram a mentira como um
hábito. É normal para aquele que não vive as bem-aventuranças de Cristo dizer
uma mentira, com a desculpa de mentir para apoiar uma causa nobre. Quem
sustenta isso está comprometendo o caráter humano e um valor importante, que é
o respeito pela verdade.
O
verdadeiro discípulo de Cristo, que faz parte do seu Reino, é honesto em suas
palavras, íntegro no seu caráter, e jamais usa de meias-verdades, através das
quais grandes mentiras têm sido ditas, sendo influenciados pelo pai da mentira,
o Diabo. Jesus é a verdade em essência (Jo 14.6), e os que vivem nEle são
honestos em tudo, e seu falar é sim, sim; não, não.
3.
Dando testemunho.
Uma
pessoa honesta revela dignidade de caráter, é honrada, digna, procede
rigorosamente dentro da regra. Salomão disse que tortuoso é o caminho do homem
cheio de culpa, mas reto o proceder do homem honesto (Pv 21.8). O verdadeiro
cristão procura ser honesto no que fala, mantendo-se longe da falsidade e da
mentira, conservando a verdade no coração e na conduta, pois esse é o seu
objetivo maior (3 Jo 4).
Você
é conhecido por ser uma pessoa de palavra? Se dissermos a verdade durante todo
o tempo, vamos nos sentir menos pressionados a apoiar nossa palavra em
juramentos ou promessas.
SINÓPSE
III
As
palavras dos seguidores de Jesus devem apresentar retidão e honestidade.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“Juramento
[...] Os juramentos eram comumente feitos levantando-se a mão a Deus
(Gn 14.22; Ez 20.5ss, Hb 3.18; 6.13; 7.21; Ap 10.5) e em casos excepcionais
colocando-se a mão debaixo da ‘coxa’ [...] daquele a quem o juramento era
prestado (Gn 24.2ss.; 47.29). Este era o modo solene de significar que, se o
juramento fosse violado, a descendência da pessoa vingaria o ato de
deslealdade.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário Bíblico Wycliffe, editado pela
CPAD, pp.1119.
CONCLUSÃO
Devemos
viver neste mundo como verdadeiros seguidores de Cristo, sendo honestos em
tudo, em especial em nossas palavras, sem recorrermos a juramentos hipócritas,
profanos e desnecessários, que buscam fundamentar as conversas do dia a dia.
Antes, procuremos ser simples e objetivos dizendo sim, sim; não, não.
REVISANDO O CONTEÚDO
1.
Quais são os dois tipos de juramentos citados na lição?
Os
juramentos nas Escrituras são de dois tipos, aqueles feitos por Deus e aqueles
feitos pelos homens.
2.
No Reino de Cristo, o que elimina a necessidade de juramentos?
Um
cristão verdadeiro e sincero que tem o coração transformado pelo Evangelho não
precisa invocar qualquer elemento como céu e terra para afirmar que o que está
dizendo é a verdade, posto que na essência a verdade está no íntimo do seu
coração, no qual não há mentira, engodo ou engano.
3.
De acordo com Provérbios 18.21, o que está no poder da língua?
Com
muita propriedade, o sábio rei Salomão falou que a morte e a vida estão no
poder da língua (Pv 18.21).
4.
O que é honestidade?
Honestidade
fala de alguém que é correto, que tem seriedade, do hebraico temos o adjetivo
yashar, “reto, honesto, correto, direito, plano, certo, justo”.
5.
Como devemos viver neste mundo?
Devemos
viver neste mundo como verdadeiros seguidores de Cristo, sendo honestos em
tudo, em especial em nossas palavras, sem recorrermos a juramentos hipócritas,
profanos e desnecessários, que buscam condimentar as conversas do dia a dia.
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