Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição 02 - Sal da terra, luz do mundo

Lições Bíblicas Dominical Adultos  – 2° Trimestre de 2022 CPAD

Título: OS VALORES DO REINO DE DEUS. A relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo

Comentarista: Pr. Osiel Gomes

Editora: Casa Publicadora das Assembleias de Deus

Divulgação: Subsídios Dominical

📚  TEXTO ÁUREO

“Vós sois o sal da terra; [...] Vós sois a luz do mundo.”

(Mt 5.13,14)

💡  VERDADE PRÁTICA

A influência dos cristãos na sociedade é inevitável. Do ponto de vista bíblico, o mundo não pode estar indiferente aos verdadeiros.


 LEITURA DIÁRIA

Segunda - Cl 4.6

Nossas palavras devem ser temperadas com sal

Terça - Lc 14.34,35

Não podemos perder a relevância

Quarta - Tg 1.17; Sl 104.2

Deus, o Pai das luzes

Quinta - Jo 15.8; 1 Pe 2.12

A luz como um testemunho verdadeiro de boas obras

Sexta - 2 Co 4.7

Um tesouro em vaso de barro

Sábado - Ef 5.15

Andando com prudência e bom senso

📖  LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 5.13-16

13 - Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.

14 - Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

15 - nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

16 - Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

🎵 HINOS SUGERIDOS 🎵

HINOS SUGERIDOS:  9, 11, 16 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A proposta desta lição é estudar sobre a importância de nossa influência como cristãos no mundo. Assim, analisaremos esse assunto a partir das metáforas do sal e da luz presentes no Sermão do Monte. Deus conta conosco para influenciar o mundo atual e, por isso, não podemos deixar de "salgá-lo", bem como de "iluminá-lo". O Evangelho nos chama para isso.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Apontar a função do sal;

II) Destacar a função da luz;

III) Refletir a respeito da influência dos discípulos de Cristo no mundo.

B) Motivação: Que tipo de influência você tem exercido nos lugares em que mora, estuda ou trabalha? Perguntas como esta é importante para tornar mais concreto o assunto em estudo. O ensino do sal e da luz requer de nós a adoção de uma postura influenciadora. 

C) Sugestão de Método: Você pode pesquisar por meio de livros de história da Igreja e tomar exemplos cristãos que influenciaram a nossa história. Sugerimos que você pesquise nomes como William Wilberforce, John Wesley e outros. A partir desses exemplos, a lição pode ser mais bem aplicada.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Sugerimos que, ao final da aula, e a partir dos exemplos abordados na lição, você desafie seus alunos a uma resolução pessoal de tomar como propósito de vida o ensinamento do Sermão do Monte no sentido de serem "sal" e "luz" em cada esfera de atuação.  

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto "A Luz do Mundo", localizado ao final do segundo tópico,  é uma abordagem bíblica a respeito da imagem da "luz" no texto do Sermão do Monte;

2) O texto "Cem Anos depois", inserido ao final do terceiro tópico, traz uma reflexão de Justino Mártir a respeito do impacto do Reino de Deus no mundo.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, enfatizaremos o papel de “sal e luz” que o cristão deve ter no mundo. Não basta denominar-se cristão, mas sim fazer a diferença no lugar onde vivemos. Por isso, tomaremos duas metáforas pelas quais Jesus ensinou a respeito da relevância de seus discípulos no mundo: o sal e a luz. Como esta ilumina o lugar de trevas, e aquela tempera e conserva o alimento, somos chamados a influenciar o mundo atual. 

PALAVRA-CHAVE

Influência

I – O SAL TEMPERA E CONSERVA

1. Definição.

Na Bíblia, a palavra “sal” aparece como substância branca usada como tempero (Jó 6.6; Mc 9.50), remédio e conservante (Ez 16.4).

No grego bíblico, há pelo menos quatro significados para a palavra halas, substantivo neutro para sal:

1) como tempero; 2) como substância fertilizante para a terra arável; 3) como substância que conserva os alimentos da deterioração; 4) como sabedoria e graça no discurso (Cl 4.6).


2. A importância do sal.

Podemos dizer que o sal tem a função de dar sabor, pois um alimento na medida certa de sal é saboroso (Jó 6.6). Essa função simboliza a vida moderada, equilibrada, de modo que traz uma ideia de boa influência do crente sobre o mundo. Outra função do sal é a de preservar o alimento da deterioração. Quando não havia tecnologia de refrigeração, preservava-se a carne esfregando-a no sal e deixando-a na salmoura. Essa função traz uma ideia de oposição ao mundo, pois os cristãos, como sal, são “esfregados” num mundo em processo de apodrecimento moral e espiritual (1 Jo 5.19).


3. O cristão como sal.

Como cristãos, devemos influenciar o mundo que se encontra em estado de podridão espiritual (Lc 14.34,35). Nesse aspecto, o cristão deve expressar os valores morais e espirituais do Evangelho em sua vida, opondo-se aos valores do mundo. Não esqueçamos, portanto, de nossa identidade verdadeira na relação que temos com este mundo, de acordo com as palavras de nosso Senhor: “vós sois o sal da terra”.


SINÓPSE I

O sal tem as funções respectivas de dar sabor e conservar os alimentos. À luz dessa imagem, somos chamados a influenciar a sociedade

II – A LUZ ILUMINA LUGARES EM TREVAS

1. Conceito físico e metafórico.

A luz procede dos corpos celestes (própria: estrelas; refletida: lua, planetas etc.) que traz claridade e, por isso, é capaz de iluminar os objetos e torná-los visíveis. Assim, a lâmpada emite luz, o fogo espalha a luz. Enfim, a luz ilumina tudo e, portanto, não deixa lugar para trevas. Do ponto de vista bíblico, a luz pode ser aplicada metaforicamente a Deus (Sl 104.2; Tg 1.17); a Jesus (Jo 1.4-6); à Palavra de Deus (Sl 119.105); aos discípulos de Cristo (Mt 5.14).


2. O cristão como luz.

Nas palavras de Jesus não há dubiedades. Observe que Ele não disse: vós deveis ser a luz; mas sim: vós sois a luz. No Reino de Deus, o que se espera do cristão é que seja e viva como luz deste mundo. Ao referir-se ao crente como luz, Jesus faz menção às boas obras produzidas por cada um de nós. Essas obras se caracterizam pelos atos de amor e fé manifestos na vida do crente por meio de um testemunho verdadeiro diante dos homens (Jo 15.8; 1 Pe 2.12). Logo, a vontade de Deus é que as nossas boas obras resplandeçam como luz e sejam vistas por todos os homens e estes glorifiquem a Deus (Mt 5.16).


3. A luz em lugares de trevas.

Quando disse que não se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte, Jesus referia-se à impossibilidade de esconder o brilho da luz. No Reino de Deus, cada crente é uma luz que brilha no mundo o tempo todo. Nesse sentido, a natureza de quem passou pelo Novo Nascimento é espalhar a “luz do mundo” por meio da própria vida. Por isso, o crente deve estar no lugar para o qual foi chamado, fazendo brilhar a luz por intermédio da boa obra (Mc 4.21; Lc 8.16; cf. Mt 5.14-16). Entretanto, é preciso atentar para esta verdade bíblica: o cristão não pode manter sua vida como luzeiro pela própria força, mas por intermédio do Espírito Santo que o fortalece (Mt 25.4; At 7.55).


SINÓPSE II

A luz ilumina um ambiente em trevas. À luz dessa imagem, somos convidados a fazer com que, por meio de um sincero testemunho, as nossas boas obras sejam vistas pelos homens e estes glorifiquem a Deus.


AMPLIANDO O CONHECIMENTO

O Sal

“O ensino rabínico associava a metáfora do sal com sabedoria. Esta era a intenção de Jesus, visto que a palavra grega traduzida por ‘nada mais presta’ tem ‘tolo’ ou ‘louco’ como seu significado radicular. É tolice ou loucura os discípulos perderem o caráter, já que assim eles são imprestáveis para o Reino e a Igreja, e colhe desprezo de ambos”. Amplie mais o seu conhecimento lendo o Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, publicado pela CPAD, p.43.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“A luz do mundo (5.14-16).

As cidades antigas eram construídas com calcário branco, e desta forma reluziam com a luz do sol. Lâmpadas eram mantidas acesas nas casas durante toda a noite, dispostas em lugares altos. As duas imagens nos lembram de que a ‘luz’ não deve ficar escondida. Cristo deixa clara sua analogia. Os atos justos dos cidadãos são as luzes que fazem o reino visível a todos. Uma vez mais, nós vemos que o Reino dos Céus é um reino interior, que pode ser visto e deve ser procurado em todos os seus cidadãos” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.25).


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III – DISCÍPULOS QUE INFLUENCIAM

1. Sendo “sal”.

O sal não aparece, pois atua de maneira oculta e silenciosa. Essa referência nos ensina que, antes de testemunharmos publicamente, é preciso renovar o “homem interior” (2 Co 4.16). Ou seja, antes de propagar uma mensagem pública, ela precisa ser verdadeira dentro de nós. Nesse sentido, o nosso testemunho não será titubeante. Assim, o sal poderá estar fora do saleiro, espalhando-se por todo o mundo.

2. Sendo “luz”.

Como luz, o cristão deve “brilhar” na família, na escola ou na universidade, no trabalho e em toda a sociedade. Os seguidores de Jesus não podem se esconder. Eles são chamados a andar na luz como na luz Deus está (1 Jo 1.7). Logo, se o nosso caminho é luz, não pode haver trevas. Nesse caminho não há lugar para escuridão, pois o caminho de Deus é de luz que reflete sob sua Palavra (Sl 119.105).

3. A influência cristã.

Paulo disse que temos um tesouro em vasos de barro (2 Co 4.7). Esse tesouro é a verdade do Evangelho. Nós devemos portá-la como bandeira num mundo que inteiramente jaz no Maligno (1 Jo 5.19). Com isso, influenciar a sociedade não significa que o crente seja excêntrico ou ostente alguma coisa. Pelo contrário! A postura de quem é sal e luz é a de um embaixador de uma pátria (2 Co 5.20), cujas referências são a longanimidade, a mansidão e a moderação, bem como outras virtudes do Fruto do Espírito (Gl 5.22-24). Portanto, o modo de viver por meio de uma nova vida, e da prática de boas obras, levará os homens a glorificar a Deus. Ouçamos, pois, o conselho de Paulo: “veja prudentemente como andais” (Ef 5.15).


SINÓPSE III

Os cristãos são chamados a influenciar o mundo em que vivemos, pois somos sal e luz.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“Cem anos depois

Justino Mártir, nascido em 100 d.C., escreveu a sua Apologia, [...] a respeito do impacto do Reino de Deus no compromisso cristão, ele tem a dizer o seguinte: 

Ao ouvir que procuramos um reino, você imagina, sem fazer nenhuma pergunta, que estamos falando de um reino humano; porém estamos falando daquele reino que é de Deus, que também é mencionado na confissão de fé feita por aqueles que são acusados de serem cristãos, embora saibam que a morte é a punição daqueles que o confessam. Pois se procurássemos um reino humano, também deveríamos negar o nosso Cristo, para que não fôssemos mortos; e tentaríamos escapar à detenção, para obtermos aquilo que esperamos. Mas como os nossos pensamentos não estão fixados no presente, não nos preocupamos quando os homens nos matam, uma vez que a morte também é uma dívida que precisa, de qualquer modo, ser paga” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.24).


CONCLUSÃO

Neste mundo dominado pelas trevas do pecado, só mesmo a influência dos servos de Cristo para promover verdadeiras mudanças. É preciso que a luz divina brilhe a partir de nós para que todos vejam as nossas boas obras e glorifiquem o Pai. Mas também é preciso lembrar de que sem um verdadeiro testemunho o Evangelho não será levado a sério entre os homens. Entretanto, se o cristão mostrar uma vida verdadeiramente transformada, sincera e sem artificialismo, exerceremos o nosso papel de sal da terra e luz do mundo.


VOCABULÁRIO

Excêntrico: extravagante, fora dos padrões normais.

Ostentar: exibir, alardear.

Salmoura: Conservação de alimentos em sal.

Titubeante: hesitante, vacilante.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual a definição de sal?

A palavra “sal” aparece como substância branca usada como tempero (Jó 6.6; Mc 9.50), remédio e conservante (Ez 16.4).

2. Quais as duas funções do sal, segundo a lição?

Dar sabor e preservar os alimentos.

3. O que se espera do cristão no Reino de Deus?

No Reino de Deus, o que se espera do cristão é que “seja” e “viva” como luz deste mundo.

4. Para qual verdade bíblica o crente deve atentar?

O cristão não pode manter sua vida como luzeiro pela própria força, mas por intermédio do Espírito Santo que o fortalece.

5. De maneira concreta, qual o lugar em que o crente deve brilhar como luz?

Como luz, o cristão deve brilhar na família, na escola ou na universidade, no trabalho e em toda a sociedade.

LEITURAS PARA APROFUNDAR