Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Como Julgar se uma profecia é de Deus?

Inúmeros dons espirituais estão à disposição dos salvos em Cristo revestidos do poder do Espírito Santo, os quais podem ser classificados em dois grupos gerais: ministeriais e congregacionais (cf. Ef 4; 1Co 12-14; Rm 12.6-8). Dentre os muitos dons congregacionais outorgados pelo Paráclito, o que mais se destaca é o de profecia: “procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (1Co 14.1). Considerando que o revestimento de poder abre os receptores para a ampla gama de ministrações espirituais, qualquer membro de uma congregação batizado no Espírito pode profetizar (vv. 5,24,31). Não obstante, a direção da Igreja ocorre, sobretudo, mediante os dons ministeriais (12.10,28; 14.1-29).

 

Antes de tudo, é importante distinguir o dom congregacional de profecia do dom ministerial de profeta (At 11.28; 13.1,2), já que tanto um ministro chamado por Deus quanto um crente usado momentaneamente em profecia são chamados de “profeta” (1Co 14.29; At 21.10,11). Por que os dons congregacionais — distribuídos a cada um, individualmente, conforme a direção do Espírito (1Co 12.11) — são diferentes dos ministeriais? Porque estes são residentes e dependem de chamada divina, específica e soberana (Mc 3.13,14; Ef 4.8-11). Quanto ao uso, o dom de profecia é uma inspiração momentânea, sobrenatural (1Co 14.30), enquanto o ministério profético, como um ofício, é permanente e relaciona-se com a pregação da Palavra de Deus (At 11.27,28; 15.32; 13.1).

 

Se não houvesse essa diferenciação, qualquer crente poderia, por exemplo, insurgir-se contra o seu líder, na congregação, e até exigir sua imediata substituição. Não por acaso, Jesus repreendeu o pastor de uma igreja que tolerava uma falsa profetisa, a ponto de deixar-se dominar por ela (Ap 2.20). Nosso Deus é Deus de ordem (1Co 14.40; 12.28-31). Nesse caso, ainda que creiamos, a priori, que um crente, ao profetizar, foi capacitado naquele momento pelo Espírito para nos transmitir uma mensagem, esta precisa ser julgada, posta à prova, examinada mediante os critérios mencionados nas Escrituras.

 

Certo rapaz olhou fixamente para uma jovem e lhe disse: “Eis que te digo: tu és a minha preparada e casar-te-ás comigo”. A moça sorriu e lhe respondeu: “Eis que já sou casada! E meu marido está bem aí do seu lado”.

 

Esse exemplo e outros igualmente risíveis mostram que precisamos ter cuidado com algumas “profecias” que não provêm do Espírito Santo. O dom de profecia não deve ser usado a bel-prazer, a fim de orientar pessoas quanto a viagens e relacionamento afetivo. Como dom congregacional, é ministrado soberanamente pelo Paráclito quando a congregação se reúne para cultuar ao Senhor (1Co 14.26-40).

  

A profecia deveria ser, sempre, uma manifestação sobrenatural com a função tríplice de edificar, exortar e consolar (1Co 14.3). Como isso nem sempre ocorre, ela precisa ser testada pela congregação: “falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (v. 29). Como julgar uma profecia? Em primeiro lugar, não é pecado fazer isso, desde que os critérios empregados sejam bíblicos, e não depreciativos. Julgar profecias não é o mesmo que desprezá-las, e sim provar, examinar, investigar, questionar, analisar e discernir segundo a reta justiça — e não segundo a aparência — o que os profetas dizem (lTs 5.20,21; cf. Jo 7.24).

 

Uma congregação pentecostal instruída conforme a sã doutrina é parte do Corpo, que trabalha em sintonia com a Cabeça: Cristo (Ef 4.14,15; 1Co 2.16; At 13.1-4). Nesse caso, há que se julgar a profecia, antes de tudo, de acordo com as Escrituras, que são inerrantes e infalíveis (At 17.11; Hb 5.12-14). Lembremo-nos de que o Senhor elevou sua Palavra acima de tudo (Sl 138.2). Uma igreja local, como parte do Corpo, tem a mente de Cristo (1Co 2.16), porém deve obedecer aos ensinamentos do Mestre e andar como Ele andou (lJo 2.6), a fim de discernir mediante nossa fonte primária de autoridade, a Bíblia — que está acima da razão, da experiência e da tradição (1Co 4.6) — se uma profecia é verdadeira ou não.

 

Outra maneira de julgar profecias é mediante o dom de discernir os espíritos, muito necessário para a detecção do erro camuflado e julgamento de fontes (1Co 12.10,11; At 5.1-11; 13.6-11; 16.1-18). É por meio desse dom que provamos “se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (lJo 4.1). Devemos, ainda, atentar para o cumprimento da predição (Dt 18.21,22; Jr 28.9). Por mais emoção que sintamos no momento em que recebemos uma mensagem profética, só teremos a certeza de que ela de fato proveio do Senhor .no momento em que ela se cumprir: “quando vier isto (eis que está para vir), então, saberão que houve no meio deles um profeta” (Ez 33.33).

Existe uma exceção quanto ao cumprimento. Algumas profecias, mesmo que se cumpram, podem ser rechaçadas pelo povo de Deus quando aquele que a profere for um propagador do erro. Jesus nos adverte: “Acautela-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mt 7.15,16). O Mestre deixa claro, aqui, que a vida do profeta também é um critério a ser considerado no julgamento da profecia.

 

Entretanto, julgar, nesse caso, não é o mesmo que difamar ou caluniar, o que é pecado (Mt 7.1,2). Esse tipo de análise do falso profeta abarca algumas perguntas. Ele honra a Cristo em tudo e não recebe glória dos homens? Ele repudia a avareza, ou ama sordidamente o dinheiro? Ele ama os pecadores e deseja vê-los salvos, de fato? Ele prega contra o pecado e defende o Evangelho, conduzindo o povo de Deus à santificação? Ele ama a justiça e detesta o mal? Ele tem uma vida de oração e devoção a Deus? Ele demonstra amar a Palavra do Senhor, verdadeiramente, ou relativiza seu primado?

 

Há falsos profetas milagreiros cujas predições se cumprem, mesmo não tendo compromisso algum com a Palavra de Deus. Profetizam e fazem obras fenomenais, capazes de deixar o público em êxtase, mas não amam ao Senhor nem fazem a sua vontade, posto que não guardam a sua Palavra (Jo 14.23; Mt 7.21-23). Essas profecias se cumprem porque o Inimigo também pode fazer prodígios de mentira para enganar os desavisados, inclusive no meio do povo de Deus (2Co 11.13-15; 2Ts 2.9; Mt 24.24; Êx 7.11,12; 8.18,19).

 

Por que Deus permite que isso ocorra? Leiamos Deuteronômio 13.1-4: “Quando o profeta ou sonhador de sonhos se levantar no melo de ti e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma. Após o Senhor, vosso Deus, andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis”.

 

Artigo: Ciro Sanches Zibordi

Leituras para Aprofundar

Informações Aqui
***
***
***

Informações Aqui

***

Informações Aqui

***

Informações Aqui