Classe: Jovens | 1° Trimestre de 2022 | Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
” E Jesus tomou os pães e, havendo dado
graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos, pelos que estavam
assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.” (Jo 6.11)
👇 LEIA TAMBÉM
👇
👉 Novas lições da classe dos ADULTOS-
Aqui
👉 Novas lições da classe dos JOVENS
– Aqui
👉
Novas lições da classe dos ADOLESCENTES – Aqui
RESUMO DA LIÇÃO
Os sinais servem para atrair as
pessoas para Cristo, a fim de que possam ouvir sua palavra e crer nEle.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Jo 6.2
Os sinais de Jesus
TERÇA – Jo 6.19
A estratégia do milagre
QUARTA – Jo 6.11
Jesus dá graças
QUINTA – Jo 6.12
Todos ficaram saciados
SEXTA – Jo 6.13
Nada se perdeu
SÁBADO – Jo 6.48
Jesus, o pão da vida
OBJETIVOS
I. CONHECER
a segunda fase do ministério de Jesus na Galileia dos gentios;
II. MOSTRAR que
os sinais apresentados por Jesus eram um atrativo para as multidões;
III. COMPREENDER
que os judeus tinham um entendimento imperfeito de Jesus Cristo e seu
ministério.
INTERAÇÃO
Prezado
(a) professor (a), nesta lição estudaremos a quarto sinal: a multiplicação dos
pães e peixes. O propósito de Jesus não era somente saciar a fome física das
pessoas, mas ELE tinha como desígnio atraí-las para que ouvissem suas palavras
e assim pudessem crer que Ele era e é o “Verbo que se fez carne”. Jesus não
mudou. Ele tem poder para saciar as nossas necessidades materiais e
espirituais. Que venhamos crer na sua provisão mesmo que as circunstâncias
sejam contrárias. No decorrer da lição, enfatize também o fato de que a atuação
de Jesus na Galileia é mais um sinal da amplitude do plano divino de salvação.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), depois de orar
para iniciar a aula, leia o Texto Bíblico da lição. Em seguida, dê início ao
conteúdo da aula fazendo a seguinte pergunta: “Por que Jesus perguntou a Filipe
onde eles poderiam comprar pão?” Incentive a participação de todos os alunos.
Depois explique que “quando Jesus fez a pergunta a Filipe, ele começou a
avaliar o custo provável, Mas Jesus queria lhe ensinar que os recursos
financeiros não são mais importantes, Podemos limitar o que Deus faz em nós e
através de nós, supondo o que é e o que não é possível Há alguma tarefa
impossível que você acredita que Deus quer que você faça? Não deixe que sua
avaliação do que não pode ser feito lhe impeça de assumir a tarefa. Deus pode
fazer muitos milagres; confie que Ele trará os recursos” (Adaptado da Bíblia Cronológica
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1368).
TEXTO BÍBLICO
João 6.3-12
3 E Jesus subiu ao monte e assentou-se ali
com os seus discípulos.
4 E a Páscoa, a festa dos judeus, estava
próxima.
5 Então, Jesus, levantando os olhos e
vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde
compraremos pão, para estes comerem?
6 Mas dizia isso para o experimentar;
porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7 Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros
de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8 E um dos seus discípulos, André, irmão
de Simão Pedro, disse-lhe:
9 Está aqui um rapaz que tem cinco pães de
cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?
10 E disse Jesus: Mandai assentar os
homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em
número de quase cinco mil.
11 E Jesus tomou os pães e, havendo dado
graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos, pelos que estavam
assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.
12 E, quando estavam saciados, disse aos
seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca
INTRODUÇÃO
Estudaremos mais um sinal miraculoso: a
multiplicação dos pães e peixes. São dois os milagres de multiplicação
registrados pelos evangelistas. O primeiro, de cinco pães e dois peixinhos,
consta dos quatro Evangelhos. O segundo, de sete pães e “uns poucos peixinhos”,
foi registrado somente por Mateus e Marcos (Mt 14.13-21; Mc 8.1-9). O primeiro
milagre, alimentou quase cinco mil homens, além de mulheres e crianças (Jo
6.10). O segundo milagre, quatro mil homens, além de mulheres e crianças (Mt
15.38). O sinal de João 6 não ficou circunscrito aos discípulos, à família de
um oficial do rei ou aos religiosos de Jerusalém, alcançou uma grande multidão,
e justamente na Galileia dos gentios. Consideramos esse e outros aspectos na
lição de hoje.
I – A GALILEIA DOS GENTIOS
1. A segunda fase do ministério.
Na primeira fase de seu ministério, Jesus
fez várias incursões à Judeia. Há intercalações, mas a segunda fase ocorre
proeminentemente na Galileia, e a terceira e última é a consumação, novamente
na Judeia. A narrativa de João da primeira multiplicação perpassa por essa fase
mais intensa na Galileia, em perfeita consonância com os demais Evangelhos, que
cobre mais o ministério de Cristo entre os galileus. Isso nos indica mais um
propósito de João, de ampliar aos seus leitores o conhecimento do ministério de
Jesus, cobrindo tempo maior de sua vida e obra em relação aos sinóticos, cujas
narrativas atingem apenas cerca de um ano da vida do Messias e a consumação nos
dias finais em Jerusalém. Mais que um propósito de João, vemos a perfeição da
obra revelacional dirigida pelo Espírito Santo. Abrir este parêntese e falar um
pouco sobre o ministério de Jesus entre os galileus demonstra como isso não
passou totalmente ao largo das narrativas joaninas. Em João 7.1 há um registro
sintético dessa fase, ao dizer que “Jesus andava pela Galiléia e já não queria
andar pela Judéia, pois os judeus procuravam matá-lo.” Há, portanto, uma
complementaridade narrativa entre todos os Evangelhos.
2. Por que Galileia dos gentios?
A Galileia está situada ao norte de
Israel, a oeste do rio Jordão, em torno e acima do grande lago que leva o mesmo
nome. Em Isaías 9.1 é chamada de Galiléia dos gentios”, a terra de Zebulom e de
Naftali, as tribos que nos dias de Josué herdaram a região (Js 19.10-16,32-39).
Foi devastada quando da invasão da Assíria, em 733 d.C.„ e teve sua ocupação
alterada (2 Rs 15.29). Registros históricos citados pela Bíblia de Estudo
Holman dão conta de que para lá foram levados egípcios, árabes, fenícios e
gregos. Isso levou a Galileia a ser uma região considerada predominantemente
como gentia e pagã. Por isso era considerada como Galiléia dos gentios ou
Galiléia das nações. A segunda fase do ministério de Jesus, portanto, é uma
eloquente demonstração do quanto Ele se dedicou a essa população heterogênea,
revelando o caráter universal de sua missão.
3. A Galileia nos dias de
Jesus.
A predominância gentílica
na Galiléia recebeu sensível mudança depois que Herodes a anexou ao seu reino,
mas isso não eliminou a miscigenação. Para lá afluíram muitos judeus e a região
se tornou mais populosa. Tinha cerca de 240 cidades e vilas, segundo Flávio
Josefo. As principais eram Cafarnaum, Nazaré e Tiberíades, a capital. Por sua
histórica heterogeneidade e por ter uma cultura bastante influenciada por
gregos e romanos, o termo Galileu ganhou um conceito pejorativo entre os judeus
da Judeia. Esse era um dos motivos que apresentavam para a rejeição de Jesus,
que consideravam ser galileu. Até nesse aspecto vemos a sabedoria divina em ação,
confundindo aqueles que, pela dureza do coração, rejeitavam o Salvador.
PENSE! A completude e perfeição das Escrituras são o
resultado da ação do Espírito Santo.
PONTO
IMPORTANTE! A atuação de Jesus
na Galileia é mais um sinal da amplitude do plano divino de salvação.
SUBSÍDIO 1
Professor (a),
‘grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos. Os
verbos seguiam e operavam no tempo imperfeito em grego. Eles poderiam ser
traduzidos, respectivamente: estava continuamente seguindo’ e ‘estava
continuamente operando’. A atividade de cura de Jesus regularmente atraía as
multidões na Galileia,” (Adaptado de Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006. p. 68.)
II – SEGUINDO OS SINAIS
1. Um atrativo para as
multidões.
Os sinais jamais podem
ser vistos como um fim em si mesmo, ou seja, não podemos nos relacionar com
Deus por causa dos para atrair as pessoas para Cristo, a fim de que possam
ouvir sua Palavra e crer nEle. Jesus realizou muitos milagres e prometeu que
suas testemunhas receberiam poder para realizar obras ainda maiores (Jo 14.12),
incluindo expulsar demônios, falar novas línguas, operar maravilhas e curas.
Quando os discípulos saíram pregando, o Senhor Jesus cooperava com eles,
“confirmando a palavra com os sinais que se seguiram” (Mc 16.20). Os sinais não
cessaram no primeiro século. Têm acontecido durante toda a história da Igreja e
ainda se manifestam entre nós. Precisamos buscá-los com fé, pois disse Jesus:
“E tudo o quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho” (Jo 14.13).
2. O propósito
revelacional.
João registra que a
multidão seguia a Jesus “porque via os sinais que operava sobre os enfermos”
(Jo 6.2). Nessa movimentação pública, Jesus prossegue seu ministério de
milagres e pregação, sempre no propósito de revelar-se à humanidade. Mais uma
vez age no sentido de demonstrar, com clareza, a impossibilidade humana de
solucionar o problema instaurado, ao questionar Filipe sobre a compra de pães
para alimentar a multidão. Como acentua o evangelista, na verdade Jesus “bem
sabia o que havia de fazer” (Jo 6.6). Ou seja, o propósito foi específico:
realizar o sinal para revelar seu poder aos homens, a fim de que cressem nEle.
3. “Está aqui um rapaz”.
Além de o lugar ser
afastado, Filipe indicou o obstáculo financeiro, já que para supri-los de pão
seriam necessários mais que duzentos dinheiros, o equivalente a cerca de dez
meses de trabalho. Diante disso, André informa que havia ali um rapaz que tinha
cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas logo reconhece que isso era
absolutamente nada para a multidão reunida (Jo 6.9). De qualquer sorte, a
informação trazida por André foi válida, porque foi a partir dessa
insuficiência humana, seguida de uma atitude de desprendimento, que houve a
operação do milagre. A lição que tiramos é: o pouco que temos é realmente
insuficiente, mas quando entregue a Jesus pode se tomar muito e servir para
alimentar grandes multidões. Da mesma forma que Jesus operou aquele milagre a
partir do pouco que tinha aquele jovem, pode fazê-lo em relação a qualquer um
de nós, desde que coloquemos em suas mãos tudo o que somos e temos. Com o
rapaz, aqueles cinco pães e dois peixinhos continuariam sendo cinco pães e dois
peixinhos. Entregues a Jesus, foram multiplicados, alimentaram a multidão e
ainda sobejaram, enchendo doze cestos de pedaços dos pães (Jo 6.11-13).
PENSE! Não podemos nos acomodar a uma religião sem o
sobrenatural.
PONTO
IMPORTANTE! Reter o que temos
para nós mesmos revela nossa mediocridade.
Escola
Dominical Adolescentes - CPAD | 1° Trimestre de 2022 |
Título: JESUS O FILHO DE DEUS – os Sinais e Ensinos de Cristo no
Evangelho de João | Lição 7: O quarto sinal: A multiplicação dos pães | Subsídios Dominical
SUBSÍDIO 2
Professor (a),
ao comentar o tópico II da lição, diga aos alunos que “nada é demasiado pequeno
nas mãos dAquele que criou os céus e a terra, quando entregue às suas mãos,
Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes, 1 Co
1.27.” (BOYER. Orlando. Espada Cortante. Lucas, João e Atos. Vol. 2. Rio de
Janeiro: CPAD. 2007, p.265.)
III – UMA COMPREENSÃO IMPERFEITA
1. O profeta.
Os que viram o milagre concluíram
que Jesus era “verdadeiramente, o profeta que havia de vir ao mundo” (Jo 6.14).
Isso demonstra como era patente a expectativa messiânica em Israel. O problema
era a ausência de compreensão correta da identidade e do ministério do Messias.
Grupos distintos de judeus tinham expectativas diferentes, de acordo com suas
crenças e aspirações. O que predominava era o interesse na implantação de um
reino terreno, de caráter político, o que se viu mesmo entre os discípulos (At
1.6).
2. A sedução do pluralismo
religioso.
Em nossos dias também
existe uma multiplicidade de crenças sobre Jesus, com muitos o situando como
mais um dos personagens da espiritualidade mundial Precisamos compreender
plenamente a identidade de Jesus e sua divindade, refutando as ideias do
pluralismo e do inclusivismo religioso, que visam atrair o cristianismo para
uma falsa unidade. A fé cristã é exclusivista. Jesus não é um caminho. Ele é “o
caminho” (Jo 14.6). Único, portanto. Como diz o escritor Erwin E. Lutzer. “Deus
se revelou somente em Cristo; portanto, todas as outras religiões são
imperfeitas, desencaminhadas e falsas.” Mas não seria uma “intolerância” pensar
desse jeito? Lutzer refuta: “O exclusivismo” […] não está em conflito com a
liberdade religiosa. A Liberdade de adotar qualquer religião que a pessoa
queira (ou não queira nenhuma), deve ser um direito em todos os países,
especialmente naqueles que foram influenciados pela fé cristã”. A questão é:
existe a escolha certa (Cristo) e as muitas escolhas erradas (fora de Cristo).
3. Queriam fazê-lo rei.
Ainda no texto em estudo
vemos que a compreensão imperfeita do messiado de Jesus também se revelou, no
fato de que mesmo reconhecendo nEle a figura de um profeta, reduziam isso a uma
oportunidade política. João registra que, por saber que o propósito da multidão
era proclamá-lo rei, Jesus “tornou a retirar-se, ele só, para o monte” (Jo
6.15). A incompreensão e a incredulidade de Israel a respeito do Messias
prevalecem até os dias atuais, e somente serão mudadas no final da Grande
Tribulação, quando, enganados e perseguidos pelo Anticristo, os judeus clamarão
por Jesus e receberão o socorro do Filho de Deus (Zc 12.10-14; 13.1-6; 14.1-9;
Ap 1.7: Rm 11.26). Nesse tempo, cumprirá o que Jesus disse: Israel clamará por
“Aquele que vem em nome do Senhor” (Lc 13-35). Será, então, restaurado o trono
a um descendente de Davi, Jesus, o Cristo, para um reino eterno (Lc 1.32,33).
SUBSÍDIO 3
Professor (a),
no decorrer deste tópico procure enfatizar a compreensão imperfeita que os
judeus tinham a respeito de Jesus. Vendo, pois aqueles homens o milagre que
Jesus tinha feito, diziam: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao
mundo’ (Jo 6.20), Esta reação ao sinal é típica e semelhante a outras reações
neste Evangelho (cf. Jo 4.19; 7.40; 9.17). Para evitar um possível levante que
o colocaria em uma posição de Messias-Rei — porque estas eram as conotações das
palavras profeta e rei — Jesus tornou a retirar-se, Ele só, para o monte (Jo
6.15)” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7 Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 70.)
CONCLUSÃO
Apesar do propósito de
Cristo de revelar-se ao mundo como o Deus Salvador da humanidade, as multidões
o seguiam pelos sinais que fazia, mas sem a compreensão correta de sua
identidade. Mais que isso, em muitos os sinais suscitaram o interesse de vê-lo
como o rei de Israel, em busca do fim do domínio romano. Em nossos dias, o
sincretismo religioso humaniza a sua mensagem e rejeita seu senhorio. Vigiemos!
HORA DA REVISÃO
1- Na primeira fase do
ministério de Jesus, ELE fez várias incursões a qual cidade?
Na primeira fase de seu
ministério Jesus fez várias incursões à Judeia,
2- Qual a localização da
Galileia dos gentios?
Ela está situada ao Norte
de Israel, a oeste do rio Jordão, em torno e acima do grande lago que leva o
mesmo nome.
3- Qual o propósito dos
sinais?
Os sinais servem para
atrair as pessoas para Cristo, a fim de que possam ouvir sua palavra e crer
nEle.
4- Além do lugar ser
distante que outro obstáculo Filipe indicou?
Ele apontou o obstáculo
financeiro.
5- Que lição você extraiu
do milagre da multiplicação?
Resposta pessoal.
Escola
Dominical Adolescentes - CPAD | 1° Trimestre de 2022 |
Título: JESUS O FILHO DE DEUS – os Sinais e Ensinos de Cristo no
Evangelho de João | Lição 7: O quarto sinal: A multiplicação dos pães | Subsídios Dominical