Classe: Jovens | 1° Trimestre de 2022 | Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
"Jesus disse-lhe: Levanta-te, tom a
tua cama e anda. Logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu. E
aquele dia era sábado." (Jo 5.8,9)
RESUMO DA LIÇÃO
A cura do paralítico de Betesda nos
mostra que o Filho de Deus não tinha, e não tem, limitação de qualquer natureza
para realizar milagres.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Jo 5.5 Enfermo
há 38 anos
TERÇA - Jo 5.6 A
pergunta de Jesus
QUARTA - Jo 5. 7 A
resposta do paralítico
QUINTA - Jo 5.10 Os
judeus repudiam a cura do paralítico de Betesda
SEXTA - Jo 5.19,20 Jesus
mantém comunhão e autoridade com Deus
SÁBADO - Jo 5.21 Jesus
tem poder de dar a vida
OBJETIVOS
I. COMPREENDER porque João registra várias viagens de Jesus a Jerusalém;
II. MOSTRAR que o paralítico teve que esperar muito pelo
seu milagre;
III. CONHECER o quadro espiritual dos judeus no tempo do
milagre relatado por João.
INTERAÇÃO
Com a
graça de Deus chegamos à sexta lição. Estudaremos mais um dos sinais realizados
por Jesus e relatados no Evangelho de João. Este sinal trouxe um grande impacto
para os judeus que na época viviam uma grande cegueira espiritual.
Professor(a), no decorrer da lição, enfatize para seus alunos que o milagre de
Betesda é uma das manifestações da misericórdia de Jesus para com um homem que
há 38 anos sofria de uma enfermidade. Ao lermos o texto bíblico, podemos
perceber que o tempo de espera, a solidão e o fato de ter que conviver com
outros doentes que foram curados, pode ter ferido e deixado marcas na alma do
paralítico. A Palavra de Deus nos afirma em Provérbios 13.12 que “a esperança
demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é a árvore da vida”. Não
era só o corpo do paralítico que precisava de uma cura. Mas graças a Deus, pois
o Senhor Jesus tem poder e pode curar o corpo, a alma e o espírito.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), nesta lição seus
alunos verão que Jesus ensinou em Jerusalém. Ele se empenhou para mostrar à
elite do sistema religioso judaico e toda Jerusalém que Ele era o “Verbo que se
fez carne”.
TEXTO BÍBLICO
João 5.1-9
1 Depois disso, havia uma festa entre os
judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
2 Ora, em Jerusalém há, próximo à Porta
das Ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
3 Nestes jazia grande multidão de
enfermos: cegos, coxos e paralíticos, esperando o movimento das águas.
4 Porquanto um anjo descia em certo tempo
ao tanque e agitava a água: e o primeiro que ali descia, depois do movimento da
água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
5 E estava ali um homem que, havia trinta
e oito anos, se achava enfermo.
6 E Jesus, vendo este deitado e sabendo que
estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
7 O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não
tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas,
enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8 Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua
cama e anda.
9 Logo, aquele homem ficou são, e tomou a
sua cama, e partiu. E aquele dia era sábado
INTRODUÇÃO
Já estamos na sexta lição. Esperamos que
você esteja sendo edificado, crescendo ainda mais na graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, através da comunhão com Ele e do estudo
de sua Palavra. Afinal, o Evangelho de João nos revela, de modo especial, a
deidade de Jesus, o Filho de Deus encarnado, permitindo que tenhamos um maior
conhecimento da Pessoa de Cristo. O conhecimento sobre Jesus Cristo é
progressivo, pois o nosso entendimento foi profundamente afetado pela Queda.
Dependemos totalmente do Espírito Santo para que nos revele, pela Palavra, o
significado da encarnação do Senhor em toda sua completude, a fim de que
possamos compreender o “mistério de Cristo” (Ef 3.4) e tê-lo, pela fé,
habitando em nosso coração (Ef 3.17).
I – DE VOLTA A JERUSALÉM
1. No centro do judaísmo.
João noticia várias viagens de Jesus à
Judeia, que não são narradas pelos Evangelhos Sinóticos. Eram ocasiões
relacionadas às festas judaicas. Isso serve para demonstrar o empenho de Jesus
para se revelar à elite do sistema religioso judaico e a toda Jerusalém. Quando
João afirma que o Filho de Deus “veio para o que era seu, e os seus não o
receberam” (Jo 1.11), está se referindo primeiro à rejeição de Israel: “os seus
não o receberam”. Isso fica bastante evidente principalmente nas muitas
rejeições que Jesus teve, especialmente no centro do judaísmo. Depois se refere
à humanidade como um todo. Ao mesmo tempo em que Jesus precisava manifestar-se
aos judeus, realizando sinais e pregando, era necessário que se ocultasse, para
que a ira judaica não precipitasse o ápice de seu ministério terreno, com a
crucificação. O crescente ódio dos judeus, que desde o princípio procuravam
matá-lo (Jo 5.16), não poderia frustrar parte alguma do plano divino quanto à
inteira revelação do Filho Encarnado.
2. O tanque de Betesda.
Localizado próximo da Porta das Ovelhas,
ali se concentrava uma grande multidão o qual esperava pela descida de um anjo,
que agitava a água e fazia com que o primeiro que ali descesse, sarasse de
qualquer enfermidade (Jo 5.2-4). Não há uma definição única para o significado
de Betesda. A mais comum é “casa de misericórdia”, local que havia se
transformado em um centro de peregrinação (Jo 5.3). Podemos imaginar a
expectativa dos doentes e como cada um se apressava para ser o primeiro a
descer à água quando agitada.
3. A crença no milagre.
Os milagres realizados no tanque de Betesda
podem ser perfeitamente compreendidos como uma manifestação da misericórdia de
Deus com a multidão de enfermos daquele tempo. Agora, contudo, estava ali o
Filho de Deus, que não tinha limitação de qualquer natureza para realizar
milagres. Esse, aliás, é um dos aspectos do sinal realizado, mostrando sua
superioridade em relação a qualquer tradição.
PENSE! Nosso Deus se manifesta de diversas maneiras
PONTO IMPORTANTE! O milagre em Betesda é uma manifestação da
misericórdia de Deus.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), explique aos
alunos que “todos os homens judeus eram solicitados a ir até Jerusalém para
participar de três festas:
(1) a Festa da Páscoa e dos Pães
Asmos.
(2) a Festa das Semanas (também
chamada de Pentecostes), e
(3) a Festa dos Tabernáculos.
Embora este dia santo em particular não seja especificado, a frase explica por
que Jesus estava em Jerusalém.
Os leitores familiarizados com
Jerusalém teriam conhecimento da Porta das Ovelhas (ela é mencionada em Neemias
12.39). Escavações recentes mostram que este local tinha dois tanques com cinco
pórticos cobertos. Estas eram estruturas abertas com telhados que permitiam
alguma proteção das intempéries. Uma multidão de enfermos ficavam nos pórticos.
As pessoas faziam peregrinações ao tanque de Betesda para receberem o benefício
de cura das águas.” (Comentário do Novo Testamento. Aplicação Pessoal. Vol 1.
Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 514).
II – UMA LONGA ESPERA
1. Um conhecido de Jesus.
Junto ao tanque, Jesus encontrou esse
homem anônimo, que estava enfermo havia 38 anos. João inclui em sua narrativa
uma informação relevante para o propósito de sua obra, ao dizer que Jesus sabia
que aquele homem estava enfermo havia muito tempo (Jo 5.6). Como Deus, Jesus o
conhecia bem e sabia de suas dificuldades. Com Deus não há acasos. Ele nos
conhece por inteiro, sabe tudo sobre nós, conhece nossos pensamentos,
sentimentos, dúvidas e frustrações. Apesar de nossos defeitos e debilidades,
Ele se interessa por nós e sempre quer nos ajudar. Contudo, quer ouvir de nós o
que realmente queremos: “Queres ficar são?” (Jo 5.6).
Depreendemos do texto que aquele
paralítico não tinha amigos, nem mesmo alguém da família que pudesse ajudá-lo a
descer às águas. Talvez a própria conduta daquele homem o tivesse levado a esse
estado de abandono. Depois de curado Jesus o adverte: “Eis que já estás são:
não peques mais, para que não suceda alguma coisa pior” (Jo 5.14). Todos nós,
pecadores, precisamos da misericórdia de Deus, pela qual Ele afasta de nós o
mal que merecemos e, por sua graça, nos dá o bem que não merecemos: “Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé: e isso não vem de vós: é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9).
2. No dia de sábado.
Embora aquele homem estivesse enfermo há
38 anos, para os líderes judeus ele teria que permanecer nesse estado, porque,
naquele dia, um sábado, não poderia ter sido curado. É impressionante o mal que
uma religiosidade fria e cega pode produzir. Os judeus interceptaram o
ex-paralítico e lhe disseram: “É sábado, não te é lícito Levar a cama” (Jo
5.10). A ira dos judeus não era apenas pelo ato de levar a cama no dia de
sábado, mas também pela cura: “E, por essa causa, os judeus perseguiram Jesus e
procuravam matá-lo, porque faziam essas coisas no sábado” (Jo 5.16). Em nossos
dias também existem muitos que insistem em viver na prática de antigas
tradições judaicas, como a guarda do dia de sábado, a despeito da clareza
bíblica acerca da inexistência da aplicação desse e de tantos outros preceitos
cerimoniais no Novo Testamento (Rm 14.6; Gl 4.9-11).
3. Vivendo a graça de Deus.
Depois de tanto tempo esperando por um
milagre, o ex-paralítico recebe a censura dos judeus e simplesmente responde:
“Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma a tua cama e anda” (Jo 5.11). Ou
seja, ele entendeu que a autoridade espiritual de Jesus estava acima de
qualquer limitação formal da religião judaica. Isso é, sem dúvida, um vislumbre
importante do que é viver a graça de Deus. Se o ex-paralítico tivesse se
intimidado, teria, na prática, permanecido imóvel, mesmo diante do grande
milagre que havia recebido. Mas ele não fez assim, porque a virtude que
recebera era maior que a restrição religiosa do judaísmo.
PENSE! Pedir é um gesto de humildade e dependência.
PONTO IMPORTANTE! Precisamos compreender bem o que é liberdade cristã.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), ao comentar o
subtópico 3 diga aos alunos que “não havia nada na Lei de Deus que tornasse
ilícito ao homem que fora curado levar a cama no sábado. Mas o homem violou a
aplicação legalista dos fariseus do mandamento de Deus para se honrar o sábado.
A ordenança contra carregar algo no sábado era a última de trinta e nove regras
na ‘tradição dos anciãos’ que estipulavam os tipos de trabalho que eram
proibidos no sábado. Esta era apenas uma das centenas de regras que os líderes
judeus haviam acrescentado à lei do Antigo Testamento.” (Adaptado de Comentário
do Novo Testamento. Aplicação Pessoal. Vol 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. p.
515.)
Escola
Dominical Adolescentes - CPAD | 1° Trimestre de 2022 |
Título: JESUS O FILHO DE DEUS – os Sinais e Ensinos de Cristo no
Evangelho de João | Lição 6: O terceiro sinal: O paralítico de Betesda |
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III – REVELANDO-SE A UMA GERAÇÃO INÍQUA
1. O quadro espiritual dos judeus.
A cegueira judaica era realmente muito
grande. Mais que isso, havia muita maldade em seus corações. É importante
destacar isso para que entendamos as razões de não terem recebido Jesus. Nós
cremos que Jesus Cristo, o “Verbo de Deus” veio para salvar todos, judeus e
gentios, embora os judeus tenham rejeitado Cristo, seus milagres, sua pregação
e seu ensino. Os sinais realizados por Jesus contribuíram para a salvação de
muitos. Mas o que é a salvação? Segundo a nossa Declaração de Fé “cremos que a
salvação é o livramento do poder da maldição do pecado, e a restituição do
homem à plena comunhão com Deus, a todos os que confessam Jesus Cristo como seu
único Salvador pessoal”. Jesus Cristo, o Filho de Deus anunciado no Evangelho
de João, veio para nos reconciliar com Deus, restaurando nosso corpo, alma e
espírito, como aconteceu com o paralítico no tanque de Betesda.
2. O desencadear das perseguições.
O sinal miraculoso realizado por Jesus no
dia de sábado despertou a ira dos judeus e levou ao desencadeamento de uma
forte e implacável perseguição. O objetivo não era apenas confrontar o Mestre,
mas matá-lo (Jo 5.16). O ódio dos judeus era tão grande que eles quebravam os
próprios mandamentos que tanto defendiam. Estavam presos a formalidades da Lei,
enquanto quebrantavam o mais importante dela: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e
desprezais 0 mais importante da Lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis,
porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas” (Mt 23.23). Eram “condutores
cegos”, que coavam um mosquito e engoliam um camelo (Mt 23.24). Cheios de
hipocrisia e de iniquidade, eles eram como sepulcros caiados (Mt 23.27,28).
Justamente por isso se encheram de ódio contra Jesus, porque Ele fazia milagres
e atraía para si as multidões, sem em nada poder ser contestado.
3. Igual ao Pai.
Apesar da fúria dos judeus em relação a
Jesus e do desejo de matá-lo, a hora de sua morte ainda não havia chegado. Na
verdade, abria-se ali mais uma oportunidade para que o Messias revelasse sua
divindade, sua identidade como o Filho de Deus, igual ao Pai (Jo 5.16-18). Essa
expressão (igual ao Pai) suscitaria muitos debates nos primeiros séculos da
cristandade. O arianismo era uma das seitas que negava a divindade de Cristo,
heresia que foi refutada definitivamente no ano 325 d. C., no Concilio de
Niceia, cujo credo consolidou o entendimento de que a expressão “igual ao Pai”
quer dizer da mesma substância do Pai; homoousios, no grego. Glorifiquemos ao
Pai, por nos ter enviado o Filho. Glorifiquemos ao Filho, por ter nos
reconciliado com o Pai e nos dado a vida eterna: “Na verdade, na verdade vos
digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida
eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
CONCLUSÃO
Acura do paralítico de Betesda foi um
sinal de grande impacto para o judaísmo. Serviu não somente para apresentar a
divindade do Messias, mas também para mostrar a superioridade de sua obra
frente às tradições judaicas. O registro serve ainda para transmitir a todas as
gerações uma profunda mensagem da deidade de Cristo, como Filho de Deus,
incriado, da mesma espécie, em plena igualdade com o Pai.
HORA DA REVISÃO
1- Onde estava localizado o Tanque de
Betesda?
Estava localizado próximo da Porta das
Ovelhas.
2- Qual o significado de Betesda?
“Casa de Misericórdia”.
3- Quantos anos o paralítico de Betesda
estava enfermo?
Estava enfermo há 38 anos.
4- Qual a resposta do paralítico à censura
dos judeus?
“Aquele que me curou, ele próprio disse:
Toma a tua cama e anda” (Jo 5.11).
5- Qual era o quadro espiritual dos judeus
quando o paralítico de Betesda foi curado?
A cegueira dos judeus era realmente muito grande.
Escola
Dominical Adolescentes - CPAD | 1° Trimestre de 2022 |
Título: JESUS O FILHO DE DEUS – os Sinais e Ensinos de Cristo no
Evangelho de João | Lição 6: O terceiro sinal: O paralítico de Betesda |
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