Classe: Jovens | 1° Trimestre de 2022 | Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
“Entendeu, pois, o pai que era aquela hora
a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua
casa.” (Jo 4.53).
RESUMO DA LIÇÃO
“Entendeu, pois, o pai que era aquela
hora a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua
casa.” (Jo 4.53).
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA
– Jo 4.48 Nossa fé não deve se concentrar apenas nos milagres
TERÇA
– Jo 4.47 O oficial foi conduzido a Jesus através da fé
QUARTA
– Hb 1.1 O que é a fé
QUINTA
– Jo 4 53 Um milagre salvou uma família
SEXTA
– Jo 4 50 É preciso crer na palavra de Jesus
SÁBADO
– Mt 13.58 A incredulidade impede os milagres
OBJETIVOS
I. APRESENTAR
o contexto do milagre realizado por Jesus na vida do filho do oficial;
II. MOSTRAR
que a confiança em Jesus contribuiu para a operação do milagre;
III. SABER
que fé, convicção e atitudes nos levam a experimentar o poder de Deus.
INTERAÇÃO
Na
lição deste domingo estudaremos a respeito do segundo sinal operado por Jesus e
registrado por João: a cura do filho do oficial. Veremos que o oficial teve fé,
convicção e atitude. Ele retornou para sua casa crendo e obedecendo a voz de
Jesus. Professor (a), no decorrer da aula, procure mostrar aos seus alunos que
a verdadeira fé é manifestada em ações. Como filhos (as) de Deus precisamos ter
fé e atitude. Explique que a fé é uma virtude essencial para o cristão. Em um
mundo de tanta incredulidade, precisamos viver em devoção a Deus, para que
nossa confiança nEle cresça e com ela vençamos o mundo (1 Jo 5.4).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), você sabia que um
dos métodos mais atrativos para a classe de jovens é o trabalho em grupo?
Contudo, para que ele seja eficiente você precisa observar os seguintes
aspectos: saber a quantidade exata de alunos e separar os grupos conforme o
número deles; conhecer o tamanho do espaço físico disponível e o tempo para a
ministração da aula, já incluindo a apresentação dos grupos. Para a aula de
hoje sugerimos que você divida a turma em dois grupos. Cada grupo deverá
discutir as seguintes questões: “O que é essencial para que vejamos os milagres
de Jesus em nossas vidas?” “A fé do cristão pode ser estática?” “Por quê?”
Depois que os alunos terminarem de discutir as questões, faça um único grupo e
peça a eles que respondam às perguntas propostas. Conclua explicando que para
que haja milagres é necessário fé, convicção e atitude. A fé em Jesus deve ser
sempre dinâmica e progressiva. Ela inicia como um grão de mostarda, mas deve
crescer.
TEXTO BÍBLICO
João 4.46-54
46 Segunda vez foi Jesus a Caná da
Galiléia, onde da água fizera vinho. E havia ali um oficial do rei, cujo filho
estava enfermo em Cafarnaum.
47 Ouvindo este que Jesus vinha da Judéia
para a Galiléia, foi ter com ele e rogou-lhe que descesse e curasse o seu
filho, porque já estava à morte.
48 Então, Jesus lhe disse: Se não virdes
sinais e milagres, não crereis.
49 Disse-lhe o oficial: Senhor, desce,
antes que meu filho morra.
50 Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive.
E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse e foi-se.
51 E, descendo ele logo, saíram-lhe ao
encontro os seus servos e lhe anunciaram, dizendo: O teu filho vive.
52 Perguntou-lhes, pois, a que hora se
achara melhor; e disseram: Ontem, às sete horas, a febre o deixou.
53 Entendeu, pois, o pai que era aquela
hora a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua
casa.
54 Jesus fez este segundo milagre quando
ia da Judéia para a Galileia,
INTRODUÇÃO
Vamos prosseguir com o estudo de mais um
dos textos narrativos dos sete sinais da deidade de Cristo, registrados por
João. O livro de João é essencialmente apologético, diante da necessidade que o
apóstolo e outros líderes das igrejas da Ásia Menor sentiram no final do
primeiro século, pelo perigo de misturas da doutrina cristã com filosofias
gnósticas e o judaísmo helenizado. Enquanto o primeiro sinal foi dirigido
especialmente aos discípulos, agora vemos Jesus realizando um milagre que
levaria um oficial do rei e sua família a crerem nEle. Ou seja, a revelação de
sua divindade vai ganhando maior abrangência
I – O CONTEXTO DO MILAGRE
1. De volta à Galileia.
Como já enfatizamos, João é o único dos
evangelistas que registra eventos ocorridos no primeiro ano do ministério de
Jesus, especialmente suas idas a Jerusalém por ocasião das festas judaicas.
Isso é relevante para compreendermos o contexto do milagre em estudo, que se
deu justamente durante uma viagem de volta — da Judeia para a Galileia —,
depois de Jesus haver purificado o Templo (Jo 2.13-25), dialogado com Nicodemos
(3.1-21) e percorrido a região da Judeia onde João Batista batizava (3.22,23).
2. Passando por Samaria.
Ali, Jesus teve um encontro com a mulher
samaritana (Jo 4.1-28) e prosseguiu para a Galiléia (Jo 4.43), indo a Caná,
onde recebeu o pedido de um oficial do rei, para que descesse a Cafarnaum e
curasse seu filho (Jo 4.46,47). É de Caná, portanto, lugar do primeiro milagre,
que também foi realizado este segundo sinal — dentre os registrados por João —
com efeito em Cafarnaum, onde estava o enfermo.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), explique aos
alunos que “a palavra traduzida como oficial poderia se referir a ‘um parente
da família real (de Herodes)’, mas provavelmente se refere a ‘um oficial real’.
As narrativas dos milagres de Jesus em Jerusalém (Jo 2.23) tinham evidentemente
chegado antes dele à Galiléia, e o primeiro milagre em Caná sem dúvida fora o
assunto de muitas conversas em Cafarnaum, que ficava a somente 24 quilômetros
[…]. Assim, este oficial, ouvindo que Jesus vinha da Judéia para a Galiléia,
foi ter com ELE e rogou-lhe que descesse e curasse o seu filho, porque já
estava à morte (47). O verbo rogou está no imperfeito no texto grego, indicando
um pedido repetido e continuado.” (Comentário Bíblico Beacon.1 ed. Vol.7. Rio
de Janeiro: CPAD, 2014, p. 61).
II – CONFIANÇA EM JESUS
1. A fé do oficial.
Estudiosos debatem a respeito da
identidade do “oficial do rei” já que o texto sagrado não nos fornece mais
informações sobre ele. Estudiosos debatem sobre sua identidade. Para Matthew
hienry, era “assim chamado, ou pela grandeza de suas propriedades, ou pela
extensão de seu poder, ou pelos direitos pertencentes à sua casa”.
Há praticamente um consenso de que
servisse a Herodes Antipas, tetrarca da Galileia de 4 a.C. a 39 d.C., mas há
afirmações distintas sobre sua nacionalidade; se gentio ou judeu. Pode-se
afirmar que não pertencia ao clero judaico e que não era um judeu devoto,
Justamente por isso, chama-nos a atenção a fé que demonstra esse nobre, ainda
nos primórdios do ministério de Jesus — e na Galileia, onde muitos dentre os
próprios judeus resistiam em crer nEle. Jesus “testificou que um profeta não
tem honra na sua própria pátria” (Jo 4.44), Jesus realizou poucos milagres em
Nazaré, justamente pela incredulidade de seus compatriotas. Mateus registra o
espanto deles diante de sua sabedoria e dos atos miraculosos que realizava,
apontando para o fato de ser “o filho do carpinteiro” e estar entre eles sua
mãe, Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13.54,55). O
evangelista termina informando: “E não fez ali muitas maravilhas, por causa da
incredulidade deles” (Mt 1358).
2. Ouviu falar de Jesus.
O oficial ouviu que Jesus vinha da Judéia
para Galileia e foi ter com Ele. Certamente estava em Cafarnaum e se deslocou
para Caná em busca de socorro para seu filho. Percorreu aproximadamente 24
quilômetros, grande parte em montanhas, considerando a posição geográfica de
Caná em relação a Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia. Tudo
indica que a fama de Jesus como operador de milagres já era grande na região,
ao ponto de alcançar uma alta autoridade da dinastia herodiana.
João nos informa, também, que muitos
galileus haviam estado em Jerusalém e presenciado o que lá realizaram (Jo
4.45). Isso nos fala da importância de testemunhar de Jesus; falar de quem Ele
é e do que fez e faz por nós. Isso tem fenecido bastante nos últimos tempos.
Precisamos orar para que o Espírito Santo nos dê ousadia para testemunhar (At
1.8), sem nos esquecer, jamais, de que o principal e maior testemunho é nossa
vida (Mt 5.14-16).
3. Um obstáculo aos milagres.
O escritor aos Hebreus afirma que “Jesus é
o mesmo ontem, e hoje. e eternamente” (Hb 13.8). Contudo, a falta de fé nos
impede de receber mais de sua graça, poder e milagres. O racionalismo solapou a
fé de muitos cristãos no século XIX, com o surgimento do liberalismo teológico,
um movimento que negava o sobrenatural, procurava explicar racionalmente os
milagres e enfatizava a historicidade de Jesus, em detrimento de sua divindade.
Segundo o Dicionário Teológico do pastor Claudionor de Andrade, o liberalismo
teológico tinha como objetivo extirpar da Bíblia todo elemento sobrenatural,
submetendo as Escrituras a uma crítica científica e humanista. No liberalismo
teológico, via de regra, não há lugar para os milagres, profecias e a divindade
de Cristo Jesus”. Precisamos ter cuidado e não ceder a nenhum extremo: nem ao
racionalismo, que gera incredulidade, nem ao emocionalismo ou ao sensorialismo
que abandonam a maturidade e a centralidade da fé nas Escrituras e se guiam
apenas por emoções ou sensações. Nossas experiências são importantes e
necessárias, mas devem, sempre, ser submetidas ao crivo da Palavra de Deus. O
verdadeiro Pentecostalismo está firmado nas Escrituras e no poder de Deus (Mt
22.29). Toda emoção religiosa é bem-vinda, quando originada nessas fontes por
ação do Espírito Santo.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), “em João as duas
palavras, sinais e milagres, combinadas assinalam os dois principais aspectos
do milagre: o aspecto espiritual, pois sugerem alguma verdade mais profunda do
que aquela que o olho vê, para o qual eles são, de alguma maneira símbolos e
garantias: e o aspecto externo, pois a sua estranheza arrebata a atenção’.”
(Comentário Bíblico Beacon.1.ed. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 62)
Escola
Dominical Adolescentes - CPAD | 1° Trimestre de 2022 |
Título: JESUS O FILHO DE DEUS – os Sinais e Ensinos de Cristo no
Evangelho de João | Lição 5: O segundo sinal: A cura do filho do oficial
| Subsídios
Dominical
III – FÉ, CONVICÇÃO E ATITUDE
1. O oficial creu e foi.
Sempre que recebemos uma palavra vinda de
Deus precisamos agir pela fé para que experimentamos o poder divino. A
verdadeira fé produz em nós convicção e disposição para atitudes que não tenham
explicações racionais ou cartesianas. Para o que a lógica explica não é
necessário ter fé. Agir pela fé é fazer como o oficial: “[…] creu na palavra
que Jesus lhe disse e foi-se” (4.50).
O oficial não tinha evidência alguma de
que o milagre havia ocorrido, porque estava em Caná e seu filho em Cafarnaum,
distante 24 quilômetros, como já anotamos. Jesus não foi com ele à sua cidade,
como lhe pedira, apenas disse que seu filho vivia, ou seja, que não morreria,
como imaginava o pai (Jo 4.47). Bastou para que o oficial tomasse a atitude de
empreender viagem em busca do filho e do milagre que havia pedido a Jesus.
Quando chegou em casa, encontrou o filho curado, comprovando que a cura se dera
no mesmo momento em que estivesse com Jesus, creu Ele Juntamente com toda sua
casa (Jo 4.51-54). Esse e outros exemplos da Bíblia nos ensinam que sempre que
pedirmos alguma coisa ao Senhor Jesus, precisamos confiar nEle e estar prontos
para atitudes que desafiam nossa lógica. Isso é fé.
2. Os heróis da fé.
No registro dos heróis da fé (Hb 11) vemos
que eles foram assim chamados porque agiram em obediência à ordem de Deus,
confiando em sua palavra. Por isso, afirmamos que a fé não é um mero
assentimento mental, mas uma convicção firme, gerada em nosso coração, e que
nos leva a atitudes condizentes com ela. Não é fácil elaborar uma definição
formal para “fé”, Do grego pistis, a palavra aparece no Novo Testamento
como “confiança” (Mc 11.22; Rm 3.22,28), mas também como “fidelidade” (Rm 3.3;
Gl 5.22). Para defini-la, geralmente recorremos a Hebreus 11,1, que diz: “Ora,
a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se
não veem”. Fé não é incerteza ou dúvida, mas uma virtude espiritual que gera
prontidão de espírito e nos leva a agir de acordo com a vontade de Deus. A fé
produz entendimento do que não podemos compreender pela razão (Hb 11.3) e nos
impulsiona a agir para além dos Limites de nossa própria visão (Hb 11.8). Todos
os heróis da fé são identificados pelas atitudes que tomaram: Abel ofereceu a
Deus maior sacrifício do que Caim; Noé preparou a arca; Abraão saiu sem saber
para onde ia e ofereceu Isaque quando foi provado; Moisés recusou ser chamado
filho da filha de Faraó (Hb 11.4,7,8,17,24). Há sempre um verbo de ação.
3. Crescendo na fé.
A fé não é estática. Ela é dinâmica e
progressiva. Jesus falou algumas vezes sobre fé referindo-se a tamanho:
“pequena fé” (Mt 8.26; 17.20); “grande fé” (Mt 15.28). Este sentido é
reforçado, ainda, pela comparação que Jesus fez com o grão de mostarda:”[…] se
tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passe daqui para
acolá — e há de passar; e nada vos será impossível” (Mt 17.20). Jesus falou
assim diante do insucesso dos discípulos no episódio do pai que tinha um filho
lunático (alucinado, louco). No caso bíblico, era em decorrência de um espírito
mudo, que açoitava o jovem (Mc 9.17.18). Lucas narra que o espírito tomava o
rapaz e só o largava “depois de o ter quebrantado” (Lc 9.39). Marcos diz que o
jovem era agitado com violência, se revolvia na terra e espumava (Mc 9.20). Ou
seja, o demônio lhe impunha um terrível sofrimento espiritual, psicoemocional e
físico. E isso era desde sua infância (Mc 9.21).
Os discípulos não puderam expulsar o
espírito maligno e Jesus falou-lhes da necessidade da oração e do jejum para
obter a fé que nos dá autoridade para expulsar demônios (Mt 17.20,21). De igual
modo, precisamos e podemos crescer na fé que produz uma confiança cada vez
maior na pessoa de Jesus quanto ao aspecto salvífico e em seu poder de
providência em nosso cotidiano, como o supridor de todas as nossas necessidades
(Fp 4,19). A fé, que nos é repartida por Deus (Rm 12.3), pode crescer muito (2
Ts 1.3) à medida que o buscamos em oração, meditamos em sua Palavra e nos
exercitamos no caminho da confiança nEle. Agindo por fé, essa virtude vai sendo
aperfeiçoada em nós (Tg 2.22).
SUBSÍDIO 3
“O apelo renovado do oficial
baseou-se na questão da vida e da morte. Ele não estava preparado para entrar
em uma discussão teológica quando a sua necessidade imediata parecia tão
grande. Senhor, desce, antes que meu filho morra. A resposta de Jesus foi um
teste ainda maior à fé do homem. Vai, o teu filho vive. O oficial viera buscar
Jesus; agora tudo o que ele obtinha era a promessa de vida para o seu filho.
Ele poderia crer, não tendo visto? (cf. 20.29), É possível confiar na Palavra
de Deus sem hesitação? Este homem fez isso!’ (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed
Vol.7 Rio de Janeiro: CPAD. 2014. p. 62).
CONCLUSÃO
Estudamos a respeito do segundo sinal da
deidade de Jesus registrado por João. Vimos como é importante ouvir a Palavra
de Deus, pois é ela que produz fé em nosso coração (Rm 10.17) e nos leva a ter
atitudes em busca de conquistas espirituais, Não somente sinais ou maravilhas,
mas especialmente profundas dádivas do Espírito estão à disposição de todos
nós, através da fé no Filho de Deus, Busquemo-lo mais!
HORA DA REVISÃO
1) Por que Jesus realizou poucos milagres
em Nazaré?
R. Jesus realizou poucos
milagres em Nazaré, justamente pela incredulidade de seus compatriotas.
2) O que nos impede de receber mais da
graça, poder e milagres de Jesus?
R. A Falta de fé nos impede
de receber mais de sua graça, poder e milagres.
3) Qual era o objetivo do Liberalismo
teológico?
R. O objetivo era extirpar
da Bíblia todo elemento sobrenatural, submetendo as Escrituras a uma crítica
científica e humanista.
4) Em que está firmado o
verdadeiro Pentecostalismo?
Está firmado nas Escrituras e no poder de
Deus.
5) Defina fé de acordo com a lição.
Não é fácil elaborar uma definição formal
para fé. Do grego pistis, a
palavra aparece no Novo Testamento como “confiança”, mas também como
“fidelidade”.
Escola
Dominical Adolescentes - CPAD | 1° Trimestre de 2022 |
Título: JESUS O FILHO DE DEUS – os Sinais e Ensinos de Cristo no
Evangelho de João | Lição 5: O segundo sinal: A cura do filho do oficial
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