Lição 11 – O sétimo
sinal: Jesus ressuscita Lázaro
Classe: Jovens | 1° Trimestre de 2022 | Escola Dominical CPAD
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TEXTO PRINCIPAL
"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição
e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá." (Jo 11.25)
RESUMO DA LIÇÃO
Jesus tem o controle a respeito da
vida e da morte.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Jo 11.4 Enfermidade que não é
para morte
TERÇA – Jo 11.5 Jesus amava Lázaro e sua
família
QUARTA – Jo 11.11 Lázaro foi despertado do
sono
QUINTA – Jo 11.17 Jesus nunca chega
atrasado
SEXTA – Jo 11.25 Jesus, ressurreição e
vida
SÁBADO – Jo 11.39 “Tirai a pedra”
OBJETIVOS
APRESENTAR a aldeia de Betânia;
EXPLICAR a respeito do milagre da
ressurreição;
EXPLANAR acerca da soberania de Deus
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor (a),
estudaremos o sétimo sinal narrado por João; a ressurreição de Lázaro. O amigo
de Jesus ficou gravemente enfermo e veio a falecer. Tudo aconteceu em um
momento em que Jesus não estava por perto. A princípio, ao lermos o texto
bíblico de João 11, podemos ter a impressão de que Jesus chegou tarde na aldeia
de Betânia e que mais nada poderia ser feito. Contudo, o milagre da
ressurreição de Lázaro nos mostra que o Filho de Deus jamais chega atrasado. O
Senhor tem a hora certa de agir em nosso favor, pois Ele é soberano e tem o
controle do tempo. Tudo está em suas mãos, inclusive a morte e a vida.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a),
reproduza o mapa abaixo. Utilize-o para mostrar que “Jesus havia estado
pregando nas aldeias além do Jordão, provavelmente na Pereia, onde recebeu a
notícia da doença de Lázaro. Jesus não partiu imediatamente, mas esperou dois
dias antes de voltar à Judéia. Ele sabia que Lázaro já estaria morto, quando
Ele chegasse a Betânia, mas Ele iria realizar um grande milagre” (Adaptado de
Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal: Rio de Janeiro: CPAD, 2015. p.
1423).
TEXTO BÍBLICO
João
11.1,3,4,14,17,39-41,43,44
1 Estava, então, enfermo
um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
3 Mandaram-lhe, pois, suas
irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.
4 E Jesus, ouvindo isso,
disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o
Filho de Deus seja glorificado por ela.
14 Então, Jesus
disse-lhes abertamente: Lázaro está morto.
17 Chegando, pois, Jesus,
achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.
39 Disse Jesus: Tirai a
pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque já é de
quatro dias.
40 Disse-Lhe Jesus: Não
te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?
41 Tiraram, pois, a
pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por
me haveres ouvido.
43 E tendo dito isso,
clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora.
44 E o defunto saiu,
tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço.
Disse-lhes Jesus: desligai-o e deixai-o ir.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje vamos
refletir a respeito de um aspecto fundamental de nossa fé no Deus a quem
servimos: a segurança de que Ele sempre tem o controle de todas as coisas. Não
há circunstância alguma que pegue Deus de surpresa ou que limite seu poder.
Seja qual for a origem ou a extensão do dano ou qualquer tipo de mal, nada
escapa ao controle soberano do Criador.
I – A ALDEIA DE BETÂNIA
1- Sua posição
geográfica.
A pequena aldeia de
Betânia é citada várias vezes nos Evangelhos (Mt 21.17; Lc 19.29: Jo 11.1;
12.1). É bem provável que essas citações não correspondam a todas as vezes que
Jesus ali esteve. Mas os registros que temos são suficientes para que
entendamos quão estratégico foi aquele lugar. É como quando viajamos para uma
cidade grande e preferimos nos hospedar em seus arredores, em um lugar
discreto, evitando os tumultos da metrópole.
2- Estrategicamente
escondida.
Jesus fez isso algumas
vezes em relação a Betânia, há apenas 2,7 km de Jerusalém (“quase quinze
estádios” cf. Jo 11.18). Bastava sair da cidade antiga, cruzar o Vale de Cedrom
e passar para o lado oriental do Monte das Oliveiras, onde estava Betânia, como
que estrategicamente escondida.
3- Saindo da agitação.
Betânia era um lugar por
vezes escolhido por Jesus para sair da agitação da movimentada Jerusalém. Essas
viagens a Betânia levaram Jesus a ter um relacionamento muito terno com os
irmãos Lázaro, Marta e Maria. Eles o recebiam em sua casa, dedicando-lhe
serviço, tempo e atenção. Especialmente Maria, que se assentava aos pés de
Jesus e ouvia sua Palavra (Lc 10.39).
SUBSÍDIO 1
Professor (a),
explique aos alunos que “a aldeia de Betânia estava situada a aproximadamente
três quilômetros a leste de Jerusalém, a caminho de Jericó. Ela ficava
suficientemente próxima de Jerusalém para que Jesus estivesse em perigo, mas
suficientemente longe para não atrair a atenção prematuramente. Quando o irmão
ficou gravemente doente, Maria e Marta recorreram a Jesus, em busca de ajuda.
Elas criam na sua habilidade de ajudar, porque haviam visto seus milagres. Nós,
também, sabemos dos milagres de Jesus, quando precisamos de ajuda
extraordinária, Jesus oferece recursos extraordinários. Não devemos hesitar em
pedir-lhe ajuda.” (Adaptado de Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal:
Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1421).
II – O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
1- Para a glória de Deus.
A expressão “glória de
Deus” tem um lugar central nesse texto. Jesus disse aos discípulos que a
enfermidade era “para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” (Jo 11.4).
Quando Marta hesitou diante da ordem de tirar a pedra do sepulcro, Jesus
ressaltou justamente esse propósito (Jo 11.40). Esse milagre, portanto, seria
mais um evidente sinal de sua divindade. Embora já tivesse registrado tantos
outros, João precisava incluir esse, que mostra o poder de Cristo sobre esse
terrível inimigo: a morte.
2- Defunto ou Lázaro?
Quando alguém morre não faz mais sentido chamá-lo
pelo nome porque não há comunicação alguma entre vivos e mortos. Não quer dizer
que deixemos de considerar o ente querido e tê-lo em lembrança, inclusive com
saudades. Acontece que, com a morte, cessa completamente a possibilidade de
comunicação, pois o espírito e a alma já estão fora do corpo. Com Jesus é
diferente. Ele não fala com defuntos. Enquanto nós perdemos toda a comunicação
com quem morre — porque estamos, por enquanto, presos a esse mundo material e
físico —, para Deus a única mudança é que os que já morreram deixaram essa
habitação terrena, mas continuam a existir, como alma e espírito, podendo ouvir
plenamente sua voz. Falando aos saduceus sobre a ressurreição, Jesus afirmou:
“Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, porque para ele vivem todos” (Lc 20.38).
É por isso que Jesus,
como Filho de Deus, nunca fala “defunto”, mas sempre “Lázaro”: “Lázaro, vem
para fora” (Jo 11.43). A ressurreição de Lázaro, portanto, é um chamado pessoal
de volta à vida. Jesus chamou Lázaro, ressuscitando-o. Mesmo depois dessa
declaração, o narrador continua a referir-se ao defunto: “E o defunto saiu” (Jo
11.44). O mesmo acontece na narrativa da ressurreição do filho da viúva de
Naim. Todos se referiam ao defunto, mas Jesus disse: “Jovem, eu te digo:
Levanta-te” (Lc 7.14).
3- A ressurreição no
presente.
Marta demonstrou profundo
conhecimento teológico em sua conversa com Jesus. Falou claramente da
ressurreição do Último Dia (Jo 11.24), além de ter confessado sua fé em Cristo,
“o Filho de Deus que havia de vir ao mundo” (Jo 11.27), mas não demonstrou crer
que Ele poderia operar milagre de ressurreição no presente. Esse é um exemplo
de como nossa compreensão teológica, por mais profunda que seja, ainda pode
apresentar grandes limitações espirituais. O texto é claro ao dizer que quando
Jesus viu Maria chorar, “moveu-se muito em espírito” e também chorou (Jo
11.33-35). Foi também de Maria a disposição de levar Jesus até a sepultura de
Lázaro (Jo 11.34). A lição espiritual que extraímos é: conhecimento teológico é
importante, mas sem quebrantamento não se alcança o coração de Deus (Sl 5117).
Maria alcançou esse quebramento porque tirava tempo para ficar aos pés de Jesus
(Lc 10.39; Jo 12.3)
SUBSÍDIO 2
Professor (a),
explique aos alunos que “se Jesus estivesse estado com Lázaro, durante os
momentos finais da doença de Lázaro, poderia tê-lo curado, em vez de deixar que
morresse, Mas Lázaro morreu, para que o poder de Jesus sobre a morte pudesse
ser exibido aos seus discípulos e a outras pessoas. A ressurreição de Lázaro foi
uma demonstração essencial do seu poder, e a ressurreição dos mortos é uma
crença crucial da fé cristã. Jesus apenas não ressuscitou a si mesmo (Jo
10.18), como, também, tem o poder de ressuscitar outras pessoas.” (Bíblia de
Estudo Cronológico Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 2015. p. 1421).
III – A SOBERANIA DE DEUS
1- Acaso ou propósito.
O estudo das Escrituras
nos faz entender que Deus não fez e nada faz por acaso. Sempre tem um propósito
perfeito em todas as coisas. Mesmo o homem deixando seus caminhos, Ele busca
atraí-lo através de seus atos soberanos, cabendo a nós responder a esse
chamado. Quando nos rendemos inteiramente a Deus passamos a experimentar sua
boa, agradável e perfeita vontade (Rm 12.1,2). Alcançamos, então, o verdadeiro
propósito de nossas vidas (Ef 1.3-6).
2- Vivendo os propósitos
de Deus.
Viver os propósitos de
Deus não nos isenta de sofrimentos enquanto estivermos nessa vida terrena. Se o
amarmos, tudo contribuirá para o nosso bem (Rm 8.28). Lázaro, amigo de Jesus,
estava enfermo, e era plenamente possível que o Mestre chegasse a Betânia a
tempo de curá-lo. Ou poderia curá-lo de onde estava, como fez com o filho do
oficial do rei, que morava em Cafarnaum. Entretanto, a enfermidade de Lázaro e
sua morte tinham um propósito claro e definido: glorificar o Filho de Deus.
3- O soberano intervém.
Com Lázaro morto e
sepultado, havia quatro dias, não se via possibilidade de qualquer intervenção
de Jesus para reverter o quadro: “Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro
dias”, disse Marta (Jo 11.39). Isso nos fala do risco que corremos neste mundo
frio e incrédulo, onde vai se esvaindo a fé em um Deus que intervém na vida
humana (Lc 18.8). Esse é o secularismo, que cresce a cada dia, como um sinal
dos últimos tempos (Mt 24.36-39; Lc 17.27-29).
Não é incomum ouvir
cristãos que já não creem em um Deus que faz milagres e que quer dirigir nossa
vida por inteiro. Um exemplo disso é a descrença no interesse de Deus em
questões vitais como casamento e geração de filhos. Se Deus não está
interessado em assuntos tão relevantes, terá algum interesse em nos dirigir em
nossos estudos ou profissão? Deus quer que toda nossa vida seja para sua glória
(1 Co 10.31). Ele se interessa por nós por inteiro e espera de nós uma entrega total:
“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará” (Sl 37.5).
SUBSÍDIO 3
Professor (a),
escreva no quadro a seguinte frase: ‘A soberania de Deus.’ Em seguida pergunte
aos alunos o que Viver os propósitos de Deus não nos isenta de sofrimentos
enquanto estivermos nessa vida terrena, Se o amarmos, tudo contribuirá para o
nosso bem. significa tal verdade. Depois, explique que ‘esta expressão
representa o ensino bíblico que se refere ao absoluto, irresistível, infinito e
incondicional exercício da vontade própria de Deus sobre qualquer área da sua
criação. Deus é aquele que ordena todos os eventos ao longo do tempo e da
eternidade, Ele também é o Criador e Mantenedor de tudo o que existe. Deus ‘faz
todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade’ (Ef 1.11). Não há nada que
esteja excluído do campo da soberania de Deus, incluindo até mesmo os atos
ímpios dos homens. Embora Deus não aprove esses atos de impiedade, Ele os
permite, governa e usa para os seus próprios objetivos e glória.” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 1844.)
PROFESSOR (A), em João 11.5 “temos uma família que
tinha uma dedicação genuína e forte a Jesus, que desfrutava de íntima comunhão
com Ele, e que era especialmente amada por Ele. Apesar disso, Lázaro
experimentava tristeza, aflição, enfermidade e morte. Hoje, essas aflições
podem atingir os crentes fiéis a Deus; os seus escolhidos. As igrejas terão as
Marias que perseveram em amorosa devoção ao Senhor; as Martas fiéis nas boas
obras e os Lázaros que sofrem e morrem. Famílias desse tipo talvez exclamem:
‘Até quando te esquecerás de mim, Senhor?’ Jesus declara que a demora dEle não
é falta de amor e sim para a glória de Deus e do seu reino e para o sumo bem
eterno dos que sofrem” (Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD,
1594).
CONCLUSÃO
A ressurreição de Lázaro
foi uma clara oportunidade de Jesus revelar aos judeus seu poder sobre a morte.
Estava próximo o dia da consumação de seu ministério terreno, com sua morte e
triunfo pessoal sobre esse terrível inimigo, a fim de que agora nós também,
tenhamos nEle a vida eterna. A morte não poderá nos deter. Temos vitória
assegurada por Cristo Jesus (1 Co 15).
HORA DA REVISÃO
1- Qual o lugar escolhido
por Jesus para sair da agitação de Jerusalém?
A pequena aldeia de
Betânia.
2- O que as viagens à
Betânia favoreceram?
Favoreceram Jesus a ter
um relacionamento muito terno com Lázaro, Maria e Marta.
3- Em Betânia. onde Jesus
se hospedava?
Na casa de Lázaro, Maria
e Marta.
4- O que Jesus afirmou
aos saduceus a respeito da ressurreição?
Falando aos saduceus
sobre a ressurreição, Jesus afirmou: ‘Deus não é Deus de mortos, mas de vivos,
porque para ele vivem todos’ (Lc 20.38).
5- Qual é a lição
espiritual que extraímos do fato de Jesus ter chorado?
A lição espiritual que
extraímos é: conhecimento teológico é importante, mas sem quebrantamento não se
alcança o coração de Deus (Sl 51.17).
Escola
Dominical Adolescentes - CPAD | 1° Trimestre de 2022 |
Título: JESUS O FILHO DE DEUS – os Sinais e Ensinos de Cristo no
Evangelho de João | Lição 11: O sétimo sinal: Jesus ressuscita Lázaro | Subsídios Dominical