Disciplinar filho adolescente tem sido um
dos maiores desafios para os pais. O comportamento dos jovens de hoje é
diferente dos de 20 anos atrás. Os pais dessa nova geração foram educados de
forma autoritária, e com medo de repetir o erro com os filhos, muitos acabam
caindo no extremo oposto, que é a permissividade.
Abdicar da autoridade é um erro cometido em muitas famílias
hoje. Pois, impor limites também é prova de amor e essencial para formar
adultos responsáveis e de caráter.
Como vencer então esse desafio?
Como deve ser a relação de pais cristãos com seus filhos adolescentes?
VEJA TAMBÉM: Adolescentes:
Hormônios em efervescência ou falta de princípios?
(Acesse
Aqui)
1) LIDANDO COM AS MUDANÇAS
Alguns adolescentes acham que já são
maduros o suficiente para fazer o que desejarem, mas ainda não sabem medir
consequências, discernir o bom e mal caminho e tem um conceito distorcido de
liberdade. Assim, acabam descartando os princípios ensinados pelos pais.
Adolescentes indisciplinados terão graves problemas, até mesmo na vida adulta.
Deus estabeleceu leis no universo moral.
Torna-se insensato aquele que insurge contra elas. Já quem com elas se
harmoniza é feliz. O salmista Davi, por exemplo: “Deleito-me em fazer a tua
vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.” (SI 40.8).
2) QUANDO O “NÃO” É INSUFICIENTE
Os jovens e adolescentes de hoje são mais
bem informados e, por conseguinte, mais questionadores. Então não basta
simplesmente dizer “não”, e acabou. E importante os pais justificarem suas
ordens e conselhos, apresentarem argumentos.
O adolescente começa a ignorar os modelos
tomados pelos pais durante a infância, não querendo mais ser igual a ninguém;
ele quer agir do seu modo e reage às obrigações impostas por tradição ou por
autoridade. Desconfia da razão dos adultos e quer ter o direito de manifestar
suas opiniões.
Não podemos ser radicais, principalmente
lidando com adolescentes. Não devemos usar apenas a proibição. É mais eficaz
dar e dividir responsabilidades (Ef 6.4 e Cl 3.21) e conscientizá-los quanto a
repercussão de suas atitudes. Apontar pontos favoráveis e desfavoráveis, ajuda
o adolescente a decidir melhor o que fazer (ICo 10.23). Ele tende a aceitar
melhor a disciplina, quando essa for aplicada com razão, com filosofia de vida
própria à sua idade.
3) COMPORTAMENTO DO ADOLESCENTE
Muitos pais têm me questionado: Porque
alguns filhos se tornam tão rebeldes e desobedientes? Como se explica que no
mesmo lar um filho passe pela adolescência sem muitos problemas para os pais, e
outro seja mais complicado? A culpa do comportamento errado dos filhos é sempre
dos pais?
Analisar o comportamento do adolescente não é fácil.
Existem vários fatores interligados que
contribuem para a formação da personalidade. Dentre eles podemos destacar:
temperamento, a aparência física, seu ritmo, o meio social e cultural. A
diferença entre os filhos pode estar relacionada aos aspectos hereditários
somados as relações com a família e com a classe social, como professores e
colegas. Há provas indicadoras de que certos aspectos da personalidade são
natos. Porém, há aspectos da personalidade que podem ser aprendidos, ou seja,
influenciados pelo grupo de convivência.
O reconhecimento e a aplicação correta da
disciplina ajudam a vencer muitas dificuldades pessoais. A instrução
equilibrada faz nascer a possibilidade de superar e até impedir inúmeros
conflitos com os pais e distúrbios pessoais.
4) A INFLUÊNCIA DOS AMIGOS
O adolescente quer ser aceito pelo meio.
Por isso, nesta fase, o grupo de iguais tem para ele mais influência que a
família. Mas não o prive desse processo de inter-relação grupai, pois é
importante na definição da sua identidade.
Os pais, contudo, devem mostrar-lhe o
perigo das más companhias e dos maus ambientes. Devem também proporcionar um
lar acolhedor, para que se sintam seguros e tenham prazer de estar.
Os pais devem acompanhar seus filhos e
participar de suas vidas sem invadir a privacidade deles (não pegar muito no
pé). É importante estabelecer uma relação de confiança mútua. O sucesso da
disciplina depende do cuidado e do respeito dos pais em todas as etapas de
desenvolvimento de seus filhos. Deve haver, contudo, limites e regras como o
horário de chegada em casa, etc.
Vale salientar que não devemos proibir apenas por proibir, é
necessário saber se aquilo que estamos exigindo é condizente com a realidade.
Se tivermos certeza que um determinado
programa trará consequências negativas para suas vidas físicas e espirituais
precisamos dizer NÃO! Se o filho desobedecer, deve ser corrigido.
Os castigos corporais não são
aconselháveis. E mais eficaz privá-los de algo que gostam de ter ou fazer. Os
direitos à mesada, lazer, encontros com amigos, uso de computador etc.
E imprescindível que os pais saibam para
onde os filhos vão e com quem estão, onde moram seus amigos e conhecer suas
respectivas famílias. Devem aproximar-se deles para conhecê-los. No caso de más
companhias, intervir decisivamente para afastá-los.
5) LIDANDO COM OS MODISMOS
Um dos grandes desafios dos pais é lidar
com os modismos adquiridos nos grupos de convivência, comunidades na Internet e
sites de relacionamentos.
Vivemos numa época crucial. O paganismo, a
cada dia, se perpetua de uma forma alarmante. Podemos percebê-lo em movimentos
como a Nova Era, as filosofias orientais a exemplo do Zen Budismo, Hare Krisna,
ou mesmo nas tribos como os Ghuticos, Punks, Emos e outros.
Há uma influência no uso de tatuagens,
piercing, roupas exóticas etc. Os pais devem conversar com os filhos e conhecer
o porquê da decisão de seguir determinado modismo. Não adianta apenas reprimir.
E necessária uma conscientização dos males que essas coisas poderão causar.
Nem todos os modismos são prejudiciais,
mas precisamos observar e ensinar o que o apóstolo Paulo nos ensinou: “Todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convém. Todas as coisas me
são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.” (1Co 6.12).
Cuidar dos filhos requer tempo e dedicação. O grande problema é
que alguns pais não querem “gastar tempo”, só os procuram para repreendê-los ou
castigá-los. Se que filhos saudáveis, retos nos caminhos do Senhor, invista em
tempo de qualidade com eles.
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1) Aulas dinâmicas e criativas para
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2) O Adolescente e a Sociedade – Acesse
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3) O ensino para adolescentes –
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Artigo: Jamiel de Oliveira Lopes (Pastor e Psicólogo)
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