Subsídios Bíblicos: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ - Nova Edição

Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ   Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja   Subsídios Lição 2: Somos Cristãos     Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno       Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana    Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo?     Subsídios...

O Senhor respeita os limites físicos e psicológicos de suas criaturas?

A Bíblia ensina que Deus não aplica uma disciplina insuportável ao ser humano, mas como entender o registro em 2 Coríntios 1.8, em que Paulo narra uma situação “acima de nossa capacidade de suportar”?

A Bíblia é um livro singular. Suas Sagradas Letras visam a conceder sabedoria aos servos de Cristo para a salvação e a perfeição (2Tm 3.15,17). Não há dissonância em suas passagens, entretanto as mesmas são urdidas como fios de tecidos bem ligados formando o todo, resultando nas palavras excepcionais do apóstolo Paulo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3.16).

 

Pela pergunta formulada acima, para obtermos uma resposta precisa, teremos que comparar duas passagens bíblicas escritas por Paulo, a primeira encontrada em 1 Coríntios 10.13 e a segunda, em 2 Coríntios 1.8. Aliás, por falar do método hermenêutico da comparação, Paulo já nos ensinava sobre a relevância de compararmos as coisas espirituais com as espirituais ( 1Co 2.13).

 

O Apóstolo dos Gentios escreveu em 1 Coríntios 10.13 o seguinte: “... mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis...”. O substantivo masculino peirasmos (tentação) fala de experimento, tentativa, teste, prova. Esse termo é polissêmico, ele pode englobar a tentação para pecar, mas pode expressar também provações de toda espécie. Dentro do contexto falado por Paulo, ele esclarecia aos cristãos em Corinto que as tentações que eles sofreram não era nada fora do comum, mas algo simples que todo ser humano experimenta e, seja lá como for, aqueles que servem realmente a Deus sempre terão livramento, escapando de situações difíceis, pois é dEle que vem a força e o consolo (Ef 6.10); no demais, Ele é fiel (2Tm 2.13). Há na vida do cristão constantemente poder para suportar as tentações (Hb 2.18).

A expressão “além das nossas forças” literalmente quer dizer: “Não acima do que você pensa poder”.

 

Na segunda passagem em apreço (2Co 1.8), Paulo sai da parte genérica e volta-se para um momento particular, no qual expressa uma situação recente que envolveu sua vida. Ele faz isso para ilustrar aos irmãos o tema que abordava, envolvendo tanto o sofrimento quanto o consolo (2Co 1.7). Não se sabe ao certo a natureza das tribulações que Paulo experimentou na Ásia, isto é, nessa província romana, e que tem gerado debates diversos, pois alguns salientam que essa tribulação seria a violência sofrida pela turba em Éfeso (At 19.23-41;lCo 15.32).

 

Ainda que não se saiba ao certo a que tipo de tribulação se refere o apóstolo Paulo, é certo que o escritor indica nesse texto uma de suas experiências sofridas no aspecto humano como sendo quase que esmagadora, e suportou tudo isso por causa do nome de Jesus Cristo (At 9.16). Portanto, não existe qualquer incongruidade nas duas passagens citadas por Paulo. Na primeira, esclarece que tentações e provações de todas as espécies fazem parte da vida, mas o cristão não se desespera porque é consciente que de Deus vem a força para vencer, pois Ele conhece cada situação que nos cerca. Na segunda, o apóstolo fala de modo ilustrativo, ao utilizar como modelo uma experiência sofrida que foi quase devastadora se não fosse a graça de Deus, para encorajar os irmãos de Corinto, para mostrar a grande misericórdia de Deus na hora de grande tribulação (Is 43.2).

 

Paulo se viu em uma situação semelhante à de Isaque (Hb 11.17-19), por isso registrou “da vida desesperamos”, ao receber a sentença da morte, mas entendia que havia um propósito naquela provação, semelhante ao patriarca Abraão (Rm 4.17), para lhe ensinar a descansar e confiar no Deus que concede vitória (1Co 15.57). Portanto, Paulo colocou diante dos irmãos a aflição sofrida para ensinar a eles a ter confiança, encorajamento e esperança.

 

Pr. Osiel Gomes | Reverberação: Subsídios EBD

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