Subsídios Bíblicos: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ - Nova Edição

Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ   Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja   Subsídios Lição 2: Somos Cristãos     Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno       Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana    Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo?     Subsídios Lição 10: O Pecado Corrompeu a Natureza Humana       Subsídios Lição 11: A Salvação Não é Obra

O que aconteceu com os dons espirituais?

O cessacionismo é um pensamento segundo o qual os milagres e demais dons do Espírito Santo, como falar em línguas, profecias, curas divinas, cessaram com a morte do último apóstolo do Novo Testamento. 

A ideia cessacionista é pós-bíblica, pois a igreja necessita do revestimento de poder para cumprir sua missão na Grande Comissão. Isso significa a presença dos dons do Espírito Santo até o final da jornada da igreja (1Co 13.8-10).

SAIBA MAIS:

Os dons Espirituais são para os nossos dias?

Na Atualidade dos Dons Espirituais

O Dom de Línguas

A Contemporaneidade dos Dons Espirituais

Atos dos Apóstolos e as epístolas revelam um cristianismo dinâmico, a experiência viva dos crentes com o Cristo ressuscitado, cheios do Espírito Santo. Mas, logo cedo na história, depois da morte do último apóstolo se observa um cristianismo sem o dinamismo vívido do período dos apóstolos.

O montanismo

Parece que isso contribuiu para o surgimento do montanismo entre 155-160. Por essa razão, o movimento de Montano aparece com uma teologia que defendia a prática da glossolalia e do profetismo. O movimento não teve boa acolhida pelas principais lideranças da época.

 

Montano passou para a História como mais um heresiarca, ex-sacerdote de Cibele, divindade dos frígios, que passou a pregar o evangelho do Espírito Santo e a ensinar uma vida semimonástica, como abstenção sexo e carne. Segundo seus críticos, ele encarnava o Paracleto e dizia que o Senhor Jesus Cristo retornaria à terra naqueles dias e para estabelecer a Nova Jerusalém na Frígia. Essa é a caricatura apresentada por seus opositores, segundo Eusébio de Cesareia (História eclesiástica, Livro 5.16), mas não sobreviveu nenhum texto produzido pelos montanistas para confirmar a veracidade dessa acusação. A realidade desses supostos fatos continua sob suspeitas. Tudo o que se sabe vem dos seus opositores, faltando, portanto, o princípio do contraditório.

 

Qual seria a imagem futura dos pentecostais do século 20 se a fonte literária de pesquisa fosse apenas tudo aquilo que se publicou contra essas igrejas? O que chama a atenção é que Tertuliano se tornou um deles, um montanista. O que levaria um intelectual cristão do nível de Tertuliano a deixar se levar pelo montanismo? Muitos têm dificuldade em considerar o tal movimento uma facção herética.

 

Estudos recentes revisaram essa questão. Paul Tillich afirma em História do Pensamento Cristão: “A igreja cristã excluiu o montanismo do seu seio. Foi um avivamento do Espírito, não há provas que confirmem as acusações feitas contra Montano. Contudo, a vitória sobre o montanismo resultou em perda”. A acusação não foi por causa dos dons, “mas a alegação de Montano de que as declarações proféticas estavam em pé de igualdade com as Escrituras”. Além disso, dizia-se na época que os dons e as experiências dos dias apostólicos haviam sido revogados com a definição do Cânon Sagrado. O que aconteceu de fato, segundo Synan, foi que o movimento de renovação dos montanistas representou uma tentativa de resgatar os charismata da Igreja, como línguas e profecias. Muitos estudiosos entendem que a igreja exagerou em sua reação ao montanismo.

 

A secura teológica

Essa decisão eclesiástica contra o montanismo parece ter encorajado e influenciado muitos líderes que vieram depois. Agostinho de Hipona (354-430) e João Crisóstomo (354-407), bispo de Constantinopla, são exemplos clássicos dessa teologia cessacionista. Para Agostinho, o sinal das línguas “foi dado e então expirou. Não devemos mais ali mentar a expectativa de que quem receba a imposição de mãos deva receber o Espírito Santo e falar em línguas” (Sobre as Epístolas de São João VI.10).

Stanley Burgess afirma que:

 

Agostinho em pelo menos cinco ocasiões rejeita o conceito de que as línguas devem ser antecipadas como sinal do recebimento do Espírito Santo é altamente sugestivo. Claramente ele não rejeita os dons do Espírito em geral, pois relata positivamente uma variedade de milagres, incluindo curas divinas, em sua própria congregação em Hipona.

 

O outro exemplo é o de João Crisóstomo, que em Homilia sobre 1Coríntios reconhece a cessação dos dons mencionados 1Coríntios 12.1, 2: “Essa passagem inteira é obscura, mas a obscuridade é produto de nossa ignorância acerca dos fatos referentes à sua cessação, como se então sua ocorrência fosse comum, mas agora não tivesse lugar. E por que eles [os dons] não acontecem hoje?” (vol. XII). Desse modo, “Dons como a glossolalia (falar em línguas) tornaram-se tão raros que as igrejas acabaram esquecendo a função deles na comunidade cristã”. Isso não significa que a glossolalia tenha desaparecido da igreja ao longo dos séculos. Burgess mostra precedentes históricos do vínculo do batismo no Espírito Santo com o falar em línguas, tal qual ensina o pentecostalismo moderno: “Reconhecidamente, a ênfase nas línguas é um tanto rara, mas as línguas de fato existiram antes em vários contextos cristãos”.

 

A ideia da cessação dos dons veio a fazer parte da teologia clássica na Igreja Ocidental, que atravessou toda a Idade Média. “A notável exceção a esse rastejante cessacionismo foram as igrejas ortodoxas do Oriente. Embora a manifestação espontânea fosse coibida nessas igrejas, a Igreja Ortodoxa jamais adotou a teoria de que os dons do Espírito haviam cessado. A teologia cessacionista foi uma criação da Igreja Ocidental”. Essa escassez dos dons se manteve no catolicismo durante e após a Reforma Protestante. No entanto, o tema do batismo no Espírito Santo e a glossolalia não evoluiu em Lutero e Calvino.

Artigo: Pr. Esequias Soares

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