Onde estava João Batista quando Herodes mandou matar as
crianças, considerando que ele era apenas seis meses mais velho que Jesus?
A matança dos inocentes, relatada em
Mateus 2.16-18 (“Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos,
irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em
todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que
diligentemente inquirira dos magos. Então se cumpriu o que foi dito pelo
profeta Jeremias, que diz: Em Ramá se ouviu uma voz, Lamentação, choro e grande
pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não quer ser consolada, porque já não
existem”] e relacionada com Jeremias 31.15 (“Assim diz o Senhor: Uma voz se
ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos; não quer ser
consolada quanto a seus filhos, porque já não existem”], não e contada por
qualquer outra fonte.
Segundo a descrição bíblica, aconteceu num raio de oito quilômetros em volta de
Belém, como recurso de Herodes para livrar-se de um futuro concorrente. É de se estranhar que, já velho, Herodes
acreditasse que uma criança recém nascida pudesse prejudicar o seu reinado, mas
o fato é que não somente ele perturbou-se, mas “toda a Jerusalém com ele” (Mt
2.3). E mais estranho ainda e que intentasse um recurso que, embora tenha
causado a morte de muitas crianças, não poderia garantir que nesse meio estaria
também aquela visada por ele.
Acreditamos que o infanticídio profetizado
por Jeremias, inclusive com a designação da cidade de Ramá, situada a oito
quilômetros de Belém onde se achava o túmulo de Raquel (Gn 35.19), teve
também apiedados que pouparam da espada a vida de não poucos meninos, como
fizeram as parteiras tementes a Deus nos dias do nascimento de Moises (Êx
1.16,17).
Hoje temos notícias provindas da China de
que alguns casais são forçados ao controle da natalidade que os restringe a um
único filho; dessa maneira, um chinês matou a filha de 11 meses quando lhe foi
dito por uma curandeira que o filho próximo a nascer seria um menino; e como as
leis tradicionais da religião chinesa favorecem o filho
homem, o pai achou melhor sacrificar a filha.
Outra notícia do mesmo país, diz
que um outro homem foi condenado e executado por atender a 80 mulheres
desejosas de ter outro filho e que a ele recorreram para que lhes removesse o
aparelho anticoncepcional (DIU), imposto pelo Estado. Há sempre alguém disposto
a salvar vidas, mesmo com o sacrifício de si próprio.
No caso de Jesus, o
próprio Deus sé encarregou de livrá-lo, fazendo com que fosse levado ao Egito,
também em cumprimento das profecias (Os 11.1). E João Batista não parece ter
sido atingido pela matança, uma vez que seus pais moravam nas montanhas, fora
dos contornos de Belém, em lugar considerado deserto (Lc 1.80).
Se houvesse um
critério na verificação das idades das crianças, ainda assim ele teria ficado
fora do morticínio, pois nessa época teria mais de dois, e quase três anos (Mt
2.11,16; Lc 1.36). Cremos que se a mortandade tivesse de atingi-lo, Deus
proveria para ele e para seus pais um meio de escape.
Extraído do Livro a Bíblia Responde,
publicado pela CPAD em 1984, páginas 176 e 177
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