Nenhum
de nós nasce sem instintos. É mais provável uma pessoa nascer sem visão do que
sem instinto. Na verdade, muitos de meus amigos cegos confiam em seus
instintos.
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Todos temos sensações internas, além das físicas, com que podemos
determinar melhor o que vem a seguir, o que é seguro, ou, até mesmo, o que é
correto. Nossos instintos nos falam diariamente, incentivando-nos a prestar
atenção, a ouvir mais cuidadosamente, a evitar o perigo e a aproveitar uma
oportunidade.
Alguns
podem estar mais afinados com seus instintos. Já outros podem estar menos
inclinados a ouvi-los. O fato é que nós, assim como todas as criaturas de Deus,
viemos com eles completos em nosso interior. Desse refúgio interior, origina-se
uma sabedoria que sequer sabemos que possuímos. Mas, num mundo de ritmo rápido
e agitado, nossa tendência é não nos darmos os momentos tranquilos de reflexão
que são necessários para liberar os instintos.
Nossos
instintos são o mapa do tesouro para a satisfação de nossa alma. Segui-los pode
fazer a diferença crucial, entre aquilo em que somos bons - nossa vocação ou
nossos talentos - e aquilo para o que somos bons - o cumprimento de nosso
potencial intencional. Quando você estiver verdadeiramente engajado na vocação
de sua vida, seja numa loja, no salão do banquete ou na sala do conselho, você
confia em alguma coisa que não pode ser ensinada.
Estou
convencido de que nossos instintos podem proporcionar a combinação de que
precisamos, para alinhar nossas variáveis singulares e exclusivas com nossas
vocações, bem como para liberar o tesouro que há dentro de nós. Quando
controlados, refinados e ouvidos, nossos instintos podem propiciar a chave para
liberar nossas vidas, a fim de que sejam mais produtivas, mais satisfatórias e
mais alegres.
Frequentemente,
reconhecemos pessoas que parecem prosperar por instinto. Os estilistas que
fazem o que fazem, além do treinamento que receberam, com um olfato para as
últimas tendências, que é instintivo e inerente. Decoradores de interiores e outros
profissionais de artes gráficas podem utilizar também este dom, mas não são os
únicos. Os atletas que se sentem invencíveis, ou os investidores com um senso
agudo de oportunidade, ou os intérpretes com a coragem de se candidatar para um
papel diferente das expectativas de seus fãs. Todos sabem o que significa
funcionar segundo sua própria e exclusiva bússola interna.
Se
você já teve o privilégio de trabalhar com alguém assim, então sabe que eles
podem tomar o mundano e torná-lo mágico. Eles podem pegar o equipamento mais
simplista e produzir os resultados mais excelentes. Com frequência, eles
maximizam seu treinamento ou instrução com seu instinto ou olfato exclusivo.
Não importa o nome que você dê a isso, os verdadeiramente dotados simplesmente
têm aquele algo a mais que, aparentemente, os outros não têm, ou não utilizam
da maneira como deveriam.
Infelizmente,
muito do que vejo hoje em dia não trata de cumprir o verdadeiro potencial de
uma pessoa, mas de parecer cumprir o que outras pessoas esperam. Um número
excessivo de pessoas quer a aparência de vitória, em lugar das práticas e do
trabalho árduo que criam um verdadeiro vencedor. Eles confundem o prêmio com a
arte de vencer, e, em última análise, comprarão um troféu sem jamais terem
corrido uma corrida. Eles não fazem o curso, mas compram o diploma. Eles não
são bem sucedidos, eles simplesmente têm os apoios. Eles não são impulsionados
a realizar alguma coisa; eles simplesmente se esforçam muito para parecerem
ocupados diante de todos à sua volta.
A
ironia é o que essas pessoas deixam de perceber. Quando você está vivendo por
instinto, então, naturalmente, acaba aprimorando tudo e todos à sua volta. Em
outras palavras, o sucesso virá naturalmente! Quando tanto o seu intelecto
quanto os seus instintos estiverem alinhados, então produzir os frutos de seus
esforços trará uma satisfação desmedida.
Nessas
circunstâncias, ainda será necessário trabalho árduo e dedicação de sua parte,
mas a satisfação interna alimentará seu desejo de alcançar sonhos ainda
maiores. Com base no fato de que todos somos pessoas inerentemente criativas,
se estivermos em contato com nossos instintos, então, naturalmente,
aumentaremos nossos esforços. Quando você não se concentra em ganhar o prêmio
ou parecer bem sucedido, e, em vez disso, busca suas paixões, então você
descobre a satisfação que resulta de viver por instinto.
1. SINTA O RITMO
🎯 Considere isto: os cientistas nos
dizem que até mesmo nossas células têm instintos. Imagine meu espanto quando eu
falei com médicos que me revelaram a maneira como nossas células físicas
operam. Eles dizem que até mesmo nossas células funcionam com base no que foi
geneticamente programado dentro delas. O instinto está entrelaçado na própria
fibra de nosso DNA. Todos começamos como uma única célula, o produto de um
óvulo e um espermatozoide. Eles se unem para formar um zigoto, o resultado do
óvulo fertilizado, a célula única, que evoluirá de uma formação humana e se
tornará um ser humano. Esta nova célula sofre uma série de rápidas divisões que
produzem um blastocisto, a bola inicial de novas células.
O
blastocisto, então, se multiplica em muitas células filhas. Um especialista
descreve essas células como sendo “pluripotenciais”. Em outras palavras, cada
uma dessas células tem o potencial para se diferenciar em novas células, de
muitas variedades diferentes. Algumas “células filhas” se tornam,
instintivamente, células de pele, células de ossos, células do baço e células
cardíacas ou cerebrais. A gravação inerente dessas células as ativa, a fim de
que se tornem o que foram predestinadas a ser.
Este
senso inerente de identidade, com base na função, é verdadeiramente espantoso.
Médicos explicam que as células cardíacas são unidades microscópicas “de ritmo
próprio”. Na verdade, elas vibram e batem juntas, instintivamente, no mesmo
ritmo - antes que se unam umas às outras e funcionem como o coração! Até mesmo
os que tocam os tambores numa orquestra precisam de um regente que defina o
ritmo, mas estas células, instintivamente, captam a mesma batida e têm o mesmo
ritmo. Elas se reúnem e batem juntas, ao mesmo ritmo.
O
aprendizado a respeito destes “instintos de células” faz com que eu pense na
antiga canção de acampamento, extraída do livro de Ezequiel, do Antigo
Testamento - você sabe, o osso do pé, conectado ao osso da perna, e o osso da
perna conectado ao osso do quadril, e assim por diante. Eu, porém, não sou
médico, e estou certo de que, agora, não estou cantando ao redor de uma
fogueira de acampamento. Mas o que eu quero que você perceba é que o corpo se
desenvolve por células; células estas que encontram o seu lugar legítimo,
porque sabem o que foram criadas para fazer! Essas células vibram no ritmo de
seu propósito, antes mesmo que estejam operando e realizando a sua função.
E
quanto a você - você está em sincronia com a sua sabedoria interior a respeito
de suas qualidades, habilidades, talentos e de sua exclusiva contribuição para
o mundo? Ou a sua vida está um pouco fora de compasso com sua melodia interior?
Você perdeu seu ritmo, porque não encontrou seu lugar para definir e ativar sua
contribuição exclusiva? Uma das grandes tragédias da vida é não descobrir o
povo, a cultura e as carreiras que fazem parte de sua tribo e que se movem ao
mesmo ritmo.
Você
pode ter vivenciado a desarmonia que acontece quando os que estão à sua volta
se movem ao ritmo de um baterista diferente do seu próprio ritmo. Negócios bem
sucedidos, relacionamentos saudáveis e as empreitadas mais colaborativas
requerem um alinhamento sincopado de funções, responsabilidades e ritmos. Os
empreendedores frequentemente precisam de funcionários com uma ética de
trabalho e uma flexibilidade similares às suas próprias. É frustrante quando
você tem uma ideia urgente que requer execução à meia-noite, não sendo possível
contatar um membro da equipe antes do dia seguinte. Não é errado definir
limites no trabalho, mas as pessoas precisam estar na mesma página da partitura
para que todos os elementos da orquestra possam tocar juntos. Similarmente,
parceiros românticos descobrem, às vezes, que estão fora de ritmo, porque um
deles deseja uma valsa, quando o outro está conduzindo um tango.
O
contentamento acontece quando você encontra as pessoas, os lugares e os eventos
na vida que você foi criado para influenciar. Muitos indivíduos que têm vidas
ricas e produtivas têm-nas porque permitem que os seus instintos os levem à
intersecção entre a cabeça e o coração, o lugar onde as suas mais profundas
paixões e as suas habilidades mais aguçadas se alinham com o destino. Essas
pessoas obtêm sucesso, instintivamente, porque cada uma conhece o seu próprio
ritmo e o reconhece nos indivíduos e nas instituições com que colaboram.
2. CONECTE-SE COM A SUA VOCAÇÃO
Se
você já se sentiu mal alinhado ou mal organizado, este livro é para você. Se
você perdeu o ritmo, a paixão ou a emoção da vida em alinhamento que você já
vislumbrou, então continue a leitura. Da mesma maneira como Deus fez, com as
mesmas células que constituem os nossos corpos e os ossos secos que foram
ajuntados para a nova vida, Ele nos deu instintos mais profundos, a fim de que
fôssemos atraídos àquelas coisas que se adéquam a um propósito mais nobre e
melhor.
3. NUNCA SE CONTENTE COM MENOS QUE O MELHOR DE DEUS PARA SUA VIDA.
Algumas
pessoas têm a coragem de ir além do ordinário, do comum, deixando o medíocre e
o metódico e passando para a revolucionária percepção do local a que pertencem.
Você pode ter essa sensação de “pertencer” ao conectar-se com sua vocação
essencial ou íntima. Se você acredita em vocação assim como eu, então entende
que é mais que a motivação para ministrar essa experiência clerical ou
religiosa. A vocação da criatividade, a vocação para ensinar, para doar, para
edificar; todas fazem parte de permitir que o seu instinto lhe guie a “algo
mais” que você suspeita que esteja lá fora.
Quem
pode negar que algumas pessoas chegam a seu propósito na vida com a habilidade
de uma criança prodígio, quando toca um violino pela primeira vez? Essas
pessoas têm ciência de uma sensação imperiosa de atração e envolvimento que não
pode ser meramente ensinada, mas somente pode ser captada ou percebida. Eu
conheci músicos que tocavam piano desde a infância - muitos deles sem nem mesmo
ter tido aulas. Eles simplesmente se sentavam ao teclado e se sentiam
conectados a ele.
É
triste viver a sua vida sem essa sensação profundamente enraizada de conexão
com o seu propósito. Como um soque-te sem uma lâmpada, este tipo de desconexão
alimenta sentimentos sombrios e proféticos na alma. Quer você seja o gerente ou
o empregado, a dona de casa ou o construtor de casas, o mais importante é que
você despertou para o seu propósito e percebeu a satisfação interior que ele
possibilita.
No
início de minha vida, eu mesmo era perseguido por sentimentos de que eu havia
sido criado para mais do que eu conseguia alcançar em meu ambiente. A única
razão pela qual eu fui além dos muitos fossos e cavernas que encontrei pelo
caminho foi a existência de uma sedução instintiva que me atraía para algo mais
à frente, no caminho, que eu tinha que encontrar! Recusei-me a parar e a
contentar-me com menos do que a explosiva exploração do que Deus havia colocado
dentro de mim.
Não
existe nenhuma fórmula secreta para aprender a ouvir seus instintos. Estas
páginas que estão diante de você meramente lhe oferecem minhas fagulhas para
acender a chama de seu próprio alinhamento incandescente e instintivo, a vida
mais profunda e mais plena que você foi criado para alcançar. Assim, à medida
que caminharmos juntos, removeremos a fumaça e os espelhos e iremos propor as
perguntas no âmago do nosso mais verdadeiro ser. Se buscarmos significado em
nossos motivos, talvez a resposta não esteja na voz de Deus, gritando conosco
dos céus, mas, sim, no sussurro de nossos instintos, dados por Deus, no fundo
de nosso interior.
Perceba
que as Escrituras nos dizem: do coração procedem as saídas da vida (Pv 4.23). O
coração não sabe ler, não sabe desenhar e, certamente, não sabe dirigir. Se,
porém, ouvirmos a sua batida, se tivermos a coragem de nos deixar cortejar pela
sua sabedoria, encontraremos nossa resposta. Poderíamos passar o resto de
nossas vidas num ritmo tão em sincronismo que os sons melodiosos que
produzíssemos transformariam todas as áreas de nossas vidas numa sinfonia
integrada e harmônica de satisfação.
À
medida que cada um de nós cresce e segue adiante, nosso hábil Criador pode
estar nos atraindo, instintivamente, a um lugar onde nosso intelecto pode florescer
e nosso coração pode repousar. Se as células se movem até se conectarem e
formarem os seres altamente complicados e eficientes que chamamos de humanos,
então talvez precisemos concentrar nossos ouvidos no coração do problema e,
então, captar o ritmo. Talvez precisemos deixar de escolher pessoas puramente
por seus currículos e por argumentos racionais que nos levam, em primeiro
lugar, a desapontamentos. Em vez disso, precisamos encontrar pessoas que estão
em sincronia com nossa batida e, assim, formar uma união mais perfeita com aqueles
que ouvem o mesmo ritmo! É chegado o momento de encontrarmos aquilo que fomos
criados para fazer, as pessoas que devemos influenciar e o poder que resulta do
alinhamento com o propósito.
Tendo
oportunidades singulares de me sentar à mesa com campeões em, praticamente,
todas as áreas imagináveis hoje em dia, percebi que as pessoas que realizam
feitos extraordinários não jogam de acordo com as regras criadas pelo homem.
Essas pessoas são formadoras de opinião e “viram o jogo”. Elas lideram o mundo
a mudanças de paradigma que só podemos estudar depois que elas tenham feito
aquilo que decidiram fazer. Elas negociam contratos sem precedentes, constroem
além dos limites e inovam praticamente todas as áreas, com realizações assombrosas.
Elas
fazem isso porque não vivem suas vidas segundo roteiros previamente escritos.
Elas não têm medo de deixar as gaiolas de conforto e entrar nas selvas do risco
criterioso e da descoberta. Essas pessoas a quem o mundo presta ação têm a coragem
de não se encaixar, mas não têm medo de se destacar. Elas não correm num bando
nem ficam com o rebanho. Elas sabem para onde estão indo e qual é o seu lugar.
Não
estou sugerindo que copiemos nosso roteiro dos outros. O plágio de popularidade
de baixo nível jamais poderá conduzi-lo ao verdadeiro contentamento. Mas estou
dizendo que talvez seja possível aprender com os que assumem riscos,
comprometidos a viver instintivamente, ouvindo além da informação e do exemplo,
pela inspiração de acender o seu propósito. Se você já está fazendo aquilo que
foi criado para fazer, então eu quero ajudá-lo a aprimorar seu sucesso. E, se
você ainda não está, espero que seus dias de seguir outros bateristas diminuam,
à medida que você ouvir a batida exclusiva e sincopada que está dentro de você.
Se
você ouvir, ela o conduzirá, assim como um imã ao aço. Todo o resto está mal
orientado. Muitas pessoas são manipuladas pela aprovação dos outros, pelo
salário que as sustenta e pelo modo de vida que as algema à grande oportunidade
do sucesso que elas conseguem perceber. Nesse caminho, acabamos vivendo como
escravos de um sistema feito pelo homem. Buscamos os objetivos dos outros, em
lugar de buscar os nossos próprios sonhos. Anestesiamos nosso desespero com a
próxima compra, pílula ou roubo. Fazemos o que pensamos que devemos fazer, em
lugar de viver além do que a lógica pode determinar.
Se
essas palavras ressoam em você e reverberam com aquilo que você sabe que é
verdade, então é o momento de decodificar seus próprios instintos, aumentar as
áreas de seu progresso e iluminar os cantos escuros do desapontamento nas
esquinas de sua vida. Eu realmente acredito que seguir seus instintos
transformará seu local de trabalho, liberará sua carreira e aprimorará seus
relacionamentos.
Mas
não se equivoque: estas páginas apenas podem lhe oferecer sugestões para
estimular o seu próprio processo de descoberta. As respostas que busca já estão
dentro de você. Dessa forma, se você está pronto para abrir os limites de onde
está para descobrir a liberdade de onde deveria estar, então vamos começar. Seu
instinto é a chave!
4. INSTINTOS BÁSICOS
É
a maneira como as aves mães fazem ninhos, construindo-os em locais
suficientemente altos para escapar de predadores. É o modo de as abelhas
saberem como extrair o pólen e voltar com ele à sua colmeia. Ou a maneira como
as ovelhas, os bois e outros animais sempre andam em grupos, para que sejam
menos vulneráveis. É a tensão que a mamãe ursa sente para proteger seus
filhotes, quando diante de um espantado andarilho pela floresta. O instinto
biológico é a feroz determinação do majestoso leão para proteger o seu
território.
Não
é preciso ensinar a essas criaturas como devem fazer tais coisas; elas nascem
com o instinto natural de se comportar dessa maneira. Muitos acadêmicos, na
verdade, definem um instinto como uma tendência inscrita geneticamente, um
comportamento que é embutido e automático, e não aprendido ou condicionado. O
instinto de sobrevivência é considerado, em geral, como o mais forte, na
maioria das espécies. Os instintos de educar, alimentar, ajuntar, procriar,
assegurar alimento e água, proteger e defender - esses instintos sustentam a
vida de maneiras práticas e muito tangíveis.
Em
um nível básico, temos muitos instintos semelhantes. Vemos o instinto em ação
quando um bebê tenta mamar para receber alimento, ou quando uma criança se
afasta de uma frigideira quente. É a sensação que você tem a respeito do
estranho que está atrás de você o tempo todo, no seu caminhar para casa, que
faz com que você corra até uma loja e chame um táxi. Similarmente, ninguém tem
que ensinar você a se desviar do ônibus que vem em sua direção quando você está
atravessando a rua.
Estamos
programados para ficarmos vivos. Nossos corpos buscam, naturalmente, alimento
(comida e água) e proteção (abrigo, roupas e diversos meios) para sobreviver.
Provavelmente, você já ouviu falar da reação “lutar ou fugir”, que é uma reação
instintiva a algum perigo percebido. Muitos cientistas também acreditam que a
linguagem é instintiva ou, pelo menos, o desejo de expressar nossas respostas a
estímulos internos e externos. Alguns investigadores acreditam que também
somos, instintivamente, seres espirituais, o que, naturalmente, eu confirmaria.
À
medida que crescemos, amadurecemos e nos tornamos homens e mulheres, nossos
vários instintos também evoluem e se tornam mais sofisticados e personalizados
- como também a nossa confiança no intelecto, nas evidências e na tecnologia.
Somos atacados por tal quantidade de informação a cada dia, que é fácil perder
contato com a voz que está dentro de nós, a sensação persuasiva de
conhecimento, a consciência que temos em nosso interior.
Além
disto, frequentemente somos condicionados a menosprezar nossos instintos,
considerando-os primários e animalescos, subjetivos e pouco científicos. Somos
ensinados a confiar em fatos e números, dados e dígitos, e não em palpites ou
impressões. Algumas pessoas podem até mesmo considerar a confiança em instintos
da mesma maneira como consideram as superstições e a telepatia mental: alimento
para a ficção científica e filmes de super-heróis.
Às
vezes, sem nem mesmo nos darmos conta disso, confiamos em nossos instintos.
Percebemos detalhes a respeito de como um candidato a um emprego se vestiu e se
arrumou e formamos uma opinião exata a respeito de suas qualificações. Talvez
percebamos que é o momento de ter uma conversa difícil, porém necessária, com
alguém em nossa família, além de encontrar essa pessoa receptiva, quando
abordada. Pode ser uma atração inexplicável por um campo particular de estudo
ou área de negócio. Você, por exemplo, não consegue deixar de perceber o estilo
da roupa de outra pessoa, perguntando-se sobre o tecido, como ele cai, a sua
cor, forma e o seu ajuste. Talvez você sempre tenha sido fascinado pela maneira
como funcionam os números e, além disso, goste de criar ordem equilibrando as
colunas. Quer você reconheça ou não esses vislumbres de instinto, eles estão
presentes em sua vida.
Por
outro lado, nossos instintos não são, necessariamente, precisos e exatos o
tempo todo. Aquele palpite sobre o acordo de negócio de outra pessoa não foi
verdade. Sua sensação de oportunidade para o grande encontro sentimental não
deu certo, afinal. A sensação de temor a respeito da relação de um cliente com
o seu trabalho provou não ter nenhuma base, na realidade. Sua intenção a
respeito de conseguir a promoção não foi precisa.
Artigo:
T.D.JAKES
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