A
origem dos piercings e tatuagens está ligada a costumes de muitas civilizações
antigas, e possuem vários significados de acordo com cada época e cultura.
Os
Maias usavam tatuagens e piercings por motivos religiosos, estéticos e também
para inibir os inimigos. No oriente (China, Japão), a tatuagem era uma espécie
de homenagem a uma determinada divindade. No Império Romano, os escravos eram
tatuados como sinal de senhorio. Entre os hebreus perfurar a orelha simbolizava
um pacto de escravidão (Ex 21.6). Em várias culturas antigas, a tatuagem era
feita por feiticeiros, como parte de rituais de passagem ou de cultos pagãos,
crendo que sangue que saía das feridas levava consigo os espíritos malignos.
Mais
recentemente, na Europa do séc. XVII, a tatuagem passou a ser usada pelos
marujos como um talismã, distinguindo-os dos demais. No Holocausto, nazistas
tatuavam os prisioneiros judeus para ofenderem sua fé e dignidade. Em algumas
regiões da Europa e também nas Américas, era comum as prostitutas levarem uma
marca de seus cafetões, como um atestado de propriedade. Já os membros da máfia
japonesa Yakuza tatuavam grande parte do corpo como prova de coragem e de
fidelidade à gangue.
Nas
últimas décadas popularizou-se o uso de tatuagens por presidiários, que tatuam
o corpo com marcas que revelam sua personalidade, exibem o delito que cometeu,
diferenciam a facção à qual pertencem ou ainda servem como uma espécie de
código, com alguma mensagem oculta.
Nos
dias de hoje, em nossa sociedade, a grande maioria dos adeptos de tais adornos,
o faz por motivos estéticos ou culturais. Alguns o querem como adorno por ser
simplesmente bonito e atraente, outros por simbolizar sua adesão a determinada
“tribo” ou ideologia, outros encaram como uma expressão de princípios e valores
pessoais e há também quem os veja como uma espécie de fetiche.
Tatuagens e Piercings são frequentemente relacionados à atitude de
agressividade e rebeldia, com uma conotação de rompimento com os pais, o núcleo
familiar e a sociedade vigente. Uma maneira de externar descontentamento e o
desejo de uma vida alternativa, marginal, contrária à ordem estabelecida.
Inclusive alguns setores profissionais simplesmente não contratam funcionários
que tenham qualquer tipo de modificação em seu corpo, alegando que alguns
adereços transgredem a visão de seriedade que a empresa ou instituição deseja
transmitir.
A
classe médica também tem suas restrições. Inúmeros estudos e pesquisas têm
apontado os riscos de tais práticas que, mesmo seguindo todas as prescrições de
higiene e realizadas por profissionais devidamente habilitados, podem acarretar
infecções das mais severas, abscessos, alergias, queloides e até hemorragias.
Vivemos
um tempo em que há uma série de novidades e de novos hábitos e costumes que
estão sendo impostos a toda hora pelo contato de culturas, pela mídia, pelos
famosos. Diante de tantas inovações, é natural que as pessoas que estão no
mundo, mas que do mundo não são (Jo.17:16), ou seja, os que estão servindo a
Jesus, fiquem atônitos e duvidosos sobre qual comportamento devem tomar para
que prossigam agradando ao seu Senhor.
A utilização do piercing
O
uso de piercing, o que tem se disseminado, notadamente entre os adolescentes,
trazendo uma série de indagações e de questionamentos entre a juventude da
Igreja: seria este um hábito adequado e apropriado para o jovem que tem
compromisso com Deus? Faria alguma diferença do ponto de vista espiritual o seu
uso ou não?
Embora
esteja sendo utilizada há pouco tempo entre nós, a verdade é que o uso do
piercing é bem antigo, sendo originário da Índia, onde está relacionada com a
religião hinduísta, com seus milhares de deuses. O piercing, para os hindus, é
um objeto segundo o qual a pessoa dedica parte do seu corpo a uma determinada
divindade, como que uma permissão de entrada e de domínio por parte da
divindade desta parte do organismo. Portanto, a colocação de um piercing está
vinculada a esta ideia de contato espiritual com uma divindade, a uma abertura
a uma determinada divindade.
É
interessante observar que a palavra to pierce/piercing é da língua
inglesa e quer dizer aquilo que penetra, que fura, que abre um buraco em alguma
coisa. Assim, até mesmo a denominação deste objeto em inglês dá-nos a ideia de
abertura, de retirada de obstáculo, de estabelecimento de uma comunicação, de
um contato.
Como o uso do piercing foi
lançado?
Como
o uso do piercing foi lançado e se disseminou entre artistas e grupos de
cultura alternativa, pessoas que são confessadamente admiradoras ou vinculadas
à cultura oriental, a principal fonte de inspiração para tais movimentos,
notadamente a cultura indiana (que o digam os hippies e os primeiros conjuntos
musicais de rock e assemelhados a partir da década de 1950), vemos que o uso do
piercing entre os lançadores desta moda possui esta concepção hinduísta.
Por
conseguinte, nota-se que o uso do piercing remete à idolatria e ao politeísmo,
ou seja, é um comportamento diametralmente contrário aos princípios bíblicos.
De pronto, portanto, como sabemos que de uma fonte amarga jamais poderá surgir
água doce e cristalina (Is.5:20; Tg.3:11,12), vemos que se trata de um uso que
não deve ser adotado por quem tem compromisso com Deus e a adotar as Escrituras
como única regra de fé e prática.
Alguém
poderá dizer, no entanto, que o fato de o piercing ter sido utilizado,
primitivamente, para a idolatria, entre os indianos, ou mesmo entre seus
admiradores, que o introduziram no mundo ocidental, não pode, em absoluto,
levar à conclusão de que os seus atuais usuários o estejam fazendo com este
intuito e que, ao afirmarmos que este uso contraria a Palavra de Deus,
estaríamos radicalizando. Sem dúvida, não negamos que estamos radicalizando,
mas não no sentido de que estaríamos impondo um mandamento humano, de que
estaríamos sendo extremistas ou maliciosos, ou ainda, presos a antiquados
costumes ou práticas, mas, no significado primeiro desta palavra, que é o de ir
até às raízes de uma determinada conduta, para descobrirmos a sua origem, a sua
finalidade, o seu propósito.
Como
dissemos, esta moda foi lançada por artistas e grupos de cultura alternativa,
movimentos que têm abraçado filosofias hinduístas e suas concepções em todas as
suas faces, inclusive (e principalmente), as espirituais. Os demais usuários
estão, certamente, apenas imitando estas pessoas, copiando-as, sem ter
consciência do real significado destas práticas.
Mas, que significa imitar?
Imitar,
dizem os dicionários, é reproduzir ou procurar reproduzir, é assemelhar-se, é
assimilar, ou seja, quem está imitando alguém está buscando repetir o que
alguém está fazendo, passar adiante uma determinada prática, com todas as suas
características e sentidos. É assimilar, ou seja, dizer que está de acordo com
aquilo que está sendo copiado, repetido, imitado.
Quem
imita algo ou alguém está, em primeiro lugar, dizendo que está de acordo com
aquilo que está sendo imitado, que concorda com aquilo. Ainda que não tenha
consciência de tudo aquilo que está sendo reproduzido, o imitador está dando a
sua anuência, está concordando e dando o seu aval a tudo aquilo que está sendo
reproduzido, sem qualquer discussão. É por isso que Paulo afirmou aos coríntios
que fossem seus imitadores, porque ele o era de Cristo (1Co.11:1). Ao se dizer
imitador de Jesus, Paulo estava afirmando que estava reproduzindo o mesmo
estilo de vida de Cristo, Suas mesmas reações, Seu próprio comportamento, ainda
que não tivesse consciência de todo o significado de tais gestos, mas, ao
imitar o Mestre amado, Paulo afirmava que concordava com tudo o que o Senhor
fizera e ensinara.
A hinduísta do piercing
A
ideia hinduísta do piercing é de que este objeto representa, como vimos, um
contato, uma abertura para a atuação de divindades nas mais variadas áreas da
vida humana, cada área representada por uma parte do organismo. É interessante
observar que o uso do piercing está tão ligado a estas crenças hinduístas, que
os locais de colocação dos piercings (lábios, umbigo, nariz, sobrancelhas,
entre outros) correspondem, exatamente, aos pontos correspondentes aos chamados
chakras (rodas, em sânscrito), que são os centros de energia onde se
daria a interação entre o corpo e a mente, de onde se poderia estabelecer o
controle sobre a mente e o corpo de alguém.
Como
bem se observa, portanto, o uso de piercings está totalmente vinculado à
colocação do nosso corpo à disposição destas forças espirituais, destes deuses
que, como servos de Deus, sabemos que se tratam de hostes espirituais da
maldade, que combatem incessantemente contra o povo de Deus (cfe. Ef.6:12).
Como
não há comunhão entre a luz e as trevas (2Co.6:14) e como o corpo do cristão é
templo do Espírito Santo (1Co.6:19), naturalmente que, se alguém está em
Cristo, anda na luz (1Jo.1:7) e pratica a verdade e o próprio Jesus disse que
tais pessoas vêm para a luz (Jo.3:21), de forma que alguém que seja,
efetivamente, um servo do Senhor, não estará colocando seu corpo à disposição
de quem quer que seja, a não ser do Espírito Santo de Deus. Mas, se não fossem
por estes argumentos, que já entendemos ser suficientes para que se demonstre a
incompatibilidade entre o uso do piercing e uma vida sincera e autêntica diante
do Senhor, temos, ainda, o testemunho dos próprios homens a respeito do tema.
O
uso do piercing está relacionado com o exibicionismo corporal, ou seja, a
utilização do piercing, dizem os seus próprios usuários, tem como objetivo
fazer uma exaltação do corpo, favorecer a sua exibição, inclusive com
finalidades de atração física, frequentemente relacionadas ao erotismo.
Ora,
toda e qualquer atitude que tenha por objeto fazer com que o corpo seja um
instrumento de lascívia, de sensualismo, é totalmente contrário ao propósito
bíblico do corpo como instrumento de santificação (I Ts.5:23). A Bíblia é
expressa ao afirmar que nosso corpo não é um meio de favorecimento da impureza
sexual (I Co.6:13,18).
Observemos,
por importante, que não somos nós que estamos dando uma conotação maldosa ao
uso do piercing, mas são seus próprios usuários que dão este significado para a
prática. Tanto assim é que alguns dos locais de maior utilização de piercing
tem sido o umbigo, as genitálias e a gengiva, locais que levam a uma exibição
corporal e a uma conotação erótica evidente (alguém poderá perguntar que tem a
ver a gengiva com esta conotação sensual. Segundo os hindus, a gengiva é um
centro de energia, um piercing ligado diretamente à libido).
O
uso do piercing também, segundo especialistas, está relacionado com uma atitude
de agressividade e de revolta.
O
objeto tem tido uma conotação de independência frente ao núcleo familiar e aos
pais, uma identificação com a turma, uma demonstração de rebeldia e de autossuficiência.
Desnecessário
seria afirmar que todos estes sentimentos são contrários à sã doutrina. Jesus,
enquanto jovem e adolescente, em tudo foi sujeito a sua mãe e a seu pai social
(Lc.2:51), crescendo em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e com
os homens (Lc.2:52), sendo, sobretudo, obediente a Deus em tudo, mesmo que isto
significasse a morte de cruz (Fp.2:8; Jo.17:4).
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