ASSUNTO DA REVISTA:
Triunfando sobre as batalhas e as adversidades da vida
Comentarista: Bispo Samuel
Ferreira
Fonte: Revista Lição
Bíblica Dominical – 3° trimestre de 2021 – Revista de Professor
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📚 TEXTO ÁUREO
“No
demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.” Efésios
6.10
💡 VERDADE PRÁTICA
Nossa
luta contra nossos inimigos espirituais exige de nós preparo e uma vida
íntegra.
🎯 OBJETIVO da LIÇÃO
1.
Apresentar
os inimigos do crente.
2.
Descrever
os equipamentos da armadura espiritual.
3.
Ensinar
sobre as armas espirituais.
📖 TEXTO DE REFERÊNCIA
EFÉSIOS 6. 13-17
⏰ LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA
/ Gn 15.1
Deus é nosso escudo.
TERÇA
/ Rm 7.15
A oposição da carne.
QUARTA
/ Ef 6.12
Nossos inimigos espirituais.
QUINTA
/ 1Ts 5.8
Nossas armas
SEXTA
/ Hb 4.12-13
A espada do Espírito.
SÁBADO
/ Tg 4.4
Inimizade contra o mundo.
🔊 HINOS SUGERIDOS 🎵
✔️ 212,
✔️225,
✔️372
🛐MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore por aqueles que passam por grandes provações.
✍️ ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1–
Os antagonistas do cristão
2–
A armadura de Deus
3–
O equipamento para o combate
Conclusão
INTRODUÇÃO
Para
vencer as adversidades da vida, o cristão deve saber bem quem são seus
adversários e os meios pelos quais Deus o equipou para vencer as batalhas
espirituais.
👍
PONTO DE PARTIDA
É preciso estar preparado
contra as forças do mal.
1.
Os Antagonistas do Cristão
Embora
Cristo tenha vencido e despojado toda autoridade espiritual [Cl 2.15], e os
fiéis estarem libertos da escravidão do pecado, as forças do mal continuam a
ameaçar o cristão.
1.1.
O Diabo.
Conhecido
também como Satanás (adversário, acusador), o diabo se opõe à obra de Deus e
tem como intento matar, roubar e destruir [Jo 10.10]. Ele é apresentado como a
serpente [Gn 3.1, 14; 2Co 11.3]; Belzebu [Mt 10.25]; príncipe deste mundo [Jo
12.31]; príncipe das potestades do ar [Ef 2.2]; e maligno [1Jo 2.13]. Ele
utiliza como artimanhas: mentiras [Jo 8.44]; engano [Ap 12.9]; assassinato [Sl
106.37]. Grudem afirma que “tanto o Diabo e seus seguidores vão usar a
tentação, a dúvida, a culpa, o medo, a confusão, a inveja, o orgulho, ou a
calúnia para atrapalhar o testemunho cristão”. Tendo em vista que essas são as
armas do diabo contra a humanidade, o cristão deve ter uma vida pautada nas
virtudes do Espírito e não coadunar com estas práticas.
■ Subsídio do Professor
Comentário Bíblico Wiersbe: “Satanás opõe-se ao trabalho de Deus
de diversas formas (…) Se não consegue derrotar a Palavra, ele planta falsos
cristãos (“filhos do maligno”) onde quer que Cristo plante crentes verdadeiros.
Muitas pessoas vão para o inferno não por causa dos muitos pecados evidentes,
mas porque têm uma “falsa justiça” à parte da fé em Jesus Cristo”. Que não
sejamos aqueles a quem o diabo utiliza através de fofocas, mentiras no meio do
povo de Deus.
1.2.
O mundo.
A
ideia de ‘mundo’ como opositor ao ser humano não é referência à habitação do
homem e nem à criação de Deus, pois a criação de Deus foi muito boa [Gn 1.31].
Entretanto, o termo mundo (do grego, cosmos) é uma referência metonímica à
“humanidade em rebelião a Deus”, ou seja, à sociedade corrompida, seus valores
e sua inimizade contra Deus. É dentro deste contexto que o mundo/humanidade é o
objeto do amor de Deus. Deus ama o mundo [Jo 3.16]. Todavia, o mundo/humanidade
tem como característica principal sua impiedade [Jo 7.7]. A Igreja do Senhor
não pode amar os valores do mundo [1Jo 2.15], mas viver uma vida em amor ao
próximo mantendo sua integridade e valores do Reino.
Subsídio do Professor
Ladd: “Diante do mundo, a Igreja não pode ter uma conduta
extremada, ela nem deve compactuar com o mundo e assimilar seus valores [Rm
12.2], outrossim, ela também não deve viver uma vida de total ascetismo, ela
não deve se retirar do mundo, mas viver no mundo, motivada pelo amor de Deus em
lugar de amor pelo mundo.”
1.3.
A carne.
Essa
palavra possui significados diferentes nas Escrituras, ela pode significar “a
parte corporal do ser humano” [Hb 2.14], pode significar ‘humanidade’ [Is
40.5], também designa ‘alguém’ [Mt 16.17], a fraqueza e a efemeridade da
condição humana em oposição ao espírito [Gl 1.16]. Paulo utiliza deste termo de
origem semítica para expressar uma vontade intrínseca inerente à essência
humana que se opõe à vontade de Deus [Rm 7.18-19]. E que também pode ser vista
como as obras da carne [Gl 5.19-21]. Portanto, a inclinação da carne é
inimizade contra Deus, pecado e morte. Assim como Paulo afirmou, “nenhuma
condenação há para aqueles que não andam segundo a carne mais segundo o
Espírito” [Rm 8.1].
Subsídio do Professor
Antes da conversão e da regeneração o ser humano é dominado pela
carne (do grego, sarx). Este desejo interior do ser humano tem como intento
encontrar na vida o propósito do seu ser. Contudo, nada que existe fora de Deus
pode preencher o homem integralmente, por isso, ele sempre é um ser em busca de
algo. Na conversa de Jesus com a mulher samaritana, Jesus deixa isso muito
claro, Ele é aquilo que preenche o homem plenamente, de tal ponto, que o faz
transbordar [Jo 7.37-38]. As riquezas deste mundo, os bens, os prazeres, as
posições, nada disso pode completar o ser humano, somente Jesus preenche aquilo
que falta.
⚠️EU
ENSINEI QUE
A nossa luta diária se resume a três grandes adversários, a saber,
Satanás, o mundo e a carne.
2.
A Armadura de Deus
Paulo
exorta os crentes a serem fortalecidos na força do Senhor e se vestir contra as
potestades do mal. Ele observa a vestimenta dos soldados de seu tempo e faz uma
analogia sobre a conduta que devemos ter.
2.1.
O cinto da verdade.
Certamente
que a referência sobre o cinto da verdade se encontra em Isaías 11.5: “E a
justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins”.
Segundo Keener, “o cinturão ou o cinto, se referia ao avental de couro embaixo
da armadura, ou ao cinto de metal que protegia abaixo do ventre”. Outra
passagem que fala deste acessório é Lucas 12.35. A palavra cingir de acordo com
Strong faz alusão a se ‘equipar’. Tendo em vista que verdade aqui traz a ideia
de sinceridade, em oposição à falsidade, logo, ser cingido com a verdade é
viver uma vida de verdadeira e sincera devoção ao Senhor. Servir ao Senhor não
deve ser mera liturgia ou protocolo, mas uma entrega sincera de todo o nosso
ser.
Subsídio do Professor
A ordem em que Paulo faz referência aos itens da armadura do soldado
é a mesma em que era vestida. Portanto, era necessário que as partes de dentro
estivessem bem presas e amarradas. Estar cingido é, portanto, ter no seu íntimo
a verdade como sua essência. Uma religiosidade sem coração é semelhante a se
enganar, pois Deus não se agrada de rituais vazios [Is 1.13-15], entretanto, um
coração contrito ele não desprezará [Sl 51.17].
2.2.
Couraça da justiça.
Segundo
Vaux, nos tempos antigos, a couraça era uma peça da armadura dos soldados que
servia para proteger seu tórax de ataques diretos. Em 1Tessalonicenses 5.8, o
amor assim como a fé fazem parte do peitoral desta armadura, “Mas nós, que
somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade e
tendo por capacete a esperança da salvação”. Em Isaías 59.17, a couraça faz
parte da vestimenta do próprio Deus, que vem para salvar o Seu povo. Justiça
aqui é um termo muito desenvolvido por Paulo, que também expressa uma vida
íntegra e justa. O cristão não deve ter em sua prática de vida uma conduta
fraudulenta. Quantos que se dizem cristãos e são conhecidos por serem pessoas
sem credibilidade, estes, estão despidos da justiça.
Subsídio do Professor
O inimigo foi tão astucioso que esperou cair a noite, e enquanto
todos dormiam ele semeou. O inimigo atua na escuridão do momento ou da vida de
alguém, e seus alvos mais comuns são aqueles que também amam as trevas [Jo 1.5;
3.19]. A diferença entre os filhos de Deus (trigo) e os filhos do diabo (o
joio), é que não mais habitamos nas trevas, agora somos filhos da luz [1Ts
5.5]. Comentário Bíblico Wiersbe: “Onde quer que Cristo “plante” crentes
verdadeiros a fim de darem frutos para a glória dele, Satanás planta falsos
cristãos que fazem oposição a esse trabalho e atrapalham a colheita. Os
cristãos são as sementes, e o reino dos céus é uma mistura de sementes
verdadeiras (cristãos) e falsas (filhos do diabo)”.
2.3.
Os calçados do Evangelho.
Estar
calçado aqui faz referência à estrada e ao caminho a percorrer. Quando falamos
de caminhada e caminho, a Bíblia faz referência à vida propriamente dita [Sl
37.5]. É a Palavra que ilumina o nosso caminho [Sl 119.105]. A nossa caminhada
na fé é proporcional à nossa preparação na Palavra, em especial aos ensinamentos
de Jesus, pois pés bem calçados nos protegem contra as feridas que podem
ocorrer na caminhada. Caminhar com pés descalços ou com calçados inapropriados
interferem diretamente na distância percorrida. O cristão tem uma longa jornada
pela frente, o nosso ponto de partida é a cruz e a nossa chegada é o céu.
Subsídio do Professor
Na vida militar, o combatente deve cuidar muito bem do seu pé,
pois ele sabe que se ele se machucar, seja por bolhas, ou por calos, ele não
conseguirá ir muito longe, e consequentemente, não irá cumprir sua missão.
Assim é também a nossa vida cristã, se não cuidarmos de nos preparar de forma
eficaz, podemos ficar pelo caminho. A Bíblia nos mostra que, até mesmo na
Igreja Primitiva, muitos abandonaram a fé [Hb 6.4-6].
⚠️EU ENSINEI QUE
Devemos estar revestidos da verdade, da
justiça e preparados para a caminhada cristã.
3.
O Equipamento para o Combate
Enquanto
que a couraça, o cinto e o calçado eram peças de vestimenta; o capacete, o
escudo e a espada eram peças de combate, as quais o soldado devia ter em posse
para a peleja.
3.1.
O escudo da fé.
Na
antiguidade, os escudos poderiam ser de bronze [1Rs 14.27], coberto com metal
precioso [1Rs 10.16-17], untado [2Sm 1.21-22; Is 21.5]. O escudo era, junto com
o capacete, uma das melhores armas de defesa, ele dava mobilidade às tropas de
infantaria, fazendo com que, mesmo diante de uma saraivada de flechas, os
exércitos pudessem se locomover sem sofrer ferimentos ou até mesmo baixas
significativas. Paulo faz a justaposição do escudo com a fé, pois é através da
fé que nem as dificuldades ou as condições desfavoráveis vão nos parar. A fé
nos faz mover montanhas e avançar [1Co 13.2].
Subsídio do Professor
Os escudos podiam ser grandes, ovalados, alongados, semelhantes
a uma porta. Algumas passagens na Bíblia fazem referência ao escudo, como em
Gênesis 15.1, onde Deus diz a Abraão que Ele era o seu escudo. A importância
inicial é não somente ter fé, mas em quem ter fé, pois o nosso Deus é poderoso
para nos livrar e mudar o quadro de toda e qualquer situação, pois “a Deus tudo
é possível” [Mt 19.26].
3.2.
O capacete da salvação.
Uma
das peças do combate mais importante era o capacete, que muitas vezes era de
couro recoberto de bronze e servia para proteger a cabeça. É muito pertinente o
apóstolo ligar o capacete com a salvação, tendo em vista que um dos grandes
ataques do inimigo contra nós começa na esfera dos pensamentos. O adversário
utiliza da tentação para que os fiéis venham a vacilar e a cair. É no âmbito da
nossa mente que somos atacados. O grande perigo da tentação não é sofrê-la, e,
sim, deixá-la adentrar ao coração. Permaneçamos firmes na presença de Deus e
que nossa mente seja ocupada com pensamentos edificantes, como afirma o
apóstolo [Fp 4.8].
Subsídio do Professor
Tiago em sua carta faz a descrição da geração do pecado no indivíduo
[Tg 1.13-14]. Ele nasce através das nossas próprias inclinações, que nos
seduzem e nos arrastam. O caminho do pensamento segue também um caminho
parecido, pois, quando pensamos em uma determinada coisa, sentimos. Quando
sentimos, refletimos uma vontade e quando refletimos uma vontade, externamos um
comportamento. Guardemos nossa mente contra as investidas do adversário.
3.3.
A espada do Espírito.
A
Bíblia é comparada como uma espada que separa o falso do que é verdadeiro [Hb
4.12], ela traz julgamento [Os 6.5], assim como a salvação [Rm 10.13-17]. A
espada era uma arma de ataque na qual servia para causar dano ao inimigo.
Atualmente, vivemos em um mundo globalizado e em um país que ainda se pode
pregar o Evangelho sem ser preso por isso. Entretanto, muitos crentes não fazem
uso correto de sua arma, muitos se deixam levar por quaisquer ventos de
doutrinas, por serem analfabetos bíblicos funcionais. Nunca tivemos o
conhecimento tão perto de nossas mãos, mas tão distante ao mesmo tempo.
Subsídio do Professor
Jesus nos dá um grande exemplo de como Ele pôde vencer o diabo
no deserto [Mt 4.1-10]. Apesar de enfraquecido e debilitado por causa do jejum,
Ele não somente se defende pela Palavra, como também ataca o diabo. É
interessante que o próprio inimigo, em Mateus 4.6, faz referência direta ao
Salmo 91.11-12. Isso nos mostra que é imperativo para o cristão manusear com
excelência a Palavra de Deus [2Tm 2.15].
⚠️EU ENSINEI QUE
O capacete, o escudo e a espada são armas que devemos
usar no nosso combate diário contra as forças do mal.
CONCLUSÃO
CONHEÇA AS EDIÇÕES DA
REVISTA EVANGÉLICA DIGITAL CRISTÃO ALERTA.
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Revista Cristão Alerta: 3° trimestre de
2021: O Plano Divino para Israel em meio à infidelidade da Nação
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Revista Cristão Alerta:
1° trimestre de 2021 – O Verdadeiro Pentecostalismo
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Revista Cristão Alerta com Estudos Bíblicos no Livro de
Jó
(4° trimestre de 2020)
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Revista Cristão Alerta com Estudos Bíblicos nos Livros de
Neemias e Esdras
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Revista Cristão Alerta com Estudos Escatológicos
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O
cristão vive em uma batalha invisível e, nessa batalha, ele deve estar
preparado, fortalecido e avançando, seguindo o seu General de guerra, Jesus
Cristo.
Revista BETEL | 3° Trimestre De 2021 |
Reverberação: Subsídios Dominical