✍Fonte: Lições Bíblicas Adultos, 4° trimestre de
2021 – CPAD
✍Revista: O Apóstolo Paulo
- Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo
✍COMENTARISTA: Pastor Elienai
Cabral
📚 TEXTO ÁUREO
“Eu plantei; Apolo
regou; mas Deus deu o crescimento.” (1 Co 3.6)
💡 VERDADE PRÁTICA
A
experiência com Cristo é o mais poderoso fator motivacional para plantar
igrejas.
⏰
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 15.20
Igrejas plantadas em lugares onde Cristo não foi
anunciado
Terça - Ef 3.1
A plantação de igrejas se deu entre os gentios
Quarta - 1 Co 9.16
Pregar o Evangelho é uma obrigação
Quinta - Rm 13.1-3
Antioquia, o ponto de partida do ministério de Paulo
Sexta - At 16.9
O Espírito Santo direcionou Paulo na missão
Sábado - At 26.14,19
A verdadeira motivação para a missão
📖 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 3.6-9; Atos 13.1-3;
16.1-5,9,10
1
Coríntios 3
6
- Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.
7
- Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o
crescimento.
8
- Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão,
segundo o seu trabalho.
9
- Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de
Deus.
Atos
13
1
- Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado
com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
2
- E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3
- Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
Atos
16.1-5,9,10
1
- E chegou a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome
Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego,
2
- do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icônio.
3
- Paulo quis que este fosse com ele e, tomando-o, o circuncidou, por causa dos
judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego.
4
- E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados,
os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em
Jerusalém
5
- de sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número.
9
- E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão da Macedônia
e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos!
10
- E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo
que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.
HINOS
SUGERIDOS: 53, 375, 530 da Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Motivar a igreja
local para plantar mais igrejas.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com seus respectivos
subtópicos.
Mostrar que Paulo foi um desbravador sob uma gloriosa obrigação;
Sinalizar Antioquia como ponto de partida para o crescimento da igreja;
Pontuar as características de um plantador de igrejas.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Nesta lição, perceberemos o quanto o espírito desbravador do
apóstolo Paulo se relaciona com a origem do Movimento Pentecostal no mundo. Em
seus primórdios, e durante a sua rica história, plantar igrejas a partir de
círculos de oração nas casas, ponto de pregações foram estratégias dadas pelo
Espírito para que hoje tornássemos um dos maiores seguimentos do mundo.
Solicite aos alunos para relacionar o processo de plantação de
igrejas que vemos na vida e no ministério do apóstolo Paulo com a realidade
atual na dimensão concreta do nosso bairro, cidade, estado e país.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, estudaremos sobre o processo de plantação de igreja que o apóstolo Paulo
executou. Veremos que ele foi um desbravador da causa do Mestre no mundo pagão,
e seu ponto de partida no ministério foi Antioquia, quando enviado para outras
regiões do mundo onde o Evangelho foi pregado. Também refletiremos sobre as
características do plantador da igreja local frente aos desafios atuais.
PONTO
CENTRAL
A experiência com
Cristo é o fator motivacional para plantar igrejas.
I –
PAULO, O DESBRAVADOR SOB UMA GLORIOSA OBRIGAÇÃO
1.
Paulo, o desbravador.
Paulo
foi, sem dúvida, o grande desbravador da fé cristã no mundo gentílico. Ele
dedicou a sua vida para proclamar o Evangelho e cumprir a missão entre os
pagãos. O apóstolo contribuiu grandiosamente na implantação de inúmeras igrejas
e no crescimento da fé cristã. Não houve quem plantasse tantas igrejas, em tão
pouco tempo, como o apóstolo dos gentios. Sua vida e ministério nos constrangem
a semear o Evangelho e a plantar igrejas em lugares onde pessoas nunca ouviram
falar do Evangelho das Boas-Novas (Rm 15.20).
2.
Uma gloriosa obrigação.
O
apóstolo foi chamado por Cristo para pregar o Evangelho aos gentios. Por isso,
na Bíblia, vemos a expressão: “Eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por
vós, os gentios” (Ef 3.1). Seu compromisso com os gentios estava firmado em
Cristo, o nosso Senhor. Nesse sentido, toda sua ousadia, coragem e precisão, no
ministério de plantação de igrejas levavam em conta esse compromisso com
Cristo, “pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o
evangelho” (1 Co 9.16). Assim, Paulo passou a pregar ousadamente a Cristo nas
sinagogas, anunciando que Ele é o Filho de Deus. Essa ousadia e coragem
recebemos diretamente do Espírito Santo.
3.
Plantação de igreja, uma parceria.
A
plantação de igreja envolve um trabalho duplo: do homem e de Deus. Nós, seus
servos, plantamos igrejas como sementes na terra. Nas cartas de Paulo, a imagem
da plantação aparece, em especial, na Primeira Carta aos Coríntios (1 Co
3.6-9). O apóstolo dava o devido mérito desse processo a Deus (1 Co 3.6). E nós
somos os seus cooperadores e, a igreja, a lavoura e o edifício de Deus (1 Co
3.9). Nesse divino ministério de plantação de igreja, à luz do ensino de Paulo,
fica claro que o trabalho de semear e plantar é nosso, mas quem faz germinar,
frutificar e crescer é Deus. Deus e o homem cooperam na plantação de igrejas.
SÍNTESE
DO TÓPICO I
O
apóstolo Paulo foi um desbravador de Cristo sob uma gloriosa obrigação.
SUBSÍDIO
PEDAGÓGICO
Leve em conta as seguintes estratégias para começar a aula na classe
a partir dos seguintes fatores:
Inicie a aula com uma oração;
Distribua sete tirinhas com a referência bíblica de acordo com a
ordem da seção LEITURA DIÁRIA;
Peça para cada aluno ler a referência bíblica recebida. Entretanto,
leve em conta a ordem conforme a seção LEITURA DIÁRIA;
Essa ação ajuda quebrar o gelo na classe e introduzir o assunto.
II –
ANTIOQUIA, O PONTO DE PARTIDA PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA
1.
Uma igreja missionária.
A
igreja em Antioquia era rica em líderes (At 13.1-3), pois nela havia “profetas
e doutores, a saber: Barnabé, Simeão cognominado Niger, Lúcio de Cirene, e
ainda Manaém, companheiro de infância do tetrarca Herodes, e Saulo” (v.1). Ali,
foi o ponto de partida de Paulo para a extraordinária obra de plantar igrejas
entre os gentios. Juntamente com Barnabé, sob jejum, oração e imposição de mãos
(v.3), ele foi enviado ao vasto campo do mundo gentílico para pregar o
Evangelho e plantar igrejas.
2.
A primeira viagem missionária.
Paulo
e Barnabé pregaram em Chipre (13.4). Nesse lugar, o apóstolo desmascarou o
feiticeiro Elimas, o encantador, e ganhou o procônsul para Cristo. Mais adiante
pregou na sinagoga de Antioquia da Psídia, onde os judeus lhe fizeram oposição
(13.45), e, ao mesmo tempo, os gentios alegraram-se, creram e o Espírito Santo
se fez presente ali. O mesmo aconteceu em Icônio, Listra, Derbe (14.1-28). Ora,
no trabalho de evangelização e implantação de igrejas há muitos desafios. Uns
recebem a Palavra, outros a rejeitam, outros ainda zombam. O trabalho de
implantação de igreja não é fácil, mas o Espírito Santo opera, fala aos
corações e dá o crescimento à obra de Deus.
3.
A segunda viagem missionária.
Depois
do Concílio de Jerusalém (At 15), Paulo visitou igrejas já plantadas, a partir
das regiões do Oriente para o Ocidente, envolvendo a Ásia e a Europa. De fato,
nessa segunda viagem houve uma mudança de rumo sob a direção do Espírito,
quando ele teve a visão de um macedônio que dizia: “Passa à Macedônia e
ajuda-nos” (At 16.9). Paulo empreendeu uma viagem que incluía Derbe, Listra,
Troas, Filipos, Tessalônica, Bereia, Atenas, Corinto, Éfeso. Outras cidades
foram alcançadas pelo ímpeto evangelístico do apóstolo e inúmeras igrejas foram
plantadas. Quando estamos na dependência do Espírito Santo, temos uma visão
ampliada acerca do Reino de Deus.
CONHEÇA
MAIS
Plantando
Igrejas
“Não onde Cristo houvera sido nomeado. O esforço ministerial de
Paulo centralizava-se nas missões. Optou por concentrar seus esforços nas áreas
onde o evangelho não tinha sido pregado suficientemente e assim facultou
àqueles que não tinham ouvido a oportunidade de aceitarem a Cristo.” Para ler
mais, consulte a “Bíblia de Estudo Pentecostal”, editada pela CPAD,
p.1726.
Deus
nos chama e confirma esse chamado no Corpo de Cristo (At 9.17-22).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
A igreja de
Antioquia foi o ponto de partida para Paulo plantar inúmeras igrejas.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Atos 13 foi o início da primeira viagem missionária de Paulo. A
igreja estava envolvida no envio de Paulo e Barnabé, mas o plano era de Deus.
Por que Paulo e Barnabé foram a tais lugares?
(1) Por que o Espírito Santo os dirigiu.
(2) Eles seguiram pelas estradas do Império Romano, o que tornou a
viagem mais fácil.
(3) Visitaram populações e centros culturais importantes, a fim de
alcançarem tantas pessoas quanto fosse possível.
(4) Foram as cidades que possuíam sinagogas; falaram primeiro aos
judeus, com esperança de que estes recebessem a Jesus como o Messias e
ajudassem a divulgar as Boas Novas aos demais povos.
Paulo e Silas iniciaram uma segunda viagem missionária, com a
finalidade de visitar cidades onde Paulo já havia pregado. Desta vez, fizeram
um trajeto maior por terra, não por mar; viajaram ao longo da estrada romana
(por um desfiladeiro em meio às montanhas Taurus), que ligava a Cilicia às
cidades de Derbe, Listra e Icônio, a noroeste. O Espírito Santo lhes instruiu a
não irem à Ásia; por esta razão, dirigiram-se a Bitínia, no norte. Novamente o
Espírito Santo lhes disse não, então passaram pela parte ocidental, por Misa, a
fim de chegarem à cidade portuária de Trôade” (Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, pp.1508,29).
III –
CARACTERÍSTICAS DE UM PLANTADOR DE IGREJAS
1.
Motivado pelo chamado.
Como
vemos em Paulo, um plantador de igrejas deve estar consciente do chamado divino
em sua vida. Deus nos chama e confirma esse chamado no Corpo de Cristo (At
9.17-22). Na vida de Paulo, tudo começou no caminho para Damasco (At 9.4,5).
Esse começo tornou-se um elemento motivador no ministério do apóstolo (At
26.14,19). Sempre há um ponto de partida em que somos tomados pela consciência
daquilo que Deus nos chamou para fazer. Essa consciência do chamado é o fator
motivacional que nos faz enfrentar os desafios diante de nós. Deus ainda chama!
2.
Experimentado no deserto da vida.
O
apóstolo foi experimentado no deserto da Árabia (Gl 1.17,18). Para forjar o
nosso caráter, muitas vezes Deus nos leva ao deserto da vida para falar ao
nosso coração (Os 2.14). Ali, somos capacitados por Deus para topar contra os
grandes desafios na missão de pregar o Evangelho e plantar igrejas. O Senhor trabalha
em nosso temperamento, caráter e personalidade. As experiências que passamos ao
longo da vida podem ser oportunidades de Deus para forjar o nosso caráter.
3.
A igreja segundo as Escrituras.
Toda
a estratégia de um plantador de igreja deve levar em conta as Sagradas
Escrituras. Nas Escrituras, vemos que igreja local é um lugar onde devemos ter
um relacionamento pessoal com Deus; onde há amor pelo pecador; onde há batismo
no Espírito Santo para o exercício do serviço; profusão dos dons espirituais, ministeriais
e de serviço (1 Co 12.28-31); há de se ter autoridade do alto para expulsar
demônios e curar enfermos; há de ter pregação fiel da Palavra de Deus com a
autoridade do Espírito, e vida de oração, pois os ministros não podem deixar de
perseverar na Palavra e na oração (At 6.4). Nessa igreja batizamos em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo, partilhamos da ceia do Senhor e aguardamos a
sua volta para nos encontrar com Ele. Não podemos perder de vista que nós
plantamos, mas é Deus que dá o crescimento e aprova a obra (1 Co 3.6).
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Paulo tinha em
Cristo a sua motivação para plantar igrejas.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Paulo ressalta o fato de que todas as nossas considerações a
respeito da Igreja e de sua missão não são meras abstrações, nem simples
assuntos a serem estudados ou debatidos. A Igreja é uma comunidade visível que
reflete a missão de um Deus reconciliador.
A Igreja deve ser a ‘hermenêutica do Evangelho’, o lugar onde as
pessoas poderão ver o Evangelho retratado em cores vivas (2 Co 3.3). Como o
Evangelho pode ser suficientemente fidedigno e poderoso a ponto de levar as
pessoas a crerem que um homem pendurado na cruz realmente tem a derradeira
palavra nos assuntos humanos? Sem dúvida, a única resposta, a única hermenêutica,
é uma congregação que crê nisso e que vive à altura de sua fé (Fp 2.15,16).
Isso quer dizer: somente uma igreja ativa na missão pode dar a razão adequada
para a necessidade da reconciliação que o mundo está pedindo aos brados sem ter
consciência disso” (KLAUS, Byron D. A Missão da Igreja. 19.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2018, p.585).
CONCLUSÃO
Vimos
que muitos episódios na vida do apóstolo Paulo aumentaram sua visão para
expandir a Igreja por todas as partes. É vontade de Deus que vidas sejam
chamadas por Ele para se tornarem plantadoras de igreja. Pessoas que amem
proclamar a Palavra de Deus para quem não a conhece e formar uma igreja local
que glorifique a Deus e viva a fé com fidelidade ao nosso Senhor.
PARA
REFLETIR
A respeito de
“Paulo, o Plantador de Igrejas”, responda:
A
que a vida e o ministério de Paulo nos constrangem?
Sua
vida e ministério nos constrangem a semear o Evangelho e a plantar igrejas em
lugares onde pessoas nunca ouviram falar do Evangelho (Rm 15.20).
Qual
o trabalho duplo que envolve a plantação de igreja?
A
plantação de igreja envolve um trabalho duplo: do homem e de Deus.
Qual
foi o ponto de partida no ministério do apóstolo Paulo?
A
igreja em Antioquia foi o ponto de partida de Paulo para a extraordinária obra
de plantar igrejas entre os gentios.
Qual
foi a mudança de rumo no ministério de Paulo?
De
fato, nessa segunda viagem houve uma mudança de rumo sob a direção do Espírito,
quando ele teve a visão de um macedônio que dizia: “Passa à Macedônia e
ajuda-nos” (At 16.9).
Onde
o apóstolo foi experimentado?
O
apóstolo foi experimentado no deserto da Arábia (Gl 1.17,18).
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