Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Qual o propósito da unção divina?

“Fala-se muito de unção de Deus hoje em dia, mas, â luz da Bíblia, qual é o real propósito da unção de Deus para as nossas vidas?”

 

Unção é o ato de derramar azeite sobre objetos ou pessoas em sinal de consagração. No Antigo Testamento, o ato de ungir com óleo sagrado servia para separar (confirmar) aqueles que, pela vontade de Deus, passariam a exercer as funções de rei, sacerdote e profeta.

 

A unção que permeia todo o Antigo Testamento, mostrando a separação de pessoas para determinadas funções, chega ao Novo Testamento onde, na pessoa de Jesus, o Cristo (isto é, o Ungido) encontra o seu cumprimento literal (Lc 4.16-21).

 

A unção do Espírito Santo separa a pessoa ungida para o seu ofício, revelando o caráter sagrado de sua chamada e comissão. Essa unção é caracterizada por quatro marcas que são, inclusive, marcas do genuíno Movimento Pentecostal: a santificação, a sabedoria, os frutos e o poder.

  

Primeiramente, a unção produz no crente uma vida de santificação, um desejo de melhor servir ao Senhor que o ungiu para determinada tarefa. Essa santificação não se caracteriza pelo isolamento do mundo, mas, sim, pela dedicação ao serviço do Senhor da Seara.

 

Outra característica da unção do Espírito Santo na vida do crente é a sabedoria que o servo de Deus recebe quando se deixa usar pelo Espírito Santo. “Mas vós tendes a unção que vem do Santo, e sabeis tudo”, 1Jo 2.20. Essa sabedoria não vem através do conhecimento adquirido nos bancos da escola, mas é concedida pelo Espírito que conhece todas as coisas. Podemos perceber essa sabedoria quando vemos homens indoutos, sem conhecimento acadêmico, darem respostas a homens letrados, deixando os mesmos sem saber de onde vem tamanha sabedoria.

  

Em terceiro lugar, assim como Deus ungiu a Jesus e Ele andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, nós também devemos usar a unção recebida do Espírito Santo para produzir frutos.

 

Finalmente, a unção do Espírito Santo reveste o obreiro e a Igreja de poder para testemunhar, para expulsar demônios, para curar enfermidades, para anunciar as obras de Deus, para pregar as boas novas de Salvação a todos os perdidos. Poder para testemunhar é a principal característica daqueles que receberam de Deus a unção do Espírito.

 

Basta olharmos para o apóstolo Pedro. Antes do Pentecostes, ele não teve autoridade para testemunhar a favor de Jesus diante de uma empregada doméstica. Porém, após a unção do Espírito Santo no dia de Pentecostes, foi transformado num obreiro destemido, que dava testemunho do Senhor Jesus diante do povo e das autoridades.

  

No Antigo Testamento, sacerdotes, reis e profetas, além de objetos, móveis e utensílios, foram ungidos com um propósito específico. Normalmente, os sacerdotes e profetas, como representantes de Deus, encarregavam-se do ato de ungir o rei, derramando azeite sobre a sua cabeça como símbolo de sua consagração ao ofício (1 Sm 10.1).

 

Assim como Saul, Davi e Salomão, muitos outros reis foram ungidos e esse cerimonial deu origem à expressão “ungido do Senhor”, caracterizando aquele que era ungido como um servo de Deus. Já no Novo Testamento, a unção caracteriza-se pela presença constante do Espírito Santo na vida dos crentes. Isto é, hoje, não mais ungimos reis, sacerdotes e profetas conforme o modelo veterotestamentário, nem muito menos objetos.

 

Artigo: PR. Raimundo João de Santana