Lições Bíblicas de Jovens
– 2° trimestre de 2021, CPAD | DATA DA AULA: 06/06/2021
TEXTO DO DIA
Todas
as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me
são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma." (1 Co 6.12)
SÍNTESE
O
nosso corpo
pertence ao Senhor
e não deve ser usado para a prostituição.
Agenda de
leitura
SEGUNDA - Is 59.2
O pecado nos afasta de Deus
TERÇA - Rm 6.23
A recompensa do pecado é a morte
QUARTA - Rm 6.22
Libertos do pecado e servos
de Deus
QUINTA - Rm 8.1
Não há condenação para os que andam segundo o Espírito
SEXTA - Rm 8.5
Diga não à inclinação da carne
SÁBADO - Rm 5.6
A inclinação da carne é morte
Objetivos
CONSCIENTIZAR de que a liberdade em Cristo
não pode ser confundida com a libertinagem;
MOSTRAR que o pecado no corpo
afeta a alma e o espírito;
SABER que a imoralidade é uma
tentação na vida do crente.
Interação
Professor (a), a
ênfase da aula de hoje é mostrar que o nosso corpo pertence ao Senhor, por isso
não deve ser usado para a prostituição. Temos um Deus que é santo
e que exige que o nosso corpo, que é o seu templo, a sua morada, seja limpo e
separado para uso exclusivo dEle. O pecado sempre tem consequências, porém a
pior de todas e o afastamento de Deus. Sim, o pecado nos separa do Senhor.
Durante o decorrer da lição, procure enfatizar que a
recompensa do pecado é a morte: espiritual e física. Fomos libertos do pecado e
agora não temos mais prazer na iniquidade.
Como filhos de Deus o nosso deleite é agradar ao Pai e
glorificá-lo em toda a nossa maneira de viver.
Orientação
Pedagógica
Prezado(a) professor(a), converse com os alunos mostrando que
tudo indica que algumas pessoas na igreja de Corinto estavam aplicando 1
Coríntios 6.12 de maneira equivocada.
Leia com os alunos esse versículo e utilize o quadro abaixo para mostrar
a resposta de Paulo a essa questão.
O fato de Cristo ter levado nossos pecados sobre si
não nos dá
a liberdade
de continuar fazendo o que sabemos que é errado.
|
Algumas ações não são pecaminosas em si mesmas, mas
são apropriadas porque podem dominar nossas vidas e nos levar para longe de
Deus.
|
O NT proíbe especificamente muitos pecados (1 Co
6.9,10) que foram originalmente proibidos no AT (Rm 12. 9-21; 13.8-10)
|
Algumas ações podem ferir outras pessoas, ao invés de ajudá-las, não é
correta.
|
Texto bíblico
1 Coríntios 6.12-20
12
Todas as coisas me são lícitas, mas
nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma.
13 Os manjares são para o ventre, e o ventre,
para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo
não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.
14 Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor,
nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
15
Não sabeis vós que os vossos corpos
são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros
de uma meretriz? Não, por certo.
16
Ou não sabeis que o que se ajunta com
a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.
17 Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo
espírito.
18
Fugi da prostituição. Todo pecado que
o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu
próprio corpo.
19
Ou não sabeis que o nosso corpo é o
templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos?
20 Porque fostes comprados por bom preço;
glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem
a Deus.
INTRODUÇÃO
O
sexo foi criado por Deus com dois propósitos específicos: Dar continuidade à
humanidade (procriação) e trazer prazer
sexual
no casamento (heterossexual). Contudo, algumas pessoas têm deturpado
esses propósitos. Nesta lição, veremos que o apóstolo Paulo faz sérias
recomendações aos coríntios com relação ao uso do corpo. A cultura de
imoralidade da cidade de Corinto reforçava a seriedade com que o apóstolo
adverte os cristãos para não ceder a qualquer motivo que pudesse levá-los à
imoralidade sexual e a contaminar o corpo, que é templo do Espírito Santo.
I - A
LIBERDADE EM CRISTO NÃO PODE SER CONFUNDIDA COM LIBERTINAGEM
1.
Fazer tudo o que se deseja não é liberdade, mas escravidão (v.12).
Alguns
crentes de Corinto acreditavam, erroneamente, que podiam fazer tudo o que bem
desejassem em nome da liberdade em Cristo, sem prejuízo algum para a vida
espiritual. Eles se tornaram escravos das paixões carnais, que dominavam suas
vontades e ações. Tal pensamento e atitude era um reflexo da velha natureza
incorporada aos costumes da cidade.
Alguns
crentes de Corinto também usavam de modo errado o que acreditavam ser a
"liberdade cristã", criando pretextos para legitimar suas atitudes
errôneas.
Desse modo, práticas pecaminosas como a prostituição, fornicação,
entre outros atos imorais, passavam a ser consideradas comuns. Alguns membros
da igreja tinham uma tendência gnóstica e apregoavam a seguinte falácia:
"O que se faz com o corpo não o torna impuro, desde que se mantenha o
espírito puro." Como eles tinham uma visão do corpo como uma matéria má, o
que se fazia com o corpo não tinha nenhum efeito na vida espiritual. Uma mentira do Diabo.
2.
Livre é quem está "em Cristo".
A
Palavra de Deus nos mostra que só tem a liberdade real, a verdadeira, quem está
em Cristo. A expressão "em Cristo" era querida pelo apóstolo, e
aparece 86 vezes nas suas cartas, isso sem considerar expressões análogas como
"nele" e "no qual". Quando uma palavra é usada com
frequência por um autor, se torna uma palavra-chave para interpretação do
texto. Por isso, o apóstolo Paulo defende a sacralidade do corpo de quem está
em Cristo. Ele reforça na carta que Jesus morreu na cruz para resgate tanto da
parte espiritual quanto a material do ser humano, ou seja, o corpo. A falta de
respeito com o nosso corpo torna-o profano, em vez de objeto de glorificação a
Deus (v.19).
O
mundo ainda está debaixo da maldição do pecado. No entanto, em Cristo é
possível manter a integridade de uma vida cristã santa, à espera da redenção
final. Assim, Paulo recomenda viver a liberdade de Cristo, andando no Espírito,
vivendo em Cristo e dominando a vontade da carne.
A Palavra de Deus nos mostra que só tem a
liberdade real, a verdadeira, quem está em
Cristo.
3.
O oposto de estar em Cristo.
Na
Carta aos Romanos, o apóstolo usa uma expressão para caracterizar o oposto de
estar "em Cristo", o estar "em Adão". Alguns cristãos coríntios,
em nome de uma liberdade equivocada do estar em Cristo, na realidade estavam
"em Adão". Aos coríntios, Paulo afirma que da mesma forma como em
Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados (1 Co 15.22). Para ele o
estar "em Cristo" remodela a vida humana em todas as suas esferas e
aspectos (2 Co 5.17).
O
novo convertido passa a ser a imagem do próprio Cristo. A nova criatura
"em Cristo" vive de um modo inteiramente novo e em oposição às
pessoas "sem Cristo". Todos os seres humanos estão "em
Adão", até que passam, mediante a fé, a estar "em Cristo". A
expressão "Em Cristo" descreve a posição da pessoa remida, livre da
tirania do pecado.
Pense!
Você
tem fortalecido sua vida espiritual?
Ponto Importante
O
crente somente consegue vencer os
desejos da carne lendo a Palavra de Deus, orando, jejuando, participando
dos cultos e da comunhão com os santos.
II - O PECADO
NO CORPO AFETA A ALMA E O ESPÍRITO (6.13-19)
1.
O pecado no corpo.
Paulo
usa a expressão grega sarx, geralmente traduzida por "carne",
para designar a velha natureza do ser humano que pode impedi-lo de praticar o
bem (Rm 7.5, 18,25). O apóstolo estimula o
crente a mortificar a carne e a ser
servo da justiça para não pecar contra Deus (Rm 6.11,12). O pecado (hamartia) é
errar o alvo, algo que se faz contra a vontade de Deus. Ele separa o ser humano
de Deus, o escraviza e o destitui da glória divina (Rm 3.23).
Deus
manifesta a sua ira (orgê) contra o pecado e toda impiedade humana (Rm 1.18).
Mas os salvos que estão em Cristo não estão destinados para serem consumidos
pela ira de Deus (1 Ts 5.9,10). Jesus destruiu o poder do pecado na Cruz, na
qual o crente está unido em Cristo para não mais servir o pecado como escravo
(Rm 6.6,7).
2.
Corpo, alma e espírito no Novo Testamento.
As
Escrituras consideram o ser humano em sua totalidade, ou seja, não se vê a alma
sem corpo e nem o corpo sem a parte espiritual. Por isso, na narrativa da
criação, o ser humano é visto de forma integral.
O
mundo ainda está debaixo da maldição do pecado. No entanto, em Cristo é
possível manter a integridade de uma vida cristã santa, à espera da redenção
final.
Apesar
de ser conhecedor da cultura greco-romana, depois da sua conversão a Cristo,
Paulo via o ser humano como um todo. O apóstolo recomendava a preservação tanto
do espírito como do corpo. Nosso corpo somente passa a ser habitação do
Espírito quando, pela fé, entregamos nossas vidas a Jesus Cristo, crendo no seu
sacrifício remidor (Gl 3.1,2).
3.
O corpo como templo do Espírito Santo (vv.13-19).
Paulo
adverte a respeito do perigo das relações sexuais imorais adentrarem na igreja.
Em uma relação extraconjugal, o cristão profana o próprio corpo (vv.13,15).
Para preservar o corpo que é templo do Espírito Santo, o crente deve evitar a
imoralidade sexual.
O
apóstolo afirma também que o nosso corpo é templo do Espírito Santo (v.19). O
templo era um lugar de encontro com Deus, para uso exclusivo de adoração ao
Senhor. A intenção de Paulo é fazer com que as pessoas se identificassem como
igreja, parte do Corpo de Cristo, santificando-se e oferecendo seus corpos como
sacrifícios vivos para louvor e glória de Deus (Rm 12.1,2).
Pense!
Seu
corpo tem sido templo, morada do Espírito Santo?
Ponto Importante
Precisamos
oferecer nossos corpos como sacrifícios vivos para louvor e glória de Deus.
III - A
IMORALIDADE É UMA TENTAÇÃO NA VIDA DO CRENTE
1.
Fomos comprados por bom preço: diga não à tentação (v.20a).
Com
o intuito de incentivar o cristão diante de uma tentação, ele destaca o preço
da justificação (v.20a). A doutrina da justificação expressa à mensagem do agir
de Deus para a salvação da humanidade. Quem procura estabelecer sua própria
justiça não é justificado, pois a justificação só pode ser alcançada por meio
da fé na obra vicária de Jesus. Logo, a igreja que não preserva esse princípio
tende ao liberalismo e a apostasia da fé.
O
nosso corpo é templo do Espírito Santo.
A
justificação pela fé é uma doutrina bíblica que acertadamente exclui a
necessidade de obras meritórias para a justificação do ser humano, porém, não
abre possibilidade para o outro extremo, do antinomismo, a desobrigação com a
lei moral. A justificação precede o processo da santificação. Assim, uma vez
justificado, o cristão inicia o processo da santificação, que é permanente. Por
isso, diga não à tentação!
2.
Resistir à tentação e glorificar a Deus com o corpo e o espírito (v.20b).
Em
Cristo, o ser humano pode renascer para uma vida plena com Ele. A graça tem
muito mais a oferecer; sua porta está aberta e sua eficácia é infinitamente
maior que a escravidão no pecado e a morte espiritual, pois a participação na
morte (justificação) e na ressurreição de Cristo (glorificação) faz-nos passar
da morte para a vida. Assim, uma vez justificados e participantes do processo
de santificação, os crentes já vivem uma dimensão da vida eterna com Deus. A
graça redentora de Cristo assegura a entrada em uma vida interminável na
presença de Deus, que não se interrompe com a morte física.
3.
Quem resiste à tentação da imoralidade pertence a Deus (v.20c).
O
crente vive em uma constante guerra, por isso precisa lutar contra os desejos
da carne que se opõem aos desejos do Espírito (Gl 5.16-26). Para vencer os
desejos da carne é preciso fortalecer a vida espiritual, lendo a Palavra de
Deus, orando, jejuando, participando dos cultos e da comunhão com os santos.
Pense!
Você
tem fortalecido sua vida espiritual?
Ponto Importante
O
crente somente consegue vencer os
desejos da carne lendo a Palavra de Deus, orando, jejuando, participando
dos cultos e da comunhão com os santos.
SUBSÍDIO 1
"Todas as coisas me são lícitas', diz Paulo, e repete a
declaração em 10.23, possivelmente um conceito tipicamente coríntio que o
apóstolo Paulo cita ironicamente. Os coríntios seguiam a filosofia do
hedonismo, que afirmava ser o prazer supremo bem da vida, portanto a busca do
prazer, o alvo principal da conduta humana. Os coríntios até afirmavam: '
Comamos e bebamos, que amanhã morreremos' (15.22).
Mas Paulo contrabalança a declaração de 'ser tudo lícito com
duas considerações: determinadas atitudes ou ação traz benefício a mim e aos
outros? Conviria ao meu Mestre ou não? É esse princípio que devemos aplicar
hoje em benefício nosso próprio corpo e espírito.
Paulo aplica o princípio inicialmente à comida. A religião
daquele tempo (e até algumas modernas) exigia que seus adeptos obedecessem a
longas listas de regulamentos, no tocante a alimentação. Concebia-se a
abstinência de certas comidas como essencial à salvação. Mas o cristianismo é
diferente. O pecador não é salvo por aquilo que faz, dispensa ou deixa de
fazer, ele é salvo pela fé em Cristo. Ele, é portanto livre (Rm 1.16,17). Não
somos salvos pelas obras, se não pela fé em Jesus Cristo. Somos livres "
(HOOVER, Thomas Reginald. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios. Rio de Janeiro, CPAD, 1999, pp. 50,51).
SUBSÍDIO 2
"Infelizmente, alguns dos crentes coríntios haviam abusado
de sua liberdade, insistindo em fazer o que bem entendiam com seus corpos. O
versículo 13 parece sugerir que eles estimavam o sexo em pé de igualdade com a
alimentação. Paulo corrige esse erro de forma direta. O corpo não é feito
somente para comida, prazer e sexo: 'O corpo é para o Senhor e o Senhor para o
corpo' (v. 13).
O sexo praticado dentro dos limites bíblicos (entre marido e
esposa), é santo e ordenado por Deus. O corpo do cristão pertence a Cristo;
como, pois, poderia unir-se com uma prostituta?' (vv. 19,20). É templo do
Espírito Santo; como, pois, poderia sujá-lo com sexo promíscuo, alianças
pecaminosas ou autoabuso; e como se atreveria a destruí-lo por hábitos prejudiciais?
Paulo mostra que o uso errado do sexo é imoral e ilógico, e a liberdade cristã
não abrange o ilógico e nem a imoralidade.
Algumas pessoas acham que Deus se interessa somente pelo nosso
espírito, pois este se comunica com Ele. Acreditam, portanto, que o que fazemos
com o corpo não é importante" (HOOVER, Thomas Reginald. Comentário Bíblico
1 e 2 Coríntios. Rio de Janeiro, CPAD,
1999, p. 51).
CONCLUSÃO
Nessa
lição aprendemos que o ambiente imoral de Corinto estava influenciando o
comportamento dos membros da igreja. Alguns crentes coríntios, erroneamente, se
achavam livres para fazer o que bem entendessem com o seu corpo, mas eles, na
verdade, se tornaram escravos da carne. A verdadeira liberdade está em Cristo.
Ser livre é poder dizer não à imoralidade e à prostituição e preservar o templo
do Espírito Santo.
HORA DA
REVISÃO
1.
De acordo com a lição, quais os propósitos do sexo?
O
sexo foi criado por Deus com dois propósitos específicos: Dar continuidade à
humanidade (procriação) e usufruir do prazer sexual no casamento
(heterossexual).
2.
Fazer tudo o que se deseja é liberdade cristã?
Fazer
tudo o que se deseja não é liberdade, mas escravidão (v.12).
3.
Segundo a lição, quem é realmente livre?
Livre
é quem está "em Cristo".
4.
O que a falta de respeito pelo corpo o torna?
A
falta de respeito com o nosso corpo torna-o profano, em vez de objeto de
glorificação a Deus (v.19).
5.
Segundo a lição, qual é o oposto de estar "em Cristo"?
Na
Carta aos Romanos, o apóstolo usa uma expressão para caracterizar o oposto de
estar "em Cristo", o estar "em Adão".
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