🎯 Lições
Bíblicas Adultos 2º
trimestre de 2021, CPAD
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Assunto: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário
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Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
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Reverberação: Subsídios Dominical
TEXTO ÁUREO
"Assim, também vós, como desejais
dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja" (1
Co 14.12).
VERDADE
PRÁTICA
Os dons são recursos concedidos por Deus
para fortalecer e edificar a Igreja espiritualmente.
HINOS SUGERIDOS 5, 24, 239
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 12.12
A igreja - um só corpo
Terça - 1 Co 12.4,11
Diversidade de dons no
mesmo Espírito
Quarta - 1 Co 14.26
Tudo deve ser feito para
a edificação
Quinta - 1 Co 12.12-27
A verdadeira unidade
Sexta - 1 Co 13.1,2
Exercendo os dons
amorosamente
Sábado - 1 Co 12.7
A manifestação do
Espírito e sua utilidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.8-11; 13.1,2
INTERAÇÃO
Qual é o real propósito dos
dons espirituais? Você, professor, tem uma visão bíblica e teológica a respeito
do objetivo dos dons? Muitos estão se utilizando dos dons de forma interesseira
e egoísta. As dádivas divinas nos são
concedidas pela graça e devem ser utilizadas com sabedoria e santidade a fim de
que o nome do Senhor seja exaltado e todos os membros do Corpo de Cristo sejam
edificados. Os dons não são para elitizar o crente. Também não são sinal de
superioridade espiritual.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
I. Conscientizar-se de
que os dons espirituais não são para elitizar o crente.
II. Compreender que os dons devem ser utilizados para
edificar a si mesmo e aos outros.
III.
Saber que o propósito dos dons é a edificação
do Corpo de Cristo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o
primeiro tópico da lição, divida a classe em dois grupos. Depois, escreva no
quadro as seguintes indagações: "O que precisamos fazer para receber os
dons espirituais?" "A santidade é condição para o recebimento dos
dons?" Cada grupo deverá ficar com uma questão. Dê alguns minutos para que
os alunos discutam as questões. Em seguida reúna a todos formando um único
grupo. Peça a um representante de cada grupo fazer suas considerações sobre a
sua questão. Ouça os alunos com atenção. Depois, explique que os dons
espirituais são habilidades concedidas pelo Espírito Santo para edificação da
igreja. Para receber estas habilidades basta crer e pedir com fé. Os dons são
presentes divinos e fruto da misericórdia do Pai. É graça de Deus!
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos o verdadeiro
propósito dos dons espirituais concedidos por Deus à sua Igreja. Os dons do
Espírito Santo são recursos imprescindíveis do Pai para os seus filhos. O seu
propósito é edificar-nos e unir-nos, fortalecendo assim a Igreja de Cristo (1
Tm 3.15).
I. OS DONS
NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja coríntia.
A Igreja em Corinto localizava-se numa
cidade comercial e próxima do mar, sendo uma das mais importantes do Império
Romano. Corinto era uma cidade economicamente rica, porém marcada pelo culto
idolátrico. Durante a segunda viagem missionária de Paulo, a igreja recebeu a
visita do apóstolo (At 18.1-18). Por conhecer muito bem a comunidade cristã em
Corinto foi que o apóstolo dos gentios tratou, em sua Primeira Epístola
dirigida àquela igreja, sobre a abundância da manifestação dos dons do
Espírito, chegando a afirmar daquela igreja que "nenhum dom" lhe
faltava (1 Co 1.7).
2. Uma igreja de muitos dons, mas
carnal.
Os dons do Espírito concedidos por Deus
à igreja de Corinto tinham por finalidade prepará-la e santificá-la para o
serviço do evangelho: a proclamação da Palavra de Deus naquela cidade. Todavia,
além de aquela igreja não usar corretamente os dons que recebera do Pai, tinha
em seu meio divisões, inveja, imoralidade sexual, etc. Como pode uma igreja
evidentemente cristã ser ao mesmo tempo carnal e imoral? Por isso Paulo a chama
de carnal e imatura (1 Co 3.1,3). Com este relato, aprendemos que as
manifestações espirituais na igreja local não são propriamente indicadoras de
seriedade, espiritualidade e santidade. Uma igreja onde predominam a inveja,
contenda e dissensões, nem de longe pode ser chamada de espiritual, e sim de
carnal.
3. Dom não é sinal de superioridade
espiritual.
Muitos creem erroneamente que os irmãos
agraciados com dons da parte de Deus são, por isso, mais espirituais que os
outros. Todavia, os dons do Espírito são concedidos pela graça de Deus. Por ser
resultado da graça divina, não recebemos tais dons por méritos próprios, mas
pela bondade e misericórdia de Deus. Que a mensagem de Jesus possa ressoar em
nossa consciência e convencer-nos de uma vez por todas de que os dons não são
garantia de espiritualidade genuína: "Muitos me dirão naquele Dia: Senhor,
Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos
demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi
abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniquidade" (Mt 7.22,23).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Nas páginas do Novo Testamento os dons
estão à disposição de todos os crentes, com o propósito de edificar a Igreja de
Cristo.
II.
EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si mesmo.
Paulo diz que quem "fala língua
estranha edifica-se a si mesmo" (1 Co 14.4). O apóstolo estimulava os
crentes da igreja de Corinto a cultivarem sua devoção particular a Deus através
do falar em línguas concedidas pelo Espírito, com o objetivo de edificarem a si
mesmos. Isto não significa que o apóstolo dos gentios proibia o falar em
línguas publicamente, mas ao fazê-lo de maneira devocional o crente batizado
com o Espírito Santo edifica-se no seu relacionamento com Deus. Falar ou orar
em línguas provenientes do Espírito é uma bênção espiritual maravilhosa.
2. Edificando os outros.
Os crentes de Corinto falavam em línguas
e exerciam vários dons espirituais, mas parece que eles não se preocupavam
muito em ajudar as pessoas. Por isso, o apóstolo lembra que os dons só têm
razão de existir quando o portador preocupa-se com a edificação da vida do
outro irmão em Cristo (1 Co 14.12). Em lugar de buscarmos prosperidade
material, como se pudéssemos barganhar com Deus usando dinheiro em troca de
bênçãos, busquemos os dons espirituais. Agindo assim edificaremos a nós mesmos
e também aos outros.
3. Edificando até o não crente.
Embora o apóstolo dos gentios
estimulasse todos os crentes a falarem em línguas, isto é, a edificarem a si
mesmos, seu desejo era que também esses mesmos crentes profetizassem a fim de
que a igreja toda fosse edificada. O comentário da Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal diz sobre esse texto: "Embora o próprio Paulo falasse em línguas,
enfatizava a profecia, porque esta edificava a Igreja inteira, enquanto falar
em línguas beneficiava principalmente o falante". Todos quantos vierem a
frequentar nossas reuniões devem ser edificados, sejam crentes ou não. Por
isso, não podemos escandalizar aqueles que não comungam a mesma fé que nós (1
Co 14.23). Como eles compreenderão a mensagem do evangelho se em uma reunião não
entenderem o que está sendo falado? (1 Co 14.9)
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Os dons só têm uma razão de existir na
vida do crente: edificar a vida do outro irmão em Cristo.
III.
EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja.
Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo
dedica dois capítulos (12 e 14) para falar a respeito do uso dos dons na
igreja. O apóstolo mostra que quando os dons são utilizados com amor, todo o
Corpo de Cristo é edificado. Conforme diz Thomas Hoover, parafraseando Paulo em
Efésios 4.16, "os membros do corpo, cada qual com sua própria função
concedida pelo Espírito, cooperam para o bem de todas. O amor é essencial para
os dons espirituais alcançarem seu propósito". Se não houver amor,
certamente não haverá edificação (1 Co 13). Sem o amor de Deus nos tornamos
egoístas e acabamos por colocar nossos interesses em primeiro lugar. O
propósito dos dons, que é edificar o Corpo de Cristo, só pode ser cumprido se
tivermos o amor de Deus em nossa vida.
2. Os sábios arquitetos do Corpo de
Cristo.
Deus levanta homens para edificarem
espiritual, moral e doutrinariamente a igreja local. A Igreja é o
"edifício de Deus" (1 Co 3.9). Os ministros, sábios arquitetos (1 Co
3.10). O fundamento já está posto pelos apóstolos: Jesus Cristo (1 Co 3.11). Mas os ministros têm de
tomar o cuidado com as pedras assentadas sobre este alicerce, pois eles também
tomam parte na edificação espiritual da Igreja de Cristo segundo a mesma graça
concedida aos apóstolos. Por isso, Paulo faz uma solene advertência para a
liderança hoje: "mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém
pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus
Cristo" (1 Co 3.10,11).
3. Despenseiros dos dons.
O apóstolo Pedro exortou a igreja acerca
da administração dos dons de Deus (1 Pe 4.10,11). Ele usou a figura do
despenseiro que, antigamente, era o homem que administrava a despensa e tinha
total confiança do patrão. O despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para
que não estragassem e os distribuíam para a alimentação da família. Desta
forma, os despenseiros da obra do Senhor devem alimentar a "família de
Deus" (1 Co 4.1; Ef 2.19).
Eles precisam ter o cuidado no uso dos
dons concedidos pelo Senhor para prover a alimentação espiritual, objetivando a
edificação do Corpo de Cristo: "Cada um administre aos outros o dom como o
recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar,
fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o
poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a
quem pertence a glória e o poder para todo o sempre" (1 Pe 4.10,11).
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Quando os dons espirituais são utilizados
com amor todo o Corpo de Cristo é edificado.
CONCLUSÃO
A Igreja de Jesus Cristo tem uma missão
a cumprir: proclamar o evangelho em um mundo hostil às verdades de Cristo e
descrente de Deus. Diante desta tão sublime tarefa, a igreja necessita do poder
divino. Os dons espirituais são um "arsenal" à disposição do corpo de
Cristo para o cumprimento eficaz de sua missão na terra. Como já foi dito, o
propósito dos dons é edificar toda a igreja, todo Corpo de Cristo para ser
abençoado, exortado e consolado. Por isso, nunca devemos usar os santos dons de
Deus em benefício particular, como se fosse algo exclusivo de certas pessoas.
Somos chamados a servir a Igreja do Senhor, e não a utilizar os dons de Deus
para nós mesmos.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO - I
Subsídio
Teológico
"Dado
conforme o Espírito Deseja
A primeira relação dos dons
com a repetição do fato que cada um é dado pelo Espírito (1 Co 12.8-10) leva ao
clímax no versículo 11, que diz: 'Mas um só e o mesmo Espírito opera todas as
coisas, repartindo particularmente [individualmente] como quer'. Aqui temos um
paralelo com Hebreus 2.4, que fala dos apóstolos que primeiramente ouviram o
Senhor e depois transmitiram a mensagem: 'Testificando também Deus com eles,
por sinais [sobrenaturais], e milagres, e várias maravilhas [tipos de obras de
grande poder] e dons [distribuições separadas] do Espírito Santo, distribuídos
por sua vontade'. É evidente, à luz destes trechos, que o Espírito Santo é
soberano ao outorgar os dons. São distribuídos segundo a sua vontade. Buscamos
os melhores dons, mas Ele é o único que sabe o que é realmente melhor em
qualquer situação. Fica evidente, também, que os dons permanecem debaixo de sua
autoridade. Nunca são nossos no sentido de não precisarmos do Espírito Santo,
pela fé, para cada expressão desses dons. Nunca se tornam parte da nossa
própria natureza, ao ponto de não perdê-los, de serem tirados de nós. A Bíblia
diz que os dons e a vocação de Deus são permanentes (Deus não muda de opinião a
respeito deles), mas aqui há referência a Israel (Rm 11.28,29)" (HORTON,
Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2012, p. 230).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - II
Subsídio Bibliológico
"O
amor é essencial
Os dons têm um lugar especial
na igreja e são muito úteis. Mas o amor representa a essência da vida cristã, e
é absolutamente necessário. Ele encontra um lugar mesmo entre os dons
carismáticos, porém os dons sem a presença do amor são como um corpo sem alma.
Sem amor, o dom de falar se
torna vazio e imprudente - ele é como o metal que soa ou como o sino que tine.
O metal que soa ('gongo barulhento') significa que um pedaço de metal não
lavrado ou gongo usado para chamar a atenção. Tinir (alalazon) significa
'colidir', ou um som alto e áspero. O sino (ou símbolo) consistia de duas meias
circunferências que eram golpeadas causando um estrondo. A ideia aqui é de um
inexpressivo som de metal em lugar de música.
O objetivo do apóstolo é
mostrar que o homem que professa o dom da glossolalia, da forma como era
praticada em Corinto, mas que não tem amor, na realidade não é mais que um
instrumento metálico impessoal" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol. 8.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.343,44).
EXERCÍCIOS
1. Qual é o verdadeiro propósito dos
dons divinos?
R. Edificar-nos e unir-nos, fortalecendo
assim a Igreja de Cristo.