🎯 Lições
Bíblicas Adultos 2º
trimestre de 2021, CPAD
🎯
Assunto: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário
🎯
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
TEXTO ÁUREO
"Se alguém falar, fale segundo as
palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus
dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a
glória e o poder para todo o sempre. Amém!" (1 Pe 4.11).
VERDADE PRÁTICA
Os dons de profecia, de variedades de
línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a
Igreja de Cristo
HINOS SUGERIDOS 33, 77, 185
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo
17.17
A Palavra de Deus é a
verdade
Terça – 1 Tm
4.14
Não despreze o dom de
Deus
Quarta – 1
Co 14.3
Os objetivos do dom de
profecia
Quinta – 1
Co 14.32
Equilíbrio e bom-senso
quanto aos dons
Sexta – 1 Co
14.22-25
Sinais para os fiéis e
para os infiéis
Sábado – 1
Co 12.31
Buscar os dons com zelo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.7,10-12; 14.26-32
INTERAÇÃO
Prezado professor, na lição de
hoje estudaremos a respeito dos três dons de elocução: profecia, variedade de
línguas e interpretação. Qual o propósito destes dons? Atualmente temos visto
muita confusão e falta de sabedoria no uso destes dons, em especial o de
profecia, por isso, precisamos estudar com afinco este tema a fim de que não
sejamos enganados pelos falsos profetas.
Paulo exortou os crentes de
Corinto para que eles procurassem com zelo os dons espirituais e em especial o
dom de profecia, pois aquele que profetiza edifica toda a igreja. Por isso, ao
preparar a lição, ore e peça que o Senhor conceda a você e aos seus alunos os
dons de profecia, de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las.
OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto
a:
I. Analisar biblicamente o dom de profecia.
II. Compreender o dom de variedade de línguas.
III. Valorizar o dom de interpretação de línguas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o
primeiro tópico da lição, faça as seguintes indagações: "O que é ser
profeta?" "Qual é a função do profeta?" Depois de ouvir os
alunos, explique que o profeta é aquele que fala em lugar de outrem. Sua função
é proclamar os oráculos de Deus a fim de que a Igreja seja edificada, exortada
e consolada. A Palavra de Deus nos exorta a não desprezarmos as profecias,
todavia precisamos examiná-las com sabedoria, de acordo com a Palavra de Deus,
pois muitos falsos profetas têm se levantado atualmente. Leia, juntamente com
os alunos 1 Tessalonicenses 5.20,21. Ressalte que a Igreja não pode deixar de
julgar as profecias e discernir os espíritos.
INTRODUÇÃO
O estudo da lição desta semana
concentrar-se-á nos três dons classificados como os de elocução: profecia,
variedade de línguas e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons
especiais são os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1 Co
14.3). Isso porque os dons de elocução são manifestações sobrenaturais vindas
de Deus, e não podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim,
devemos estudar estes dons com diligência, reverência e temor de Deus, para não
sermos enganados pelas falsas manifestações.
I. DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de profecia?
De acordo com Stanley Horton, o dom de
profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens
espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma língua conhecida para quem fala e
também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa
destinatária da mensagem. Profetizar não é desejar uma bênção a uma pessoa,
pois essa não é a finalidade da profecia. Infelizmente, por falta de ensino da
Palavra de Deus nas igrejas, aparecem várias aberrações concernentes ao uso
incorreto deste dom. Não poucos crentes e igrejas locais sofrem com as
consequências das falsas profecias. Apesar de exortar-nos a não desprezar ou
sufocar as profecias na igreja local (1 Ts 5.20), as Escrituras orientam-nos a
que examinemos "tudo", julgando e discernindo, pelo Espírito, o que
está por trás das mensagens. Toda profecia espontânea deve ser julgada (1 Co
14.29-33).
2. A relevância do dom de profecia.
O dom de profecia é tão importante para
a Igreja de Cristo que o apóstolo Paulo exortou a sua busca (1 Co 14.1). Não
obstante, ele igualmente recomendou que o exercício desse dom fosse observado
pela ordem e cuidado nos cultos (1 Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam
julgar as profecias quanto ao seu conteúdo e a origem de onde elas procedem (1
Co 14.29), pois elas possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo.
Devemos nos cuidar, pois a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento,
mostra ações dos falsos profetas. O Senhor Jesus nos alertou:
"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como
ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15). Vigiemos!
3. Propósitos da profecia.
A profecia contribui para a edificação
do crente. Porém, ainda existe muita confusão a respeito do uso dos dons de
elocução, e em especial ao de profecia e sua função. Há líderes permitindo que
as igrejas que lideram sejam guiadas por supostos profetas. A Igreja de Jesus
Cristo deve ser conduzida segundo as Escrituras, pois esta é a inerrante
Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada, a Profecia por excelência, deve ser o manual
do líder cristão. Outros líderes, também erroneamente, não tomam decisão alguma
sem antes consultar um "profeta" ou uma "profetisa". Estes profetizam aquilo que as pessoas querem
ouvir e não o que o Senhor realmente quer falar. Todavia, a Palavra de Deus
alerta-nos a que não ouçamos a tais falsários (Jr 23.9-22).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O propósito do dom de profecia é
edificar, exortar e consolar a Igreja (1 Co 14.3).
II. VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de variedades de
línguas?
acordo com o teólogo pentecostal Thomas
Hoover, o dom de línguas é "a habilidade de falar uma língua que o próprio
falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem
divina". Segundo Stanley Horton, "alguns ensinam que, por estarem
alistados em último lugar, estes dons são os de menor importância". Ele
acrescenta que tal "conclusão é insustentável", pois as "cinco
listas de dons encontradas no Novo Testamento colocam os dons em ordens
diferentes". O dom de variedades de línguas é tão importante para a igreja
quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.
2. Qual é a finalidade do dom de
variedade de línguas?
O primeiro propósito é a edificação da
vida espiritual do crente (1 Co 14.4). As línguas, ao contrário da profecia,
não edificam ou exortam a igreja. Elas são para a devoção espiritual do crente
que recebe este dom. À medida que o servo de Deus fala em línguas estranhas vai
sendo também edificado, pois o Espírito
Santo o toca e renova diretamente (1 Co 14.2).
3. Atualidade do dom.
É preciso deixar claro que a variedade
de línguas não é um fenômeno exclusivo do período apostólico. O Senhor continua
abençoando os crentes com este dom e cremos que assim o fará até a sua vinda.
No Dia de Pentecostes, todos os crentes reunidos no cenáculo foram batizados
com o Espírito Santo e falaram noutras línguas pelo Espírito (At 1.4,5; 2.1-4).
É um dom tão útil à vida pessoal do crente em nossos dias quanto o foi nos dias
da igreja primitiva.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O dom de línguas é tão importante para a
igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.
III. INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co
12.10)
1. Definição do dom.
Thomas Hoover ensina que a interpretação
das línguas é "a habilidade de interpretar, no próprio vernáculo, aquilo
que foi pronunciado em línguas". Na igreja de Corinto havia certa desordem
no culto com relação aos dons espirituais, por isso, Paulo os advertiu dizendo:
"E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando
muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete,
esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus" (1 Co 14.27,28).
2. Há diferença entre dom de
interpretação e o de profecia?
Embora haja semelhança são dons
distintos. O dom de interpretação de línguas necessita de outra pessoa, também
capacitada pelo Espírito Santo, para que interprete a mensagem e a igreja seja
edificada. Do contrário, os crentes ficarão sem entender nada. Já no caso da
profecia não existe a necessidade de um intérprete. Estêvam Ângelo de Souza
definiu bem essa questão quando disse que "não haverá interpretação se não
houver quem fale em línguas estranhas, ao passo que a profecia não depende de
outro dom".
SINOPSE DO TÓPICO (3)
O dom de línguas é tão importante para a
igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.
CONCLUSÃO
Ainda que haja muitas pessoas em
diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo com o Espírito Santo e
dos dons espirituais - os chamados "cessacionistas" - Deus continua
abençoando os crentes com suas dádivas. Portanto, não podemos desprezar o dom
de profecia, o de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las. Porém,
façamos tudo conforme a Bíblia: com sabedoria, decência e ordem (1 Co 14.39,40).
Agindo dessa forma, Deus usará os seus filhos para que sejam portadores das
manifestações gloriosas dos céus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - I
"Paulo era grato a Deus por falar
em línguas, e mais do que todos os coríntios. Na igreja, porém, diz que
preferiria falar cinco palavras com seu entendimento, a fim de que pudesse,
pela sua voz ensinar aos outros, do que dez mil palavras em línguas (1 Co 14.18,19).
Mas não deseja com isso excluir as línguas. É parte legítima de sua adoração (1
Co 14.26).
Paulo lhes adverte para que cessem de
proibir o falar em línguas. Segundo parece, alguns não gostavam da confusão
causada pelo uso exagerado das línguas. Procuravam solucionar o problema por
meio da proibição total do falar em línguas. Mas a experiência era preciosa, e
a bênção excelente, para a maioria dos coríntios aceitar essa proibição. Alguns
dizem hoje: 'Há problemas envolvidos no falar em línguas; vamos evitá-las,
portanto'. Mas não foi essa a solução de Paulo para si, nem para a Igreja. Até
mesmo os limites que Paulo impõe não tinham a intenção de impedir as línguas.
Tratava-se, apenas, de dar mais oportunidade, para maior edificação a outros
dons" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo
Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.242).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - II
"Natureza
Encarnacional dos Dons
Os crentes desempenham um
papel vital no ministério dos dons. Romanos 12.1-3 nos diz para apresentarmos
nosso corpo e mente como adoração espiritual e que testemos e aprovemos o que
for a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Semelhantemente, 1 Coríntios
12.1-3 nos adverte a não perdermos o controle do corpo e a não sermos enganados
pela falsa doutrina, mas deixar Jesus ser Senhor. E Efésios 4.1-3 nos recomenda
um viver digno da vocação divina, tomar a atitude correta e manter a unidade do
Espírito.
Nosso corpo é o templo do
Espírito Santo e, portanto, deve estar envolvido na adoração. Muitas religiões
pagãs ensinam um dualismo entre o corpo e o espírito. Para elas, o corpo é mau,
uma prisão, ao passo que o espírito é bom e precisa ser liberto. Essa opinião
era comum no pensamento grego.
Paulo conclama os coríntios a
não se deixarem influenciar pelo passado pagão. Antes, perdiam o controle; como
consequência, podiam dizer qualquer coisa e alegar que provinha do Espírito de
Deus. O contexto bíblico dos dons não indica nenhuma perda de controle. Pelo
contrário, à medida que o Espírito opera através de nós, temos mais controle do
que nunca. Entregamos nosso corpo e mente a Deus como instrumentos a seu
serviço" (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.469).
EXERCÍCIOS
1. Quais são os propósitos da profecia?
R. Exortar, consolar e edificar.
2. Quais são as três fontes de onde
podem proceder as profecias?
R. Deus, o homem ou o Diabo.
3. Segundo o teólogo Thomas Hoover, o
que é o dom de línguas?
R. "É a habilidade de falar uma
língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou
transmissão de uma mensagem divina".
4. Qual é a finalidade principal do dom
de variedade de línguas?
R. É a edificação da vida espiritual do
crente.
5. Defina, de acordo com a lição, o dom
de interpretação de línguas.
R. "É a habilidade de interpretar
no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas".