Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
EBD - Lição 4: Dons de Poder
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🎯Lições
Bíblicas Adultos 2º
trimestre de 2021, CPAD
🎯Assunto: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário
🎯Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
TEXTO ÁUREO
"A minha palavra e a minha pregação
não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em
demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em
sabedoria dos homens, mas no poder de Deus" (1 Co 2.4,5).
VERDADE PRÁTICA
Os dons de poder são capacitações
especiais em situações que demandam a ação sobrenatural do Espírito Santo na
vida do crente.
HINOS SUGERIDOS 5, 30, 107
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm
1.16
O evangelho de poder
Terça - Rm
15.19
Sinais e prodígios
Quarta - 2
Co 4.7
A excelência do poder de
Deus
Quinta - 2
Co 13.4
O poder de Deus em nós
Sexta - 1 Co
14.12
Edificando a igreja
mediante os dons
Sábado - 1 Co 2.4
Demonstração de poder
divino
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.4,9-11
INTERAÇÃO
Prezado professor, na lição de hoje
estudaremos os dons de poder. AquEle que concede os dons é imutável e deseja
que a sua Igreja continue a manifestar o Evangelho com poder e graça. Todavia, sabemos que o Todo-Poderoso distribui
os dons de poder quando os seus servos tem como prioridade servir ao próximo.
Sua prioridade tem sido servir a Deus e ao próximo? Segundo Stanley Horton à
medida que formos ativos em alcançar o
mundo, tornamo-nos vasos que podem ser usados pelo Senhor. Busque com zelo os dons de poder, pois eles
são indispensáveis a igreja atual.
OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto
a:
I. Compreender o que significa o dom da fé.
II. Analisar biblicamente os dons de curar.
III. Saber a respeito do dom de maravilhas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a
lição, indague: "O que é fé?" "Que diferença há entre fé
salvífica e o dom da fé?" Faça as perguntas diretamente aos alunos,
individualmente. O objetivo é avaliar o conhecimento dos alunos a respeito do
tema. Depois de ouvi-los escreva no quadro o esquema abaixo e discuta-o com a
turma.
Fé ="Firme fundamento das
coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem" (Hb 11.1).
Fé salvífica ="Proveniente da
proclamação do Evangelho, esta fé leva-nos a receber a Cristo como
Salvador".
Dom da fé ="Capacidade que o
Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à
vida natural".
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INTRODUÇÃO
O ministério terreno de Jesus foi
marcado por inúmeros milagres, principalmente curas. A história eclesiástica
comprova que a Igreja do primeiro século também operou maravilhas no poder do
Espírito Santo. Entre os primeiros cristãos sobejavam os dons de poder. Se
Jesus não mudou e os dons espirituais são para a Igreja de hoje, por que
atualmente não vemos as manifestações dos dons de poder em nosso ambiente com
mais frequência? Será falta de conhecimento a respeito do assunto? Ou será por
causa do mau uso que alguns fazem das dádivas divinas?
Nesta lição estudaremos a respeito dos
dons de poder. Veremos como eles são necessários à vida da igreja. Se você
deseja recebê-los e usá-los para a glória do nome do Senhor, proporcionando a
edificação da igreja, busque-os com fé em oração.
I. O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
1. O que significa fé?
Na epístola aos Hebreus lemos que
"a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas
que se não veem" (11.1). Essa é a definição bíblica sobre a fé, pois mostra
a total confiança e dependência em Deus. Aprendemos com o texto do capítulo 11
de Hebreus, conhecido como a "galeria dos heróis da fé", que Deus é
poderoso para fazer todas as coisas, sendo a nossa fé em Deus, fundamental para
as operações divinas entre os homens.
2. A fé como dom.
É distinta daquela que recebemos por
ocasião da nossa conversão: a fé salvífica (Rm 10.17; Ef 2.8). Igualmente, se
distingue da fé evidenciada como fruto do Espírito (Gl 5.22). O dom da fé é a
capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que
transcendem à esfera natural da vida, objetivando sempre a edificação da
igreja. De acordo com o teólogo Stanley Horton, esse dom "é uma fé
milagrosa para uma situação ou oportunidade especial".
3. Exemplo bíblico do dom da fé.
Quando guiou o povo de Israel na saída
do Egito e se aproximou do Mar Vermelho, já na iminência de ser destruído por
Faraó, Moisés disse: "Não temais; estai quietos e vede o livramento do
Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais
vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis" (Êx
14.13,14). Moisés "viu" pela fé o livramento do Senhor antes de o
fato acontecer. Esta é uma boa amostra bíblica do exercício do dom da fé.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O Espírito Santo concede aos s o dom da
fé para que ele possa realizar coisas que transcendem à esfera natural, visando
à edificação da igreja.
II. DONS DE CURAR (1 Co 12.9)
1. O que são os dons de curar?
São recursos de caráter sobrenatural
para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade. Por isso a expressão está
no plural. Deus é quem cura! Ele concede os "dons" segundo o conselho
da sua vontade, sabedoria e no momento certo. No Antigo Testamento, o
Todo-Poderoso se manifestou ao povo de Israel como "Jeová Rafá" - O
Senhor que sara (Êx 15.26; Sl 103.3). A concessão desses dons à Igreja deve-se
à necessidade de o Evangelho ser anunciado como uma mensagem poderosa ao não
crente, que outrora não tinha fé, mas que agora passou a crer no Evangelho,
arrependendo-se dos seus pecados (Mc 16.17,18; At 3.11-26; 4.23-31).
2. A redenção e as curas.
Apesar de o crente ser redimido pelo
Senhor através da obra expiatória efetuada por Jesus na cruz do Calvário, ele
(o crente) ainda aguarda a redenção do seu próprio corpo. Quando o apóstolo
Paulo tratou dos males que afligem à criação como resultado do pecado da
humanidade, escreveu que "não só ela, mas nós mesmos, que temos as
primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a
saber, a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23). Enquanto não recebermos o
novo corpo imortal e incorruptível estaremos sujeitos a toda sorte de
doenças.
3. A necessidade desses dons.
Os dons de curar são necessários à
igreja da atualidade. Num mundo incrédulo em que a medicina se desenvolve
rapidamente, o ser humano pensa que pode superar a Deus. A humanidade precisa
compreender a sua limitação e convencer-se da sublime realidade de um Deus
Todo-Poderoso que, em sua misericórdia e amor, concede sabedoria a homens e
mulheres para multiplicar o conhecimento da medicina visando o bem-estar de
todos. Quanto aos dons de curas, são
manifestações de poder sobrenatural que
o Espírito Santo colocou à disposição da Igreja de Cristo para que a humanidade
reconheça que Deus tem o poder de sanar todas as doenças
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Existe uma variedade de manifestações do
dom de curas. Sua concessão à igreja deve-se ao fato de que Deus quer dar saúde
a seu povo.
III. O DOM
DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
1. O dom de operação de maravilhas.
Este dom realiza obras extraordinárias
além do poder humano. O dom de operação de maravilhas altera a ordem natural
das coisas consideradas impossíveis e impensáveis.
2. Exemplos bíblicos.
O ministério terreno de Jesus foi
marcado por operações de maravilhas. O Bom Mestre repreendeu o vento e o mar, e
estes logo se aquietaram (Mt 8.23-27). O nosso Senhor atestou por muitas vezes
o seu poder sobre a natureza criada para sua glória (Jo 1.3). Podemos destacar
outros exemplos de operação de maravilhas no ministério de Jesus: a
ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); a ressurreição da filha de
Jairo (Mc 5.21-43); a ressurreição de Lázaro, morto havia quatro dias (Jo
11.1-45). Nosso Senhor tem todo o poder sobre a morte, pois para Ele "nada
é impossível" (Lc 1.37). Nosso Deus não mudou. O Pai Celestial deu dons a
sua igreja a fim de que ela atue no mundo moderno com poder e graça.
3. Distorções no uso dos dons de curar e
de operação de maravilhas.
O cristão não tem autorização divina
para "determinar", "decretar" ou "exigir" a cura
dos enfermos. A nossa relação com Deus não se dá em forma de barganha. Quem
somos nós para exigir de Deus alguma coisa? Somos seres humanos limitados! Se
não fosse a graça e a misericórdia de Deus, o que seria de nós? Como discípulos
de Cristo, devemos rogar ao Pai, buscando-o de todo o nosso coração para curar
os doentes, pois a Palavra de Deus recomenda que oremos pelos enfermos (Tg
5.14).
A oração do justo pode muito em seus
efeitos (Tg 5.16), e independe de se ter o dom ou não. Jesus nos ensinou que em
seu nome deveríamos impor as mãos sobre os enfermos para que eles sejam curados
(Mc 16.18). Nossa responsabilidade é orar pedindo a cura. Quem sara o enfermo,
de acordo com a sua soberana vontade, é Deus.
O crente que impõe as mãos sobre o
enfermo não pode ser tratado como um ídolo na igreja, principalmente se o
enfermo for curado. Nem podemos imaginar que porque aconteceu o milagre aquela
vez, sempre haverá outros milagres. Que o Altíssimo tenha misericórdia e
proteja-nos dessa pretensão! Quem opera os sinais e as maravilhas é o Senhor,
não o homem. Toda ação decorrente dos dons vem do Espírito Santo e, por isso,
não podemos agendar dias nem marcar horários para sua operação. Façamos a obra
de Deus com honestidade e decência!
SINOPSE DO TÓPICO (3)
O cristão não tem autorização divina para
"determinar", "decretar" ou "exigir" a cura dos
enfermos.
CONCLUSÃO
Deus pode conceder a seus servos o dom
da fé, dons de curar e o de operação de milagres, mas sempre de acordo com a
sua vontade e graça. Lembre-se de que os dons de poder contribuem para
legitimar a pregação do Evangelho. Infelizmente, há pessoas que querem utilizar
essas dádivas para obterem lucros financeiros e enriquecimento pessoal. Isto
envergonha o nome de Jesus e mancha a idoneidade da Igreja na sociedade. Quem
procede desta forma está suscetível ao juízo de Deus, que virá no tempo
próprio. Que nós, a Igreja, o povo do Senhor, façamos uso dos dons de poder
para propagar o Evangelho de nosso Senhor e glorificar o nome do Pai no poder
do Espírito Santo!
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO – I
"Diferença
entre dom de fé e a operação de milagres
A operação do dom de fé tem
algo de semelhante ao dom de operação de milagres, mas esses dons se distinguem
pelo fato de o dom de fé operar sem que, às vezes, seja visto seu efeito
instantâneo, enquanto a operação de milagres tem efeito imediato.
Quando Jesus se aproximou da
figueira sem fruto, disse: 'Nunca mais coma alguém fruto de ti. E seus
discípulos ouviram isto' (Mc 11.14). Os discípulos simplesmente ouviram as
palavras de Jesus. Parecia que nada havia acontecido. Entretanto, 'passando
eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz' (Mc 11.20). Enquanto
o dom de operação de milagres tem ação instantânea, o dom de fé opera com os
mesmos resultados, embora não seja de modo tão espetacular. De certa maneira a
fé sobrenatural é acessível a quase todos os crentes na igreja, e pela fé tudo
podemos conseguir, pois 'tudo é possível ao que crê'" (SOUZA, Estêvam
Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987, p.185).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - II
"Dons de Curas
No grego, as palavras dons e
curas estão no plural. Alguns entendem que isso significa que há uma variedade
de formas desse dom. Entre os que pensam assim, há quem entenda que certas
pessoas têm um dom de curar um tipo de doença ou enfermidade, ao passo que
outros curam outro tipo. Filipe, por exemplo, foi especialmente usado para
curar os paralíticos e os coxos (At 8.7). Outros, ainda, entendem que Deus dá a
uma pessoa um dom na forma de um suprimento de curas numa ocasião específica,
ao passo que outro suprimento é dado em outra ocasião, talvez a outra pessoa,
mas provavelmente no ministério do evangelista.
Ainda outros entendem que toda
cura é um dom especial, isto é, o dom é para o enfermo que tem a necessidade.
Logo, segundo esse ponto de vista, o Espírito Santo não torna os homens
curadores. Pelo contrário, Ele providencia um novo ministério de cura para cada
necessidade, à medida que ela surge na Igreja. Por exemplo, a virtude (poder)
que flui para dentro do corpo da mulher com o fluxo de sangue trouxe para ela
um gracioso dom de cura (Mt 9.20-22). Atos 3.6 diz, literalmente: 'O que tenho,
isso te dou'. Isso está no singular e indica um dom específico dado a Pedro
para este dar ao coxo. Não parece significar que tinha um reservatório de dons
de curas dentro de si, mas um novo dom para cada enfermo a quem
ministrava" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e
Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.297).