🎯 Lições
Bíblicas Adultos 2º trimestre de 2021, CPAD
🎯 Assunto:
Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário
🎯 Comentarista:
Elinaldo Renovato de Lima
27 de Junho de 2021
TEXTO ÁUREO
“Para que, agora, pela igreja, a
multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos
céus.” (Ef 3.10)
VERDADE PRÁTICA
A multiforme sabedoria de Deus vai além
da compreensão humana e é demonstrada ao mundo pela Igreja de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv
2.6
Deus dá sabedoria
Terça - Pv
9.10
O princípio da sabedoria
Quarta - Rm
11.33
A insondável sabedoria
divina
Quinta - Rm
11.34-36
Quem compreendeu o
intento divino
Sexta - 1 Co
1.24
Cristo, a Sabedoria de
Deus
Sábado - Ef
1.17
O espírito de sabedoria
e revelação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 1.6-11: Efésios 3
8 - A mim, o mínimo de todos os santos,
me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as
riquezas incompreensíveis de Cristo
9 - e demonstrar a todos qual seja a
dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo
criou;
10 - para que, agora, pela igreja, a
multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos
céus,
1 Pedro 4
7 - E já está próximo o fim de todas as
coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.8 - Mas, sobretudo, tende ardente amor
uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados,
9 - sendo hospitaleiros uns para os
outros, sem murmurações.
10 - Cada um administre aos outros o dom
como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
HINOS SUGERIDOS: 10, 330, 440 da Harpa
Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar o caráter multiforme da sabedoria
divina.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Explicar o
caráter diverso dos dons espirituais e ministeriais;
Elencar as
qualidades dos bons despenseiros dos mistérios divinos;
Correlacionar os
dons espirituais com o fruto do Espírito.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Uma das coisas mais
maravilhosas quando estudamos a teologia da Santíssima Trindade é identificar
como o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão em pleno relacionamento numa
unidade perfeita. É isto mesmo! A Santíssima Trindade mostra-nos uma perfeita
unidade. Portanto, não poderíamos esperar outra forma de Deus agir pela Igreja,
se não pela expressão da sua multiforme sabedoria em trabalhar no mundo através
do Corpo de Cristo. Para isso, Deus disponibilizou ao seu povo dons de
revelação, dons de poder, dons de expressão e dons ministeriais. Que o Senhor
nos use como instrumentos em suas mãos.
INTRODUÇÃO
O Altíssimo revelou para a Igreja um
mistério oculto desde a fundação do mundo. Pelo Espírito Santo, o Senhor trouxe
luz para o seu povo usando os “seus santos apóstolos e profetas” para mostrar
que esse mistério é Cristo em nós, a esperança da glória. Era a multiforme
sabedoria do Pai manifestando-se para pessoas simples como eu e você
PONTO CENTRAL
A multiforme sabedoria de divina se
manifesta para pessoas simples.
I – OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. São diversos. Na passagem bíblica de 1 Coríntios
12.8-10 são mencionados nove dons do Espírito Santo. Há outros dons espirituais
noutras passagens da Bíblia já mencionados em lições anteriores deste
trimestre, como Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.28-30; 1 Pedro 4.10,11 e Hebreus
2.4. São dons na esfera congregacional. Em Efésios 4.7-11 e 2 Timóteo 1.6 vemos
dons espirituais na esfera ministerial da Igreja.
2. São amplos.
A sabedoria de Deus é multiforme e
plural. É manifesta em seus dons espirituais e ministeriais nas mais variadas
comunidades cristãs espalhadas pelo mundo.
3. Dádivas do Pai.
Outras excelentes dádivas de Deus
dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos, são:
a) A dádiva do amor.
A grande manifestação de amor do
Altíssimo para com a humanidade foi enviar o seu Filho Amado para salvar o
mundo (Jo 3.16). Este amor dispensado por Deus desafia-nos a que amemos aos
nossos inimigos e ao próximo, isto é, qualquer ser humano carente da graça do
Pai (Jo 1.14).
b) A dádiva da filiação divina.
Deus torna um filho das trevas em filho
de Deus (Jo 1.12; 1 Pe 2.9). É a graça do Pai indo ao encontro da pessoa,
tornando-a membro da família de Deus (Ef 2.19).
c) O ministério da reconciliação.
O apóstolo Paulo explica o milagre da
salvação como resultado do “ministério da reconciliação” (2 Co 5.19). Todo ser
humano pode ter a esperança de salvação eterna, mas de salvação agora também.
Quem está em Cristo é uma nova criatura e o resultado disto é que Deus faz tudo
novo em sua vida (2 Co 5.17).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Os dons espirituais e ministeriais são
diversos e amplos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a
última lição do trimestre reproduza na lousa o esquema da página seguinte. Em
seguida, faça uma revisão dos assuntos tratados ao longo do trimestre. Cite e
comente cada dom estudado. O propósito desta revisão é para que fique claro ao
aluno o caráter múltiplo de Deus em lidar com a sua amada Igreja. Por isso,
podemos perceber através dos estudos dos dons a multiforme sabedoria do Pai
sobre o seu povo. Boa aula!
DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
Dons de Revelação
|
Palavra de Sabedoria; Palavra da
Ciência; Discernimento de Espíritos.
|
Dons de Poder
|
Dom da Fé; Dons de Curar; Operação
de Maravilhas.
|
Dons de Expressão
|
Dom de Profecia; Variedade de
Línguas; Interpretação das Línguas.
|
Dons Ministeriais
|
Apóstolos; Profetas; Evangelistas;
Pastores; Doutores.
|
II – BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS
DIVINOS
1. Com sobriedade e vigilância. O despenseiro deve administrar a igreja
local, retirando da “despensa divina” o melhor alimento para o rebanho. Paulo
destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades
indispensáveis ao exercício do ministério (1 Tm 3.2). Por isso, o apóstolo
recomenda ao obreiro não ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusão,
contenda e dissolução (1 Tm 3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro é o oposto
disso. Nunca perde a sobriedade e a vigilância em relação ao exercício do
ministério dado por Deus.
2. Amor e hospitalidade.
Os despenseiros de Cristo têm um
“ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de
pecados” (1 Pe 4.8). Mediante a graça de Deus, o obreiro pode demonstrar
sabedoria e amor no trato com as pessoas. Amar sem esperar receber coisa alguma
é parte do chamado de Deus para os relacionamentos (1 Jo 3.16). Esta atitude é
a verdadeira identidade daqueles que se denominam discípulos do Senhor Jesus
(Jo 13.34,35). Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro,
recomendado pelo apóstolo Pedro (1 Pe 4.9). Isso se torna possível para quem
ama incondicionalmente, pois a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas
as pessoas — crentes ou não, pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apelo
que o escritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3).
3. O despenseiro deve administrar com
fidelidade.
A graça derramada sobre os despenseiros
de Cristo tem de ser administrada por eles com zelo e fidelidade. A Palavra de
Deus nos adverte: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como
bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10). Pregando, ensinando
ou administrando o corpo de Cristo, tudo deve ser feito para a glória do
Senhor, a quem realmente pertence a majestade e o poder (1 Pe 4.11). Paulo
ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens como “ministros de Cristo
e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1; Cl 1.26,27). Por isso, os
despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que, agora, pela igreja, a
multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos
céus” (Ef 3.10).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Os bons despenseiros dos mistérios
divinos devem apresentar sobriedade, vigilância, amor, hospitalidade e
fidelidade ao Senhor.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Em virtude do fato de Paulo,
Apolo e Pedro pertencerem aos crentes, os homens (gr. anthropos, ‘pessoas’,
‘humanidade’) devem considerá-los como servos de Cristo enviados por Ele para
ajudá-los.
A Paulo, Apolo e Pedro são confiados os ‘mistérios de Deus’ (que
eram mistérios não revelados nos tempos do Antigo Testamento, mas que agora são
revelados no Evangelho).
A eles são confiados não para guardar ou
proteger esses ‘mistérios’, mas para administrá-los a todos os crentes. Porque
eles têm esta responsabilidade exige-se que sejam fiéis, ou seja, eles têm de
entregar-se à obra de disseminar o Evangelho, apesar das dificuldades e das
consequências.
Paulo foi incumbido pelo
Senhor de administrar os segredos de Deus. Portanto, ele era responsável a
Deus, não a algum tribunal humano com suas limitações humanas, e certamente não
aos coríntios que o estavam julgando (examinando, investigando, criticando)”
(HORTON, Stanley. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções.
Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.46,45).
CONHEÇA MAIS
“O cap. 13 [de 1 Coríntios] é uma
continuação do ensino de Paulo sobre os dons espirituais. Ele enfatiza, aqui,
que ter dons espirituais sem amor (caridade), de nada adianta (vv.1-3). O
‘caminho ainda mais excelente’ (12.31) é o exercício de dons espirituais com
amor (vv.4-8). O amor, sendo o único contexto em que os dons espirituais podem
cumprir o propósito de Deus, deve ser o princípio predominante em todas as
manifestações espirituais.” Para ler mais, consulte a Bíblia de Estudo
Pentecostal, editada pela CPAD, p.1759.
III – OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO
ESPÍRITO
1. A necessidade dos dons espirituais. Os dons espirituais são indispensáveis à
Igreja. Uma onda de frieza e mornidão tem atingido muitas igrejas na
atualidade, as quais não estão vivendo a
real presença e o poder de Deus para salvar, batizar com Espírito Santo e curar
enfermidades (Ap 3.15-20). Em tal estado, os dons do Espírito são ainda mais
necessários. É no tempo de sequidão que precisamos buscar mais e mais a face do
Senhor, rogando-lhe a manifestação dos dons espirituais para o despertamento
espiritual dos crentes em Jesus (Hb 3.2).
2. Os dons espirituais e o amor cristão.
Paulo termina o capítulo sobre os dons
espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos
mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31). Em seguida abre o
capítulo mais belo da Bíblia Sagrada sobre o amor — 1 Coríntios 13. Como já
dissemos, não é por acaso que o tema do amor (capítulo 13) está entre os
assuntos espirituais (capítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos gentios refere-se
a vários dons, ensinando que sem o amor nada adianta tê-los.
3. A necessidade do fruto do Espírito.
Uma vida cristã pautada pela perspectiva
do fruto do Espírito (Gl 5.22) — o amor — é o que o nosso Pai Celestial quer à
sua Igreja. Uma igreja cheia de poder, que também ama o pecador. Cheia de dons
espirituais, mas que também acolhe o doente. Zelosa da boa doutrina, mas em
chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo, “é sofredor, é benigno; o amor
não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se
porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita
mal” (1 Co 13.4,5). O caminho do amor é mais excelente que o dos dons
espirituais (1 Co 12.31).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Os dons espirituais são ligados ao amor
cristão, o mais autêntico fruto do Espírito.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Paulo havia elogiado os
coríntios, a quem não faltavam nenhum dom espiritual (1 Co 1.7), e lhes
mostrado a necessidade de apreciar a variedade dos dons e a unidade do corpo.
Agora ele quer destacar ‘um caminho mais excelente’ para exercer os dons, o caminho
do amor. Ele não sugere que os dons sejam inferiores ao fruto do Espírito (que
inclui-se todo no amor). Nem quer dizer que os dons e as manifestações
espirituais não sejam necessários se eles têm o amor. Embora o amor de Deus e o
amor de Cristo sejam a fonte de nossa salvação e de tudo o que Deus tem para
nós, o amor não é chamado de dom espiritual (um dos charismata). Tudo o que foi
dito no capítulo 12 mostra que os dons são necessários para a vida e ministério
cristãos. Mas em Corinto eles precisavam de correção. Os dons eram genuínos,
mas em Corinto eles precisavam de correção. Os dons eram genuínos, mas os
motivos dos crentes eram tudo o que deviam ser. Não nos esqueçamos de que Deus
modelou este amor para nós ‘segundo sua pessoa e trabalho“ (HORTON, Stanley. I
& II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017, pp.124,25).
CONCLUSÃO
A multiforme sabedoria de Deus
manifesta-se na igreja através da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e
a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento espiritual dos crentes.
Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devem usá-los com humildade e
fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem
amor de nada adianta possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em
Cristo Jesus.
PARA REFLETIR
A respeito de “A Multiforme Sabedoria de
Deus”, responda:
Segundo a lição, quais são as dádivas de
Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos?
A dádiva do amor, a dádiva da filiação
divina e o ministério da reconciliação.
Segundo o apóstolo Paulo quais
habilidades são indispensáveis ao exercício do ministério (1 Tm 3.2)?
A sobriedade e a vigilância.
Como Paulo termina o capítulo sobre os
dons espirituais?
Dizendo: “Portanto, procurai com zelo os
melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co
12.31).
Qual o caminho ainda mais excelente que
os dons, segundo a lição?
O caminho do amor.
Sejam quais forem os dons, como aqueles
que os possuem devem usá-los?
Com humildade e fidelidade, não buscando
os interesses próprios, mas, sobretudo, o amor, pois sem amor de nada adianta
possuir dons.
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