Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

A Escola Dominical Transforma o Ambiente

O movimento filosófico, político, social, econômico e cultural, desencadeado no século 18 na Europa, denominado Iluminismo, trouxe, segundo alguns, "luzes" racionais ao pensamento moderno (daí a raiz etimológica do termo), mas o que se pode dizer de concreto sobre essa filosofia é que apresentou grandes e graves "ilusões" à humanidade. 

Dentre elas está a tese utópica que crê na bondade inata do homem e, por isso, defende que não há necessidade de ensinar ao ser humano os valores morais tradicionais, pois "caso as crianças sejam entregues a si mesmas, sem a imposição da educação tradicional com padrões objetivos, espontaneamente se inclinarão ao amor, à abnegação, ao trabalho competente e serão muito mais criativas". Ou seja, asseveram que a natureza humana é essencialmente boa, em contraste com o que diz a Bíblia Sagrada (Pv 22.15).
O filósofo francês Jean-Ja-cques Rousseau afirmou que "o homem nasceu livre, mas em toda parte está sob ferros". Com isso, estava disseminando o pensamento de que o homem nascia cheio de virtudes, mas ficava aprisionado pelas convenções (verdades absolutas) ensinadas pelas instituições sociais (família, escola e igreja), as quais desconfiguravam a humanidade e, por isso, para ele, a melhor educação que o homem poderia ter era não ter educação. Uma ideia francamente diabólica, pois confronta os paradigmas de Deus desde tempos muito antigos, o qual determinou aos pais que ensinassem aos filhos assentados na casa, andando pelo caminho, deitando-se e também ao se levantarem (Dt 6.7). O Altíssimo determinara algo parecido com uma "classe de Escola Dominical" ininterrupta. Já no pensamento luminista, havia, de concreto, apenas pungentes ilusões educacionais.


A importância do ensino

O ensino sistemático da Palavra é uma necessidade imperiosa, verdade fartamente demonstrada na Bíblia. Disse Jesus: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.32). Não se pode, assim, pensar em educação cristã que não promova a transformação das pessoas e, consequentemente, do ambiente em que elas vivem.

No século 17, em Londres, uma família foi profundamente impactada pelo ensino sistemático das Escrituras. Na casa viviam Samuel Wesley e sua esposa Susanna, além de dez filhos. A mãe devotou sua vida ao treinamento espiritual e acadêmico de seus filhos e, para tanto, reservou um quarto em sua casa para ministrar-lhes diariamente aulas, os quais aprendiam a ler usando a Bíblia como seu texto principal. O resultado disso? Um dos seus filhos tornou-se um renomado evangelista e teólogo que pregou mais de 40.000 sermões e escreveu mais de 200 livros: John Wesley. 

Outro filho, Charles Wesley, compôs aproximadamente 8.000 hinos sacros. A família Wesley sentiu muito de perto o efeito transformador outorgado pelo ensino da Bíblia Sagrada. Aquele ambiente familiar transbordava, como sói acontecer, de disciplina, respeito e reverência a Deus, além de um profundo senso de comunhão familiar.

A importância de ouvir

Para que o ensino seja transformador, entretanto, o relacionamento entre o professor e o aluno deve ser um dos pilares pedagógicos. Suzanna Wesley queria ser mais que a professora de seus filhos. "Queria conhecê-los intimamente. Queria escutar-lhes com seus ouvidos, olhos, coração, rosto, lábios e mente". Ela conseguia manter o foco primordialmente no indivíduo e, por isso, o seu ambiente familiar foi tão portentosamente invadido pela presença de Deus. John Maxwell, falando sobre o valor de ouvir as pessoas, cita o exemplo do ex-presidente americano Lyndon B. Johnson, que tinha em seu gabinete, ainda quando era senador, um quadro com os dizeres: "Você não está aprendendo nada quando esta participando sozinho de toda a conversa". Sem dúvida, ouvir integralmente os alunos é sinal de inteligência e respeito. 
Morrie Schwartz, um primoroso professor americano que foi diagnosticado com uma doença degenerativa em estado terminal, apresentou suas últimas lições ao seu ex-aluno, Mitch Albom, que as compilou em um livro:


"Quando Morrie estava com alguém, entregava-se por inteiro. Olhava a pessoa nos olhos e a escutava como se ela fosse a única no mundo. (...) 'Gosto de estar inteiramente presente' — disse Morrie — 'Isso significa estar de fato com a pessoa que está diante de nós. Quando converso com você agora, Mitch, procuro me focalizar somente no que se passa entre nós. Não fico pensando no que dissemos a semana passada. Não fico pensando no que vai acontecer na sexta-feira. (...) Estou conversando com você. Pensando em você'".

Que grande lição! Prestar atenção como se não houvesse outra pessoa no mundo é a única forma de ouvir corretamente. Por vezes, no afã de demonstrar simpatia com todos, o professor de Escola Dominical não escuta detidamente ninguém e, com isso, não consegue cumprir sua tarefa cabalmente.

O ambiente transformador

A ED tem o potencial de ser produtora de um ambiente transformador na família dos alunos. Para tanto o professor deve demonstrar total interesse, sobretudo, pela vida de seus alunos e de suas famílias. Se isso ocupar o lugar de proeminência no ensino de Deus, a ambiência familiar será consequentemente alterada, pois o Espírito Santo soprará sobre o "vale de ossos secos" das ré ações emocionais familiares destruídas, trazendo vida nova para a família. C. S. Lewis afirmou que "o dever do educador moderno não é o de derrubar florestas, mas ode irrigar desertos". Com isso, ele estava defendendo que cabia ao professor, sobretudo, irrigar os alunos de sentimentos correios, levando-os a agirem adequadamente.

Como juiz de direito há mais de vinte anos, atuando nos últimos anos quase que exclusivamente em Varas de Família e, concomitantemente, exercendo o ministério pastoral, tenho observado muitas famílias devastadas pela absoluta desorientação, decorrente do desprezo às coisas espirituais. Problemas que possuíam singela resolução tornaram-se em grandes tormentas familiares, pela total inaptidão de pessoas amargas, vazias de Deus. Se permitissem, o Sopro de Deus teria mudado o desfecho nefasto de suas vidas.

Cabe, assim, ao professor da ED, como agente de Deus, irrigar os desertos das almas, como mencionou Lewis, impregnando sentimentos verdadeiros calcados em verdades eternas, treinando o aluno para fazer as melhores escolhas na vida e, com isso, transformando de maneira formidável o ambiente familiar.


Fonte: Ensinador Cristão, N° 70/Autor: Pr. Reynaldo Odilo Martins S.

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