Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição 5 - Fruto do Espírito: o Eu Crucificado
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Informações:
Revista Lições BíblicasAdultos, 1°
trimestre de 2021 – CPAD |
Data da Aula: 31 de JANEIRO de 2021| Obs. Os textos
destacados na cor vermelha são
subsídios para os professores da Escola Dominical.
TEXTO
ÁUREO
“Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo
e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito
Santo.” (Rm 15.13)
ÁUDIO LIÇÃO
VERDADE
PRÁTICA
O fruto do Espírito é um dos temas mais vibrantes
da ética cristã, pois mostra para o mundo o que Espírito Santo colocou dentro
de cada um de nós.
21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e
coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos
disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
22 - Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 - Contra essas coisas não há lei.
24 - E os que são de Cristo crucificaram a carne
com as suas paixões e concupiscências.
25 - Se vivemos no Espírito, andemos também no
Espírito.
26 - Não sejamos cobiçosos de vanglórias,
irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.
HINOS SUGERIDOS: 178, 315, 541 da Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Demonstrar que o Fruto do Espírito é um dos temas
mais vibrantes da vida cristã.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Conceituar o
fruto do Espírito;
Distinguir
e relacionar fruto do Espírito e dons espirituais;
Conscientizar
que o Espírito se opõe à Carne.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Fruto do Espírito e dons espirituais não
deveriam ser exclusivistas, mas duas realidades complementares que revelam todo
o conselho de Deus. Quem é cheio do Espírito deve desejar o Fruto do Espírito
na mesma intensidade que deseja os dons espirituais. Se os dons são sinais
poderosos para a evangelização e edificação da igreja, o fruto do Espírito é o
testemunho poderoso de uma natureza purificada em meio à geração corrompida.
Ora, no meio das trevas quem é luz é como quem segura uma tocha iluminada a
meia-noite. Assim, o fruto do Espírito é o testemunho do "eu
crucificado" com Cristo. Esse "eu" não é mais regido pelos
instintos primitivos e animalescos da Carne, mas pela direção harmoniosa, calma
e serena do Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
O fruto do Espírito é o resultado de uma vida
cristã abundante e manifestada no relacionamento entre os irmãos e irmãs na
igreja e no lar, na convivência com os descrentes no trabalho e na sociedade.
Por isso, devemos entender o conflito entre a carne e o Espírito e a função do
fruto do Espírito.
PONTO CENTRAL
O Fruto do Espírito tem como fonte o próprio Espírito Santo.
I
- O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE
O crente em Jesus é alguém que vive sob os domínios
do Espírito; ele é liberto da lei e dos rudimentos deste mundo, mas isso não
significa uma vida passiva. O fruto do Espírito é a expressão do Espírito na
vida do crente.
1. Definição.
Jesus nos salva e nos dá o Espírito Santo, nos
renova e coloca em nós o desejo de fazer o que é bom e agradável a Deus. O
fruto do Espírito é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a
consequência de um processo natural de crescimento espiritual. Ele surge
gradativamente dentro de nós como resultado da regeneração do Espírito Santo de
forma instantânea e também gradativa por meio do crescimento na graça de nosso
Senhor Jesus Cristo, como acontece com a santificação. O apóstolo apresenta
nove modalidades do fruto (v.22).
2. “O fruto”, no singular.
Alguns expositores estranham o fato de Paulo
contrapor “as obras da carne” (v.19) com o “fruto do Espírito” (v. 22), no
singular, quando era de se esperar “frutos”. O missionário Eurico Bergstén
explica esse singular ilustrando esse fruto como uma laranja e seus gomos. O
“fruto” que aparece logo em seguida é o amor (“caridade”, na Versão Almeida
Corrigida - 1969), diz o missionário, as oito virtudes seguintes são os
reflexos do amor: “gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança” (v. 22).
Donald Gee chama o fruto do Espírito de nove modalidades
do fruto. A forma singular sugere que nelas se produz a unidade de caráter de
Cristo, as nove graças mencionadas, todas elas em contraste com as confusões
das obras da carne.
3. Andar no Espírito (v.16).
Ser guiado pelo Espírito significa, na linguagem
paulina, vitória sobre os desejos e impulsos carnais. “Andar no Espírito” é uma
expressão que indica viver corretamente em humildade, submissão e santidade. O
apóstolo Paulo usa termos similares para se referir a esse estilo de vida dos
crentes: “para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em
tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl
1.10); “andar e agradar a Deus” (1 Ts 4.1); “andai em amor” (Ef 5.2); “andai
como filhos da luz” (Ef 5.8); “andai nele” (Cl 2.6). O apóstolo Pedro nos
ensina: “andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação” (1 Pe 1.17).
SÍNTESE DO
TÓPICO I
O fruto do
Espírito revela o crente que vive sob os domínios do Espírito.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Abra a aula de hoje, perguntando:O que é mais importante? Ser batizado no
Espírito Santo ou viver o fruto do Espírito? Após ouvir as respostas, de acordo
com as Escrituras, diga que essa pergunta não faz sentido algum para o crente.
Em nenhum lugar da Bíblia se ensina essa “escolha”, pois tanto um quanto o
outro são igualmente importantes na vida do crente e da igreja. Tanto o Batismo
no Espírito Santo, e a realidade dos dons espirituais, quanto o fruto do
Espírito são realidade de uma única fonte: o Espírito Santo. Ao expor o
conteúdo desse primeiro tópico, deixe claro que para vencer a Carne é preciso
“andar no Espírito”; e só “anda no Espírito” quem manifesta o fruto do
Espírito. Logo, só há um jeito de crucificar a carne: o fruto do Espírito.
II - DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO
Os dons espirituais e o fruto do Espírito têm a sua
origem numa mesma fonte e ambos glorificam a Cristo, mas se trata de coisas
distintas. O amor, por exemplo, não é um dom (1 Co 14.1).
1. Diferença.
O que há em comum entre essas duas fases abençoadas
da nossa redenção é a fonte de origem. A primeira e a maior modalidade do fruto
do Espírito é o amor, as demais modalidades são reflexos do amor. O apóstolo
Paulo usa o amor como representante do fruto do Espírito ao comparar o fruto
com os dons do Espírito. O amor é superior aos dons, é o “caminho ainda mais
excelente” (1 Co 12.31). Por essa razão, o amor encabeça essa lista (Gl 5.22);
e em outras passagens prevalece a supremacia do amor (1 Co 13.13; Gl 5.13; 6.1,2).
Paulo afirma ainda que os dons sem o amor não são “nada” (1 Co 13.1-3) e são
passageiros (1 Co 13.8-10), mas o amor é eterno.
2. Os dons na igreja.
Convém relembrar que os dons são importantes. Isso
não significa que devemos desprezá-los. É a vontade de Deus que os irmãos e as
irmãs não ignorem os dons espirituais (1 Co 12.1), que busquemos os melhores
(12.31) e “não desprezeis as profecias” (1 Ts 5.20).
Os dons são comparados a um andaime numa
construção; a igreja, a um edifício (1 Co 3.10-12; Ef 2.20-22). Não é possível
uma construção prosseguir sem o andaime, mas uma vez concluída a obra, o
andaime é dispensado. No céu não haverá necessidade dos dons, mas eles são uma
necessidade imperiosa na vida da igreja hoje, pois ela precisa do poder do alto
para combater o reino espiritual das trevas (Ef 6.10-12). Segundo Apocalipse 21
e 22, no mundo vindouro não há necessidade desses recursos do Espírito.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Os dons espirituais e o fruto do Espírito têm a sua origem numa
mesma fonte: o Espírito Santo. Ambos glorificam a Cristo.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A Palavra de Deus fala claramente da
recompensa que o crente tem ao dar liberdade ao Espírito Santo para que produza
as características de Cristo no seu interior. Em 2 Pedro 1, a Bíblia nos fala
da necessidade de o crente desenvolver as dimensões espirituais de sua nova
vida em Cristo. Com este desenvolvimento vem a maturidade, a firmeza e a
perseverança, que permitem ao crente viver vitoriosamente no tocante à velha e
pecaminosa natureza adâmica. No versículo 10, a Palavra de Deus diz: ‘Porque,
fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente
concedida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo’ (2
Pe 1.10,11).
O fruto é uma coisa viva.
Se você entregou o controle de sua vida
ao Espírito Santo, Ele infalivelmente produzirá em você o fruto do Espírito em
uma colheita contínua e abundante. Ele é chamado ‘o Espírito de vida’ (Rm 8.2;
Ap 11.11). Portanto, o seu fruto espiritual deverá ser crescente, nutrido e
completo, reluzente, vistoso e sadio” (GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito:
A Plenitude de Cristo na Vida do Crente. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019,
p.22).
CONHEÇA MAIS
Fruto do Espírito
“Jesus utilizou a analogia da videira
para ensinar a relação necessária que deve existir entre o Espírito Santo e o
crente para que a sua semelhança com Cristo seja notória nele. É o Espírito
Santo que produz o fruto espiritual em nós quando nos rendemos sem reservas a
Ele. Isso abrange nosso espírito, alma e corpo e todas as faculdades que os
constitui.
[...] O fruto do Espírito é o caráter de
Cristo produzido em nós para que em nosso viver o demonstremos ao mundo.” Leia
mais em “O Fruto do Espírito”, 2019, pp.15-37.
III
- O ESPÍRITO SE OPÕE À CARNE
O que levou o apóstolo ao assunto foi o contexto
das igrejas da Galácia. O abuso da liberdade cristã, a antinomia, de um lado, e
o legalismo, de outro estavam dando ocasião à carne, levando à falta de amor e
à desunião (Gl 5.13-15).
1. O legalismo.
Há um acentuado contraste entre estar na carne e
andar no Espírito. O apóstolo mostra que para ser legalista, viver de acordo
com a lei, depende da carne, mas para viver no Espírito, depende da graça de
Deus (Gl 5.16-18). O sistema legalista que os opositores de Paulo, os
judaizantes (Gl 2.14), ensinavam nas igrejas da Galácia, é egocêntrico,
motivado pela carne e gera competição espiritual que resulta em desavença (Gl
5.15).
2. A Carne e o Espírito.
A palavra grega sarx, “carne”, tem muitos
significados na Bíblia, principalmente nos escritos paulinos. Pode significar
fraqueza física (Gl 4.13), o corpo (Gl.4.13), o ser humano (Rm 1.3), o pecado
(v.24), os desejos pecaminosos (Rm 8.8). O contexto determina o significado
dela. No contexto das “obras da carne” significa o conjunto de impulsos
pecaminosos que dominam o ser humano. Da mesma maneira a palavra grega pneuma,
“espírito”, que se aplica ao Espírito Santo, ao espírito humano, aos anjos e
aos espíritos imundos. É só prestar atenção ao contexto para saber a que
espírito o escritor sagrado está se referindo. A oposição do Espírito contra a
carne na vida cristã mostra que “os que são de Cristo crucificaram a carne com
as suas paixões e concupiscências” (v.24). É isso que acontece conosco
diariamente: a morte do “eu”.
3. Os vícios (vv.19-21).
O apóstolo apresenta uma lista com 15 vícios, que
ele chama de “obras da carne” (vv.19-21). Outras listas aparecem em outras
epístolas paulinas (Rm 1.29-31; 1 Co 6.9,10; 1 Tm 1.9,10). Paulo não pretende
ser exaustivo; essas listas são representativas em Gálatas, pois ele
acrescenta: “e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como
já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de
Deus” (v.21). Podemos classificar esses vícios em três categorias: a) sexo
ilícito: prostituição, impureza e lascívia; b) pecados de ordem religiosa:
idolatria e feitiçaria; c) pecados de ordem social: inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices
e glutonaria.
SÍNTESE DO
TÓPICO III
O abuso da
liberdade cristã e o legalismo revelam a oposição entre a Carne e o Espírito,
pois ambos levam à falta de amor e desunião.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A maturidade espiritual ajuda-nos a ter
bons relacionamentos com as pessoas. Passamos a compreendê-las melhor e a
reconhecer a melhor maneira de ministrar a elas. Devemos esforçar-nos para
alcançar a união. As pessoas, ao observarem o nosso caráter e conduta, passarão
a ter confiança em nós.
[...] O fruto é a maneira de se exercer
os dons. Cada fruto vem acondicionado no amor, e qualquer dom, mesmo na sua
mais plena manifestação, nada é sem o amor. ‘Por outro lado, a plenitude
genuína do Espírito Santo forçosamente produzirá também frutos, por causa da
vida renovada e enriquecida da comunhão com Cristo’. Conhecer o amor, poder e
graça de Deus, inspiradores de reverente temor, deve fazer de nós vasos de
bênçãos cheios de ternura. Não merecemos os dons. Nem por isso Deus se nega a
nos revestir de poder. E passamos a ser obreiros do Reino, prontos para trazer
a colheita. Subimos a um novo domínio” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.493).
CONCLUSÃO
Cabe a cada crente fazer uma análise introspectiva
para verificar se suas inclinações são carnais ou espirituais. Salomão disse
que o homem é aquilo que imagina a sua alma (Pv 23.7). Jesus disse que o homem
fala aquilo do que seu coração está cheio (Lc 6.45). O pensamento de cada ser
humano norteia seu comportamento. Se a mente é carnal, seu comportamento é
carnal, que resulta em morte; se a mente é espiritual, seu comportamento é
espiritual, que resulta em vida e paz.
PARA
REFLETIR
A respeito de
“Fruto do Espírito: o Eu Crucificado”, responda:
• Defina “fruto do Espírito”.
O fruto do Espírito é o resultado natural de um
processo de amadurecimento e a consequência de um processo natural de
crescimento espiritual.
• O que significa “andar no
Espírito”?
“Andar no Espírito” é uma expressão que indica
viver corretamente em humildade, submissão e santidade.
• Quais são as modalidades do fruto
do Espírito?
A primeira e a maior modalidade do fruto do
Espírito é o amor, as demais modalidades são reflexos do amor.
• O que o apóstolo Paulo fala dos
dons espirituais sem o amor?
Paulo afirma ainda que os dons sem o amor não são
“nada” (1 Co 13.1-3) e são passageiros (1 Co 13.8-10), mas o amor é eterno
• Quais são os vícios denominados
“obras da carne” (Gl 5.19-21)?
Podemos classificar esses vícios em três
categorias: a) sexo ilícito: prostituição, impureza e lascívia; b) pecados de
ordem religiosa: idolatria e feitiçaria; c) pecados de ordem social:
inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas,
homicídios, bebedices e glutonaria.