O
suicídio, é um ato de extrema covardia. O ser humano sentindo-se incapaz de
lidar com suas próprias limitações busca refúgio na morte. Não seria mais fácil
permanecer vivo e admitir que fracassou?
Qualquer forma de morte induzida é a
legitimação de desistência da vida e, por extensão, da fé e da crença nos
valores eternos.
1.
O suicídio na Bíblia.
Nas
Escrituras, encontramos o registro de alguns casos de suicídio. Em todos eles,
vemos que seus protagonistas foram pessoas que deixaram de lado a voz do
Senhor, e desobedeceram à sua Palavra:
a)
O exemplo de Saul.
Foi
um rei fracassado, que deixou o Senhor, e foi em busca de uma médium espírita
(1 Sm 28.1-19; 31.1-4; 1 Cr 10.13,14).
b)
O exemplo de Aitofel.
Foi
um conselheiro de Absalão, orgulhoso, que se matou por ver que sua palavra fora
suplantada por outro. (2 Sm 17.23).
c)
O exemplo de Zinri.
Um
rei sem qualquer temor de Deus, que usurpou o trono por traição e matança, e
que por fim se matou, quando se viu derrotado pelo exército inimigo (1 Rs
16.18,19).
d) O exemplo de Judas Iscariotes.
Após
trair Jesus, foi dominado por um profundo remorso, e, ao invés de pedir perdão
ao Senhor, foi-se enforcar.
2.
O caso de Sansão.
Ele
caiu nos braços de uma prostituta, chamada Dalila (Jz 14.3; 16.11). Traído por
ela, foi levado ao cárcere. Numa festa ao deus Dagon, foi apresentado como
troféu, e fez o templo desmoronar sobre ele e seus inimigos.
Há
quem cite o caso de Sansão (Jz 16.30) como exemplo de suicídio aprovado por
Deus. Quem pensa assim desconhece toda a história de Sansão e sua era teocrática.
Há casos em que uma pessoa morre, sacrificando-se por outra ou por outras. Um
bombeiro entra no fogo e salva várias pessoas, mas ele morre; um soldado
lança-se sobre uma granada, impedindo que muitos companheiros pereçam. Isso não
é suicídio. É sacrifício. Ver o caso da rainha Ester (Ef 4.11-15).
3.
Sugestão de uma esposa sem fé.
A
mulher de Jó sugeriu, diante de seu sofrimento, que ele amaldiçoasse a Deus e
morresse (se suicidasse). Ele, porém, não aceitou tal ideia, e de modo
resignado, confiou integralmente no Senhor.
4.
O posicionamento cristão.
A
vida é sagrada e somente Deus pode dar e tirar a vida. Moisés pediu a Deus que
tirasse a sua vida (Nm 11.15). O profeta Elias também fez o mesmo pedido (1 Rs
19.4) e da mesma forma o profeta Jonas (Jn 4.3). Deus não atendeu a nenhum
desses pedidos. Isso mostra que a vida pertence a Deus e não a nós mesmos. Deus
sabe a hora em que a vida humana deve cessar, e Ele é o soberano de toda a
existência.
🚨 As Sagradas
Escrituras condenam o suicídio pelos seguintes motivos:
a)
É assassinato de um ser feito à imagem de Deus (Gn 1.17; Êx 20.13; Jo 10.10);
b)
Devemos amar a nós mesmos (Mt 22.39; Ef 5.29);
c)
É falta de confiança no Deus, visto que Ele pode nos ajudar (Rm 8.38,39);
d)
Devemos lançar as nossas ansiedades sobre o Senhor, e não na morte (1 Jo 1.7; 1
Pe 5.7).
Conclusão
O
ser humano deve respeitar seu corpo como propriedade de Deus. Por isso, não
compete ao homem tirar a sua vida. Ao contrário, tudo ele deverá fazer para
protegê-la.
O
término da vida provocado pelo homem, sua abordagem pelo crente não deve
basear-se em raciocínio, filosofias e justificativas puramente humanas, mas nas
Escrituras respeitante ao vasto assunto da vida.
💡 Veja também:
👉 Ética Cristã e Suicídio
👉 O Que Leva um Pastor a Suicidar-se?
👉 O suicídio na Bíblia
Referência:
Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2002. Comentarista:
Elinaldo Renovato de Lima | Adaptação: Subsídios Dominical
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