Lições Bíblicas de Jovens
– 4° trimestre de 2020, CPAD
TEXTO DO DIA
"Então, José, seu marido, como era justo
e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente." (Mt 1.19)
SÍNTESE
Deus viu em José uma pessoa justa, a ponto de
ser considerado o pai do Senhor Jesus Cristo.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA - Mt 1.16
José, marido de Maria
TERÇA - Mt 1.19
José, um homem bondoso
QUARTA - Mt 1.24
José, um homem crente
QUINTA - Mt 2.14
José, um homem obediente
SEXTA - Lc 2.21-14
José, fiel aos princípios de Deus
SÁBADO - Lc 2.48
José, um pai zeloso
Objetivos
CONHECER
a vida de José antes de Jesus;
MOSTRAR a vida de José como pai de Jesus;
APRESENTAR
José como modelo de obediência.
Interação
José foi um homem que recebeu, em toda a história da humanidade, uma
das mais nobres missões: Ser o pai terreno de Jesus. Ele era um homem justo,
temente a Deus e recebeu a incumbência
de educar Jesus. Deus falava com José e ele cumpriu tudo que o Senhor
determinava, salvando assim a vida do menino Jesus por diversas vezes. José
amou Maria e a Jesus e lhe deu um lar saudável. Também não descuidou do ensino
religioso, pois quando menino Jesus foi levado ao Templo para ser apresentado
conforme os rituais da lei e quando tinha doze anos foi ao Templo com seu pais.
José teve uma importância muito grande no desenvolvimento físico, cognitivo,
social e espiritual de Jesus (Lc 2.52).
Orientação
Pedagógica
Prezado
(a) reproduza o quadro abaixo. Utilize-o na introdução da aula para mostrar aos
alunos, de forma resumida, quem foi José e a sua nobre missão de educar o Filho
de Deus. Enfatize que o seu legado deve ser lembrado e imitado por aqueles que
desejam agradar ao Senhor.
JOSÉ
Um homem íntegro.
|
Pai terreno e legal de Jesus.
|
Sensível a orientação de Deus, e disposto a fazer a
orientação de Deus.
|
Um homem trabalhador e amoroso. .
|
Texto bíblico
Mateus 1.18-25
18
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi
assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem,
achou-se ter concebido do Espírito Santo.
19
Então, José, seu marido, como era
justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
20
E, projetando ele isso, eis que, em
sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas
receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.
21
E ela dará à luz um filho, e lhe porás
o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o
que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23
Eis que a virgem conceberá e dará à
luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é:
Deus conosco).
24
E José, despertando do sonho, fez como
o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher.
25
E não a conheceu até que deu à luz seu
filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de Jesus.
INTRODUÇÃO
Para
que o plano da salvação fosse concretizado, era necessário não apenas que o
Filho de Deus assumisse a forma humana. Ele precisaria crescer em um ambiente
familiar saudável, onde seus pais fossem tementes a Deus e conscientes de que
haviam sido escolhidos para uma obra especial. Nesse aspecto, trataremos da
pessoa de José, o carpinteiro escolhido por Deus para ser o pai do Senhor Jesus
Cristo.
I - JOSÉ,
ANTES DE JESUS
1.
Um noivo justo.
O
contexto em que José nos é apresentado no Novo Testamento corresponde a uma
interseção com o Antigo Testamento. Mateus liga o Antigo com o Novo, dando
continuidade ao texto por meio de uma genealogia.
O
Novo Testamento se inicia com uma genealogia, para situar os judeus que leriam
o texto, conectando o Senhor Jesus a Abraão. Dessa forma, os judeus não teriam
dificuldades para entender que Jesus era da descendência de Davi. Apresentada a
genealogia, Mateus fala do estado civil de Maria e José: Noivos. O noivado, na
cultura judaica, era um compromisso entre um homem e uma mulher prometidos em
casamento, e era tão sério que não poderia ser terminado sem que acontecesse um
processo de divórcio. Mesmo noivos, de acordo com os costumes da época, José
era considerado já esposo de Maria, e Maria, sua esposa, dada à seriedade do
compromisso legal que tinham diante da sociedade.
Mateus
não comenta como a notícia da gravidez de Maria foi passada por ela mesma a
José. O certo é que ela engravidou do Espírito Santo, e precisou ter muita fé e
confiança em José para dizer a ele que sua gravidez fora sobrenatural, pois
mantinha a sua virgindade. Dada a notícia, José pensou em deixá-la. Como se
explica naturalmente uma mulher virgem estar grávida? Seria mais
"honroso" abandonar Maria, e passar a história como um homem que, de
alguma forma, não soube conter seu ímpeto. Mas Deus viu em José uma
característica singular: Ele era justo e não quis deixar que Maria ficasse mal
falada. Ele não a abandonou, visto que recebeu a orientação divina de
permanecer firme com seu compromisso de noivado.
2.
Um homem respeitador.
A
Palavra diz que José, mesmo tendo recebido Maria como sua esposa, não a
"conheceu" até que ela deu à luz. Ele teve respeito por Maria em sua
gravidez, numa mostra clara de amor e de domínio próprio. Enquanto em nossos
dias, jovens trocam intimidades sem estarem casados, atraindo para si problemas
futuros de consciência e até doenças ou gravidez indesejada, José nos mostra o
exemplo de justiça que foi vista por Deus nele.
Em
qualquer fase da vida, não apenas na juventude, o mundo oferece o sexo
desregrado como fonte de prazer, sem informar aos seus praticantes as
consequências de seus atos. Mesmo entre os jovens que se declaram cristãos é necessário
que essas verdades sejam relembradas. Devemos guardar nossos corpos da
prostituição, das relações sexuais ilícitas e de tudo que venha ofender à
santidade de Deus em nossas vidas. O respeito de José para com Maria é digno de
nota, pois vinha do temor que ele tinha para com Deus, e para com suas
orientações.
3.
Um homem obediente.
Obediência
é uma característica que Deus espera ver em nós. E pela Escritura, percebemos
que José era um homem obediente. Ao saber da gravidez de sua noiva, quando
pensou em deixá-la, voltou atrás em sua decisão por orientação do Senhor.
A
importância da obediência pode ser vista na história do povo de Deus, quando
estavam para sair do Egito e viram a mortandade assolar aquela terra. Para
preservar o filho mais velho em vida, e por orientação divina, os escravos
hebreus mancharam de sangue o entorno das portas de suas casas. Como disse um
escritor, não foi um pouco de sangue seco que fez a diferença entre quem iria
viver ou morrer no Egito, naquela noite em que o anjo da morte passou e ceifou
os primogênitos. Foi a obediência à ordem de Deus que preservou em vida os
filhos dos hebreus. Sangue nas ombreiras das portas era a marca da obediência.
II - JOSÉ,
PAI DE JESUS
1.
Era trabalhador.
O
Oriente Antigo possuía um cenário econômico vivo, e muitas profissões eram
desenvolvidas. A carpintaria era uma das profissões da época, e José era
carpinteiro (Mt 13.55). Não era um trabalho fácil, pois exigia força física
para manipular o material, conhecimento artístico para dar forma à matéria
bruta e habilidade para usar instrumentos próprios daquele tipo de serviço. Ele
não era um homem preguiçoso e honrou a Deus com sua profissão. Sendo pai
adotivo de Jesus, deu-nos o exemplo de ser um homem que agradava a Deus com seu
profissionalismo.
2.
Cumpriu o papel de ser pai adotivo.
José
pode ser considerado o primeiro homem a "aceitar" a Jesus. E o Filho
de Deus, encarnado, precisaria de um exemplo de pai. Pense no trabalho que pode
ter sido ajudar a cuidar de um bebê, ensinar Jesus a falar, a obedecer, a ter
respeito pela Lei de Deus e pelos costumes de seu povo. O papel de pai de Jesus
foi cumprido por José. Sobre ele estava a responsabilidade, com Maria, de
educar Jesus, dar a Ele uma profissão e o nome de Jesus, conforme a orientação
de Deus.
Sendo
pai adotivo de Jesus, deu-nos o exemplo de ser um homem que agradava a Deus com
seu profissionalismo.
3.
Um exemplo de adoção.
José
acreditou tanto no plano de Deus que adotou Jesus como seu verdadeiro filho.
Ele seguiu as orientações divinas para que Jesus fosse protegido e tivesse um
lar. Ele não se rebelou contra Deus, alegando que, já que Jesus era o Filho de
Deus, Deus que cuidasse de seu próprio Filho. José entendeu que cuidar do bebê
Jesus, antes mesmo que Ele nascesse, cuidando também de Maria, mantendo seu
matrimônio e seu compromisso, era a vontade de Deus para sua vida, e ele seguiu
o plano de Deus. Não é sem motivo que o Senhor diz que José era um homem justo.
III - EXEMPLO
DE OBEDIÊNCIA
1.
Por sua obediência, Deus cumpriu sua profecia.
Deus
não deixou de registrar em Mateus 1.22
que "tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da
parte do Senhor pelo profeta". Esse texto coincide com o anúncio da
gravidez de Maria e o propósito do nascimento de Jesus. No capítulo 2.15 é dito
por Mateus que José, tendo ido para o Egito por orientação divina, retornou de
lá por ordem igualmente divina, nessa feita, cumprindo a Palavra, que diz:
"Do Egito chamei meu Filho" (Mt 2.15).
Um
segundo texto, Mateus 2.23, mostra Jesus, ainda pequeno, sendo levado para a
região da Galileia, a uma localidade chamada Nazaré, cumprindo o que fora dito
pelos profetas: "Ele será chamado Nazareno" (Mt 2.23).
Ele
obedeceu, e a cada movimento realizado Deus ia cumprindo aquilo que havia
falado pelos seus profetas.
Esses
textos mostram uma conexão entre a obediência de José e o cumprimento da
profecia. Ele obedeceu, e a cada movimento realizado Deus ia cumprindo aquilo
que havia falado pelos seus profetas.
2.
A obediência substitui o medo.
A
cada vez que Deus falava com José, vemos que a obediência substituiu o receio.
Ele obedeceu a Deus recebendo Maria como sua esposa, levando o menino Jesus
para o Egito, e depois, saindo de lá para a Galileia. Sua fidelidade para com a
orientação de Deus lhe trouxe não apenas o livramento para si e sua família,
mas também garantiram outras orientações do Eterno.
3.
O papel do sobrenatural na vida de José.
Mateus
nos diz que o Todo-Poderoso falou por meio de sonhos com José quatro vezes. Na
primeira, para não ter receio de receber Maria, e ele a recebeu como sua esposa
(Mt 1.20). Na segunda vez, José deveria levar sua família para o Egito, para
proteger Jesus (Mt 2.13). Na terceira vez, a orientação era para que voltasse a
Israel (Mt 2.20), e na quarta vez, para que fosse morar com Maria e Jesus na
Galileia (Mt 2.22).
A
cada orientação, um passo de obediência. É provável que José, como carpinteiro,
tivesse uma vida mais estabilizada em uma localidade, e que para obedecer a
Deus, precisou se arriscar a começar profissionalmente em outro lugar. Mas a
cada mudança, José garantia que sua obediência influenciaria o plano da
Salvação, preservando a vida de Jesus.
SUBSÍDIO 1
"José, seu marido como era justo e não queria
infamar (Mt 1.9)
Esse texto nos proporciona uma compreensão maravilhosa sobre o que
significa ser 'justo'. De acordo com os costumes judaicos, Maria estava ligada
a José como uma esposa, embora eles não tivessem tido relações sexuais. O
noivado representava uma ligação legal. A descoberta de que Maria estava
grávida dava a José uma base para romper o contrato de casamento e recuperar o
preço que ele já pagou pela noiva. Muitos homens, ao descobrir a noiva grávida,
teriam exigido a exposição pública, não apenas para silenciar qualquer mexerico
sobre ele, mas também para recuperar seu dinheiro. E ao fazer isso, teria
considerado estar plenamente justificado (e, portanto, justo). José, embora
pudesse ter se sentido traído, tinha Maria em alta consideração, e fez uma
escolha completamente diferente. De acordo com a lei, ele poderia ter dado uma
carta de divórcio a Maria, sem nenhum julgamento público, mas também teria que
desenvolver qualquer dote que tivesse recebido, como multa" (RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural Novo Testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 2012, p. 10).
SUBSÍDIO 2
"E lhe porás o nome de Jesus (Mt 1.21)
É significativo que o anjo tenha dito isso a José. Era privilégio do
pai dar o nome a um bebê, e ao dar o nome ao bebê o pai reconhecia formalmente
o filho como sendo seu. Assim, o Anjo do Senhor estava instruindo José não
somente a cumprir o contrato de casamento com Maria, mas também a criar a Jesus
como sendo seu próprio filho. Sem dúvida, os vizinhos de Nazaré nunca
suspeitaram da verdade a respeito do nascimento de Jesus.
Ele será chamado pelo nome Emanuel (Mt 1.23). O nome de Jesus, como
diz o texto, significa 'Deus conosco. " Aqui, 'ele será chamado' não
significa também tanto "chamar" mais sim reconhecer. Jesus afirmava
que quem o visse teria visto o Pai (Jo 14.9), Somente aqueles que reconhecessem
Jesus como Deus, nascido para estar conosco e por nós, teriam compreendido a
verdade que Mateus tem o intuito de transmitir" (RICHARDS, Lawrence O.
Comentário Histórico-Cultural Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp.
10,11).
CONCLUSÃO
José
entrou para a história como pai terreno de Jesus, cumprindo o papel de Deus em
sua vida. Os momentos marcantes que vivenciou para ser "pai" do Filho
de Deus, fizeram dele um participante ativo na história da salvação. Ele entrou
para a história da cristandade como um homem justo, temente a Deus, obediente e
que teve oportunidade de ser chamado o pai do Esperado das Nações.
HORA DA
REVISÃO
1.
O que Mateus utiliza para ligar o AT com o NT, dando continuidade ao texto?
A
genealogia do Filho de Deus. A razão era
situar os judeus que leriam o texto, conectando o Senhor a Abraão.
2.
Qual era o estado civil de José e Maria quando é anunciado o nascimento de
Jesus?
Eles
eram noivos.
3.
O que era o noivado na cultura judaica?
O
noivado, na cultura judaica, era um compromisso entre um homem e uma mulher
prometidos em casamento, e era tão sério que não poderia ser terminado sem que
acontecesse um processo de divórcio.
4.
Segundo a lição, cite três características de José.
Um
homem justo, respeitador e obediente.
5.
Qual profissão José exercia?
Ele
era carpinteiro.
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