Lições Bíblicas de Jovens
– 4° trimestre de 2020, CPAD
TEXTO DO DIA
"E ela disse ao seu marido: Eis que tenho observado que este que passa
sempre por nós é um santo homem de Deus." (2 Rs 4.9)
SÍNTESE
A Sunamita nos mostra que a bondade e a
generosidade são importantes aos olhos de Deus, e que tais atos têm sua recompensa.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA - 1 Rs 4.8
Sunamita, uma mulher bondosa
TERÇA - 1 Rs
4.10
Sunamita, uma mulher hospitaleira
QUARTA - 1 Rs 4.13
Sunamita, uma mulher grata pelo que possuía
QUINTA - 1 Rs 4.21
Sunamita, uma mulher de atitude nas horas difíceis
SEXTA - 1 Rs 4.26
Sunamita, uma mulher de fé
SÁBADO - 1 Rs 4.36,37
Sunamita, recompensada por sua fé
OBJETIVOS
CONHECER
a respeito da mulher que vivia em Suném;
MOSTRAR
os
milagres e adversidades enfrentados pela Sunamita;
REFLETIR
a respeito da ação de Deus na vida da Sunamita.
INTERAÇÃO
Na
lição desse domingo, veremos o exemplo de vida de uma mulher que vivia em
Suném. Essa mulher tinha uma boa condição social e utilizou seus bens e
recursos para abençoar um servo de Deus. Ela se destaca na história de Israel
por sua hospitalidade e bondade ao construir um quarto para o profeta
Eliseu.
O
profeta ficou tão grato e comovido com a atitude da Sunamita que desejou lhe
retribuir o favor de alguma forma. Então, ele lhe diz que no tempo determinado
ela teria um filho, pois ao que tudo indica a mulher era estéril. A palavra do
profeta se cumpriu e ela foi agraciada com um filho. Mas tarde esse único filho
veio a morrer, mas a mulher mais uma vez experimentou da graça e da bondade
divina, pois o profeta Eliseu orou e seu menino ressuscitou.
Orientação
Pedagógica
Reproduza o esquema abaixo no quadro. Utilize-o para mostrar aos
seus alunos os principais episódios da vida da Sunamita. Ressalte que a
generosidade e a bondade são importantes para Deus.
TRÊS EPISÓDOS-CHAVES NA VIDA DA SUNAMITA
1- Deus abençoou essa mulher fiel, dando-lhe um
filho (2 Rs 4.8-17).
|
2-Deus a submeteu a uma prova severa quando
permitiu que esse filho lhe fosse tirado (2 Rs 4.18-21).
|
3- Deus restaurou a vida do filho, quando ela se
manteve firme na promessa que lhe fizera (1 Rs 4.22-37).
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Texto bíblico
2 Reis 4.8-17
8
Sucedeu também um dia que, indo
Eliseu a Suném, havia ali uma mulher rica, a qual o reteve a comer pão; e
sucedeu que todas as vezes que passava, ali se dirigia a comer pão.
9
E ela disse a seu marido: Eis que
tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.
10 Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto
ao muro e ali lhe ponhamos uma cama, e uma mesa, e uma cadeira, e um candeeiro;
e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se retirará.
11
E sucedeu um dia que veio ali, e
retirou-se àquele quarto, e se deitou ali.
12
Então, disse ao seu moço Geazi: Chama
esta sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs diante dele.
13
Porque lhe dissera: Dize-lhe: Eis que
tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá
alguma coisa de que se fale por ti ao rei ou ao chefe do exército? E dissera
ela: Eu habito no meio do meu povo.
14 Então, disse ele: Que se há de fazer, pois,
por ela? E Geazi disse: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.
15
Pelo que disse ele: Chama-a. E,
chamando-a ele, ela se pôs à porta.
16
E ele disse: A este tempo determinado,
segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor,
homem de Deus, não mintas à tua serva.
17
E concebeu a mulher e deu à luz um
filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe
dissera.
INTRODUÇÃO
O
período da monarquia em Israel não foi dos melhores no quesito liderança,
especialmente no Reino do Norte. Mas Deus tinha seus servos ali, que fizeram a
diferença. Nesta lição, trataremos da Sunamita, uma mulher que se dispôs a ser
bênção para o profeta Eliseu, e de como Deus retribuiu suas ações.
I - A MULHER
QUE VIVIA EM SUNÉM
1.
O contexto.
Suném
era uma localidade situada no território destinado à tribo de Issacar, no sul
da Galileia e ao norte de Samaria. Levando em conta que essa localidade era
próxima a Jezreel, pode se entender que Suném não estava distante dos
acontecimentos que antecederam o ministério de Eliseu. É provável que Suném
fosse um lugar que tivesse espaço para a permanência de grupos grandes de
pessoas, pois no reinado de Saul, após a morte de Samuel, os filisteus se
acamparam em Suném para atacar os hebreus, naquela que seria a última guerra em
que Saul participaria antes de se matar.
No
aspecto religioso, poucos anos antes do ministério de Eliseu, Acabe reinava em
Israel, Reino do Norte, e implantou com Jezabel a adoração a Baal. Os embates
de Elias contra os pecados do rei Acabe e Jezabel mostram a supremacia do Deus
Verdadeiro sobre os que se diziam deuses.
2.
Uma mulher com recursos e atitudes acolhedoras.
A
Bíblia diz que a Sunamita era uma mulher com recursos financeiros (2 Rs 4.8).
Pelo texto sagrado, além de ser uma pessoa abastada, a Sunamita era uma pessoa
sensível para com o cuidado com as pessoas. Não há o registro de que naquela
localidade houvesse uma estalagem ou outro meio onde um viajante pudesse parar
para se alimentar e descansar. Eliseu, como profeta, deveria ter de percorrer
diversos lugares, e o convite para comer pão na casa da Sunamita foi bem-vindo
como um momento de descanso e comunhão.
Eliseu
teve tempo para comer e usufruir da hospitalidade daquele lar. Isso nos mostra
que é necessário ter espiritualidade também para fazer vínculos de amizades que
agradem a Deus. "[...] E sucedeu que todas as vezes que passava, ali se
dirigia a comer pão" (2 Rs 4.8).
Os
embates de Elias contra os pecados do rei Acabe e Jezabel mostram a supremacia do
Deus Verdadeiro sobre os que se diziam deuses.
3.
Um santo homem de Deus.
Não
é possível saber se a Sunamita conhecia o profeta e a importância dele para a
nação do Norte, ou mesmo se ela sabia que Eliseu era o sucessor de Elias, mas
ela reconheceu nele um homem de Deus. Mais que ser um homem de Deus, ela diz
que ele é "um santo homem de Deus" (2 Rs 4.9).
De
alguma forma, a santidade de Deus na vida do profeta havia sido expressa, e
isso faz a diferença. Eliseu, pelo relato, somente comia pão na casa daquela
mulher, e não há registros de profecias ou milagres nessa parte do texto. Ao
que nos parece, a santidade vista no profeta está mais associada ao jeito com
que mantinha sua postura. A verdadeira santidade é vista no convívio diário com
o próximo.
II - MILAGRE
E ADVERSIDADE
1.
Um cômodo para o profeta.
Estendendo
sua prática de hospitalidade, a Sunamita e seu esposo constroem um cômodo onde
o profeta poderia descansar. As decisões daquele lar eram tomadas com base no
diálogo (2 Rs 4.9, 10). Quando há diálogo no lar, as ações são tomadas em
consenso. Um quarto foi construído, servindo de refúgio para o homem de Deus.
Tal atitude foi tão nobre que Eliseu quis saber o que ele poderia fazer por
ela.
2.
Uma casa sem filhos.
A
generosidade da Sunamita trouxe ao profeta Eliseu o desejo de retribuição. O
homem de Deus perguntou a ela se havia algum favor que gostaria de receber do
rei ou do chefe do exército. Sendo abastada, a Sunamita entendeu que não
precisava de nada da parte do profeta. Ela não o acolheu esperando receber
bênção alguma, tanto que, quando questionada por Eliseu sobre que tipo de
benefício que gostaria de receber, respondeu simplesmente que habitava no meio
do seu povo, uma forma de dizer que não tinha falta de nada. Entretanto, no lar
da Sunamita não havia filhos, e quem reparou isso foi Geazi, moço de Eliseu. Na
cultura judaica, os filhos sempre foram vistos como "herança do
Senhor". Na perspectiva do Antigo Testamento, aquela casa não estava
completa. Então, o profeta diz àquela mulher que "segundo o tempo da vida,
abraçarás um filho". A surpresa na declaração do profeta gera uma
expectativa na Sunamita, que decorrido o prazo, teve um filho, um menino. Se
faltava algo naquela casa, agora não faltava nada.
3.
O filho morre.
Como
em nossos dias, a perda de um filho é sempre traumática, e para os pais, é
sempre pior. Apesar de não gostarmos de lidar com esse assunto, a ordem natural
da vida, é que os pais passem para a eternidade, e depois, os filhos. Quando
essa ordem é rompida, há um processo doloroso de sentimento de perda.
A
Sunamita passou por essa situação, com um agravante: Perdeu o único filho que
tinha. Pela sua postura de generosidade, recebeu de Deus a oportunidade de ser
mãe, desenvolvendo um amor natural materno para com o seu filho. A Bíblia não
diz quantos anos tinha o menino quando morreu, mas fala que viveu o tempo
suficiente de crescer, se expressar deixando a mulher em desespero. Ela
precisava chegar até o profeta Eliseu.
III - A AÇÃO
DE DEUS NA VIDA DA SUNAMITA
1.
Deus não fala nada com o profeta.
Um
dos pensamentos correntes sobre os profetas era o fato de que Deus falava com
eles a todo o momento. Ocorre que isso não aconteceu com Eliseu, pois o profeta
não recebeu de Deus qualquer informação para a situação em que estava passando
acerca da Sunamita. Os profetas poderiam receber uma visão ou ouvir Deus
falando, mas isso não ocorreu nesse caso. A profecia depende exclusivamente da
revelação divina, e sem a revelação, sem o desejo de Deus revelar o que está
acontecendo, não se pode dizer que há profecia.
A
Sunamita passou por essa situação, com um agravante: Perdeu o único filho que
tinha. Pela sua postura de generosidade, recebeu de Deus a oportunidade de ser
mãe, desenvolvendo um amor natural materno para com o seu filho.
2.
Deus traz o menino de volta.
Dada
à insistência da Sunamita, em não se afastar do profeta, este vai até Suném, e
se depara com o corpo daquele menino, no próprio quarto do profeta, onde esse
descansava quando passava ali. Além de Deus não ter dito nada ao profeta, havia
um corpo esperando para ser sepultado. Deus, então, usa seu servo para trazer
de volta o menino. Da mesma forma que a Sunamita foi generosa com o profeta,
construindo-lhe um quarto para descansar e colocando nele uma cama (2 Rs 4.10),
Deus foi generoso para com ela, pois a ressurreição do seu filho ocorreu no
mesmo quarto que foi construído para abrigar o profeta, na cama em que o corpo
do menino havia sido colocado.
3.
A proteção de Deus na adversidade.
Em
outro momento, Eliseu advertiu à Sunamita para que se retirasse de Israel e
fosse peregrinar onde pudesse, pois "o SENHOR chamou a fome, à qual virá à
terra por sete anos" (2 Rs 8.1). A generosidade que ela demonstrou para
com o profeta voltou na forma de uma advertência divina que preservaria a vida
da Sunamita e de sua família. Ela teria de abandonar sua terra, suas posses, e
retornar quando houvesse bonança na região.
Ao
fim dos sete anos, ela retornou, e precisou se dirigir ao rei para pedir suas
terras de volta. Como o rei não a conhecia, e estava conversando com Geazi,
moço de Eliseu, ouviu que o profeta havia ressuscitado o filho de uma mulher.
Naquele momento, ela clamou ao rei, e este foi informado que aquela mulher, e o
seu filho, eram as pessoas que Eliseu, por seu ministério, havia abençoado.
Então o monarca ordenou que as suas terras, e a renda dessas terras, fossem
devolvidas àquela família. Esse foi o resultado de uma atitude generosa daquela
mulher para com o homem de Deus.
Então
o monarca ordenou que as suas terras, e a renda dessas terras, fossem
devolvidas àquela família. Esse foi o resultado de uma atitude generosa daquela
mulher para com o homem de Deus.
SUBSÍDIO
"A cidade de Suném estava localizada em uma elevação que
dominava o vale de Jezreel. Eliseu tornara-se amigo de uma rica mulher que
morava naquela localidade, e ela sempre insistia que ele fosse seu hóspede toda
a vez que visitasse aquele local. Para mostrar sua gratidão, Eliseu procurou
retribuir com algumas forma de atenção. Eu habito no meio do meio do meu povo
pode significar: 'Meu povo irá cuidar de mim se eu precisar de alguma coisa'.
Como ela não tinha filhos, ficou surpresa quando o profeta anunciou que ela
geraria um filho, embora seu esposo fosse bastante idoso. E isto ocorreu,
conforme Eliseu havia previsto.
Um dia quando o menino estava na companhia dos segadores, ele se
queixou de uma terrível dor de cabeça e morreu, apesar dos esforços para salvá-lo.
A mulher de Suném colocou o corpo do menino sobre a cama de Eliseu e
preparou-se para ir ao Carmelo a fim de buscar o auxilio do profeta.
Aparentemente, seu esposo era adepto de
uma religião formal e não podia imaginar qualquer razão de entrar em contato
com um homem de Deus porque havia uma observação religiosa a ser cumprida - não
é lua nova, nem as´bado. Mas a mãe acreditava em um auxílio para a sua
necessidade, e partiu para receber uma conselho. Nem havia saudado Geazi, o
servo de Eliseu, ela se lançou aos pés do profeta, para demonstrar sua amargura
e a desesperada ajuda que precisava" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 348).
CONCLUSÃO
A
Sunamita nos mostra que podemos usar nossos recursos para fazer a diferença na
vida de outras pessoas. Nos fala também que há momentos em que Deus nos permite
passar por situações adversas, mas que Ele sempre terá uma solução, E por fim,
mostra que nossas ações em benefício de outras pessoas, de forma sincera, são
aprovadas por Deus, e que Ele nos
retribui no devido tempo.
HORA DA
REVISÃO
1.
Onde estava localizada Suném?
Suném
era uma localidade situada no território destinado à tribo de Issacar, no sul
da Galileia e ao norte de Samaria.
2.
O que fez a Sunamita em favor de Eliseu?
Ela
construiu um quarto para ele se hospedar.
3.
De acordo com 2 Reis 4.10, quais eram os objetos do quarto de Eliseu?
Uma
cama, uma mesa e um candeeiro.
4.
O que faltava a mulher Sunamita segundo Geazi?
Ela
não tinha filhos.
5.
Segundo a lição, como deve ser vista a verdadeira santidade?
A
profecia depende exclusivamente da revelação divina, e sem a revelação, sem o
desejo de Deus revelar o que está acontecendo, não se pode dizer que há
profecia.
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